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Junho 2011               Índice Geral do BLOCO

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09/06/11

• Telebrás, Eletronet e PNBL (378) - Artigo defende a Telebrás e, por ironia, fornece argumentos contra a reativação: "A Telebrás e o sigilo empresarial"

Olá, WirelessBR e Celld-group!

A Telebrás ressuscitada é uma excrescência (*), uma inutilidade, um sorvedouro de dinheiro público, uma aberração no mercado de capitais.
Se você não é especulador de ações, se não precisa dependurar-se num cabide de emprego, se não pertence à uma empresa interessada em prestar serviços superfaturados ao governo, se não alienou sua consciência ao partido dominante, então terá dificuldades para justificar a reativação da Telebrás.

Nesta situação, uma defesa intempestiva da atual Telebrás e de sua participação no PNBL, poderá vir eivada de argumentos que sirvam para expor justamente o contrário, ou seja, o absurdo da sua existência. Este é o tema da "manchete" acima que será tratado no item 03 deste texto.

Para chegar lá optei por trazer à tona o assunto do "grupamento de ações da Telebrás" que pode ter beneficiado acionistas privilegiados em detrimento de uma enorme massa de pequenos detentores de ações, "herdeiros" da privatização das teles estaduais.

01.
Num "post" de 2010 em seu blog Insight - Laboratório de Idéias, Leonardo Araujo definiu-se como "analista de informações, acionista da Telebrás e dono deste blog". :-)

Leonardo já participou de nossos fóruns e suas ótimas mensagens e análises podem ser lidas no comunitário BLOCO Tecnologia, nos primeiros meses de 2010.
Acompanho assiduamente seu Blog, que registra quase tudo que a mídia publica sobre a Telebrás, desde que não sejam críticas muito contundentes, como as minhas e a do jornalista Ethevaldo Siqueira.  :-))
Mantenho com Leonardo, que conheci virtualmente nessa ocasião, um eventual e cordial relacionamento de pessoas que se respeitam apesar de estarem, eventualmente, em lados opostos em uma batalha.  :-)

Como visitante rotineiro do blog Insight, tenho a sensação que Leonardo seja um grande investidor e, nessa situação, tenha algum tipo de influência na administração da Telebrás.
Já tive oportunidade de opinar, em "posts" anteriores, que o Blog Insight está sempre muito bem informado e tem até mesmo funcionado como um "diário oficial oficioso" da Telebrás, publicando "fatos relevantes" e divulgando atos e atas da estatal.

Para dar suporte à citada sensação, recorto do "post" referido (o grifo é meu):
(...) O representante dos preferencialistas no Conselho de Administração (CA) não deixa nada a desejar, pelo contrário. Trabalha e muito pela empresa, dentro da esfera daquilo que lhe é afeto. De seu trabalho competente e capacidade de articulação ao apresentar - e defender com veemência - nossa sugestão para o grupamento, foi que impedimos o Bradesco de emplacar o fator de 25000:1. Só não podemos esperar que faça milagres, que se torne um insider ou que lute pelos interesses de alguns, pois sua função como administrador é lutar pelos interesses maiores da empresa e do grande grupo de acionistas (...)

Faço estas observações iniciais para caracterizar a importância das análises e opiniões de Leonardo Araujo sobre os destinos da Telebrás.

02.
O "recorte" do item acima trata do estranho e polêmico "grupamento de ações".

Em 03 de dezembro de 2010 o conselho de acionistas da Telebrás aprovou a proposta de agrupamento das mais de 1 trilhão de ações da companhia. O grupamento aprovado foi na proporção de 10 mil ações para 1 ação da respectiva espécie, resultando em 109,6 milhões de ações, sendo 88,6 milhões de ações ordinárias e 21 milhões de ações preferenciais.

Tenho a impressão (e não estou sozinho) que uma enorme legião de acionistas foi lesada.
E explico o motivo desta impressão com base no próprio Blog Insight.

No "post/mensagem" Target price para a nova Telebrás – uma análise prospectiva de 03/01/2010, Leonardo projetava, no caso de uma bem sucedida reativação da Telebrás, um eventual preço de até 15 reais por ação. Note-se que na época havia mais de um trilhão de ações da Telebrás no mercado!

Aqui está o recorte correspondente:
(...) Nessa linha de raciocínio, falar-se em 5, 10 ou 15 reais para este piso inicial de preços não é irreal, especialmente em um mercado (nacional e estrangeiro) ávido por empresas novas e promissoras. Independente de qual seja, é licito supor que será sobre esse valor que poderá acontecer a verdadeira explosão – o big bang – nas cotações, levando-as, com o decorrer do tempo, a patamares que só o mercado poderá determinar.(...)

Pelo que entendi do noticiário, quando ocorreu o tal grupamento, as frações resultantes foram leiloadas à revelia dos acionistas e o dinheiro resultante foi depositado na conta do interessado, quando identificado, ou ficou à disposição de quem o procurasse, na própria Telebrás. Consta que o todo o processo já está concluído.

Nesta longa fase de "vida latente" (12 anos!) da Telebrás só quem "mexe" com as ações da estatal são os especuladores, faturando "uma barbaridade" com os factóides produzidos pelo governo e pela própria empresa.

No momento em que a estatal é (ilegalmente) reativada e a perspectiva de valorização real de suas ações torna-se provável, o tal "grupamento" extermina os pequenos acionistas que poderiam se beneficiar, finalmente e honestamente, com o sucesso da empresa.
Se as frações de ações resultantes do grupamento foram vendidas, os especuladores privilegiados as compraram, claro!

Não entendo nada de mercado de capitais mas se este raciocínio estiver correto, o "grupamento" é um enorme assalto e um gigantesco escândalo.
Se todos que suspeitamos dessa manobra estivermos errados, o governo e a Telebrás têm obrigação de vir a público para dar suas explicações, didaticamente, com todos os números envolvidos. Transparência, por favor!

Sobre este assunto há um "post" de 2010 no BLOCO Tecnologia:
29/12/10
• Telebrás, Eletronet e PNBL (320) - O polêmico "grupamento" das ações

Em fevereiro de 2011 o "Convergência" publicou esta matéria: PSOL investiga grupamento de ações da Telebrás (transcrição mais abaixo)
Nessa notícia há este link para um vídeo em que a senadora Marinor Brito explica a situação, com muita clareza e propriedade. Vale conferir. E se indignar!

Ainda sobre os acionistas, antes do "grupamento", Leonardo Araujo, owner do já citado Blog Insight, registrava uma visão macro do universo dos detentores de ações da Telebrás:

(...) Grosso modo, é possível classificar os atuais investidores em Telebrás nos seguintes grupos:

1. Ex-funcionários da estatal que receberam ou adquiriram ações nos "áureos tempos" e que com elas permanecem na expectativa de sua reativação;
2. Fundos de investimento agressivos e com perfil de altíssimo risco (como o da Verax, ligado ao Banco Cruzeiro do Sul, que em Dez 08 já detinha 10% das ON);
3. Pequenos e médios investidores que foram se posicionando entre 2007 e 2009;
4. Pequenos e médios investidores (incluindo insiders) que assumiram posições recentemente, logo após a ação romper o topo anterior de R$ 0,98;
5. Pequenos, médios e grandes investidores que, juntamente com diversos clubes de investimento, compraram já acima de R$ 2,xx

Mas por que estou focando agora os acionistas da Telebrás?

O título e o primeiro trecho de uma matéria de hoje do Valor Econômico - Acionistas ganham atenção da Telebrás - respondem cabalmente minha preocupação:
(...) Há pouco mais de uma semana no cargo, o novo presidente da Telebrás, Caio Bonilha, já está mostrando o posicionamento que a companhia terá daqui para frente. "Somos uma empresa de capital aberto, temos que gerar valor para os acionistas", disse o executivo em entrevista ao Valor.(...)

Mesmo que alguém queira argumentar que este recorte foi retirado do contexto, esta declaração demonstra todas as absurdas contradições que envolvem a "Telebrás no PNBL".

03.
Mas voltemos ao Blog "Insight - Laboratório de Idéias", do Leonardo Araujo para comentar o "post" do dia 6 de junho, A Telebrás e o sigilo empresarial (transcrito mais abaixo).
Respeito as ideias de Leonardo Araujo mas não concordo.

Tenho defendido, com veemência, a necessidade de uma radiografia, série e honesta, das entranhas da Telebrás, antes e depois da ilegal reativação.
E faço isso na condição de um simples cidadão, contribuinte, que paga seus impostos com assiduidade e pontualidade.
Dilma, Bernardo, Alvarez e agora Caio Bonilha, antigo diretor comercial e atual presidente, devem esta radiografia à sociedade.
E permito-me acrescentar nesta relação meu amigo virtual Leonardo Araujo...  :-)

A Telebrás, hoje, não possui um único centavo que não tenha vindo dos cofres públicos. E segundo Bernardo, muitos bilhões estão a caminho!
Assim, mesmo sendo uma sociedade anônima aberta, de economia mista, é indefensável a tese de que deve se fechar, por motivo de sigilo empresarial, e não dar satisfações a ninguém do que ocorre no seu interior, principalmente quando é vinculada, por lei, ao Ministério das Comunicações.
E utilizo as próprias palavras usados no "post" do blog "Insight":
(...) Nesse ponto, sempre é relevante lembrar que o maior acionista da empresa é o Estado brasileiro, com cerca de 73% do total das ações.(...)

O Governo e a Telebrás têm obrigação, sim, de fazer uma gestão transparente e de dar completas satisfações à sociedade.

04.
O grande investidor proprietário do Blog Insight, com provável influência nos destinos da empresa, na exaltação da argumentação, expõe toda a distorção da reativação da estatal supostamente feita apenas para implementar o PNBL:
(...) Ao passar, então, para a fase comercial, a Telecomunicações Brasileiras S.A. não pode mais ser encarada apenas como uma espécie de órgão prestador de serviços públicos, com todo o dever de transparência que tais entidades têm para com o contribuinte. A estatal transforma-se agora, de fato e de direito, em uma empresa que, além do macro caráter social de possibilitar a inclusão digital dos brasileiros, visa obter resultados financeiros substanciais que facilitem a consecução de seus objetivos e gerem valor para seus acionistas. (...)

Esta incrível argumentação nivela a Telebrás com as demais teles, tão criticadas por visarem lucros e não atuarem como "uma espécie de órgão prestador de serviços públicos".

Este tipo de visão indica que continua em vigor na administração da Telebrás a mesma ideia mestra que impediu que a empresa tivesse suas atividades encerradas nas gestões nos últimos 12 anos: a sobrevida serviu e serve aos interesses de seus administradores, muito bem pagos, e à um grupo privilegiado de acionistas e especuladores.

Por mais que Leonardo Araujo esteja eivado de boas intenções em defesa da Telebrás, na condição de grande acionista, citar com tanta ênfase "sigilo comercial" neste momento em que o TCU comprova o superfaturamento de um dos pregões, é prestar um desserviço à sociedade que, atônita, ainda não entendeu a leniência do Tribunal com este escândalo de sobrepreço que, na minha opinião, lança também suspeição sobre os demais pregões.

O governo Dilma, que chegou ao poder com uma proposta de seriedade, austeridade e competência, tem obrigação de determinar o encerramento das atividades da Telebrás e de buscar uma alternativa ao PNBL inicial, que não seja lesiva aos cofres públicos e à sociedade brasileira.

05.
O escândalo do superfaturamento e da brandura do TCU com os infratores não se encerra com a saída de Rogério Santanna nem o exime de eventual punição pelo incidente.

O sr. Caio Bonilha também tem tanta - ou mais - responsabilidade neste episódio, pois era o diretor comercial da empresa. E não é um novato na estatal e no tema, que não possa ser responsabilizado por desconhecimento.

Vejam este recorte de uma matéria de novembro de 2010 do Tele.Síntese:
(...) Os acionistas também homologaram a indicação de membros do Conselho de Administração, nomeados pelo Conselho de Administração "ad referendum" em outubro. O engenheiro em telecomunicações Caio Bonilha foi indicado para assumir a diretoria Comercial da Telebrás. A função do novo diretor será concretizar a venda de capacidade da rede de fibras ópticas da estatal para viabilizar a disseminação de conexões à internet em banda larga a preços mais baixos dos praticados atualmente no mercado. Bonilha acompanhou de perto a elaboração do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), como consultor contratado pelo governo. (...)

Radiografar as entranhas da Telebrás é preciso, para trazer à publico fatos aparentemente normais mas que não se justificam em face da contenção de gastos que deve nortear todos os governos. Isto deveria ser de interesse de todos verdadeiros os acionistas!

06.
A Telebrás, mesmo sem produzir nada, e correndo o risco de ser desautorizada a funcionar pelo STF, já tem uma superestrutura de diretores e afins.

Vejam a relação completa - e pasmem! - no final desta página ou confiram no "Quem é quem" no site da estatal.

E agora relembrem esta matéria do Tele.Síntese: Telebrás prevê pagar R$ 2,2 milhões a seus administradores em 2011 (transcrição mais abaixo).

Uma atuação voltada apenas para a construção e gerenciamento de backbones não precisa desta incrível superestrutura!
Um órgão interno do Minicom pode perfeitamente administrar estas ações!

O Brasil precisa de atitudes sérias, honestas, competentes, que levem a banda larga à todo o território nacional.
Mas para construir ou implementar os backbones necessários, não precisa de uma estatal como a Telebrás.
O PNBL inicial precisa ser totalmente reformulado!

Repito: na minha opinião a Telebrás é uma excrescência!
O governo tem obrigação de encerrar suas atividades.

08.
Em tempo:
A mídia, com a exceção de sempre de Ethevaldo Siqueira, continua em silêncio obsequioso em relação ao escândalo do superfaruramento do pregão da Telebrás.
No próximo "post" vou transcrever:
Fonte: Blog do Ethevaldo Siqueira
[07/06/11]   Nada a punir na Telebrás, diz ministro Paulo Bernardo - por Ethevaldo Siqueira

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania

(*) Do Houaiss
Excrescência:
1. ponto que se eleva acima da superfície; saliência, proeminência (no corpo de um vegetal, em um terreno etc.)
2 fig. demasia, excesso, superfluidade; coisa que desequilibra a harmonia de um todo <os acréscimos sugeridos para a obra são uma e.>
3 aquilo que cresce a mais
4 pat tumor sobre a superfície de um órgão qualquer

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Fonte: Insight - Laboratório de Idéias
[06/06/2011]    A Telebrás e o sigilo empresarial

Após ter sido reativada em 2010 e estar concluindo a infraestrutura que lhe permitirá concretizar as primeiras conexões, a Telebrás entra agora em uma nova fase.

Segundo Caio Bonilha, presidente recém eleito:

- "Nós estamos saindo de uma fase pré-operacional para uma fase operacional, então o foco da empresa muda um pouco, sai da área de engenharia e construtiva para a área comercial. Então o foco que vamos dar agora é o foco comercial. Nossos acionistas querem que comecemos uma operação comercial com faturamento, com foco nos clientes, com foco em parcerias e é isso que vamos fazer".

- "Nosso objetivo é vender bastante, evidentemente mantendo as margens de sua rentabilidade".

- "A orientação que eu tenho é o esforço para que atuemos muito fortemente no PNBL. Agora na fase comercial, quando teremos os primeiros resultados".

- "Quando se passa para uma operação comercial o foco da empresa muda e é isso que os acionistas da empresa esperam."

Ao passar, então, para a fase comercial, a Telecomunicações Brasileiras S.A. não pode mais ser encarada apenas como uma espécie de órgão prestador de serviços públicos, com todo o dever de transparência que tais entidades têm para com o contribuinte. A estatal transforma-se agora, de fato e de direito, em uma empresa que, além do macro caráter social de possibilitar a inclusão digital dos brasileiros, visa obter resultados financeiros substanciais que facilitem a consecução de seus objetivos e gerem valor para seus acionistas. Nesse ponto, sempre é relevante lembrar que o maior acionista da empresa é o Estado brasileiro, com cerca de 73% do total das ações.

Essa mudança de status traz várias implicações que dizem respeito ao governo, ao mercado de ações, aos clientes, aos acionistas, à concorrência (direta ou indireta), à imprensa, à oposição política e, principalmente, à própria empresa.

Passa a haver agora a necessidade precípua da manutenção permanente do sigilo empresarial, representado pela proteção dos segredos comerciais e das informações sigilosas, sem o que nenhuma empresa sobrevive no mercado. Aqui, não custa lembrar que segredo comercial é todo processo, método, fórmula, dispositivo ou técnica que não seja de conhecimento público e possua valor econômico para a empresa, ainda que potencial; já a informação confidencial é toda informação que não configure segredo comercial, mas possua valor econômico ou estratégico para a empresa e cuja divulgação seja capaz de causar-lhe dano.

Como seus inimigos não conseguiram impedir-lhe a reativação e a entrada em operação, a partir de agora haverá dois lados se digladiando em uma permanente luta sem quartel e com todas as armas possíveis, inclusive aquelas hoje disponibilizadas pela Tecnologia da Informação. Assim, a sensibilidade na guarda de seus segredos e informações será de extrema importância para o sucesso de novos projetos e empreendimentos.

De um lado estarão a Telebrás (representada por sua diretoria, funcionários e conselheiros), o governo e seus aliados (descontando-se o "fogo amigo") e os acionistas. De outro, formarão fileiras as empresas direta ou indiretamente concorrentes, a oposição política e os setores da imprensa que lhe fazem cerrada oposição.

Cabe, pois, à Telebrás, com o decisivo auxílio de outros órgãos governamentais, estabelecer uma severa política de proteção de seus segredos comerciais e de suas informações sigilosas, à semelhança do que fazem, por exemplo, a Petrobrás, o Banco do Brasil e as empresas privadas, sob risco de sucumbir no mercado, haja vista que, nos últimos 12 anos, por estar em vias de extinção, não necessitava possuir uma cultura de proteção.

No intuito de proteger-se, é mister que a Telebrás tenha em conta que o dever de informar encontra limite no denominado sigilo profissional. Assim, esse dever não abrange prestação de informação quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a guardar segredo em razão de cargo, ofício, função, magistério, atividade ou profissão. Nesse sentido, assume grande importância a empresa contar com uma orientação jurídica especializada em direito empresarial, com o nítido objetivo de evitar que erros estratégicos sejam cometidos.

É bastante provável que seus concorrentes e inimigos trabalhem, primordialmente, em dois grandes campos para tentar descobrir seus segredos:

- através de pressões políticas e da mídia, "forçando-a" a revelar informações importantes sob o pretexto de a sociedade e/ou os contribuintes terem o "direito" de conhecê-las, já que é uma empresa estatal;

- por meio de espionagem empresarial direta, utilizando todos os meios possíveis, legais ou não, disponibilizados, principalmente, pela Tecnologia da Informação.

No segundo caso, as ferramentas ilegais mais conhecidas são a interceptação de telefonemas e emails, o uso de cavalos-de-troia para o roubo de dados e o aliciamento de funcionários e ex-funcionários. Entre as "legais", não se pode deixar de considerar o vasculhamento da Internet à procura de blogs e fóruns mantidos por investidores e simpatizantes que, muitas vezes no afã de publicar algo interessante, acabam por divulgar uma informação sigilosa obtida, no todo ou em parte, junto a parentes ou amigos que a transmitiram na confiança da amizade ou do parentesco.

Recentemente, o País e o mundo testemunharam um magnífico exemplo de como uma empresa pode proteger, com sucesso, sua estratégia empresarial. Ao vencer a licitação para exploração do Banco Postal por 10 anos, o Banco do Brasil surpreendeu completamente seus concorrentes, o setor financeiro, o mercado e o próprio governo, pois ninguém suspeitava de seu total interesse no negócio.

Entrando em operação, a Telebrás terá, mais do que nunca, o dever de proteger seus segredos comerciais para não a perder a vantagem econômica que é oferecida pela inovação tecnológica. No entanto, essa missão não será somente de seus diretores, conselheiros e funcionários, mas sim de cada sócio da empresa, aí compreendidos o majoritário e os minoritários.

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08/02/10
Telebrás, Eletronet e PNBL (152) - Msg de Leonardo Araujo: "Target price para a nova Telebrás – uma análise prospectiva"

Fonte: Insight - Laboratório de Ideias
[03/01/10]  Target price para a nova Telebrás – uma análise prospectiva

de lrc_araujo <lrc_araujo@yahoo.com.br>
para wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 7 de fevereiro de 2010 23:21
assunto [wireless.br] Target price para a nova Telebrás – uma análise prospectiva

Target price para a nova Telebrás – uma análise prospectiva - por Leonardo Araujo*

*Leonardo Araujo é analista de TI

Nas últimas semanas, na medida em que as notícias sobre a reativação da Telebrás ficavam mais frequentes e concretas, o valor da ação passou a acompanhar as perspectivas positivas, saindo da casa de um real e chegando à casa dos três, recuando a seguir por influência da crise européia.

Não cabe aqui analisar as estratégias pessoais, pois cada investidor teve seu ponto médio de entrada e, de acordo com suas possibilidades e objetivos, traçou ou traçará o ponto de saída.

O que cabe é tentar, através do conhecimento dos fatos do mercado, estabelecer quais seriam as possibilidades de a ação atingir um determinado patamar de preços e qual seria este.

Para tanto, é preciso considerar que, em termos de investimento real, até pouco tempo atrás, Telebrás "não existia". Os investidores que entraram no papel antes de dezembro de 2009 sabiam que estavam comprando o risco de quem dele queria se desfazer. Isso porque a empresa estava (e ainda legalmente está) em liquidação extrajudicial, e só aguardava a resolução de algumas pendências para ser extinta.

Evidentemente, a maioria desses novos investidores estava calçada em informações, veiculadas na imprensa desde 2007, que não podiam ser desprezadas.

Desde então, na Internet - à disposição de qualquer internauta - há diversas reportagens comentando sobre a possibilidade de reativação da Telebrás. Através delas era possível perceber que a intenção de reativação estava localizada no núcleo central do governo, tanto na Casa Civil como no Ministério do Planejamento, e que as notícias tinham, como fonte, dirigentes do primeiro e segundo escalões, como Dilma Rousseff, Paulo Bernardo, Rogério Santanna, César Alvarez e Erenice Guerra, todos com acesso direto ao presidente. Assim, não foi difícil ir coletando, reunindo e analisando as informações.

Ao fim e ao cabo, o mesmo grupo governamental, capitaneado pela agora candidata a presidente da república, fez valer suas opiniões e, ao que tudo indica, a Telebrás será mesmo reativada. Surpresa? Não, com certeza não foi surpresa para os investidores que, mediante uma criteriosa análise de informações, já haviam chegado a esta conclusão há mais tempo, especialmente no período compreendido entre o final de 2009 e janeiro de 2010.

Obviamente, o resultado foi uma disparada nas cotações, amparada por um volume de transações que está fazendo inveja a qualquer blue ship do mercado. Possíveis correções poderão ocorrer; afinal, isso é pertinente ao mercado de ações. No entanto, não parece sintomático que, à baixa emocional do dia 04 tenha se contraposto uma forte alta de mais de 10% no dia 05, mesmo com a Bovespa e as demais bolsas mundiais derretendo em fortes quedas? E ainda mais: com um dos maiores volumes da Bolsa?

Os fatos acima, embora já presentes em análises anteriores, são importantes para que se possa tentar entender algumas características psicológicas da massa de investidores que está posicionada em Telebrás, particularmente em suas ações preferenciais, o que poderá auxiliar em uma tentativa de previsão do comportamento da ação durante o ano de 2010.

Estima-se que hoje, 06 de fevereiro, após analisadas todas as informações disponíveis, a possibilidade de reativação da empresa seja de 95%.

Grosso modo, é possível classificar os atuais investidores em Telebrás nos seguintes grupos:

1. Ex-funcionários da estatal que receberam ou adquiriram ações nos "áureos tempos" e que com elas permanecem na expectativa de sua reativação;
2. Fundos de investimento agressivos e com perfil de altíssimo risco (como o da Verax, ligado ao Banco Cruzeiro do Sul, que em Dez 08 já detinha 10% das ON);
3. Pequenos e médios investidores que foram se posicionando entre 2007 e 2009;
4. Pequenos e médios investidores (incluindo insiders) que assumiram posições recentemente, logo após a ação romper o topo anterior de R$ 0,98;
5. Pequenos, médios e grandes investidores que, juntamente com diversos clubes de investimento, compraram já acima de R$ 2,xx.

O fato é que, enquanto não houver a divulgação oficial da reativação da empresa, a maior parte dos grandes investidores – os verdadeiros "motores" da Bolsa, principalmente os fundos de investimento (nacionais e estrangeiros) e os investidores institucionais, não poderão se posicionar em Telebrás. Quem gerencia recursos de terceiros ou para estes gera análises e informações bursáteis, só prospera se for frio e extremamente racional. Assim, não podem adquirir ou recomendar a empresa antes que tenham algo concreto para justificar perante seus cotistas e clientes, caso contrário podem perder o emprego e/ou a credibilidade.

Há também os mega investidores estrangeiros que gerenciam bilhões de dólares. Estes, via de regra, só aplicam em empresas com recomendação positiva de uma agência internacional de classificação de risco.

A exceção ao caso acima são os fundos de investimento, nacionais e estrangeiros, com perfil de altíssimo risco.

Algumas das questões fundamentais para tentar atribuir um preço justo para a ação são as capitalizações de que será alvo e a perspectiva de lucro futuro. Somente após o detalhamento desses quesitos será possível ter uma avaliação inicial que permita obter conclusões.

De qualquer forma, há um cenário inicial que não pode ser desprezado e que poderá estabelecer um piso, a partir do qual se desenvolverá a escalada de preços futuros.

Nesse cenário, atualmente em curso, uma empresa que estava em liquidação extrajudicial, de repente será reativada e receberá um grande aporte de capital de seu acionista controlador – o governo brasileiro, além de prestígio junto à população e aos investidores.

Tal empresa, por antigas questões ideológicas e por questões político-econômicas presentes no atual momento eleitoral, está sendo levada a sintetizar, em sua futura atuação, a filosofia do "novo desenvolvimentismo" proposto pela candidata Dilma Rousseff e defendida pelo atual presidente da república, em que o Estado passa a assumir um papel forte e preponderante onde a iniciativa privada não quer ou não tem meios para investir.

Dentro dessa nova filosofia, como muito bem se expressou o presidente Lula em Porto Alegre e na recente reunião com representantes da sociedade civil, as empresas estatais não podem ser deficitárias. Têm que dispor de uma administração moderna e de um corpo de funcionários eficiente que as façam cumprir exemplarmente sua função social e, ao mesmo tempo, gerar lucros financeiros, pois esses se transformarão em mais investimentos sociais futuros.

Além disso, a Telebrás será o órgão líder do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), o qual é o principal programa do PAC-2, carro-chefe e maior cartada política para alavancar a candidatura de Dilma.

Segundo estimativas divulgadas por membros do governo ligados ao PNBL, há a possibilidade de um montante de cerca de 14 bilhões de reais serem investidos nesse Plano até 2014. É de se esperar que uma parcela significativa dessa astronômica quantia seja investida diretamente na Telebrás.

Voltando ao chamado target price, é necessário considerar quais os fatores que fazem com que uma empresa tenha suas ações valorizadas em Bolsa de Valores. Nesse quesito, para não incorrer em explicações detalhadas, basta verificar que não são somente indicadores clássicos, como relações preço/lucro e preço/valor patrimonial, que, quando atrativos, podem incrementar tais esses valores.

Algumas das grandes explosões de preços havidas em ações ocorreram quando se fazia presente uma perspectiva nova e altamente promissora para a empresa. Por exemplo, quando uma concordatária conseguiu equacionar suas dívidas e voltar ao mercado com excelentes perspectivas. Normalmente, ao entrar em concordata, o valor de suas ações vai "ao fundo do poço", pois há a possibilidade de falência. Ao sair desta condição e, ainda mais, se tiver as tais excelentes perspectivas, a valorização é excepcional.

Outro exemplo se dá quando uma cobiçadíssima empresa de capital fechado resolve fazer um IPO. Se tudo for bem conduzido e o momento bursátil for propício, o preço final tende a ser disputado e alto.

Tomando um exemplo atual, o que fez a ação da OGX Petróleo (OGXO3) alcançar a cotação de mais de R$ 18,00 sem que a empresa tenha produzido um único barril de petróleo? Antes disso, ainda em meados de 2008, a OGX realizou o maior IPO da história do Brasil até então, captando 6,7 bilhões de reais em uma oferta 100% primária. Antes disso, ainda em 2007 e em uma colocação privada de ações, a OGX captou cerca de 2,5 bilhões de reais.

Em 2007, a OGX não tinha patrimônio, lucros, resultados anteriores e qualquer outro indicador comum nas análises bursáteis também comuns. Mas tinha a marca "Eike Batista" de administrar e um corpo técnico invejável, recrutado entre os melhores do mercado. Esses dois fatores, aos olhos dos investidores, foram suficientes para que fizesse sua grande captação inicial, conseguisse adquirir 21 blocos exploratórios na bacia petrolífera brasileira e começar a sondá-los. Posteriormente, após o IPO, descobriu petróleo em alguns deles e, a cada descoberta, as ações se valorizam mais e mais.

Repito: é preciso lembrar que a OGX ainda não produziu nada. O início da fase de produção está previsto somente para o final de 2011.

O "caso OGX" e o de várias ex-concordatárias são emblemáticos para o momento atual da Telebrás, pois se traduzem em uma única palavra: PERSPECTIVAS!

Tal – ou pior - que as concordatárias citadas, a Telebrás estava em processo de extinção, com suas ações valendo dois ou três centavos (sendo que chegaram a valer R$ 177,16 em 10 de julho de 1997). Na medida em que as perspectivas foram mudando, suas ações foram ganhando valor, até chegar aos atuais R$ 2,62 do dia 05 de fevereiro. No entanto, ainda não há nenhuma definição oficial. Nada foi confirmado pelo governo.

Assim sendo, no momento em que a confirmação existir, dois fatos tendem a acontecer:

1) De forma mais positiva que as referidas concordatárias, a empresa repentinamente passará de "quase sem valor" a uma outra condição onde terá prestígio público, capital e um papel central em um dos maiores planos do atual governo, além sintetizar a filosofia política que pode eleger a candidata chapa-branca.

2) De forma similar à OGX, a Telebrás sairá do "zero" para uma situação que permitirá aos investidores antever excelentes perspectivas de resultados futuros, haja vista o governo fazer questão de que tenha lucro e seja auto-sustentável posteriormente, o que significa muitas coisas, entre as quais o merecimento de uma administração competente e pautada pelas normas da governança corporativa.

Sem que se tenha detalhes de como será organizada, operacionalizada e capitalizada, é impossível prever um target price para qualquer tempo. No entanto, considerando um cenário positivo, é razoável supor que as atuais movimentações de preço sejam apenas iniciais, em direção ao estabelecimento de um piso que venha a se constituir na base sobre a qual se definirão os próximos movimentos. Quanto mais alto for esse piso, mais expressivos tenderão a ser os movimentos futuros, quase que como em um verdadeiro IPO (o que, de fato, não deixará de ser).

Nessa linha de raciocínio, falar-se em 5, 10 ou 15 reais para este piso inicial de preços não é irreal, especialmente em um mercado (nacional e estrangeiro) ávido por empresas novas e promissoras. Independente de qual seja, é licito supor que será sobre esse valor que poderá acontecer a verdadeira explosão – o big bang – nas cotações, levando-as, com o decorrer do tempo, a patamares que só o mercado poderá determinar.

Em conseqüência, não parece haver motivos para se pretender uma antecipação na data do anúncio da reativação, pois, de acordo com esta análise, quanto mais tarde ela ocorrer, maior poderá ser o retorno proporcionado aos seus acionistas na sequência dos acontecimentos.

Indo ainda mais longe, caso o cenário se mostre mais positivo do que se antevê, a Telebrás poderá voltar a ser uma das "jóias da coroa", reassumindo a condição de blue ship estatal, ao lado da Petrobrás e do Banco do Brasil. Neste caso, para as cotações, o céu já não será o limite...

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Fonte: Convergência Digital
[23/02/11]   PSOL investiga grupamento de ações da Telebrás - por Luiz Queiroz  (Visite a fonte para ver vídeos de Marinor Brito e Rogério Santanna)

O PSOL - Partido Socialismo e Liberdade - decidiu acompanhar o processo de grupamento de ações que a Telebrás irá promover na Bovespa, para conferir se os pequenos investidores - aqueles que adquiriram esses papéis da companhia com a compra de uma linha telefônica nos antigos planos de expansão - não serão prejudicados pela medida.

Atualmente a Telebrás tem 1,09 trilhão de ações no mercado. A proposta da direção da empresa contempla aqueles acionistas com menos de 10 mil ações. O objetivo é que esses papéis “fracionários” sejam agrupados e vendidos. Assim, aqueles que detém frações de 10 mil papéis passarão a ter um crédito em dinheiro disponível.

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) já requereu informações ao Ministério das Comunicações sobre esse processo. E no último dia 16 manifestou da tribuna do Senado a sua preocupação quanto a possibilidade de prejuízos aos pequenos acionistas.

CDTV reproduz o vídeo da TV Senado, no qual a senadora Marinor informa que diversos pequenos investidores, detentores desses papéis da Telebrás, em seu Estado, pedem que o governo esclareça se haverá ou não prejuízos, em função do preço estipulado para a devolução do dinheiro investido por eles e a atual cotação no mercado.

O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, também comentou o assunto ontem, durante entrevista ao jornalista Beto Almeida, no programa Cidadania, da TV Senado. Santanna explicou que o grupamento das ações foi um pedido da própria Bovespa, em função do volume absurdo de papéis em circulação. Ele garantiu que os pequenos investidores não irão perder dinheiro com o grupamento das ações.

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Fonte: Equipe InfoMoney
[07/12/10]  Telebrás aprova grupamento de ações para o dia 24 de janeiro de 2011

SÃO PAULO - O prazo para ajuste das posições acionárias da Telebrás (TELB3,TELB4) terá início na próxima quarta-feira (8), conforme o processo de grupamento de ações aprovado em assembleia geral extraordinária no último dia 3.

Segundo a deliberação, o grupamento ocorrerá na proporção de 10 mil ações para 1 papel da mesma espécie, o que fará como que o capital social passe a ser formado por 109.698.912 ações nominativas e escriturais, das quais 88.695.913 serão ordinárias e 21.002.999 preferenciais.

A medida tem como objetivo melhorar o patamar de preços das cotações dos ativos, bem como reduzir os custos operacionais e aumentar a eficiência de registro, controle e divulgação de informações aos acionistas.

Prazos
Os acionistas terão entre 8 de dezembro deste ano e 21 de janeiro de 2011 para ajustar livremente suas posições de ações em lotes múltiplos de 10 mil papéis. A partir então de 24 de janeiro, os ativos da Telebrás passarão a ser negociados apenas sob a forma recém-grupada, como cotação unitária.

Entre 24 de janeiro e 2 de fevereiro de 2011 será suspensa a venda de ações da companhia via convênio bancário, bem como as transferências de ações em balcão e as ordens de transferência de ações.

Frações irão a leilão
A partir de 7 de fevereiro as frações de ações resultantes do grupamento serão somadas e oferecidas em leilões sucessivos na BM&F Bovespa (BVMF3) até a venda de sua totalidade.

Após a realização dos leilões e a venda do último lote, os valores correspondentes serão debitados aos respectivos titulares em até cinco dias úteis, junto ao Bradesco (BBDC4), a instituição financeira depositária.

Já os detentores de ações ao portador deverão solicitar a sua conversão para a forma nominativa, comparecendo a qualquer agência do do Itaú Unibanco (ITUB4), munidos da posse dos títulos, respectivos cupons, CPF e documento de identidade.

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Fonte: Tele.Síntese
[03/11/10]    Santanna confia que permanecerá na Telebrás no novo governo

Presidente da estatal disse que a presidente eleita conhece bem o PNBL e deverá exigir rapidez nas ações

O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, disse nesta sexta-feira (3) que confia na sua permanência no cargo no próximo governo. “Afinal, a presidente Dilma conhece muito o projeto e foi ela quem abriu as portas do Palácio do Planalto para apresentação do Plano Nacional de Banda Larga”, disse. A expectativa de Santanna é de que a nova presidente, que conhece a área, será muito exigente em relação aos prazos de implantação.

Santanna comandou a Assembleia Geral Extraordinária da estatal. Os acionistas da Telebrás aprovaram a proposta da companhia para grupamento de 1,09 trilhão de ações nominativas, sendo 896,9 bilhões de ações ordinárias e 210,2 bilhões de ações preferenciais. Pela proposta, o agrupamento se dará na proporção de 10 mil ações para uma de respectiva espécie e os valores subirão 10 vezes.

Quem tiver menos de 10 mil ações, terá suas frações convertidas em dinheiro. Para os pequenos acionistas identificados, os recursos resultantes da venda das ações serão depositados diretamente na conta. Os acionistas desconhecidos terão seus recursos depositados no bando que faz a custódia das ações, até que prove a posse das ações. A estatal fará uma ampla divulgação do programa nos meios de comunicações para evitar prejuízos.

Os objetivos do grupamento são ajustar o valor unitário de cotação das ações a um patamar mais adequado do ponto de vista mercadológico, reduzir custos operacionais para a estatal e seus acionistas, aumentar a eficiência dos sistemas de registros, controles e divulgação de informações aos acionistas e alinhar o valor por ação da companhia aos parâmetros negociados em bolsas de valores no Brasil. Mas é também o primeiro passo para que a Telebrás alcance um nível de governança corporativa mais elevado.

Os acionistas também homologaram a indicação de membros do Conselho de Administração, nomeados pelo Conselho de Administração "ad referendum" em outubro. O engenheiro em telecomunicações Caio Bonilha foi indicado para assumir a diretoria Comercial da Telebrás. A função do novo diretor será concretizar a venda de capacidade da rede de fibras ópticas da estatal para viabilizar a disseminação de conexões à internet em banda larga a preços mais baixos dos praticados atualmente no mercado. Bonilha acompanhou de perto a elaboração do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), como consultor contratado pelo governo.

Além do novo diretor, o Conselho de Administração da estatal nomeou ainda “ad referendum” três conselheiros: o advogado Marcelo de Siqueira Freitas, por indicação do Ministério do Planejamento; o economista Carlos Alberto Afonso e o engenheiro elétrico Demi Getschko, ambos indicados pelo Ministério das Comunicações. Todos com mandato até agosto de 2012 e confirmados hoje nos cargos.

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Fonte: Tele.Síntese
[22/03/11]  Telebrás prevê pagar R$ 2,2 milhões a seus administradores em 2011 - por Lúcia Berbert

Proposta será apreciada durante Assembléia Geral Ordinária da Telebrás no dia 6 de abril
A Telebrás pretende gastar R$ 2,2 milhões no pagamento de 16 administradores em 2011. A proposta será apresentada na próxima Assembléia Geral Ordinária (AGO) da estatal, convocada para o dia 6 de abril. Em 2010, esse dispêndio ficou em R$ 1,5 milhão, relativo ao pagamento de 17 administradores, entre diretores e integrantes dos conselhos de administração e fiscal.

O pagamento aos três atuais diretores, somados os benefícios diretos e indiretos além dos honorários, consumirão a maior parte dos recursos: R$ 1,8 milhão. Enquanto os oito integrantes do conselho de administração ficarão com R$ 290 mil e os cinco conselheiros fiscais, com R$ 181 mil.

De acordo com a proposta, a política ou prática de remuneração dos administradores da Telebrás é definida pelo Ministério do Planejamento que, por meio do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), encaminha a planilha contendo a discriminação das parcelas que compõem a remuneração dos Administradores (Diretoria e Conselho de Administração) desta empresa, remetida à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), com vistas a subsidiar a decisão do acionista majoritário por ocasião da realização da Assembléia Geral de Acionistas.

Ainda segundo a proposta, os honorários dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal, são fixados em um décimo da remuneração média mensal dos membros da Diretoria Executiva, excluídos os valores relativos a: adicional e abono pecuniário de férias, auxílio alimentação, auxílio moradia, seguro de vida em grupo, seguridade social e benefícios sociais.

Novos conselheiros

A AGO servirá também para homologar das indicaçoes do representante do Ministério das Comunicações no Conselho de Administração, nomeado “ad referendum” e para o Conselho Fiscal, com mandatos até agosto de 2012. Para o Conselho de Administração foi indicado o secretário de Telecomunicações do Minicom, Nelson Fujimoto, que ocupou a vaga deixada pelo então secretário Roberto Pinto Martins.

Para o Conselho Fiscal, foi indicado Ulysses Cesar Amaro de Melo, como membro efetivo, e Francisco do Nascimento Dantas, como suplente. E o consultor jurídico do Minicom Rodrigo Zerbone Loureiro, como membro efetivo do Conselho Fiscal da Telebrás e seu suplente, Victor Cravo Teixeira.

O Ministério da Fazenda indicou para o Conselho Fiscal da Telebrás Bruno Nunes Sad, 31 como membro efetivo, e a recondução de Alexandre Ruggieri Kosbiau, como suplente.

A eleição de representante dos funcionários para o Conselho de Administração da estatal, conforme decreto editado pela presidente Dilma Rousseff, ainda não está prevista. Isto porque a Telebrás não tem o número mínimo de servidores previstos, de 200.
 

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Telebrás

Quem é quem
Presidente e Diretor de Relações com Investidores

CAIO CEZAR BONILHA RODRIGUES
presidencia@telebras.com.br

Gabinete

Chefe de Gabinete
ELIZABETH RIVA BOLOGNESI
elizabeth.bolognesi@telebras.com.br

Assessor de Relacionamento com o Mercado
LORIVAL SOUZA DA SILVA
lorival.silva@telebras.com.br

Assessora de Imprensa
MARIANGELA MONFARDINI BIACHI
imprensa@telebras.com.br

Assessora Jurídica da Presidência
ADRIANA MENDES OLIVEIRA
adriana.oliveira@telebras.com.br 

Gerente da Auditoria Interna
ANTÔNIO HIROYUKI YAMADA
antonio.yamada@telebras.com.br

Gerente Jurídico
JUSSARA COSTA MELO
jussara.melo@telebras.com.br

Assessor da Presidência
BERNARDO AUGUSTO FONSECA MAIA
bernardo.maia@telebras.com.br

Diretoria de Administração

Diretora
LORENI FRACASSO FORESTI
loreni.foresti@telebras.com.br

Gerente de Logística e Convênios
CLEBER BUENO
cleber.bueno@telebras.com.br

Gerente Fiscal e de Controle
VINICIO ROSSETTO
vinicio.rossetto@telebras.com.br

Gerente Financeiro
JANUÁRIO FLORES
januario.flores@telebras.com.br

Gerente de Recursos Humanos
MARIA AUXILIADORA DOS SANTOS
maria.santos@telebras.com.br

Diretoria Técnica

Diretor
ANTÔNIO CARLOS ALFF
antonio.alff@telebras.com.br

Gerente de Projetos
PEDRO DAVISTON RIBEIRO
pedro.ribeiro@telebras.com.br

Gerente de Planejamento e Engenharia
GERALDO JAIR VIEIRA SEGATTO
geraldo.segatto@telebras.com.br 

Gerente de Operação e Manutenção
IVAN RIBEIRO DE CAMPOS
ivan.campos@telebras.com.br

Gerente de Pesquisa e Desenvolvimento
PAULO EDUARDO HENRIQUES KAPP
paulo.kapp@telebras.com.br

Diretoria Comercial

Diretor
CAIO CEZAR BONILHA RODRIGUES
caio.bonilha@telebras.com.br

Conselho de Administração

Cezar Santos Alvarez – Presidente
Caio Cezar Bonilha Rodrigues
Rafael Rodrigues Alves da Rocha
Antônio Flávio Salgado
Marcelo de Siqueira Freitas
Carlos Alberto Afonso
Demi Getschko
Nelson Akio Fujimoto
Conselho Fiscal

Efetivos:
Antonio Carlos da Silva Estevão
Bruno Nunes Sad
Lauro Arcângelo Zanol
Rodrigo Zerbone Loureiro
Ulysses Cesar Amaro de Melo

Suplentes:
Rafael Campos Giro
Alexandre Ruggieri Kosbiau
Amir George Francis Matta
Victor Epitácio Cravo Teixeira
Francisco do Nascimento Dantas


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