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Junho 2011 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• Como motivar - e
ensinar - crianças e jovens no estudo de linguagens de programação? (1)
Nota de Helio Rosa
No dia 15 enviei aos nossos Grupos de Debates a mensagem abaixo.
Nos próximos "posts" vou registrar as repercussões.
HR
Olá, WirelessBR e Celld-group!
Olá, Papais e Vovôs! :-)
Neste mês de maio tornei-me um septuagenário,
com a Graça de Deus! :-)
Sobre a história das muitas décadas ("recentes") do nosso Brasil, estou naquela
fase poética do "Meninos, eu vi"... :-)
Daí minha indignação sobre alguns assuntos atuais pois já presenciei tempos
melhores.
Mas isto é para dizer que acompanhei a chegada dos "cérebros eletrônicos" no
país, desde o ano de 1967 quando comprei, por simples curiosidade, a primeira
edição do livro "Fortran Monitor" de Tércio Pacciti, que certamente está nas
lembranças dos mais "antigos". Li, não tinha como praticar, entendi muito pouco.
A compreensão veio no curso de engenharia, na cadeira de "Cálculo Numérico",
usando o "computador científico" IBM-1130, do IME. Depois "regredi" para um um
"centro de processamento de dados", que usava um UNIVAC U-1005; em seguida,
passei pelo Super Micro Cobra 400 com a linguagem TAL-2, etc. Tive oportunidade
de dar aulas de programação "de baixo nível" usando como suporte um
pioneiríssimo kit TK-85, com tecladinho hexadecimal... Priscas e jurássicas
eras. :-)
Neste longo processo, sempre com algum micro em casa, meus três filhos de
interessaram pelo assunto, tornaram-se programadores de várias linguagens e isso
teve enorme influência em suas vidas profissionais, dentro e fora da área de TI.
Depois de longo afastamento da "programação",
no ano 2000, antes da chegada dos celulares compatíveis, interessei-me por
"programação WAP" (no site pioneiro "Aprendawap" do nosso participante Alan
Carvalho) e até publiquei um
tutorial didático sobre linguagem WML, usando simuladores. E parei novamente
por aí. :-)
Apesar da idade, estou tentando "dar um salto" e aprender a programar
aplicativos para celulares (apenas como hobby).
Mas, no processo, pretendo mesmo é motivar meus quatro netos, exímios usuários
de notebooks e smartphones, mas que não conhecem nada de linguagens de
programação.
Por onde recomeçar, para poder repassar didaticamente para os netos e outros
jovens? :-)
"Lógica orientada para objetos?", com uso de "meta linguagem"?
Que linguagem moderna devo usar como introdução à programação?
Links para "ferramentas" para iOS e Android?
Tutoriais em português?
Alguém que esteja ensinando crianças para dar algum depoimento?
Um dos artigos abaixo fala no kit Lego, de automação. Alguém conhece e
recomenda? Preço do kit? :-)
Sobre estes temas, anotei dois artigos interessantes, muito recentes, vale
conferir:
Fonte: Link - Estadão
[12/06/11]
Chuva
de dados - por Tatiana de Mello Dias
Recorte:
(...) O final de semana ensolarado poderia servir para um
bate-e-volta à praia, uma manhã no parque ou uma tarde preguiçosa. Mas Matheus
Bánffy, 15 anos, andava de um lado para outro da sala em que outras dezenas de
programadores discutiam códigos, línguas e problemas.
Casaco de moletom e boné, ouvia, opinava e voltava aos códigos no computador.
Trabalhava fazendo uma tela de login para uma rede social destinada a
voluntários — era um dos projetos do Random Hacks for Kindness (RhoK), evento
capitaneado por gigantes como Google, Nasa, Microsoft, Yahoo e Banco Mundial
para reunir quem entende de tecnologia para criar aplicativos para a
população.(...)
Fonte: Veja
[03/06/11]
Aplicativos para celular e tablet animam mercado bilionário
Recorte:
(...) Aplicativos são um conceito relativamente novo na
vida da grande maioria das pessoas. No entanto, eles se impuseram de tal forma
em smartphones e tablets que parece impossível imaginar nosso cotidiano sem um
desses programinhas que misturam diversão e serviços. Um celular sem Angry Birds
ou um guia de cinema? Melhor trocar de máquina. Não é à toa, portanto, que os
aplicativos estão construindo um mercado gigantesco dentro do setor de
comunicação móvel. Em 2011, eles devem deve movimentar 6,8 bilhões de dólares e,
até 2015, bater em cifras astronômicas que variam entre 25 bilhões e 38 bilhões
de dólares, variando conforme estimativas de consultorias internacionais como
MarketsandMarkets e Forrester Research, respectivamente. No Brasil, no ano
passado, o bolo chegou a 50 milhões de reais. Uma vez que a penetração de
tablets e smartphones tende a crescer, o segmento vai fazer ainda mais barulho,
exatamente como os pássaros irascíveis de Angry Birds.(...)
Vamos repercutir o assunto?
Aguardo informações, nos fóruns ou em "pvt"!
Obrigado!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs
Tecnologia e
Cidadania
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Fonte: Link - Estadão
[12/06/11]
Chuva
de dados - por Tatiana de Mello Dias
Um problema e um final de semana para executar uma
ideia que pode salvar vidas. Como eles embarcaram em uma maratona e criaram
projetos úteis em 48 horas
SÃO PAULO – O final de semana ensolarado poderia servir para um bate-e-volta à
praia, uma manhã no parque ou uma tarde preguiçosa. Mas Matheus Bánffy, 15 anos,
andava de um lado para outro da sala em que outras dezenas de programadores
discutiam códigos, línguas e problemas.
Casaco de moletom e boné, ouvia, opinava e voltava aos códigos no computador.
Trabalhava fazendo uma tela de login para uma rede social destinada a
voluntários — era um dos projetos do Random Hacks for Kindness (RhoK), evento
capitaneado por gigantes como Google, Nasa, Microsoft, Yahoo e Banco Mundial
para reunir quem entende de tecnologia para criar aplicativos para a população.
O Rhok aconteceu em 19 cidades e, em sua terceira edição brasileira, reuniu pelo
menos 80 pessoas interessadas em apresentar problemas e discutir soluções que
passem pela tecnologia para ajudar na prevenção e atuação após desastres. “Temos
iniciativas grandes de dados abertos e também de apoiar o software livre e
democratizar a tecnologia”, diz Joaquim Toro, especialista em gestão de
desastres do Banco Mundial, que coordena a edição brasileira da maratona.
Matheus está aprendendo a programar com o pai, Ricardo Bánffy, programador
experiente nesse tipo de maratona. Instalados em uma sala na zona sul de São
Paulo, programadores de várias linguagens abriram mão do final de semana para
programar nos projetos do RhoK.
Para evitar desastres.
O evento funciona assim: de um lado, especialistas nas áreas (neste caso,
desastres) apresentam os problemas. Foi durante um Rhok, por exemplo, que surgiu
o People Finder, do Google, usado para localizar desaparecidos em casos de
tragédia.
Por aqui, os problemas eram vários: falta de pluviômetros, escassez de
mecanismos de alerta, falta de organização nos dados da Defesa Civil. Problemas
definidos, os programadores escolhem uma área e começam a quebrar a cabeça atrás
de soluções.
Agostinho Ogura, pesquisador do Laboratório de Riscos Ambientais do Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), apresentou um dos problemas: é preciso estender —
e muito — a rede de pluviômetros. Os aparelhos são relativamente baratos e há
versões feitas até em garrafas PET, mas todas demandam alguém para monitorar.
Como construir um pluviômetro barato e automatizado? O grupo vencedor escreveu
algoritmos complicados e chegou a uma solução: uma máquina fotografaria a imagem
e os algoritmos transformariam a foto em um dado pluviométrico. Os testes foram
feitos em copos de café. Deu certo. O projeto levou o primeiro lugar, tanto pela
criatividade quando pela proposta, que inclui espalhar o mecanismo por escolas
para transformá-las em pequenas estações pluviométricas. “A solução tem grandes
chances de ser aplicada. Vamos tentar fazer um piloto na cidade e replicá-la
para outros locais”, diz Ogura.
“Como ‘hack’, avaliando a engenhosidade, o uso ‘criativo’ dos recursos técnicos,
eu achei o projeto vencedor genial”, diz Bánffy. O projeto em que ele e seu
filho trabalharam também mereceu destaque. Eles criaram a RhoK Bush, uma rede
social em que voluntários cadastram suas habilidades e são acionados por
mensagem de celular, dependendo da localização das ocorrências. “É uma
ferramenta quase pronta para organizar pessoas com interesses similares ou
complementares”, diz Bánffy.
O Rhok Bush, escrito em Python, tem o código disponilbilizado de forma livre —
essa, aliás, é uma exigência do evento. Tudo deve ser feito em software livre
para ser aproveitado por outros projetos em outros países, se for o caso. Um dos
responsáveis pela rede, Bruno Gola, diz que pretende continuar trabalhando no
projeto — afinal, foram apenas dois dias de evento, tempo em que é preciso
estudar a ideia e apresentar um produto pronto.
Ele foi até o evento, no final da Marginal Pinheiros, de bicicleta. Passou ali o
sábado e o domingo — o final do primeiro dia foi fechado com uma pizzada. E
mergulhou na maratona de programação por diversão — e também por um pouco de
engajamento, é claro. “Acho legal por acreditar que hackers podem atuar
politicamente usando seu conhecimento da rede”, diz ele. Há outro motivo claro
pelo qual eles estavam lá, juntos, e não remotamente em suas casas: a troca de
experiências nesse tipo de ambiente ajuda muito no trabalho.
Sem plateia. “O que acho legal nesse formato de evento é que é uma coisa mais
bagunçada, não é como uma grande conferência com palestrantes e uma plateia.
Todo mundo participa, todos interagem. É uma coisa mais descentralizada”, diz
Gola. “Dá para aprender muito mais nesse modelo de evento do que em conferencias
tradicionais, onde você fica sentado escutando alguém falar a maior parte do
tempo.”
Bánffy vai na mesma linha. Não é qualquer profissional que passa o final de
semana trabalhando em troca de pizza, não é? “É que, no fundo, fazemos isso por
diversão. Eu adoro aprender coisas novas”, diz.
Seu filho já programa os robôs de Lego que são feitos na escola. No Rhok, diz o
pai, ele “fez um bom trabalho”. Ele está aprendendo programação aos poucos –
Ricardo diz que não quer forçar e ainda está pensando na melhor maneira de
ensinar. E ele adorou ter participado da maratona hacker. Tanto é que pediu para
ir ao Fórum Internacional do Software Livre, que acontece em Porto Alegre no
final do mês. O pai não deixou — o garoto tem aula.
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Fonte: Veja
[03/06/11]
Aplicativos para celular e tablet animam mercado bilionário
Programas caem no gosto dos usuários e oferecem oportunidades de trabalho a
desenvolvedores novatos
Aplicativos
Aplicativos são um conceito relativamente novo na vida da grande maioria das
pessoas. No entanto, eles se impuseram de tal forma em smartphones e tablets que
parece impossível imaginar nosso cotidiano sem um desses programinhas que
misturam diversão e serviços. Um celular sem Angry Birds ou um guia de cinema?
Melhor trocar de máquina. Não é à toa, portanto, que os aplicativos estão
construindo um mercado gigantesco dentro do setor de comunicação móvel. Em 2011,
eles devem deve movimentar 6,8 bilhões de dólares e, até 2015, bater em cifras
astronômicas que variam entre 25 bilhões e 38 bilhões de dólares, variando
conforme estimativas de consultorias internacionais como MarketsandMarkets e
Forrester Research, respectivamente. No Brasil, no ano passado, o bolo chegou a
50 milhões de reais. Uma vez que a penetração de tablets e smartphones tende a
crescer, o segmento vai fazer ainda mais barulho, exatamente como os pássaros
irascíveis de Angry Birds.
O ascendente mercado acena com oportunidades a quem se interessar por ele. E o
mais interessante é que o aspirante a desenvolvedor de aplicativos não precisa
necessariamente estar ligado à área de tecnologia – embora, em geral, esses
profissionais saiam na frente. Basta possuir noções básicas do negócio para
começar a flertar com a profissão. Para auxiliar na tarefa, as empresas
proprietárias das plataformas onde os aplicativos rodam – especialmente iOS, da
Apple, e Android, do Google – disponibilizam kits com "ferramentas" para a
construção dos programas, além guias que apresentam as diretrizes do trabalho e
modelos de programas que podem ser copiados à vontade na criação de novas
atrações.
"A Apple tem um material bem didático à disposição dos interessados que queiram
se lançar nesse mercado. Conheço vários desenvolvedores de sucesso que começaram
ali, sem sequer saber programar", diz Breno Masi, diretor de marketing e
produtos da Agência Fingertips, uma das empresas pioneiras na criação de
aplicativos no país e que deve faturar 10 milhões de reais neste ano. Com
tamanha experiência acumulada, Masi aconselha: "O que de fato é essencial nessa
área é dedicação total."
Conhecimento específico pode ser prescindível no início. Mas não é para o
desenvolvimento na área. Por isso, Ana Luisa Santos, sócia da agência mob376,
outra produtora de aplicativos, incentiva os candidatos a buscar especialização.
"Conhecimentos parcos em programação levam à criação de aplicativos feitos com
códigos confusos e improvisados", diz Ana Luisa. "Isso impede o desenvolvimento
de atrações de nível superior, aquelas que de fato se tornam sucesso no gênero."
Para começar, certos detalhes devem ser observados, como a plataforma escolhida
para iniciar o projeto. Existem vários sistemas operacionais presentes no
mercado, mas apenas dois conseguem chamar a atenção dos desenvolvedores e de seu
público: o iOS 4, que dá vida a iPods, iPads e iPhones, e o Android, do Google,
presente em aparelhos de diversos fabricantes. Juntos, eles reúnem em suas lojas
virtuais cerca de 850.000 aplicativos, como jogos, ferramentas de trabalho e
serviços de entretenimento.
Embora ambos os sistemas sejam gigantes e promissores, há diferenças que devem
ser levadas em conta no momento da escolha. A plataforma Android já ultrapassou
a iOS 4 em número de celulares ativos no mundo – ou seja: os desenvolvedores que
criarem produtos para o sistema têm mais clientes potenciais. A despeito disso,
o sistema da Apple oferece um número maior de aplicativos atualmente: são
500.000 ante 350.000. "Historicamente, os usuários da Apple estão mais
inclinados a comprar aplicativos, uma vez que a loja do Google oferece muitos
itens gratuitos", afirma o Yuri Ramos, um dos fundadores da mob376.
Por ora, produzir programas para a plataforma da Apple segue como a opção mais
lucrativa. Isso porque o Android sofre com a existência de várias versões de
sistema e dispositivos em tamanhos e formatos diferentes. "Essa fragmentação é
um desestímulo ao desenvolvedor, que precisa gastar mais tempo adaptando sua
criação para, no mínimo, três versões de sistemas operacionais", afirma Masi. Em
muitos casos, o esforço só vale a pena quando alguém faz o pagamento adiantado
pelo serviço.
Produzir um aplicativo sob encomenda é, aliás, uma tendência crescente dentro
desse segmento. "No fim dos anos 90, era impossível encontrar uma empresa sem
website. Agora, a corrida é pelos aplicativos: as companhias querem usá-los para
se aproximar de seus consumidores nos dispositivos móveis", diz Ana Luisa.
"Programas que reproduzam o conteúdo de sites, voltados ao público externo, e
ferramentas de trabalho, para os funcionários, estão entre os aplicativos mais
procurados no mundo corporativo."
Após a escolha do sistema, aqueles que optarem pela produção independente podem
começar a fazer dinheiro na área. Apesar dos 99 dólares de taxa cobrados
anualmente pelas empresas responsáveis pelas plataformas, e dos 30% de
participação em cima de cada programa vendido, existem empreendedores lucrando
entre 7.000 e 9.000 dólares por mês. Tudo depende, é claro, da popularidade do
aplicativo. Vale lembrar: 70% dos programas pagos disponíveis nas lojas custam
0,99 dólares. Ou seja, é preciso ser popular a ponto de dar escala ao negócio.
Confira no infográfico a seguir: conhecimentos
e ferramentas necessários à produção de aplicativos e passo a passo para a
produção dos programas
http://veja.abril.com.br/
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