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Junho 2011               Índice Geral do BLOCO

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27/06/11

• "Radiação e Saúde": Msg e Tradução de José Smolka + Matéria do Estadão + "Lei da Radiação"

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
"Radiação e Saúde" é uma das páginas comunitárias mais antigas, iniciada em 25/07/01.

O tema é recorrente na mídia e em nossos fóruns.
Pretendo iniciar uma atualização da página com as matérias mais recentes.

02.
Entre elas, há este "post" no website do José Smolka: (não confundir com o Blog Smolka et catervarii) :-)
17/06/11
• Mensagem de José Smolka: OMS chama atenção para relação entre o uso de celulares e o desenvolvimento de câncer

No seu texto, que comenta msg enviada por "Fla Telecom", Smolka cita uma palestra de Michael Crichton: Aliens Cause Global Warming.
Recorto um trecho:
(...)
Não se trata de fingir que o problema não existe, mas tampouco é o caso de presumir um problema sem evidência concreta. Todas as vezes que grandes interesses políticos ou econômicos se misturam com a ciência, quem sai perdendo é esta última. Especialmente nestes nossos dias onde pesquisadores acostumaram-se a ter tratamento (e orçamento de pesquisa) dignos de pop star, bem como a noção de que a existência de um "consenso" na comunidade científica é, por si só, garantia de boa ciência.
A condenação mais veemente que já vi a esta forma de atuação pseudo-científica foi feita por Michael Crichton na sua Michelin Lecture proferida no CalTech (California Institute of Technology) em 17/01/2003, intitulada
Aliens Cause Global Warming. (...)

03.
Não satisfeito com o comentário, José Smolka traduziu a interessante palestra:  :-)
21/06/11
• Palestra de Michael Crichton traduzida por José Smolka : "Extraterrestres são a causa do aquecimento global"

04.
Sobre "Radiação e Saúde", transcrevo abaixo "matéria de divulgação" de ontem no Estadão:
Fonte: Link - Estadão
[26/06/11]  O que o celular faz a suas células - por Carla Peralva

Agradeço novas indicações de links sobre o tema!

05.
Encontro no BLOCO Tecnologia este "post" de 2009:
07/05/09
Sancionada a "Lei da Radiação": Notícia + Íntegra da lei e explicação dos vetos
Recorte:
(...) Sobre a nova lei "que dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos" o nosso Bruno Cabral remete algumas matérias e comenta:
(...) É um assunto que merece ser explicado em linguagem de leigo. Muitos municípios já tentaram impor regras, mas as defesas quase sempre passaram por "telecom é regulamentado pela união" (...)

O nosso Paulo Novais de Souza Filho postou mensagem no Celld-group e pergunta:
(...) Está circulando a informação que a nova Lei proíbe que as antenas sejam instaladas nas chamadas "áreas críticas", a menos de 50 metros de hospitais, clínicas, escolas, creches e asilo, contudo pela lei não verifiquei essa proibição, a lei apenas informa que é necessária à medição da Anatel em estações instaladas em áreas críticas. Alguém tem uma leitura diferente? (...)

06.
Lá no final, msg de Rodney Peixoto, de 2010.

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania

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Fonte: Link - Estadão
[26/06/11]  O que o celular faz a suas células - por Carla Peralva

▪▪▪ Níveis de radiação estão dentro dos parâmetros, mas eles podem estar errados

“Cinco bilhões de celulares no mundo é a maior experiência biológica já feita na humanidade”, diz o professor Leif Salford, presidente do departamento de neurocirurgia da Universidade de Lund, na Suécia. Como muitos outros cientistas, ele estuda há décadas os efeitos da radiação eletromagnética no corpo humano e se preocupa com o fato de o mundo usar cada vez mais tecnologias baseadas em ondas eletromagnéticas – rádio,TV, celulares, Wi-Fi – sem saber que efeitos elas podem ter na saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), no dia 31 de maio, deu um alerta: pode causar câncer. O anúncio da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês), braço da entidade, classificou a radiação emitida pela antena do telefone celular como “possivelmente cancerígena para humanos”, o mesmo grupo de perigo em que gases emitidos por automóveis, chumbo e clorofórmio estão incluídos.

O estudo que motivou o anúncio relaciona o uso do celular ao aumento de tumores malignos e benignos no cérebro. Segundo a pesquisa, quem usou o aparelho por 30 minutos por dia durante 10 anos, apresentou 40% mais chances de desenvolver gliomas, tumor encefálico maligno e muito perigoso. Mas a divulgação já veio com uma ressalva: os resultados não são definitivos. Ainda não há nenhum caso de câncer comprovadamente causado por celular e faltam estudos epidemiológicos para comprovar a ligação da doença com o uso do aparelho.

Para Adilza Condessa Dode, doutora em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Minas Gerais, a classificação “possivelmente cancerígena” já basta para a adoção do chamado Princípio da Precaução, que diz que, se ainda não há certeza sobre danos que uma tecnologia causa à saúde, é melhor adotar medidas restritivas do que esperar até que aconteça o pior.

Em sua tese de doutorado, defendida no ano passado, Adilza relacionou as mortes por câncer acontecidas em Belo Horizonte entre 1996 e 2006 com a proximidade da residência dos doentes a antenas de telefonia móvel: 93% dos casos das mortes ocorreram a até 500 metros de alguma antena. Foram analisados só casos de câncer que a literatura médica já sabe estarem relacionados à ação do campo elétrico gerado pela radiação, como de mama, pele, próstata, pulmão e fígado.

Com sua pesquisa, Adilza alerta que o problema da radiação do celular na verdade são dois: a alta radiação emitida quando o aparelho é usado para fazer ligações e o longo tempo de exposição a campos eletromagnéticos mais fracos criados pelo sistema de antenas de celulares, radares, rádios e TVs. Para a engenheira, a poluição eletromagnética é o maior problema ambiental do século 21, principalmente porque ainda não se tem certeza dos efeitos que ela pode causar.

No Brasil, quem determina e fiscaliza os níveis de exposição a campos eletromagnéticos é a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Ela define tanto a radiação máxima que um celular pode emitir quanto o valor máximo de campo eletromagnético que um conjunto de antenas pode gerar em área habitada.

Os valores adotados pela Anatel, em regulação de 2002, são os mesmos definidos pela Comissão Internacional de Proteção Contra Radiações Não Ionizantes (Icnirp) e ainda indicados pela OMS. Segundo Agostinho Linhares de Souza, gerente especialista em regulação da Agência, todos os pontos de medição do país estão com os níveis de campo elétrico abaixo dos recomendados pela legislação – dificilmente as medições atingem um sétimo do máximo permitido, 28 volts por metro, em locais onde a população está exposta a combinadas frequências.

A questão levantada pela OMS é se esses padrões são de fato seguros. E quanto tempo levará para revê-los antes que saúde pública seja afetada. Países como Suíça, Itália, Rússia e China já adotam parâmetros mais restritivos tanto para a emissão de radiação por aparelhos como celulares e roteadores, como para antenas de telefonia e radiodifusão. A cidade de Porto Alegre, por decreto municipal, também optou pela cautela e adotou padrões 100 vezes mais baixos que os recomendados pela lei federal.

Segundo Leeann Brown, porta-voz do Environmental Working Group, associação de pesquisadores sem fins lucrativos, a classe científica ainda não consegue determinar quais os padrões seguros de exposição a radiação, mas já é possível afirmar que os parâmetros atuais são altos demais e precisam ser revistos com urgência. Leeann acredita que apenas uma mobilização da população pode acelerar a mudança da legislação em cada país, já que as empresas de telecomunicações já sabem dos perigos, mas evitam falar sobre isso para não assustar os consumidores.

E o que acontece se os padrões forem mudados e as empresas forem obrigadas a diminuir a potência do sistema de telefonia? Em Paris e em Porto Alegre, cidades com legislações mais restritivas, os serviços mantiveram o padrão de qualidade. Agostinho Souza também acredita que quase nenhum impacto seria sentido pelos consumidores, pois os níveis de campo elétrico hoje vistos nos Brasil estão tão abaixo do limite que não seria problema se adequar a uma nova legislação.

PEGADINHA
Por muito tempo, vídeos de uma galera fazendo pipoca com seus celulares bombaram na internet. Todo mundo queria aprender a radiação da antena do celular para estourar uns grãos de milho. Mas isso é fisicamente impossível. Em um micro-ondas, as ondas agitam as moléculas de água até a pressão dentro do milho ser tanta que ele explode. Se celular fizesse isso, a água de nossas células ia ferver e os nossos dedos iam estourar. O método, portanto, não passa de um truque de edição. Para ver o vídeo, procure por “Pop corn cell phones” no YouTube.

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Msg de Rodney Peixoto

de rodneypeixoto rodneypeixoto@yahoo.com.br
para wirelessbr@yahoogrupos.com.br
data 12 de outubro de 2010 01:43
assunto [wireless.br] Novamente, é seguro usar meu smartphone?

Em matéria publicada no San Jose Mercury News, o jornalista Chris O'Brien, conceituado no Vale do Silício, retoma a dúvida sobre os possíveis efeitos nocivos do uso de aparelhos celulares. Ele levanta a questão face ao depoimento de Alan Marks, diagnosticado com um tumor cerebral que diz ter certeza ser causado por uso de aparelho celular. Alan e sua esposa são figuras proeminentes na discussão desse assunto nos Estados Unidos, e agora trabalham pela elaboração de um regulamento na cidade de São Francisco que obrigue as revendas a informar o nível de radiação emitida por cada modelo de telefone móvel.

Reproduzo um trecho do texto:

"…..Todo aparelho celular vem com um aviso padrão sobre os efeitos da radiação. Como a maioria das pessoas, eu nunca li o manual que veio com o meu Blackberry Curve 8310. Mas quando eu li nesse verão, encontrei um parágrafo que fala sobre a quantidade de radiação que o telefone emite e então me avisa do seguinte:

`Mantenha o dispositivo ao menos 0.98 inches (0.25mm) longe de seu corpo quando o Blackberry estiver ligado e conectado a uma rede wireless'.

Se celulares são seguros, por quê eu deveria mantê-lo longe de meu corpo?"

A matéria completa aqui, http://www.mercurynews.com/ci_16282117?nclick_check=1

Rodney
 


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