BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Maio 2011 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• O espectro de 700 MHz (1) - Coleção de matérias para ambientação
Olá, WirelessBR e Celld-group!-----------------------------------------------------------------------------
Fonte: PSL - Brasil
[03/06/09]
Para emissoras de TV, frequência de 700 MHz é essencial para TV Digital no
interior
Vai ter briga pelas frequência de 700 MHz,atualmente em uso pelas empresas de
radiodifusão, mas que nos planos da Anatel terá uma fatia destinada ao Serviço
Móvel Pessoal.
Durante o 25º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, promovido
pela Abert, em Brasília, o consultor da entidade e vice-presidente de Relações
Institucionais da Globo, Evandro Guimarães, defendeu a importância da frequência
continuar com as emissoras. Segundo ele, a retirada pode significar que o
interior do país ficará sem TV Digital.
Esperamos que haja bom senso. Temos utilizado os 700 MHz para serviços ancilares
a dezenas de anos, e fazemos isso para um serviço gratuito. Não pode é, por
parecer conveniente, transferir isso para um serviço que é pago, reclamou
Guimarães ao prometer que o setor vai lugar para manter a frequência.
Segundo
ele, os 700 MHz são utilizados para a retransmissão de sinais e, sem a frequência, haverá cidades no Brasil sem acesso à TV Digital.
A Anatel já realizou até uma consulta pública (22/2008) onde sugeriu a
designação das faixas de 700 MHz assim como as de 2,5 GHz e 3,5 GHz para o SMP.
A grande preocupação da Abert é de que essa decisão seja tomada diretamente pela
agência reguladora, no que entendem será um prejuízo da radiodifusão. A Anatel
já vem discutindo o fatiamento da faixa de 2,5 GHz, também com ganhos para o
setor de telefonia nesse caso, em detrimento dos serviços de TV por assinatura
via MMDS.
-------------------------------
Fonte: Teletime
[13/04/11]
Leilão de 700 MHz para SMP arrecadaria até US$ 6,3 bi no Brasil, diz GSMA
- por
Fernando Paiva
A migração para TV digital no Brasil será concluída apenas em 2016, mas a GSM
Association (GSMA) e as operadoras móveis nacionais querem começar desde agora a
discussão sobre qual será o novo destino da faixa de 700 MHz. A entidade
elaborou um estudo inédito na América Latina para prever quanto poderá ser
arrecadado com um leilão de licenças de 700 MHz para uso em telefonia celular. O
estudo completo será divulgado em maio, mas este noticiário teve acesso a alguns
números preliminares. A previsão é de que a venda de 700 MHz para uso em
telefonia celular no Brasil geraria uma receita de US$ 0,37 por habitante, por
MHz. Se forem licitados 60 MHz, isso daria uma arrecadação de US$ 4,226 bilhões.
Em um cenário onde as licenças somem 90 MHz, o leilão geraria US$ 6,34 bilhões,
na estimativa da GSMA. Somando a isso os gastos com aquisição de equipamentos,
integração de sistemas e publicidade, a destinação de 700 MHz para telefonia
celular movimentaria cerca de US$ 8,8 bilhões no Brasil, apontam os dados
preliminares do estudo.
Os consultores contratados pela GSMA para realizar o levantamento fizeram
estimativas para outros países da América Latina. Tanto em números absolutos
quanto na comparação proporcional (por habitante, por MHz), o Brasil deve
arrecadar mais que Argentina e México. Na Argentina, o valor obtido no leilão
seria de US$ 0,22 por habitante, por MHz. No México, seria de US$ 0,24. As
razões para essa vantagem brasileira serão explicadas quando do anúncio oficial
do estudo, mas dentre elas com certeza está a intensa competição em telefonia
celular existente no País.
Atraso
O diretor da GSMA para América Latina, Sebastian Cabello, alerta que o Brasil
está ficando para trás em relação ao resto da América Latina no que diz respeito
à licitação de 700 MHz. Ele relata que México, Colômbia, Argentina, Peru e
Uruguai provavelmente venderão licenças nessa faixa antes de 2016. Em parte,
esses países sairão na frente porque essa frequência está menos ocupada do que
no Brasil.
Por se tratar de espectro de baixa frequência, a propagação do sinal em 700 MHz
é maior que em 2,5 GHz, o que torna a faixa particularmente apropriada para a
oferta de banda larga móvel em áreas rurais através do 4G.
-----------------------------
Fonte: Tele.Síntese
[19/04/11]
A disputa já começou no Brasil, antecipando-se a uma decisão que teoricamente só
precisaria ser tomada em 2016
A faixa de 700MHz aqui no Brasil, assim como nos países europeus e
norte-americano, além dos latinos, sempre foi ocupada pela radiodifusão aberta,
para transmitir os sinais de TV. Com a chegada da TV digital, esta frequência
(que comporta, no Brasil, até 50 canais de 6 MHz em UHF) passou a ser cobiçada
pela indústria de celular. Nos países ricos, ela acabou sendo quase que
integralmente destinada ao celular, depois do fim da fase de transição da TV
analógica para a TV digital, destinação esta que acabou sendo encampada pela UIT
(União Internacional de Telecomunicações), que a selecionou como uma das faixas
preferenciais para acolher a quarta geração da telefonia móvel.
O Brasil, na última reunião da UIT sobre radiofrequência, no governo Lula,
adotou uma posição bem conservadora, e preferiu não acompanhar a maioria dos
países que já indicava a ocupação da faixa para o celular, argumentando que a
transição da TV analógica para a digital só terminará em 2016, e, por isto, não
precisaria antecipar uma decisão. Internamente, há uma grande resistência dos
radiodifusores em perder esta banda e uma forte pressão das operadoras de
celular e fabricantes de telecom para que o país acompanhe a tendência mundial.
E este embate resolveu se mostrar à luz do dia. Ele vai estar presente na
reunião da Citel - Comissão Interamericana de Telecomunicações- entidade
vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA)- que busca padronizar,
entre outros, a ocupação do espectro de frequência nas Américas.
Na XVII Reunião do Comitê Consultivo Permanente II, que ocorrerá entre os dias
17 e 20 de maio, em Santo Domingo, na República Dominicana, a delegação
brasileira não se restringirá aos representantes do governo e da Anatel. O
SindiTelebrasil, que representa as operadoras de telecomunicações brasileiras
fixas e móveis pretende mandar uma delegação de peso, informam fontes da Anatel,
e já formalizou, nas reuniões preparatorias que pretende pleitear, neste fórum
internecional, que esta faixa seja destinada para a telefonia móvel também no
Brasil. A conferir a reação dos radiodifusores e do proprio governo. Veja a
agenda da reunião.
-----------------------------
Fonte: Televiva
[26/04/11]
Teles querem os 700 MHz para massificação das telecomunicações
- Daniel Machado
Em uníssono, os representantes da TIM e da Vivo fizeram questão de ressaltar no
seminário Teletime Tecnologia de Redes, realizado pela TELETIME nesta terça, 26,
que o uso da faixa de 700 MHz (atualmente destinada às emissoras de TV) pelas
teles móveis é a única forma de haver massificação dos serviços de banda larga
móvel. “É claro que há um conflito de interesses, as empresas de TV não vão
querer abrir mão do espectro, mas a Anatel precisa levar em consideração o
interesse público e nós (teles móveis) temos potencial para massificar, levar os
serviços de telecomunicações com essa faixa para as áreas rurais e suburbanas”,
diz Leonardo Capdeville, diretor de planejamento e tecnologia da Vivo. “E é
importante que façamos isso antes dos eventos esportivos (Copa do Mundo de 2014
e Olimpíadas de 2016)”, acrescenta.
O gerente de inovação tecnológica da TIM, Janilson Junior, concorda e também
cita o interesse pela faixa de 900 MHz, segundo ele, um “espectro nobre,
largamente utilizado no mundo e sub-aproveitado no Brasil”.
---------------------------
Fonte: Tele.Síntese
[26/04/11]
SindiTelebrasil reivindica parte da faixa de 700 MHz para as móveis
-por Lúcia Berbert
Em encontro com Paulo Bernardo, presidente da entidade também tratou de
qualificação de mão de obras e aplicativos e-Gov.
Desoneração de investimentos, qualificação de mão de obra, aplicativos do
governo para a banda larga e o destino da faixa de 700 MHz após o desligamento
dos canais de TV analógicos foram alguns dos temas tratados nesta terça-feira
(26) entre o presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy, e o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo. Mas o motivo principal do encontro foi o convite
para que o ministro participe da abertura do 55º Painel Telebrasil, que
acontecerá em junho, em Brasília.
Segundo Levy, Paulo Bernardo se comprometeu em participar do esforço que a
entidade vem fazendo no sentido de oferecer qualificação para mão de obra no
setor, que está em falta no mercado. O sindicato apresentou um projeto ao
Ministério do Trabalho e espera a liberação de pelo menos R$ 30 milhões do Fundo
de Amparo ao Trabalhador (FAT), para treinar profissionais na implantação de
infraestrutura básica de telecomunicações, como a implantação de torres,
radiobase e lançamento de fibras ópticas.
“Com o aquecimento da construção civil, muitos trabalhadores que atuavam nessa
área migraram deixando o setor com dificuldade para contratar “, explicou Levy.
Ele disse que o déficit de pessoal ultrapassa a casa de milhares e deve piorar
com a licitação de novas frequências. “A liberação rápida desses recursos é
fundamental para o setor”, disse.
Aplicativos
Outra preocupação da entidade é com relação ao volume pequeno de serviço
prestado pelo governo por meio da internet e das redes móveis. Levy defende que,
no momento que se discute a massificação da banda larga no país. “Mesmo hoje,
quando o país já conta com 36 milhões de conexões, os serviços públicos
oferecidos na web ainda são escassos”, disse.
O presidente do SindiTelebrasil contou que na China, 76% do tráfego de SMS são
gerados pelo governo para informar a população. “Ontem começou a campanha de
vacinação contra a gripe e essa informação poderia ser disponibilizada via
torpedo”, sugeriu. Levy ficou de apresentar propostas de aplicativos ao
ministro. Uma das sugestões é criar uma página especial para a banda larga
popular, apresentando os serviços do governo ao usuário.
Faixa de 700 MHz
Em relação à faixa de 700 MHz, Levy defende que parte dela seja destinada à
telefonia móvel para facilitar a implantação da rede de quarta geração. “A faixa
de 2,5 GHz destinada ao 4G é muito alta e necessitará de mais torres, o que
dificultará a implantação da rede e uma solução tecnológica viável é usar parte
da frequência de 700 MHz para isso”, argumenta.
Levy disse que o ideal seria a licitação conjunta da faixa de 700 MHz com a de
2,5 GHz, mas sabe que é impossível, uma vez que a liberação da frequência hoje
usada pela televisão analógica somente ficará liberada em 2016. Mas acredita que
a destinação da faixa pela Anatel sairá antes disso. Os radiodifusores também
estão brigando para manter a faixa no setor deles.
Sobre desoneração de investimentos, Levy disse que apresentará em novo encontro
propostas ao ministro Paulo Bernardo, porém adiantou que a adoção de uma
legislação única para implantação de torres e radiobase em todos os municípios
seria um grande avanço. Essa questão chegou a ser tratada durante o Fórum Brasil
Conectado, no ano passado, mas não avançou.
-----------------------------
Fonte: Tele.Síntese
[03/05/11]
Trial da PM em LTE será na faixa de 700 MHz
- por Lia Ribeiro Dias
Alcatel-Lucent vai fornecer infraestrutura e equipamentos do usuário.
Anunciado pela Polícia Militar de São Paulo no final de abril, o trial, que terá
a Alcatel-Lucent como fornecedora da infraestrutura, deverá ser iniciado em
junho e será feito na frequência de 700 MHz. Essa foi a faixa solicitada pela PM
à Anatel, para projeto experimental, e foi a escolhida não só pelas
características da faixa, de maior alcance e menos dispersão do sinal, mas
porque há uma tendência de ela ser eleita por diversos países para as aplicações
de segurança.
De acordo com Jonio Foigel, presidente da subsidiária brasileira da
Alcatel-Lucent, a empresa é fornecedora de vários sistemas para a Polícia
Militar de São Paulo e, por isso, foi convidada para participar do trial. Além
disso, a Alcatel-Lucent tem aplicações de segurança nesta faixa em operadoras
nos Estados Unidos, cujas instalações e sistemas foram visitados por
representantes da PM paulista.
Disputa da faixa
Além dos Estados Unidos que definiram a faixa de 700 MHz para aplicações de
segurança (e também para o uso de outros serviços de telecomunicações), a União
Europeia, de acordo com Foigel, está caminhando na mesma direção. No Brasil, o
debate está apenas começando e promete muita polêmica. As frequências desta
faixa, utilizada pela radiodifusão, ficarão livres a partir de 2016 quando
terminar a transição da TV analógica para a digital. Os radiodifusores querem
mantê-las para seu uso, mas elas são também reivindicadas pelos prestadores de
serviços de telecomunicações.
O trial da PM paulista, que deverá durar três meses, vai contar com cinco sites
instalados na região metropolitana e uma central de controle. Segundo Foigel, a
Alcatel-Lucent vai também fornecer alguns equipamentos de usuários para serem
testados e vai portar aplicações hoje usadas pela PM para o ambiente de quarta
geração de telefonia móvel celular.
Ao anunciar o trial na semana passada, o tenente-coronel Alfredo Deak Jr, chefe
do Centro do Processamento de Dados da PM, disse que o uso da LTE permitirá “uma
mudança cultural gigantesca no modelo de policiamento, uma vez que todos os
sistemas inteligentes da PM poderão ser acessados diretamente a partir dos
computadores de bordo".
-------------------------------------
Fonte: Convergência Digital
[04/05/11]
Para Anatel, decisão sobre 700 Mhz é política
- por Fausto Rego
A abertura da frequência de 700 Mhz para a telefonia móvel pode gerar quase US$
11 bilhões para o país, além de 4,3 milhões de empregos diretos e indiretos.
Estas são conclusões de um estudo encomendado pela associação GSMA, que reúne
mais de 800 operadoras de telefonia móvel mundiais, à empresa de consultoria
Telecom Advisory Services (TAS). Os primeiros resultados desse trabalho,
intitulado “Análise do benefício econômico-social do dividendo digital para a
América Latina”, foram apresentados nesta quarta-feira, 4/5, no Rio de Janeiro,
em reunião plenária da associação.
O governo federal não quer discutir a utilização dessa faixa antes de 2016,
quando terminará a migração do sistema de TV analógico para o digital, mas as
operadoras contestam a decisão e defendem que os 700 Mhz sejam utilizados
imediatamente tanto para a radiodifusão quanto para a telefonia móvel em banda
larga. Para isso, garantem que seria necessário utilizar apenas 25% desse
espectro – do canal 52 ao 69, isto é, de 698 Mhz a 806 Mhz em UHF.
Para as operadoras, o Brasil só terá a perder se esperar até 2016. Segundo
Sebastián Cabello, diretor da GSMA para a América Latina, a faixa de 700 Mhz,
chamada de dividendo digital, é fundamental para a universalização do acesso e
resultará em ganhos expressivos para o país tanto no campo das telecomunicações
– já que sediará a Copa do Mundo daqui a três anos – quanto no âmbito político:
“O Brasil está ficando para trás, abdicando do direito de exercer um papel de
liderança nesse setor, na América Latina”, afirmou.
De acordo com João Rezende, conselheiro da Anatel, essa decisão foge à
competência da agência reguladora, pois é política, não técnica. “A faixa de 700
Mhz é de extrema importância e o estudo apresentado é muito interessante, mas a
gente precisa observar que a TV aberta, no Brasil, tem uma importância que não
existe em outros países. E a radiodifusão é de responsabilidade do Ministério
das Comunicações. Portanto acredito que essa discussão transcende a Anatel e
torna-se uma discussão política”, completou.
----------------------------------------
Fonte: Teletime
[04/05/11]
GSMA apresenta estudo sobre impacto futuro da faixa de 700 MHz na América Latina
- Fernando Paiva
A GSM Association (GSMA) apresentou nesta quarta-feira, 4, mais detalhes do
estudo sobre os impactos da destinação futura da faixa de 700 MHz na América
Latina, já antecipado por este noticiário. A consultoria TAS, contratada para
esse projeto, analisou dois cenários: 1) o espectro é destinado para serviços
móveis; 2) o espectro é mantido sob o controle dos radiodifusores. A conclusão é
de que os benefícios econômicos e sociais seriam maiores se a faixa de 700 MHz
for destinada às operadoras móveis.
De acordo com o documento, a destinação desse espectro para telefonia móvel
movimentaria US$ 13,81 bilhões ao longo de oitos anos na economia de cinco
mercados latino-americanos somados: Brasil, México, Argentina, Colômbia e Peru.
Esse montante leva em conta a receita com os leilões de licenças, o Capex
necessário para a construção das redes e o Opex adicional ao longo de oito anos.
Em contrapartida, se mantido o espectro com radiodifusores, o valor seria de US$
2,8 bilhões, pelos cálculos dos consultores. Cabe ressaltar que neste cenário
não foi considerada qualquer arrecadação com leilões de espectro.
Em termos sociais, o estudo estima que a faixa de 700 MHz para telefonia móvel
geraria 8.470 empregos diretos e indiretos nos cinco países, enquanto que com as
TVs seriam apenas 4.170. O percentual da população coberta com banda larga móvel
aumentaria em média cinco pontos percentuais na América Latina, no cenário
favorável às teles.
Brasil
Analisando-se apenas o mercado brasileiro, um eventual leilão de 700 MHz para
SMP renderia entre US$ 4,23 bilhões e US$ 6,34 bilhões aos cofres púlbicos,
dependendo de quanto fosse licitado, 60 ou 90 MHz. A construção da rede, que
necessitaria de 14,59 mil novas ERBs, demandaria investimentos de US$ 1,44
bilhão. Somando-se os contratos de serviços operacionais e comerciais, a
destinação de 700 MHz para o SMP movimentaria entre US$ 6,72 bilhões e US$ 8,83
bilhões no País ao longo de oito anos. Se mantido com as TVs, esse espectro
geraria US$ 1,49 bilhão, calcula o estudo.
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil