BLOCO
Blog dos Coordenadores ou Blog Comunitário
da
ComUnidade
WirelessBrasil
Maio 2011 Índice Geral do BLOCO
O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão Celld-group e WirelessBR. Participe!
• Telebrás, Eletronet e PNBL (366) - Editorial do Estadão: "O atraso na banda larga" + Outras matérias sobre o PNBL e a Telebrás
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Transcrevo mais abaixo um dos editoriais de hoje do Estadão:
Fonte: O Estado de S.Paulo
[20/05/11]
O
atraso na banda larga
O último trecho é este:
(...) Tais cortes são justificados pelo governo como
necessários para o ajuste fiscal que prometeu executar neste ano. Mas seu vulto
não deixa dúvida de que, valioso na campanha da candidata Dilma, o PNBL tem
pouca importância no governo da presidente Dilma. (...)
Tenho que discordar desta conclusão.
Rogério Santanna utilizou-se do possível uso do PNBL no período eleitoral para
conseguir reativar e presidir a Telebrás. Mas o PNBL foi muito pouco utilizado
na campanha, pois os marqueteiros perceberam logo que o "PNBL com Telebrás" não
era confiável.
Creio que a presidenta Dilma dá muita importância ao PNBL mas simplesmente não
tem como concretizá-lo enquanto os "postos chaves" das áreas encarregadas
estiverem aparelhados por "companheiros" no lugar de técnicos experientes e
competentes. E, quem lê o noticiário, sabe que se questiona muito a própria
capacidade gerencial da Sra. Presidenta. Além da sua "transigência"...
A conferir.
02.
Transcrevo também estas matérias de fevereiro anotadas no Portal do Senado:
Fonte: Senado Federal -
Revista Em Discussão - Edição nº 6
[14/02/11]
Endividada e quase extinta, Telebrás é reativada para implantar o PNBL
Este texto vale como um resumo da história da Telebrás e não posso deixar de
destacar este trecho que não sei se constou de uma "radiografia" solicitado pelo
companheiro Bernardo ao companheiro Santanna:
(...)
Em 2009, a Telebrás teve prejuízo de R$ 16,2 milhões, devido principalmente ao
pagamento de encargos financeiros referentes a contingências judiciais. O
balanço da Telebrás mostrava que a empresa respondia a 1.189 ações na Justiça, a
maior parte cíveis e trabalhistas.(...)
Fonte: Senado Federal - Revista Em Discussão - Edição nº 6
[14/02/11]
Telebrás vai concorrer com as teles no atacado
03.
Vale conferir as opiniões do então deputado, hoje senador, Walter Pinheiro, em
abril de 2010, nesta matéria "curiosa", recuperada por um participante leitor do
BLOCO:
Fonte: Tele.Síntese
[29/04/10]
Deputado do PT diz que Telebrás só pode ser reativada por lei - por Lúcia
Berbert
(...) A insistência do governo em reativar a Telebrás para
gerir a rede de fibras óticas, espinha dorsal do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL),
ainda em elaboração, pode inviabilizar a implantação das ações de massificação
de acesso à internet ainda este ano. A avaliação é do deputado Walter Pinheiro
(PT-BA), que vê impossibilidade de alterar o estatuto da estatal sem aprovação
de lei específica. “A Telebrás foi criada por lei e somente poderá ter suas
atribuições alteradas por meio de nova lei, que não poderá ser aprovada ainda
este ano”, argumenta.(...)
(...) Na opinião do deputado, o governo deve botar para funcionar o programa sem
a necessidade de reativar ou criar uma nova empresa para esse fim. “As fibras
óticas podem ser administradas pelas próprias empresas que as detêm, enquanto
uma equipe, instalada, por exemplo, no Ministério das Comunicações, se encarrega
da operação da rede”, sugere.(...)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs
Tecnologia e
Cidadania
--------------------------------
Fonte: O Estado de
S.Paulo
[20/05/11]
O
atraso na banda larga - Editorial Estadão
Transformadas em bandeira eleitoral da então candidata Dilma Rousseff, as
promessas do governo de ampliar o acesso rápido e barato à internet, por meio do
Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), completaram um ano na semana passada sem
sair do papel. As metas para os primeiros 12 meses do plano, mesmo sendo
modestas, foram sendo sucessivamente adiadas. Até agora, nenhum novo município
foi interligado à rede de internet de alta velocidade. Eximindo-se de
responsabilidade pela quase paralisia do programa, a Telebrás, estatal
ressuscitada no governo anterior justamente para conduzir o PNBL, está
anunciando que as primeiras seis cidades estarão conectadas até a primeira
quinzena de junho.
É esperar para ver. É possível que, daqui para a frente, alguma coisa avance.
Com a conclusão do acordo definitivo entre a Telebrás e a Petrobrás, para o uso
da malha de fibra óptica da estatal do petróleo - confirmada pelo presidente da
Telebrás, Rogério Santanna -, o plano pode começar a andar mais depressa, mas
suas metas para 2011 já estão comprometidas.
Quando o programa foi lançado, o governo prometia que, até o fim de 2010, 100
cidades estariam conectadas à internet de alta velocidade, com pacotes de
assinatura que custariam até R$ 35 por mês, já incluídos os impostos. Nas contas
do governo federal, se os governos estaduais concordarem em abrir mão da
cobrança do ICMS, o preço para o usuário pode cair para R$ 29. Nada foi feito,
porém, em 2010.
Essas 100 cidades foram, então, incorporadas à lista das 1.063 que seriam
conectadas em 2011, elevando a meta deste ano para 1.163 municípios. Desses, os
primeiros seriam conectados até abril, o que também não ocorreu. Santanna disse
ao Estado que, em menos de um mês, estarão conectadas à rede de alta velocidade
as localidades de Brasília e Samambaia, no Distrito Federal, e Pirineus,
Bandeirantes, Morrinhos e Itumbiara, em Goiás. Mas, para o serviço chegar aos
usuários, eles terão de escolher um provedor. A Telebrás garante que há mais de
400 provedores cadastrados.
Para alcançar a meta de 2011, a Telebrás deveria ter começado a fazer as
conexões no início do ano. Para isso, seria necessário que já tivesse concluído,
naquela época, o acordo com a Petrobrás, que chega com pelo menos cinco meses de
atraso. Por esse acordo, a estatal de telecomunicações poderá utilizar a rede de
fibra óptica da Petrobrás, que cobre a Região Sudeste e chega a Brasília.
Poderão ser atendidas cerca de 700 cidades localizadas a até 100 quilômetros da
rede. Para executar o PNBL, a Telebrás depende de outro acordo, com a
Eletrobrás, também para o uso de rede de fibra óptica. Juntas, as malhas da
Petrobrás e da Eletrobrás somam 30,8 mil quilômetros.
O governo não tem falado em metas para este ano. Há algum tempo, as autoridades
do setor chegaram a admitir que o programa terá de ser revisto. O secretário
executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, reconheceu no mês
passado que o corte de verbas do governo resultará no atraso do PNBL. Mas
garantiu que está mantida a meta de atendimento de 4.278 municípios até 2014.
Mesmo sendo responsável por um programa que não atingiu nenhuma das metas
anunciadas, a Telebrás não admite "culpa" no caso. "As coisas que acabaram
refletindo em atraso estavam fora da nossa governabilidade", justificou-se
Santanna em entrevista ao Estado. Ele lembrou que o orçamento da empresa só foi
aprovado no fim do ano passado, e com um valor bem inferior ao solicitado. Dos
R$ 600 milhões pedidos para 2010, foram empenhados R$ 316 milhões no fim de
dezembro, mas o dinheiro ainda não foi liberado. Para 2011, a empresa solicitou
R$ 400 milhões, mas o valor foi reduzido para R$ 226 milhões, dos quais só R$ 50
milhões foram liberados.
Tais cortes são justificados pelo governo como necessários para o ajuste fiscal
que prometeu executar neste ano. Mas seu vulto não deixa dúvida de que, valioso
na campanha da candidata Dilma, o PNBL tem pouca importância no governo da
presidente Dilma.
-----------------------------------
Fonte: Tele.Síntese
[29/04/10]
Deputado do PT diz que Telebrás só pode ser reativada por lei - por Lúcia
Berbert
A insistência do governo em reativar a Telebrás para gerir a rede de fibras
óticas, espinha dorsal do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), ainda em
elaboração, pode inviabilizar a implantação das ações de massificação de acesso
à internet ainda este ano. A avaliação é do deputado Walter Pinheiro (PT-BA),
que vê impossibilidade de alterar o estatuto da estatal sem aprovação de lei
específica. “A Telebrás foi criada por lei e somente poderá ter suas atribuições
alteradas por meio de nova lei, que não poderá ser aprovada ainda este ano”,
argumenta.
A proposta do PNBL em estudo prevê a alteração das atribuições da Telebrás, que
seria permitida a operar inclusive no varejo, oferecendo serviço de acesso à
internet ao consumidor final, por meio de decreto. O uso desse mecanismo,
segundo fontes do Planalto, teria o aval da AGU (Advocacia-Geral da União) e de
outras autoridades do governo.
Na opinião do deputado, o governo deve botar para funcionar o programa sem a
necessidade de reativar ou criar uma nova empresa para esse fim. “As fibras
óticas podem ser administradas pelas próprias empresas que as detêm, enquanto
uma equipe, instalada, por exemplo, no Ministério das Comunicações, se encarrega
da operação da rede”, sugere.
Pinheiro acredita que as ações de massificação da banda larga podem ser
iniciadas imediatamente, a partir da compra de links dedicados pelos governos
dos estados das operadoras privadas, que concluem a implantação do backhaul em
todas as sedes de municípios até o final deste ano, conforme estabelece o
decreto que alterou as metas de universalização.
- Cada estado poderia comprar esse link dedicado para todas as sedes municipais,
com o objetivo oferecer um pacote de serviços à população, como de saúde,
segurança, educação e serviços de cidadania, como emissão de documentos. A
partir desse mercado que seria criado nos municípios, as operadoras poderiam
oferecer o acesso à internet ao cidadão ao preço de R$ 35 por mês”, disse
Pinheiro.
Paralelamente, opina o deputado, o governo, por meio de regulamentação, implanta
o unbundling nas redes existentes, como está previsto na LGT (Lei Geral de
Telecomunicações), fomentado a competição. Ele ressalta que para a viabilização
da compra de capacidade do backhaul, é preciso que o preço do uso seja fixado
pelo governo, como está previsto no novo PGMU (Plano Geral de Metas de
Universalização), publicado no mês passado pela Anatel.
A Anatel estabeleceu que o preço do uso do backhaul deve ser igual ao do EILD
(Exploração Industrial de Linha Dedicada) local, até que a Anatel crie uma
tarifa para isso. As operadoras já estão contestando a intenção do tabelamento
na justiça, alegando que não se pode tarifar serviço prestado em regime privado.
Argumentam também que nem todo o backhaul é bem reversível à União, somente
aquele que foi construído sob a troca de metas de universalização, como
determina a LGT para os equipamentos construídos com recursos públicos.
[Procure "posts" antigos e novos sobre este tema no Índice Geral do BLOCO] ComUnidade WirelessBrasil