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Maio 2011               Índice Geral do BLOCO

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25/05/11

• Telebrás, Eletronet e PNBL (367) - Acordos da Telebrás com a Petrobrás e a Eletrobrás

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
"Consta" que, apesar de toda a badalação da mídia sobre a Telebrás, o "PNBL com a estatal ressuscitada" ainda não é um consenso no Governo.
As autoridades governamentais "pisam em ovos" ao citar a Telebrás...
As licitações efetuadas ("registro de preços" ) e os acordos já assinados pela Telebrás poderiam, eventualmente, ser anulados, sem maiores consequências que não uma "chiadeira" geral.  O tempo dirá.

Enquanto isso, transcrevo abaixo uma matéria sobre os acordos da Telebrás com a Petrobrás e a Eletrobrás.
Fonte: Fernando N. da Costa
[24/05/11]  Avanço do PNBL: Plano Nacional de Banda Larga

O texto cita a malha de fibras "que percorre os gasodutos da petroleira" e aproveito para mostrar um "mapinha" dos gasodutos de gás natural, obtido em outra fonte.

Alguém poderia indicar onde obter mapas das redes de Furnas, Eletronorte e Chesf, controladas pela Eletrobrás e também da rede da Eletrosul, citadas no artigo?

02.
Mais abaixo transcrevo um texto de 2001, como motivação também para alguma sugestão de material mais recente e atualizado:
Fonte: Min. Transportes
[23/10/01]   Malha de fibra óptica exige rigor para a manutenção

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania

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Fonte: Fernando N. da Costa
[24/05/11]  Avanço do PNBL: Plano Nacional de Banda Larga

André Borges (Valor, 16/05/2011) deu notícia importante: a Telebrás assinou o acordo definitivo com a Petrobras para utilizar a malha de fibra óptica da companhia de petróleo no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O contrato permite que a Telebrás comece a instalar os equipamentos que vão ativar o anel de fibra óptica da Petrobras, instalado na região Sudeste do país. A cobertura dessa malha, que percorre os gasodutos da petroleira, engloba as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Com a região Sudeste liberada, o número potencial de municípios que podem ser atendidos é aproximadamente 700 cidades localizadas em até 100 quilômetros de distância da rede da Petrobras.

A previsão é de que outros dois acordos sejam assinados em breve, entre as duas empresas, para iluminar as fibras ópticas que a Petrobras detém nas regiões Nordeste e Sul. O convênio não é gratuito. A Telebrás terá de pagar à companhia de petróleo R$ 94,9 mensais por quilômetro e par de fibra utilizados. O preço total do pacote, no entanto, está em aberto. A Telebrás analisa a possibilidade de prestar serviços de telecomunicações à Petrobras. Em contrapartida, a petroleira reduziria o valor cobrado pela cessão de uso de sua rede de internet. Pelo contrato, a Telebrás tem carência de seis meses para começar a pagar a fatura.

A Telebrás agora está pronta para dar as primeiras ordens de serviço. As instalações iniciais dos equipamentos devem ocorrer em aproximadamente 30 dias. O acordo firmado com a Petrobras, esperado desde o ano passado, era o passo decisivo que faltava à Telebrás para que o projeto de massificação de internet do governo saia finalmente do papel. A previsão é de que até junho de 2011, o Tesouro Nacional comece a liberar parte dos R$ 356 milhões do orçamento da estatal. Os recursos planejados para a Telebrás desde sua reativação, um ano atrás, ainda não tinham sido liberados. Os projetos vão começar a aparecer logo, pois R$ 207 milhões em contratos de equipamentos e serviços já foram firmados.

A oferta de internet em alta velocidade pela Telebrás também vai se apoiar nas fibras ópticas instaladas em linhas de transmissão de energia da Eletrobras. Em primeira etapa, o convênio entre as estatais inclui as redes de Furnas, Eletronorte e Chesf, controladas pela Eletrobrás. Na sequência, o acordo também envolverá a rede da Eletrosul.

A efetivação do convênio entre as estatais foi submetida à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Após análise feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), foi concluído que não há necessidade de a agência homologar esse acordo, ou seja, a Telebrás já pode começar a montar seus equipamentos na malha da empresa de energia elétrica. Juntas, as malhas de fibra óptica da Petrobras e da Eletrobras alcançam a extensão de 30,8 mil quilômetros.

As operadoras Intelig, Embratel e GVT venceram leilão da Telebrás para contratação de “serviços de enlace de comunicação e trânsito” para acesso à internet dentro e fora do país. O preço total dos contratos foi de R$ 70,8 milhões.

Com a venda de links de rede para provedores de acesso à internet, o plano da Telebrás é fazer com que a tecnologia chegue ao consumidor final ao preço de R$ 35. Se os Estados concordarem em cortar a cobrança de ICMS, esse valor poderia chegar a R$ 29 mensais.

O atraso para oficializar os acordos entre as estatais vai atrapalhar a meta de atingir 1.163 municípios até dezembro de 2011, o que representaria cobertura de 49% da população brasileira. Esse volume já foi reduzido para cerca de 800 cidades neste ano corrente.

O PNBL é estratégico em termos de educação à distância e acesso livre às informações por parte da população brasileira.

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Fonte: Min. Transportes
[23/10/01]   Malha de fibra óptica exige rigor para a manutenção

São Paulo, Depois da fase de instalação e expansão da malha de fibra óptica - que fechou o ano 2000 com mais de 130 mil quilômetros de rotas espalhadas ao longo das rodovias, ferrovias, redes de transmissão de energia, metrôs, gasodutos e cidades brasileiras, segundo a International Data Corporation (IDC) - especialistas do setor de tecnologia da informação acreditam que chegou a hora de voltar os interesses para a qualidade da infra-estrutura instalada e dos serviços prestados. 'De agora em diante, este vai ser o diferencial para os fornecedores', diz Luis Fernando Scatolin, gerente da Anritsu Eletrônica, companhia japonesa especializada em sistemas de supervisão, instalada no Brasil há 25 anos.

Em recente iniciativa, a empresa juntou-se à Sisgraph, representante da norte-americana Intergraph, para o fornecimento de uma solução inédita de detecção, diagnóstico e localização de falhas e interrupções em malhas de fibra óptica.

De um lado, a parceria conta com a experiência da empresa nacional no fornecimento da tecnologia GIS (Sistemas de Informação Geográfica), baseada em informações de bancos de dados visualizadas geograficamente (mapas digitais), capazes de cadastrar, demonstrar e gerenciar toda a rede de uma empresa, seja de telecomunicações, seja de infra-estrutura para serviços de eletricidade, gás ou saneamento. Batizado de G/Comms, o software já é adotado por companhias como Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais) e CTBC Telecom.

De outro, está o RFTS (Sistema de Teste Remoto em Fibras) da Anritsu, constituído de hardware e software encarregados de supervisionar o cabo óptico e sua reflexão, indicando rupturas, atenuações e imperfeições na comunicação. A solução é utilizada, em nível mundial, por AT&T e Global Crossing e, no Brasil, nos gasodutos dotados de fibras ópticas da Petrobras.

A intenção é oferecer uma ferramenta completa de monitoramento que permita acelerar os procedimentos de reparos. 'Nós detectamos a falha e o software da Sisgraph indica a localização exata e aciona as equipes de manutenção', diz Scatolin. O profissional esclarece que, atualmente, as malhas de fibras ópticas são monitoradas por softwares de supervisão e gerenciamento que não 'conversam' entre si. 'Só depois que a falha é detectada e que os dados referentes a ela são cadastrados no software de gerenciamento é que ele torna disponíveis informações como distribuição das emendas e cabos de conexão, possibilitando identificar quais clientes e locais serão prejudicados pelo problema', continua. Com a integração dos sistemas, o ponto falho é imediatamente transferido para o G/Comms que, utilizando os mapas digitalizados, indica a estratégia de reparo mais eficiente e até a equipe mais próxima, traçando rotas de acesso. 'Isso melhora e agiliza o desempenho e a qualidade da manutenção', diz Scatolin.

Segundo Fabio Bernardes, gerente de utilities e telecom da Sisgraph, outra vantagem da integração é a localização exata do rompimento da fibra ou da queda do sinal. 'Os equipamentos de supervisão indicam o local afetado considerando a distância linear, que nem sempre corresponde a distância geográfica real por causa de elementos da rede como rolos de sobra de fibra, emendas e passo (torção da fibra ao longo do cabo principal).

O G/Comms tem cadastrado, em seu banco de dados, cada um desses detalhes e leva isso em consideração para fazer o cálculo exato do local onde está a falha na rede', explica. 'Essa precisão evita transtornos como quebrar a rua inteira para localizar o problema.'

Os executivos enfatizam que, atualmente, o que diferencia os fornecedores de fibra óptica é a qualidade do serviço, representado pela alta disponibilidade. 'Para conseguir isso é preciso reparar qualquer problema o mais rápido possível', diz Bernardes. 'Um cadastro bem feito acoplado a uma ferramenta de supervisão permite que a equipe de manutenção siga direto para o local, execute o serviço uma única vez e restabeleça o sinal mais rapidamente, aumentando o faturamento e diminuindo o número de reclamações.'

Scatolin conta que a maioria das empresas nacionais leva de 8 a 24 horas para executar um reparo na rede e estima que, com a nova ferramenta, esse tempo caia para 4 horas. 'Além disso, como temos um panorama claro das condições, podemos dar atendimento prioritário levando em consideração o tipo ou a quantidade de consumidores afetados pela falha.'

Adriano Campos, engenheiro da Anritsu, afirma que a solução permite, ainda, acompanhar o processo de degradação das fibras por meio de gráficos e alarmes. 'Isso facilita a antecipação do problema e permite ação preventiva' diz.
De acordo com Scatolin, otimizar o uso e aumentar a qualidade do sistema requer menos investimentos do que construir novas malhas de fibra óptica, o que faz do fator financeiro um forte aliado na justificativa para implantação de um serviço eficiente de supervisão. 'As multas contratuais por indisponibilidade da rede são altas', diz.

Pesquisas recentes estimam que cada hora de fibra indisponível, pode gerar prejuízos de até US$ 3 milhões. O custo da ferramenta depende do modelo e Bernardes estima em, no máximo três meses, o prazo de implantação. A tecnologia se destina a redes de longa distância ou metropolitanas, além de redes de distribuição de energia elétrica.


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