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Maio 2011               Índice Geral do BLOCO

O conteúdo do BLOCO tem forte vinculação com os debates nos Grupos de Discussão  Celld-group e WirelessBR. Participe!



31/05/11

• Telebrás, Eletronet e PNBL (371) - "Rogério Santanna é demitido da Telebrás" + "Caio Bonilha será o presidente" + Coleção de matérias dos últimos dois dias sobre o tema

Olá, WirelessBR e Celld-group!

Caio Bonilha, atual diretor comercial da Telebrás, será o novo presidente da estatal.

De uma das matérias abaixo recorto um mini-resumo biográfico:
(...) O novo presidente é engenheiro especializado em tecnologias, negócios e estratégias para empresas de telecomunicações e energia. Ele é formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) com especialização pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).(...)


Visito o Portal Teleco e anoto a foto, o perfil e um artigo e dois tutoriais de autoria de Caio Bonilha:  

Fundador da empresa de consultoria Brampton Telecom, é engenheiro de Telecomunicações com mais de 20 anos de atuação no ramo e passagens na CRT, CPqD, Alcatel e Celtec. Email: caiobonilha@uol.com.br 

Em Debate
- DAI - Índice de Acesso Digital A Divisão Aumentou
Tutoriais
- Wireless LAN (WLAN)
- Indice de Acesso Digital (caso brasileiro)


Transcrições mais abaixo:

Fonte: Convergência Digital
[31/05/11]  Caio Bonilha será o presidente da Telebrás - por Luiz Queiroz

Fonte: Convergência Digital
[31/05/11]  Minicom diz ao mercado que troca de comando da Telebrás é para fortalecer 'relação institucional' - por Ana Paula Lobo*

Fonte: Convergência Digital
[31/05/11]   Rogério Santanna é oficialmente destituído da presidência da Telebrás - por Luiz Queiroz

Fonte: Tele.Síntese
[31/05/11]  Alvarez permanece na Secretaria Executiva do Minicom. Santanna deixa mesmo a Telebrás - por Miriam Aquino

Fonte: Tele.Síntese
[31/05/11]  Rogério Santanna é demitido da Telebrás

Fonte: Tele.Síntese
[31/05/11]  Comunicado destaca que indicação de Bonilha vai fortalecer relação institucional com Minicom

Fonte: Tele.Síntese
[31/05/11]  Bernardo confirma Caio Bonilha na presidência da Telebrás

Fonte: Teletime
[31/05/11]  Planalto intervém e Cezar Alvarez permanece no Minicom; Caio Bonilha assume Telebrás - por Samuel Possebon

Fonte: ClippingMP - Origem: Valor Econômico
[31/05/11]  Cezar Alvarez é indicado novo presidente da Telebrás - por André Borges

Fonte: Valor Online
[31/05/11]  Santanna confirma saída da presidência da Telebrás - por Rafael Bitencourt

Fonte: Blog Relatividade
[31/05/11]  A Troca de comando na Telebrás e a publicação da Lei 12.410 prometem destravar o PNBL, será?

Fonte: Convergência Digital
[30/05/11]  Dilma decreta o fim do PNBL idealizado por Lula - por Luis Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz

Fonte:Convergência Digital
[30/05/11]  Mudança aproxima ainda mais Minicom das teles - por Luis Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz

Fonte:Convergência Digital
[30/05/11]   Cortes de recursos minaram o trabalho da Telebrás -por Luís Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz

Fonte: Tele.Síntese
[30/05/11]  Cezar Alvarez aceita convite para dirigir Telebrás

Fonte: Teletime
[30/05/11]  Alvarez sai do Minicom e assumirá a Telebrás; mudança expõe divergências internas - por Samuel Possebon

Comentários?

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
BLOCOs Tecnologia e Cidadania

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Transcrições

Fonte: Convergência Digital
[31/05/11]  Caio Bonilha será o presidente da Telebrás - por Luiz Queiroz

O atual diretor comercial da Telebrás, Caio Bonilha, foi confirmado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para ocupar a presidência da empresa. O nome de Bonilha será encaminhado nesta quarta-feira, 01/06, para a reunião do Conselho de Administração da Telebrás.

Bonilha é uma indicação direta da presidenta Dilma Rousseff. Nos últimos meses, inclusive, já era ele quem representava Rogério Santanna - demitido pelo ministro Paulo Bernardo nesta terça-feira, 31 - em reuniões no Palácio do Planalto.

Ao sair do ministério, o ministro das Comunicações não comentou a saída de Rogério Santanna. Por sua vez, o ex-presidente da Telebrás reagiu com bom-humor após ter sido comunicado da sua saída da estatal. Disse que há algumas semanas, Paulo Bernardo já havia avisado que faria algumas mudanças na Telebrás. "Eu só não sabia que a principal mudança era eu", disse.

Santanna disse ainda que deixa a empresa preparada para cumprir seus objetivos - a prestação de rede de transporte para a oferta de banda larga através do Plano Nacional do governo. Segundo ele, o cronograma de entrega está mantido (mais informações abaixo).

O ex -presidente da Telebrás disse ainda que deseja sorte ao seu sucessor e, especialmente, que ele consiga realizar "tudo aquilo que sonhei nos últimos cinco anos em que me envolvi com a construção de uma rede nacional de banda larga".

Telebrás - cronograma de ativação

Segundo comunicado oficial da Telebrás, a estatal deve deve concluir até a metade de junho a construção do primeiro trecho da rede nacional de telecomunicações (backbone), no Anel Sudeste, que ligará Brasília a Itumbiara (GO). São 377 km de rede de fibras ópticas que passam também por Samambaia (DF) e os municípios goianos de Pirineus, Bandeirantes e Morrinhos.

Nestes locais estão implantados os primeiros Pontos de Presença (POPs) - que funcionarão como estações de telecomunicações abrigando os equipamentos ópticos, de infraestrutura, de rede e rádio para transmissão do sinal digital por meio de fibras ópticas. As fibras utilizadas neste trecho são de Furnas.

A previsão é concluir a implantação do backhaul neste primeiro trecho - conexão entre a rede principal à sede dos municípios contemplados pelo Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) - até o início de julho. Isso viabilizará a conexão dos primeiros municípios localizados no entorno deste trecho: Samambaia (DF), Recanto das Emas (DF), Santo Antônio do Descoberto (GO), Anápolis (GO), Senador Canedo (GO) e Aparecida de Goiânia (GO).

Também já teve início, de acordo ainda com o informe da Telebrás, a construção de 18 POPs no Anel Nordeste utilizando a rede fibras ópticas da Chesf e de Furnas que possibilitará a ligação de cidades como Paraíso do Tocantins (TO), Fortaleza, João Pessoa e Recife. As obras também já começaram em nove Pontos de Presença no Anel Sudeste que liga Itumbiara (GO) a São João Batista da Glória (MG) e devem estar finalizadas até julho.

Neste momento, a estatal aguarda a aprovação dos projetos de instalação dos 28 Pontos de Presença que serão instalados na rede da Petrobras no Anel Sudeste. Os cinco primeiros nas cidades de Brasília, Alexânia, Senador Canedo, Morrinhos e Araporã já estão aprovados e as obras devem começar nos próximos dias.

O contrato de cessão de uso das fibras ópticas da Petrobrás relativo ao Anel Sudeste foi assinado pelo presidente da Telebrás no último dia 13 de maio. A rede vai ligar Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e terá um potencial de atendimento de 700 municípios em torno deste trecho, distantes até 100 km da rede.

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Fonte: Convergência Digital
[31/05/11]  Minicom diz ao mercado que troca de comando da Telebrás é para fortalecer 'relação institucional' - por Ana Paula Lobo*

Por meio de comunicado enviado nesta terça-feira, 31/05, à Comissão de Valores Mobiliários, órgão regulador financeiro do país, o ministério das Comunicações confirma as mudanças efetuadas na Telebrás e salienta, por meio do informe, que as alterações aconteceram 'para fortalecer a empresa e sua relação institucional com o ministério das Comunicações".

O comunicado - assinado por Cezar Alvarez, presidente do Conselho e que quase ocupou o comando da Telebrás, mas permaneceu à frente da secretaria-executiva do Minicom - ressalta ainda o currículo de Caio Bonilha, que respondia até então pela diretoria comercial da estatal. Bonilha é engenheiro especializado em tecnologias, negócios e estratégias para empresas de telecomunicações.

Leia abaixo, o comunicado oficial do ministério das Comunicações encaminhado à CVM.

TELECOMUNICAÇÕES BRASILEIRAS S.A – TELEBRAS

COMUNICADO AO MERCADO

A Administração da Telecomunicações Brasileiras S.A. – TELEBRÁS comunica a seus acionistas, ao mercado em geral e aos demais interessados que, na data de hoje, o Ministro de Estado das Comunicações indicou o Senhor Caio Cezar Bonilha Rodrigues para exercer o cargo de Presidente da TELEBRÁS, em substituição ao Senhor Rogério Santanna dos Santos, nos termos do art. 35 do Estatuto Social da TELEBRÁS.

Caio Cezar Bonilha Rodrigues, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS e com especialização pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, é engenheiro especializado em tecnologias, negócios e estratégias para empresas de telecomunicações e energia, com mais de vinte anos de experiência gerencial e comercial, e é o Diretor Comercial da TELEBRÁS desde novembro de 2010.

Conforme afirmado pelo Ministro de Estado das Comunicações, a indicação do Senhor Caio Cezar Bonilha Rodrigues para a Presidência da TELEBRÁS tem por objetivo fortalecer a Empresa e sua relação institucional com o Ministério das Comunicações, a fim de propiciar melhores condições para o cumprimento de sua missão no âmbito do Plano Nacional de Banda Larga.

O Ministro de Estado das Comunicações também prestou seus agradecimentos ao Senhor Rogério Santanna dos Santos, pelo papel fundamental no restabelecimento das atividades da TELEBRÁS, o que a tornou novamente um instrumento para execução de políticas públicas no setor de telecomunicações.

Em observância às regras estatutárias, espera-se efetivar a nomeação do Senhor Caio Cezar Bonilha Rodrigues na próxima Reunião Ordinária do Conselho de Administração, a ocorrer no dia 1º de junho de 2011, ad referendum da Assembleia Geral.

Brasília-DF, 31 de maio de 2011.

Cezar Santos Alvarez

Presidente do Conselho de Administração

Publicado em 31/05/2011


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Fonte: Convergência Digital
[31/05/11]   Rogério Santanna é oficialmente destituído da presidência da Telebrás - por Luiz Queiroz

O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, comunicou, após reunião com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, nesta terça-feira, 31/05, que será substituído à frente do comando da estatal. O ministro, de acordo ainda com Santanna, deverá indicar nesta quarta-feira, 01/06, durante a reunião do Conselho de Adminstração da estatal, o seu sucessor.

Nos bastidores, o nome cotado para substituí-lo é de Caio Bonilha, atual diretor comercial da Telebrás, e que tem sido, nos últimos tempos, requisitado pelo ministro Paulo Bernardo para eventuais reuniões com a presidenta Dilma Rousseff. O secretário-executivo do minicom, Cezar Alvarez, não será mais indicado para a presidência da Telebrás e permanecerá no cargo atual.

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Fonte: Tele.Síntese
[31/05/11]  Alvarez permanece na Secretaria Executiva do Minicom. Santanna deixa mesmo a Telebrás - por Miriam Aquino

A Telebrás não será presidida por Cezar Alvarez. Fontes do governo informaram agora que ele permanece na Secretaria Executiva do Ministério das Comunicações, onde seu papel tem maior densidade. Até porque Alvarez já participa das decisões estratégicas da Telebrás, como integrante de seu conselho de administração. Mesmo sem Alvarez, Rogério Santanna não continuará à frente da Telebrás, pois sua postura de confronto constante com o ministro das Comunicações Paulo Bernardo, e mesmo com seu antigo aliado, Cezar Alvarez, impede a sua continuidade à frente da empresa. O mais provável é que ele seja substituído pelo atual diretor comercial, Caio Bonillha.
Se Cezar fica, apesar de algumas resistências a seu comportamento por parte de Paulo Bernardo, o destino do Secretário de Telecomunicações, Nelson Fujimoto, estava selado há mais de mẽs. O nome de Maximiliano Martinhão, para substitui-lo, já foi enviado para a avaliação da Casa Civil há alguns dias.

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Fonte: Tele.Síntese
[31/05/11]  Rogério Santanna é demitido da Telebrás

“Tanto se falou em ajuste na estatal e agora descobri que o ajuste é minha saída”, disse.
Rogério Santanna foi comunicado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que será substituído na presidência da Telebrás, na reunião do Conselho de Administração da estatal, marcada para esta quarta-feira (1º). “O ministro não entrou em detalhes sobre os motivos, mas ressaltou que trabalhamos durante quase seis anos juntos [no Ministério do Planejamento] e que não havia nenhum problema, mas achou que nesse momento devia dar outro encaminhamento à estatal”, disse Santanna.

Santanna não quis comentar se as operadoras privadas tiveram alguma influência no seu afastamento. “O governo já anunciou que vai fazer alguns ajustes na Telebrás e não tinha me falado nada e hoje eu descobrir que o ajuste é minha saída. Certamente devo ter provocado alguma insatisfação a setores que não enxergam no Plano Nacional de Bando Larga um bom projeto”, disse, comentando que soube da sua saída pela imprensa.

O ex-presidente da Telebrás disse que houve sinalizações públicas, inclusive do próprio ministro Paulo Bernardo, e de que era preciso mudar a forma como o PNBL vinha sendo conduzido. “Não acho que tenha havido erros, inclusive acho que teve muitos acertos. A Telebrás, em 12 de maio do ano passado, tinha cinco funcionários, hoje é uma empresa estruturada, que contratou os principais itens para implantação do plano num prazo muito curto, contratamos todos os principais editais e vamos entregar as primeiras cidades agora em junho, apesar de não ter recurso algum alocado e das enormes dificuldades para fazer os acordos com as elétricas e a Petrobras”, disse.

Santanna lembrou que, originalmente, quando o presidente Lula o colocou à frente da Telebrás havia uma previsão orçamentária possível de R$ 600 milhões no ano passado e mais R$ 400 milhões este ano, o que não ocorreu. “Principalmente porque o orçamento só foi aprovado nos últimos dias de dezembro. Os valores foram divididos por dois, os R$ 600 milhões viraram R$ 316 e os R$ 400 milhões se resumiram a R$ 226 milhões. Até o presente momento nenhum recurso foi colocado no caixa da Telebrás, embora o Tesouro já tenha prometido que a partir do mês de junho esses recursos possam começar a entrar, que deve ficar em R$ 350 milhões”, explicou.

- Não vou manifestar sobre o meu sucessor. Naturalmente eu espero que o executivo escolhido tenha conhecimento técnico e habilidade suficiente para levar o PNBL onde ele merece chegar, que é promover a redução do preço da banda larga para o usuário final, por meio da promoção da concorrência, usando a rede neutra e mais barata da estatal”, disse Santanna, visivelmente emocionado.

Na opinião de Santanna, o primeiro papel da Telebrás deve exercer, e que eu trabalhou para que ela exercesse, é construir uma rede de alta velocidade de transporte de informação a baixo custo para permitir que a concorrência se estabelecesse e resultasse em um preço mais barato para o consumidor. Ele acredita que o acesso final somente deveria ser prestado pela estatal em último caso, em situação de exceção.

Santanna ainda não tem planos para o futuro. “Como eu me dediquei por tanto tempo em prol da Telebrás, agora vou descansar um pouco”, concluiu.

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Fonte: Tele.Síntese
[31/05/11]  Comunicado destaca que indicação de Bonilha vai fortalecer relação institucional com Minicom

Assinado por Cezar Alvarez, o comunicado ao mercado oficializa a mudança no comando da estatal.

A mudança no comando da Telebrás foi formalizada pelo Ministério das Comunicações em comunicado ao mercado, assinado por Cezar Alvarez, presidente do Conselho de Administração da estatal. O documento, enviado à CVM e postado na página do Minicom na internet, informa a substituição de Rogério Santanna por Caio Cezar Bonilha Rodrigues e diz que a indicação de Bonilha “tem por objetivo fortalecer a empresa e sua relação institucional com o Ministério das Comunicações, a fim de propiciar melhores condições para o cumprimento de sua missão no âmbito do Plano Nacional de Banda Larga. ”

O comunicado também destaca a atuação de Santanna frente a Telebrás: “O ministro de Estado das Comunicações prestou seus agradecimentos ao senhor Rogério Santanna dos Santos, pelo papel fundamental no restabelecimento das atividades da Telebrás, o que a tornou novamente um instrumento para execução de políticas públicas no setor de telecomunicações.”

Bonilha é formado em engenharia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com especialização pela Universidade Estadual de Campinas em tecnologias, negócios e estratégias para empresas de telecomunicações e energia. Tem mais de 20 anos de experiência gerencial e comercial, e ocupava, desde 2010, a diretoria comercial da Telebrás. (Da redação)
Comunicado destaca que indicação de Bonilha vai fortalecer relação institucional com Minicom

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Fonte: Tele.Síntese
[31/05/11]  Bernardo confirma Caio Bonilha na presidência da Telebrás

O engenheiro já ocupava a diretoria comercial da estatal

O engenheiro Caio Bonilha foi confirmado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, como presidente da Telebrás, em substituição a Rogério Santanna, demitido nesta terça-feira (31). A posse será amanhã, durante reunião do Conselho de Administração da estatal.

Caio Bonilha ocupava a diretoria comercial da Telebrás e atendia ao ministro das Comunicações, quando precisava de informações sobre a estatal. Na última audiência com a presidente Dilma Rousseff, no mês passado, Bonilha acompanhou o ministro Paulo Bernardo na audiência.

Mais cedo, Bernardo descartou a saída de Cezar Alvarez da secretaria-executiva do ministério, afirmando que não "podia abrir mão dele". Alvarez chegou a ser convidado pelo ministro para assumir a Telebrás.

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Fonte: Teletime
[31/05/11]  Planalto intervém e Cezar Alvarez permanece no Minicom; Caio Bonilha assume Telebrás - por Samuel Possebon

A saída de Cezar Alvarez do Ministério das Comunicações para presidir a Telebrás foi abortada pelo Palácio do Planalto. Alvarez continuará como secretário executivo. Mas o ministro Paulo Bernardo mudará a presidência da Telebrás, onde assumirá o atual diretor comercial Caio Bonilha no lugar de Rogério Santanna; e trocará o comando da secretaria de telecomunicações do Minicom, hoje sob a responsabilidade de Nelson Fujimoto, por um nome ainda não definido. Esse foi o saldo de uma rápida, mas significativa, crise política aberta com o vazamento da informação de que Alvarez deixaria o ministério. Diante da repercussão negativa que o fato geraria junto à militância e às bases, e ao fato de que Alvarez tem laços políticos fortes com o ex-presidente Lula, o Planalto avaliou que seria imprudente deixar o Minicom conduzir a questão como planejado. Paulo Bernardo falou rapidamente à imprensa, negou a saída de Alvarez e confirmou a indicação de Bonilha para a Telebrás. Em seu Twitter, Paulo Bernardo disse pela manhã que havia conversado com a presidenta Dilma Rousseff sobre os rumos do PNBL, sem dar detalhes.

Bonilha já vinha trabalhando com Rogério Santanna e foi um dos responsáveis pela modelagem econômica montada para colocar a estatal novamente de pé.

Alvarez confirmou a este noticiário que o seu remanejamento para a Telebrás estava em estudo, mas não quis dar detalhes sobre as razões da mudança. Afirmou apenas que a sua permanência no ministério foi avaliada como mais adequada diante de um projeto maior, que envolve o Plano Nacional de Banda Larga e também o debate sobre o novo marco das comunicações, e reforçou que o ministro Paulo Bernardo tem dado e continuará dando todo apoio ao papel que a Telebrás tem no PNBL.

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Fonte: ClippingMP - Origem: Valor Econômico
[31/05/11]  Cezar Alvarez é indicado novo presidente da Telebrás - por André Borges

A Telebrás vai trocar de comando. A decisão foi tomada pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Segundo uma fonte ligada ao Ministério, a liderança da estatal, que desde a sua reativação estava nas mãos de Rogério Santanna, passará para o atual secretário-executivo das Comunicações, Cezar Alvarez. Procurado pelo Valor, o Ministério não quis comentar o assunto. A Telebrás também preferiu não se pronunciar.

A saída de Rogério Santanna já era esperada pelo setor. Desde o início do ano, a relação entre o diretor da Telebrás e o ministro das Comunicações era praticamente nula. Apesar da importância que a Telebrás desempenha na execução do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), Santanna não tinha praticamente acesso ao ministro. Seus contatos limitavam-se a pequenas formalidades, sem contato direto.

Nos últimos meses, Santanna criticou diretamente a retenção de orçamento que estava previsto para a Telebrás, por ter atrasado todo o cronograma de instalação de fibra óptica da empresa. Passado um ano desde sua reativação, a estatal não conseguiu ligar nenhuma cidade à internet de alta velocidade. Paulo Bernardo também deixou clara sua intenção de promover "ajustes" na Telebrás, alinhando a estatal como parceira das operadoras de telefonia, em vez de uma concorrente direta. Historicamente, Santanna é defensor da entrada da Telebrás como competidora direta no mercado.

Segundo a mesma fonte, a relação entre estatal e Ministério ficou ainda mais frágil após a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), baseada em matéria publicada pelo Valor em 25 de abril, enviar à estatal um pedido formal de esclarecimentos sobre a execução orçamentária da empresa. A Telebrás repassou o pedido ao Ministério, para que esse esclarecesse.

Rogério Santanna assumiu a Telebrás a convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Amigo de Cesar Alvarez, Santanna era, até o início do ano passado, o chefe da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, vinculada ao Ministério do Planejamento, então sob comando de Paulo Bernardo.

Alvarez, que até o ano passado era assessor especial da Presidência, sempre foi um forte defensor da indústria do software livre, ao lado de Santanna. Também esteve sob sua responsabilidade a execução do programa "Um Laptop por Aluno", iniciativa que ainda não decolou. A nomeação de Alvarez para a presidência da Telebrás, onde já ocupava a presidência do conselho de administração, poderá ocorrer amanhã.

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Fonte: Valor Online
[31/05/11]  Santanna confirma saída da presidência da Telebrás - por Rafael Bitencourt

BRASÍLIA – O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, confirmou há pouco que a partir de amanhã não será mais presidente da estatal. A declaração foi dada quando o executivo saiu de uma reunião com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo Santanna, a decisão do governo deve ser confirmada amanhã em reunião do conselho de administração da estatal, quando também deverá ser definido um novo nome para o cargo.

Ele afirmou ainda que soube que sairia do comando da companhia pela imprensa. Segundo ele, o ministro justificou que precisaria fazer “alguns ajustes”.

“O ministro me comunicou que estava para fazer alguns ajustes e isso implicaria uma troca na presidência (da Telebrás)”, comentou.

O nome do atual presidente da estatal surgiu ainda no governo Lula durante a fase de lançamento do Plano Nacional de Banda Larga. Rogério Santanna foi um dos principais entusiastas da reativação da estatal, justificada pela alegação do governo de que o país precisava de uma rede de transmissão de dados no atacado mais barata.

Na época, a proposta teve forte resistência das principais empresas privadas de telecomunicações, que consideravam que o governo estava retomando um modelo estatal do setor, extinto na época das privatizações.

Por outro lado, os pequenos e médios provedores viram a decisão do governo como uma oportunidade para terem acesso a redes mais baratas, já que não contam com infraestrutura robusta para transmissão de dados.

Santanna acredita ter provocado “alguma insatisfação”, mas não considera que tenha cometido algum erro no período em que esteve à frente da estatal. “Mantive-me fiel ao projeto em que me comprometi”, assinalou.

Ele disse não saber quem irá sucedê-lo no cargo. Hoje, o ministro Paulo Bernardo, ao sair da sede dos Correios – onde houve o leilão do Banco Postal – disse que não abrirá mão de seu secretário-executivo, Cezar Alvarez, cotado para assumir a presidência da Telebrás. Outro nome forte para a vaga é o de Caio Bonilha, diretor comercial da Telebrás.

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Fonte: Blog Relatividade
[31/05/11]  A Troca de comando na Telebrás e a publicação da Lei 12.410 prometem destravar o PNBL, será?

Paulo Bernardo, ministro das Comunicações

Correu mundo ontem a demissão de Rogério Santanna da Presidência da Telebrás, Cézar Alvarez deverá assumir o comando da Estatal responsável por desenvolver o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). Era público há mais de um mês o descontentamento do ministro Paulo Bernardo com Rogério Santanna (e vice-versa), o estopim que levou Santana a demissão teriam sido essencialmente três questões, o papel da Telebrás no concorrido mercado das Teles no Brasil, a inviabilização orçamentária da estatal que ainda estava à míngua, e dúvidas do Minicom quanto à capacidade política da atual direção da Telebrás em circular nesse “complexo” setor.

Cézar Alvarez por outro lado chega à cadeira com parte dessas questões já solucionadas, na sexta-feira (27) o PL 12.410 foi publicado no diário Oficial, ele destina R$ 300 milhões do tesouro nacional para aumento de capital da Telebrás, para dar um simples exemplo, a ampliação da rede de fibra ótica no Rio Grande do Sul, na perspectiva de fechar um anel mínimo de cobertura, está orçado em mais ou menos 30 milhões, 1/10 do incremento de capital que a Telebrás sozinha recebe via lei 12.410, porém a troca de comando da empresa não resolve a principal questão que paira sobre o PNBL, afinal: qual o papel da Telebrás no mercado das teles no Brasil?

A dúvida é sabermos se a empresa será o fiel da balança que corrigirá os excessos das teles privadas em preço e cobertura, forçando as teles baixarem o preço e ampliarem sua cobertura para os grotões do Brasil, ou será um mastodonte que quer massificar a internet no país a partir de um grande Backbone público, concorrendo de forma feroz no privado, e monopolizando no atendimento ao setor público.

A primeira possibilidade já está efetivamente acontecendo, o preço praticado no atacado pela Telebrás tem sido até 6 vezes mais baixo que o das privadas, a ampliação da rede para o interior tem se intensificado, se grandes empresas do setor estão acima do valor, ou se não aspiram chegar em determinado local, a Telebrás vem chegando a partir da conexão das diversas malhas públicas de fibra, e com rádio local na última milha, garantindo assim a conexão e abusca do simbólico 1MB por R$ 35,00.

O que fica claro com a demissão do ex-executivo, é que o debate de rumos da Telebrás está tenso e segue incerto, as Teles forçam ao máximo para que o cenário de esvaziamento da Telebrás seja uma realidade, por outro lado o governo trabalha para consolidar o “papel” da empresa no setor, ainda que pressionado e comedido pela pressão das gigantes de telecom, a vitória é que a existência da Telebrás não está mais na agenda, a disputa agora está em até onde racionalmente a Telebrás deverá crescer.

Regula o setor ou virá um mastodonte? Quem viver verá.

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Fonte: Convergência Digital
[30/05/11]  Dilma decreta o fim do PNBL idealizado por Lula - por Luis Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz

Se tudo correr de acordo com o script político, na próxima quarta-feira, 1º/6, as empresas de telefonia - que realizarão pela primeira vez em Brasília o seu encontro anual - poderão celebrar o aviso a ser dado no mesmo dia de que o Ministério das Comunicações encerrou o Plano Nacional de Banda Larga, pelo menos, nos moldes idealizado e aprovado pelo ex-presidente Lula.

Lula desejava uma Telebrás forte, com uma rede que fosse capaz, se necessário, de prover o acesso à internet banda larga aos mais pobres onde as empresas de telefonia se recusassem a prestar o serviço - e o fim desse PNBL será materializado na substituição do presidente da Telebrás, Rogério Santanna, pelo atual secretário-executivo do Minicom, Cezar Alvarez.

No mesmo dia do evento (1º/6), o Conselho de Administração da Telebrás vai se reunir e a expectativa é de que se concretize a demissão de Santanna. O portador da missão ao Conselho, não por acaso, será Cezar Alvarez - que informará a substuituição determinada pelo ministro Paulo Bernardo.

A mudança no comando do presidente da Telebrás confirma a inflexão do Minicom, o qual vem paulatinamente, nos últimos meses, mudando o discurso, que começou radical na era Lula contra as empresas de telefonia, por um tom de consenso e de um programa cujas empresas são parceiras, já na era Dilma Rousseff.

Além disso enfraquece o PNBL, cuja essência está na criação de uma rede nacional neutra de transporte de dados, fora da alçada e dos preços das concessionárias, como defendia Lula e Rogério Santanna. A troca tem como pano de fundo o novo Plano Geral de Metas de Universalização, o PGMU 3 e o consequente acordo firmado entre Minicom e as teles para oferta de banda larga.

A saída de Alvarez do Minicom apenas confirma o que se sabia nos bastidores políticos do ministro Paulo Bernardo antes de ele assumir a pasta. Na época da montagem do Governo Dilma, se dependesse de Bernardo, Cezar Alvarez não teria sido nomeado secretário-executivo. Mas no meio do caminho, ele foi atropelado pelo presidente Lula, que fez pressão junto à recém-eleita presidenta, Dilma Rousseff,para que mantivesse Alvarez no seu governo e numa função importante no Ministério das Comunicações - com a missão de tocar o PNBL.

Com a saída de Rogério Santanna, o ministro Paulo Bernardo resolve o seu problema de equipe. Faz Alvarez "cair para cima" no jargão político, ao mesmo tempo em que ameniza qualquer eventual insatisfação política que possa vir do PT do Rio Grande do Sul. Ao trocar um gaúcho, que é ligado ao governador Tarso Genro e o ex-Olívio Dutra (Rogério Santanna), espera não ouvir reações negativas do Sul ao prestigiar um outro conterrâneo, que também transita na mesma esfera política.

Da mesmo forma, fica bem com o presidente Lula, pois não degolou seu ex-assessor especial e apadrinhado, nem o deixou desamparado. Afinal, comandar a Telebrás dará mais visibilidade a Alvarez do que tinha enquanto secretário-executivo de Paulo Bernardo, que também gosta de se relacionar com a mídia. Lula não terá como reclamar, do ponto de vista político, das mudanças. Resta saber se ele se "esquecerá" de tudo o que disse sobre o futuro da Telebrás, para não comprometer o governo da presidenta Dilma.

O secretário de Telecomunicações, Nelson Fujimoto, também não ficará no Ministério das Comunicações. Curiosamente, já recebera o 'cartão vermelho' do chefe Paulo Bernardo, antes que se definisse a saída de Santanna e o remanejamento de Cezar Alvarez. Para o seu lugar deverá ser nomeado Maximiliano Martinhão, por indicação direta do conselheiro da Anatel, João Rezende, cuja amizade com Paulo Bernardo vem do Paraná.

Fujimoto é contra o acordo com as teles e o novo PGMU, documento que deixou claro não se sentir confortável para assinar, dadas as frágeis contrapartidas oferecidas pelas concessionárias para acesso à internet e a evidente capitulação do governo, que esvaziou o crescimento da Telebrás.

A mudança se dá em um momento em que a empresa estava praticamente pronta para cumprir os objetivos para o qual foi reativada: Fazer a inclusão digital no país para os menos favorecidos, onde as teles não atuassem em competição com preços populares. Além de prover uma rede de comunicação de dados e voz (IP) para o próprio governo.

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Fonte:Convergência Digital
[30/05/11]  Mudança aproxima ainda mais Minicom das teles - por Luis Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz

A troca de comando na Telebrás também marca uma proximidade ainda maior do Ministério das Comunicações com as concessionárias de telefonia. No lugar de uma secretaria de Telecomunicações que resiste ao acordo com as teles, entra uma política de novos “bônus”.

O indicado é o atual gerente de engenharia de espectro da Anatel, Maximiliano Martinhão, cuja principal credencial para o cargo é a defesa da transferência da faixa de 700 MHz para as operadoras de telefonia – faixa que, vale lembrar, é ocupada pelas emissoras de rádio e televisão. É o novo bônus, depois que o Minicom apoiou a ideia de transferir, via PGMU, a faixa de 450 MHz para as empresas.

Mesmo com o esvaziamento político do PNBL e, por consequência, da Telebrás, o lado empresarial ainda assim viu motivos para se preocupar com o andamento dos processos na estatal. Especialmente depois que a Telebrás firmou acordos - no último dia 18 de maio - com a GVT e a TIM/Intelig para compartilhamento de infraestrutura, com previsão de investimentos conjuntos em backhaul.

A colaboração entre a estatal e as duas empresas faz sentido - GVT e TIM têm em comum a dificuldade em estabelecer competição em infraestrutura de redes no país, pois mais de 90% está em poder, principalmente, das concessionárias de telefonia fixa.

Além da troca de infraestrutura em regiões em que poderiam ser complementares, as três empresas já passaram para a discussão de projetos conjuntos. E, vale lembrar, que a principal premissa do Plano Nacional de Banda Larga estava na criação de uma rede neutra, compartilhável, para garantir redução de custos e furar o monopólio privado.

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Fonte:Convergência Digital
[30/05/11]   Cortes de recursos minaram o trabalho da Telebrás -por Luís Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz

Gestado e nascido durante o governo Lula, o Plano Nacional de Banda Larga, com a Telebrás como principal gestora, não parece ter empolgado o governo Dilma Roussef. Além dos cortes de recursos – até agora não houve dinheiro transferido à empresa – houve mudanças na política, que passaram a privilegiar a relação com as operadoras privadas.

Pelo plano inicial, a Telebrás contaria com R$ 1 bilhão entre 2010 e 2011 – valor que poderia ser acrescido em outros R$ 400 milhões a depender do andamento da implantação da rede pública nacional de fibras ópticas.

Mas o primeiro aporte de R$ 600 milhões se transformou em R$ 316 milhões – sendo que nenhum centavo desse valor foi liberado até agora. Neste ano, os R$ 400 milhões previstos viraram R$ 226 milhões, dos quais apenas R$ 50 milhões foram transferidos.

Este último corte foi determinado pelo Ministério das Comunicações , leia-se: ministro Paulo Bernardo. O Tesouro Nacional chegou a indicar a transferência dos R$ 226 milhões, mas o valor foi reduzido por ordem do Minicom – e nem esse efetivamente chegou à estatal.

A Telebrás também planejava utilizar a faixa de 450 MHz para levar banda larga ao interior do país. O desenho do uso da faixa, feito pela Anatel no ano passado, ainda partia dessa premissa ao prever a transferência para ente público.

Com a virada do ano, isso também mudou. O Ministério das Comunicações passou a negociar o Plano Geral de Metas de Universalização com as concessionárias e – por iniciativa da própria Anatel – resolveu transferir a faixa de 450 MHz às teles.

O governo também não ajudou muito a resolver a cessão de uso das fibras ópticas da Eletrobrás e da Petrobras à Telebrás. A ideia era resolver essa questão até fevereiro, mas se arrastou até maio, com prejuízo no cronograma de implantação da rede.

Agora que esse ponto foi resolvido, a Telebrás está prestes a começar a conectar as primeiras cidades previstas no Plano Nacional de Banda Larga – a primeira, Itumbiara, em Goiás, deve ser “ligada” até meados de junho.

Mas, apesar dos encaminhamentos, a Telebrás ainda pode ser acusada de “não ter feito nada” em um ano – mesmo que alguém lembre que mesmo os recursos previstos para 2010 ainda não foram transferidos para a estatal. Em duas semanas, o PNBL estaria “na praça”.

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Fonte: Tele.Síntese
[30/05/11]  Cezar Alvarez aceita convite para dirigir Telebrás

Também sai o secretário de Telecomunicações, Nelson Fujimoto, substituído por Maximiliano Martinhão

O atual Secretário-Executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, aceitou o convite formulado pelo ministro Paulo Bernardo e vai dirigir a estatal Telebrás no lugar de Rogério Santanna, informaram hoje fontes do ministério. Também sai o Secretário de Telecomunicações, Nelson Fujimoto, que deverá ser substituído por Maximiliano Martinhão, da Anatel. O ministro está no Uruguai, com a presidente Dilma Rousseff.
A saída de Rogério Santanna já era comentada nos bastidores do governo há mais de mês, pois por duas vezes ele teria deixado o ministro Paulo Bernardo bastante irritado. Na primeira, o executivo divulgou o pleito da Telebrás para ocupar a faixa de 450 MHz à imprensa sem informar previamente ao ministro que daria publicidade à sua reivindicação. O segundo momento de desconforto foi o ofício da Telebrás ao ministro das Comunicações, para que este enviasse os esclarecimentos solicitados pela CVM, num tom que deixou Bernardo muito irritado.

Além disso, há a própria discussão sobre o modelo da Telebrás. Cada vez mais, o governo pretende que a estatal atue como uma reguladora do mercado de atacado, e não que preste serviço ao usuário final, como defendia Santanna. Alvarez é muito mais afinado com este modelo - e sempre defendeu que a Telebrás só agisse no mercado final onde as empresas privadas não quisessem ir.

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Fonte: Teletime
[30/05/11]  Alvarez sai do Minicom e assumirá a Telebrás; mudança expõe divergências internas - por Samuel Possebon

Dia 1 de junho deve ser formalizada, na reunião do conselho da Telebrás, a saída de Rogério Santanna da presidência da estatal. Quem assume é Cezar Alvarez, atual secretário executivo do Ministério das Comunicações. A mudança se dá em um ambiente político ruim: Cezar Alvarez e o ministro das Comunicações Paulo Bernardo estão com a relação desgastada por uma série de razões. A principal delas é falta de confiança e afinidade política. Cezar Alvarez nunca foi a primeira escolha de Paulo Bernardo para a Secretaria Executiva. Foi colocado por indicação do ex-presidente Lula e tentou ganhar espaço como formulador de políticas, batendo de frente com o projeto de Paulo Bernardo, segundo interlocutores familiarizados com a situação. Agora, Bernardo terá a chance de voltar a ter controle total sobre o ministério e colocar Genildo Lins (atual secretário de radiodifusão) como secretário executivo, como era o plano inicial quando foi convidado para ser ministro. Outro cotado é Rodrigo Zerbone, atual consultor jurídico, este também cogitado para o conselho da Anatel.

Paulo Bernardo também já havia informado Cezar Alvarez que seu aliado Nelson Fujimoto, atual secretário de telecomunicações, perderia o cargo. Essa decisão havia sido tomada antes mesmos de se decidir pela saída de Alvarez. Para o seu lugar na secretaria de telecom foi convidado há algumas semanas Maximiliano Martinhão, atual gerente geral de certificação e engenharia de espectro da Anatel.

Outro sinal de desentendimentos no núcleo que cuida das telecomunicações do governo é que Rogério Santanna, atual presidente da Telebrás, ainda não foi avisado da mudança, nem mesmo informalmente. Ficou sabendo pelo Jornal O Globo, que antecipou a alteração nesse final de semana. Santanna e Cezar Alvarez eram aliados e estavam, até o começo do governo Dilma, alinhados sob o mesmo discurso. Mas Santanna não goza da simpatia de Paulo Bernardo, o que também acabou colocando Alvarez e Santanna em posição de divergência. Sem acesso ao Minicom, a Telebrás também perdeu contato com o Palácio do Planalto. Até hoje, a estatal não foi chamada pela presidenta Dilma para falar de sua atuação no Plano de Banda Larga.

Conceitualmente, a mudança em curso reforça o direcionamento do Ministério das Comunicações de priorizar as negociações com a iniciativa privada para viabilizar as metas do Plano Nacional de Banda Larga. Ainda não se sabe se a determinação da presidenta Dilma Rousseff para que a Telebrás seja o veículo para a construção de uma rede de alta capacidade no Brasil, com recursos de R$ 1 bilhão ao ano até 2014, será afetada no jogo político. Alvarez vai para a Telebrás sem garantias de que os recursos serão de fato liberados.


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