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07/12/12
• UIT/Dubai (7) - Artigo: "Governabilidade da internet: o que você tem a ver
com isso?" + Diversas matérias
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Continuamos o esforço de acompanhamento - através de registro da mídia - da
polêmica Conferência Mundial da União Internacional de Telecomunicações (UIT).
O portal Teletime publica hoje duas notícias (não transcritas aqui):
Leia na Fonte: Teletime
[07/12/12]
Internet Society divulga nota de repúdio a ataques contra site da UIT
[07/12/12]
Brasil vai redigir texto sobre segurança de rede na UIT
02.
A propósito de "esforço de acompanhamento", sugiro a leitura deste deste,
transcrito mais abaixo:
Leia na Fonte: Observatório da Imprensa
[04/12/12]
Governabilidade da internet: o que você tem a ver com isso? - por Carlos
Castilho
Recorte:
(...) "A primeira iniciativa para que não acabemos novamente na mão de algum
monopólio ou oligopólio, é que os usuários seja informados do que está sendo
discutido em Dubai.
Acho que não dá para esperar muita coisa da imprensa convencional, porque até
agora ela não se interessou pelo assunto porque também tem lá suas desconfianças
em relação à internet.
A única alternativa possível seria que os próprios usuários da rede resolvam
promover um mutirão, também conhecido como crowdsourcing, para obter e
disseminar informações sobre o que está rolando em Dubai, de modo a que todos
nós possamos formar uma opinião e, a partir dela, tomar posições em defesa de
nossos desejos ou necessidades.
Parece utópico e, na verdade, é. Mas não sobraram muitas alternativas."
03.
Transcrevo mais abaixo estas matérias:
Leia na Fonte: Convergência Digital
[05/12/12]
UIT, em Dubai, discute liberdade de expressão na rede
Leia na Fonte: Convergência Digital
[03/12/12]
Neutralidade na infraestrutura é competência da UIT e da Anatel - por Luís
Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
Leia na Fonte: Teletime:
[06/12/12]
UIT aprova em Dubai padrão de inspeção de pacotes de rede - por Bruno do
Amaral
Leia na Fonte: Teletime
[06/12/12]
Site da UIT sofre ataque e interrompe encontro em Dubai
04.
Lá no final da página, está a relação das matérias já referenciadas e/ou
transcritas nesta Série de "posts".
Boas Festas e um ótimo 2013!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Observatório da Imprensa
[04/12/12]
Governabilidade da internet: o que você tem a ver com isso? - por Carlos
Castilho
Este é o tipo do assunto que, provavelmente, será considerado esotérico por
muitos leitores aqui do Código Aberto, porque não trata nem da corrupção em
Brasília, nem da violência em São Paulo e muito menos de novelas, drogas e
futebol. Mas hoje eu vou correr o risco de contrariar a regra para discutir com
vocês um tema que afeta o futuro de nossa existência com cidadãos digitais,
sobre o qual vão ser tomadas decisões cruciais a respeito das quais 95% da
população mundial não têm a mínima ideia.
O que estará em jogo é a forma como a internet será governada, o que tem tudo a
ver com as facilidades que teremos ou não, com a liberdade de opinião e de
iniciativas, com o quanto pagaremos para ter acesso às facilidades digitais — só
para citar alguns elementos mais notórios. Como a internet é hoje uma ferramenta
essencial nos negócios digitais que estão por toda a parte, toda a economia
mundial será afetada pelas decisões que vierem a ser tomadas na Conferência
Mundial da União Internacional de Telecomunicações (UIT), que começou na
segunda-feira (3/12) em Dubai (Emirados Árabes) e vai até o dia 14 de dezembro.
A conferência pretende revisar os códigos internacionais de telecomunicações
vigentes desde 1988, quando a internet ainda era um sonho de cientistas e
visionários. Muito pouco se sabe sobre quais são as propostas em jogo, mas
segundo informações recolhidas pelo especialista norte-americano Dan Gillmor e
publicadas no jornal inglês The Guardian, o mais provável é que os 193 delegados
usem a mesma estrutura dos códigos aprovados há 25 anos, quando as
telecomunicações eram dominados pelo telefone, telex, rádio e televisão. Caso
isso se confirme, as resoluções estarão em sincronia com a idade média dos
participantes, a maioria dos quais ainda considera o computador como uma máquina
de escrever sofisticada.
Mas o que mais preocupa é a falta de transparência nas discussões prévias e a
cobertura burocrática que a maior parte da imprensa mundial dedica ao evento. Há
um manto de silêncio porque a UIT é dominada por burocratas nomeados por
governos, muitos dos quais consideram a internet como uma ferramenta quase
subversiva. Além do mais, a UIT, que sempre dedicou um interesse periférico pela
internet, quer agora disputar o controle da Web com a ICANN (International
Corporation for Assigned Names and Numbers), um consórcio influenciado pelos
Estados Unidos, que também quer ser hegemônico na rede mundial de computadores.
Tudo isso porque a internet está se tornando importante demais na vida
contemporânea e influenciando cada vez mais o nosso dia a dia. Os governos, por
meio da UIT, e os interesses corporativos vinculados ao ICANN já não veem mais
com bons olhos o anarquismo libertário dos criadores da internet como o inglês
Tim Berners-Lee, que sempre defendeu uma rede descentralizada, horizontal e
totalmente livre. O sonho do visionário Berners-Lee talvez não se concretize
completamente, mas bem que os quase dois bilhões de usuários da internet no
mundo inteiro poderiam ser levados em conta na hora de definir o futuro da rede,
para que ela não se torne mais um negócio similar a uma operadora de telefonia,
onde predomina a lei da selva.
A primeira iniciativa para que não acabemos novamente na mão de algum monopólio
ou oligopólio, é que os usuários seja informados do que está sendo discutido em
Dubai. Acho que não dá para esperar muita coisa da imprensa convencional, porque
até agora ela não se interessou pelo assunto porque também tem lá suas
desconfianças em relação à internet. A única alternativa possível seria que os
próprios usuários da rede resolvam promover um mutirão, também conhecido como
crowdsourcing, para obter e disseminar informações sobre o que está rolando em
Dubai, de modo a que todos nós possamos formar uma opinião e, a partir dela,
tomar posições em defesa de nossos desejos ou necessidades.
Parece utópico e, na verdade, é. Mas não sobraram muitas alternativas.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[05/12/12]
UIT, em Dubai, discute liberdade de expressão na rede
Delegados na segunda sessão plenária da Conferência Mundial de Telecomunicações
Internacionais, em Dubai, sustentaram enfaticamente a proteção às liberdades de
opinião e expressão. Uma proposta apresentada pela delegação da Tunísia defendeu
a inclusão, no artigo 1o do Regulamento Internacional de Telecomunicações (ITR,
na sigla em inglês) de um novo texto que especificamente afirma que “os mesmos
direitos que as pessoas têm off-line devem ser protegidos online”.
Durante os debates, foi lembrado que “eventos recentes” demonstraram que alguns
países cortaram as conexões internacionais. O mais recente desses se deu na
Síria, na semana passada, onde a Internet ficou fora do ar por três dias. Ainda
assim, a conferência promovida pela União Internacional das Telecomunicações
(UIT) preferiu não acrescentar o texto, por entender que a liberdade de
expressão já faz parte de tratados internacionais que possuem precedência legal
sobre o ITR.
Isso não impediu o secretário geral da UIT, Hamadoun Touré, de – mais uma vez –
tentar rebater as críticas ao encontro em Dubai. “Foi sugerido que esta
conferência poderia, de alguma forma, restringir o fluxo aberto e livre de
informações. Mas a Constituição da UIT já prevê o direito das pessoas se
corresponderem e a ITR não pode contradizer isso”, defendeu.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[03/12/12]
Neutralidade na infraestrutura é competência da UIT e da Anatel - por Luís
Osvaldo Grossmann e Luiz Queiroz
O conselheiro da Anatel. Marcelo Bechara, que participará da conferência mundial
da UIT, que acontece desta segunda-feira, 03, até o dia 14 de dezembro, em
Dubai, admite que o encontro não será conclusivo sobre a neutralidade de rede,
questão que maior visibilidade ganhou nas discussões.
“A reunião não vai ser definitiva em muitas coisas. Os temas que puderem ter
consenso serão colocados de forma muito abrangente. E em alguns pontos o debate
vai se consolidar a partir de Dubai. E Dubai não encerra, apenas começa esse
debate”, pondera o conselheiro.
Bechara acredita, porém, que há espaço para que a União Internacional das
Telecomunicações trate da camada de rede da Internet. “Não vejo a UIT como
competente para regular questões envolvendo Internet. Mas a Internet funciona
sobre uma infraestrutura que é de telecomunicações e sobre esse tema a UIT deve
sim tratar”.
“Acho que a neutralidade deve ser tratada como prevê a LGT, com um conceito de
isonomia. E não pode haver qualquer tipo de posição que promova ou configure uma
quebra na neutralidade do tráfego. Então nessa parte de infraestrutura a
neutralidade tem que ser discutida dentro de um setor de telecomunicações”,
insiste.
Sobre esse aspecto, o conselheiro entende que a Anatel também por prerrogativa
legal, tratar da regulação da infraestrutura de telecom. Segundo ele a inércia
da agência, ao não ter participado abertamente desde o início do debate da
construção do Marco Civil da Internet - embora tenha colaborado com o texto -
acabou deixando a agência na incômoda posição de antagônica aos interesses da
sociedade. "A Anatel se fez pouco presente nesse debate. O governo ouviu a
Anatel, mas quando o texto foi colocado no Congresso Nacional fizemos um
acompanhamento tímido", declarou.
O Conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara,concedeu entrevista exclusiva à CDTV do
portal Convergência Digital, na qual ele expõe seus pontos de vista sobre o
mercado de Internet brasileiro e mundial e como a agência reguladora deverá
estar inserida nesse contexto.
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Leia na Fonte: Teletime:
[06/12/12]
UIT aprova em Dubai padrão de inspeção de pacotes de rede - por Bruno do
Amaral
Embora cercada de controvérsia, a Conferência Mundial de Telecomunicações
Internacionais (WCIT-12) em Dubai já começa a apresentar seus primeiros frutos.
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) apresentou nesta quinta-feira,
6, a aprovação do novo padrão de inspeção profunda de pacotes de rede (DPI, na
sigla em inglês), que deverá permitir a provedores gerenciar o tráfego de rede
"de maneira mais eficiente, aumentando a qualidade de serviço e experiência dos
usuários". A entidade assegura que, apesar da visibilidade, os dados e seus
remetentes/destinatários terão a privacidade garantida.
No argumento da UIT, com essa padronização, os provedores de serviço de Internet
(ISP) podem analisar o tráfego de pacotes e, assim, otimizar os custos e
investimentos em demanda de infraestrutura de rede, caso necessário. A entidade
afirma que durante a assembleia de padronização das telecomunicações mundiais
(WTSA), também realizada em Dubai, em novembro, foram "resolvidas algumas
preocupações sobre a manutenção da privacidade após se notar que o padrão lida
com a identificação da aplicação utilizada, em vez de inspecionar o conteúdo dos
usuários", de acordo com o comunicado. A UIT garante que as informações privadas
não podem ser acessadas, além de permitir medidas para assegurar a identidade
anônima da correspondência.
O padrão, chamado de ITU-T Y.2770, foi produto do Grupo de Trabalho 13 e
menciona redes futuras, incluindo banda larga móvel e redes de próxima geração
(NGN). O estudo permitirá o gerenciamento por aplicação de redes, dando aos
provedores de serviços de Internet dados mais precisos para lidar com a grande
demanda de tráfego de aplicações, que constantemente mudam as portas de
comunicação e protocolos – além de identificar mesmo com as versões baseadas em
web dessas plataformas. Segundo a UIT, o padrão consegue identificar
inequivocadamente e gerenciar as aplicações de rede por assinatura, protocolo e
porta.
O ITU-T Y.2770 diz que "implementadores e usuários das técnicas descritas devem
atender a todas as leis, regulamentações e políticas nacionais e regionais
aplicáveis". O padrão ainda se refere a trabalhos complementares de arquiteturas
de gerenciamento inteligente de tráfego.
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Leia na Fonte: Teletime
[06/12/12]
Site da UIT sofre ataque e interrompe encontro em Dubai
Durante a tarde da quarta-feira, 5, o site da União Internacional de
Telecomunicações (UIT) passou por problemas, apresentando links que não
funcionavam. Nesta quinta-feira, a UIT revelou que vários dos serviços online,
particularmente relacionados a seções de publicações de documentos da
Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais (WCIT-12) em Dubai,
ficaram fora do ar, inclusive interrompendo um encontro do Grupo de Trabalho 1
do Comitê 5. Em comunicado, a entidade afirma que o ocorrido "reforça a
importância da cibersegurança", embora apenas mencione que "alguns grupos
hackers têm reclamado a autoria".
"Como medida de contingência, o tráfego de rede foi redirecionado para um site
backup hospedado em outra região geográfica", afirmou a entidade. O problema
permaneceu por pelo menos duas horas, segundo a UIT, e acabou impedindo o acesso
à informação justamente no canal de comunicação oficial da WCIT-12. "Alguns
delegados ficaram frustrados por não conseguir acesso a alguns dos documentos de
trabalho online que estavam sendo considerados nas reuniões".
O secretário-geral da UIT, Dr. Hamadoun Touré, disse que as ameaças online
contra a conferência em Dubai ferem os princípios de liberdade de expressão e
que o "acesso irrestrito a informação", como colocou o texto da entidade, tem
sido "difícil de defender". Apesar do ataque ter sido bem sucedido em atrapalhar
um encontro na conferência em Dubai, Touré afirma que é "irônico" que os
protestos a favor de uma Internet livre prejudiquem justamente os que estão
tentando ter acesso às informações.
Relação das matérias já referenciadas e/ou transcritas nesta Série de "posts".
Leia na Fonte: Teletime
[03/12/12]
Delegações em Dubai têm presença forte de operadoras e empresas de Internet
- por Bruno do Amaral
Leia na Fonte: Estadão / Link
[03/12/12]
Paulo Bernardo, chefe da delegação brasileira em Dubai: "Contra a neutralidade,
não assino"
Leia na Fonte: O Estado de S.Paulo
[04/12/12]
O futuro da internet - Editorial Estadão
Leia na Fonte: O Globo
[03/12/12]
O destino da internet em jogo no tabuleiro político de Dubai - por André
Machado
Leia na Fonte: Estadão
[29/11/12]
Futuro da internet nas mãos dos governos em Dubai - por Jamil Chade,
correspondente de O Estado de S. Paulo
Leia na Fonte: Teletime
[03/12/12]
Começam as discussões sobre o futuro das TICs em Dubai - por Letícia
Cordeiro
Leia na Fonte: Público (Portugal) - Ref: Blog do Noblat
[01/12/12]
Pela liberdade na Internet - por Vint Cerf
Leia na Fonte: O Estado de S.Paulo
[01/12/12]
Diante do poder da web - por Lúcia Guimarães
Leia na Fonte: Gizmodo Brasil
[02/12/12]
Como a
Síria desligou a internet - por Matthew Prince, da
CloudFlare
Leia na Fonte: Nações Unidas no Brasil
União Internacional de
Telecomunicações (UIT)
Leia na Fonte: Teletime
[26/11/12]
Dubai pode ter propostas para controle da Internet, diz site - por Bruno do
Amaral
Leia na Fonte: Teletime
[26/11/12]
UIT tenta estabelecer plano de ataque contra críticas - por Bruno do Amaral
Leia na Fonte: Teletime
[26/11/12]
UIT diz que empresas influenciaram Parlamento Europeu
Leia na Fonte: Teletime
[23/11/12]
UIT se defende de acusações do Google e do Parlamento Europeu
Leia na Fonte: WebDig
[08/06/12]
ONU quer criar tarifa para acesso a sites como Google e Facebook - por
Jefferson Meneses
Leia na Fonte: IDG Now! / Blog Circuito de Luca
[22/11/12]
Parlamento Europeu se opõe ao controle da Internet pela UIT - por Cristina
de Luca