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17/12/12
• Segurança do Processo Eleitoral - Sílvio Meira: "Não é a urna, é o sistema:
hacker mostra como mudar resultado da eleição, e diz que mudou em 2012"
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
A "segurança do processo eleitoral" é um assunto de extrema gravidade, que não
merece a atenção da sociedade devido à agilidade da apuração: confunde-se
rapidez com segurança.
Creio que debatemos este tema em nossos Grupos há mais de 10 anos!
Como curiosidade, lá no final, está uma relação de matérias de uma
antiga página especializada, hoje carente de atualização, mas ainda com bom
conteúdo (é provável que alguns links estejam descontinuados mas é sempre
possível tentar encontrar no Google).
02.
Há poucos dias um participante do Celld-group, postou esta notícia, transcrita
mais abaixo:
Leia na Fonte: PDT
[11/12/12]
Voto eletrônico: Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição - por
Apio Gomes
A blogosfera registrou mas creio que a chamada "grande mídia" não se interessou
pela questão e, na "mídia especializada", salvo engano, somente o Tele.Síntese
repercutiu:
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[12/12/12]
Jovem de 19 anos teria entrado na intranet da Justiça Eleitoral do Rio de
Janeiro
03.
Silvio Meira comentou o assunto:
Leia na Fonte: Blog Dia a Dia, Bit a Bit
[13/12/12]
não é a urna, é o sistema: hacker mostra como mudar resultado da eleição, e diz
que mudou em 2012
Lembro:
Silvio Meira (foto) é um dos maiores pesquisadores de Engenharia de
Software no Brasil. É também cientista-chefe do C.E.S.A.R. (Centro de Estudos e
Sistemas Avançados do Recife), instituto de inovação privado e sem fins
lucrativos que atua na área de tecnologia da informação e comunicação com duas
frentes: desenvolvimento de produtos (em áreas como TV Digital, mobilidade,
aplicações de web, open source e inteligência artificial) e incubação de
empresas.
Silvio Meira não utiliza letras maiúsculas em seus textos...
Meira citou este verbete na Wikipédia, também transcrito mais abaixo:
Leia na fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
[22/06/12]
Comitê Multidisciplinar Independente - Tema central: Confiabilidade do Voto
Eletrônico
04.
No WirelessBRASIL, o último "post"/mensagem sobre a "segurança do processo
eleitoral" está aqui:
03/10/12
•
Silvio Meira: "A urna eletrônica e a falta de transparência nas eleições" +
Coleção de matérias
Boa leitura!
Boas Festas e um ótimo 2013!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Blog Dia a Dia, Bit a Bit
[13/12/12]
não é a urna, é o sistema: hacker mostra como mudar resultado da eleição, e diz
que mudou em 2012 - por Sívio Meira (foto)
parte da comunidade de informática brasileira interessada em eleições e voto eletrônico passou anos tentando mostrar ao TSE, autoridade eleitoral nacional, que havia uma [isso, uma] coisa errada no sistema eleitoral brasileiro e que esta “coisa” era o sistema como um todo, e não somente a urna eletrônica brasileira.
um comitê multidisciplinar independente enfrentou o problema ao analisar o
sistema eleitoral brasileiro e concluiu,
em
2009, que…
1. além do sistema de apuração rápida, que oferece
aos brasileiros, o TSE deveria propiciar uma sistema eleitoral de apuração
conferível pela sociedade civil;
2. há exagerada concentração de poderes no
processo eleitoral brasileiro e
3. no atual sistema eleitoral brasileiro é impossível
para os representantes da sociedade conferir e auditar
o resultado da apuração eletrônica dos votos.
o comitê recomendou que se tomasse providências para
1. Propiciar separação mais clara de
responsabilidades nas tarefas de normatizar, administrar e auditar o processo
eleitoral brasileiro, deixando à Justiça Eleitoral apenas a tarefa de
julgar o contencioso;
2. Possibilitar auditoria dos resultados
eleitorais de forma totalmente independente das pessoas
envolvidas na sua administração, e
3. Regulamentar detalhadamente o Princípio de
Independência do Software em Sistemas Eleitorais, expresso na
Lei 12.034/09, definindo claramente as regras
de auditoria com o Voto Impresso Conferível pelo Eleitor.
detalhes e mais links sobre o assunto
neste link.
de 2009 pra cá, como antes das recomendações do comitê, nada de significativo foi feito para mudar o processo eleitoral. o mantra repetido pelo TSE, que confia na sua informática, é que as eleições brasileiras estão acima de qualquer suspeita.
antes das últimas eleições, um grupo de pesquisadores liderado por diego aranha, da UnB, descobriu como quebrar o sigilo da urna. para minimizar o problema, o TSE afirmou que nada havia sido “quebrado” e que era apenas mais um aspecto da urna que deveria ser melhorado. para o presidente do TSE, a quebra do sigilo da urna… “Foi dentro de um ambiente controlado. Isto numa situação real seria absolutamente impossível porque ele não teria acesso à fonte”.
em outubro passado, o blog fez uma só pergunta diego aranha: quais são suas principais críticas à segurança da urna eletrônica do TSE? e a resposta que ele nos enviou por emeio e publicada na íntegra, em outubro, é repetida a seguir em itálico, com negritos nossos.
Os principais problemas de segurança da urna eletrônica estão exatamente ligados aos dois requisitos fundamentais para a lisura das eleições: sigilo e integridade dos votos. Durante os testes de segurança, encontramos uma vulnerabilidade que nos permitiu derrotar o único mecanismo de segurança implementado na software da urna para proteção do sigilo do voto. Utilizando essa vulnerabilidade, minha equipe conseguiu recuperar a lista ordenada dos votos em eleições simuladas com até 475 eleitores a partir unicamente de informação pública, com impacto potencial até em eleições passadas. Além disso, detectamos outras fragilidades que abrem a possibilidade de adulteração ou substituição do software de votação por uma versão que conta os votos de forma desonesta. Todas as urnas eletrônicas do país compartilham uma mesma chave criptográfica que protege os seus dados mais críticos e esta chave está ainda disponível na porção desprotegida dos cartões de memória. Mesmo que corrigidas pontualmente, este conjunto de vulnerabilidades denuncia um processo de projeto e desenvolvimento de software defeituoso, incapaz de detectar trechos de código inseguros inseridos no software por acidente ou sabotagem e que descarta completamente a possibilidade de fraude promovida por agentes internos.
É certo que sistemas de votação puramente eletrônicos, como o adotado no Brasil, permitem apuração rápida, mas criam simultaneamente um cenário ideal para fraudes indetectáveis em larga escala. A velocidade de apuração nunca deve ter prioridade sobre a integridade do que é apurado. Para mitigar esse perigo, sugere-se aumentar a transparência atualmente insuficiente do nosso sistema por meio da reintrodução do voto impresso conferível pelo eleitor. Esse recurso consiste em apresentar uma versão materializada do voto para conferência dentro da cabine de votação e depósito automático em urna convencional. Assim, uma contagem manual posterior dos votos conferidos pode determinar se a contagem eletrônica foi feita corretamente, sem no entanto fornecer um comprovante que possa ser utilizado para violar o caráter secreto do voto. Além da verificação independente de resultados, é possível ainda realizar auditoria externa por fiscais eleitorais e recontagem de votos para resolver disputas. O Brasil é o único país do mundo que permanece utilizando significativamente sistemas de votação eletrônica que não fornecem um nível desejável de transparência.
o grupo de diego foi um dos que testou a urna, que é só uma parte do sistema.
qual foi uma das constatações do comitê independente? de que no atual sistema eleitoral brasileiro é impossível para os representantes da sociedade conferir e auditar o resultado da apuração eletrônica dos votos. sistema, e não só urna.
em um sistema opaco, sem auditoria independente, que se tornou parte essencial dos mecanismos de poder da nação e, com o passar do tempo, com cada vez mais gente sabendo cada vez mais sobre as mais variadas partes dos métodos, processos e do software que as implementam, e com muita gente, em eleições cada vez mais caras, interessadas em obter votos de forma mais, digamos, “efetiva”, era questão de tempo rolar um evento eu-não-disse, como parece que acaba de acontecer.
leia: um hacker, através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro… interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.
o texto em itálico vermelho acima é do site do PDT, sobre seminário realizado no dia 10/12 pelos institutos de estudos políticos do PR e PDT do rio de janeiro.
a notícia continua, citando o hacker, que estaria sob proteção policial: “A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e, depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”. um ataque, portanto, à integridade do voto. você votou em X? o voto será de Y.
o “gente” poderia ser um só, na fala do dia a dia. mas o “modificamos”… preocupa. o “gente” são quantos, vindos de onde, que adquiriram conhecimento de quem e como, que atuaram em que eleições em 2012 [foram mais de 5.500 eleições…] e fizeram o que, a soldo de quem, com que resultado? se tiveram sucesso, quantos “eleitos”, diplomados pelos TREs, tiveram votos vitaminados pela “gente” amiga do hacker? mais: em um sistema em que é impossível para os representantes da sociedade conferir e auditar o resultado da apuração eletrônica dos votos, se o TSE nos disser que que não houve nenhuma fraude, vamos acreditar? agora que parece que temos um agente confessando que perpetrou uma, e das graves?
segundo o hacker do rio, a atuação da “gente” era em prol de clientes da região dos lagos, lá. só isso já merece ampla e profunda investigação, que deveria ocorrer da forma mais aberta e transparente possível. estamos chegando a um ponto em que não dá mais para sustentar que um sistema do porte e importância do que elege os brasileiros que vão nos representar e administrar o país esteja sob qualquer tipo de suspeita. e também já não dá mais para sustentar, na base da crença e discursos, que o sistema não tem furos, é à prova da “gente” lá do hacker, os do rio ou outros, talvez mais contidos, que estão escondidos pelo brasil afora.
o sistema eleitoral brasileiro, todo ele, das regras e atribuições dos agentes até os componentes de hardware, software, logística, segurança… precisa de uma real e urgente revisão, com toda transparência do mundo, para que se ache as falhas que for possível achar e as corrijamos pela raiz. ou para que, todos juntos e ao mesmo tempo, em um processo aberto a todos, comemoremos que verdadeiramente não há falhas. e que este menino do rio não passa de um calor que provoca arrepio. no verão, na praia. e não na democracia brasileira.
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Leia na Fonte: PDT
[11/12/12]
Voto eletrônico: Hacker de 19 anos revela no Rio como fraudou eleição - por
Apio Gomes
Um novo caminho para fraudar as eleições informatizadas brasileiras foi
apresentado ontem (10/12) para as mais de 100 pessoas que lotaram durante três
horas e meia o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de
Janeiro (SEAERJ), na Rua do Russel n° 1, no decorrer do seminário “A urna
eletrônica é confiável?”, promovido pelos institutos de estudos políticos das
seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; e do
Partido Democrático Trabalhista (PDT), a Fundação Leonel Brizola-Alberto
Pasqualini.
Acompanhado por um especialista em transmissão de dados, Reinaldo Mendonça, e de
um delegado de polícia, Alexandre Neto, um jovem hacker de 19 anos, identificado
apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como — através de acesso
ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a
responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do
sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores
da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento
de outros – sem nada ser oficialmente detectado.
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo
transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram
transmitidos, atuamos. Modificamos resultados mesmo quando a totalização está
prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como
atuava para fraudar resultados.
O depoimento do hacker – disposto a colaborar com as autoridades – foi chocante
até para os palestrantes convidados para o seminário, como a Dra. Maria
Aparecida Cortiz, advogada que há dez anos representa o PDT no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para assuntos relacionados à urna eletrônica; o professor da
Ciência da Computação da Universidade de Brasília, Pedro Antônio Dourado de
Rezende, que estuda as fragilidades do voto eletrônico no Brasil, também há mais
de dez anos; e o jornalista Osvaldo Maneschy, coordenador e organizador do livro
Burla
Eletrônica, escrito em 2002 ao término do primeiro seminário independente
sobre o sistema eletrônico de votação em uso no país desde 1996.
Rangel, que está vivendo sob proteção policial e já prestou depoimento na
Polícia Federal, declarou aos presentes que não atuava sozinho: fazia parte de
pequeno grupo que – através de acessos privilegiados à rede de dados da Oi –
alterava votações antes que elas fossem oficialmente computadas pelo Tribunal
Regional Eleitoral (TRE).
A fraude, acrescentou, era feita em benefício de políticos com base eleitoral na
Região dos Lagos – sendo um dos beneficiários diretos dela, ele o citou
explicitamente, o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB). A deputada Clarissa Garotinho,
que também fazia parte da mesa, depois de dirigir algumas perguntas a Rangel -
afirmou que se informará mais sobre o assunto e não pretende deixar a denúncia
de Rangel cair no vazio.
Fernando Peregrino, coordenador do seminário, por sua vez, cobrou providências:
“Um crime grave foi cometido nas eleições municipais deste ano, Rangel o está
denunciando com todas as letras – mas infelizmente até agora a Polícia Federal
não tem dado a este caso a importância que ele merece porque ele atinge a
essência da própria democracia no Brasil, o voto dos brasileiros” – argumentou
Peregrino.
Por ordem de apresentação, falaram no seminário o presidente da FLB-AP, que fez
um histórico do voto no Brasil desde a República Velha até os dias de hoje,
passando pela tentativa de fraudar a eleição de Brizola no Rio de Janeiro em
1982 e a informatização total do processo, a partir do recadastramento eleitoral
de 1986.
A Dra. Maria Aparecida Cortiz, por sua vez, relatou as dificuldades para
fiscalizar o processo eleitoral por conta das barreiras criadas pela própria
Justiça Eleitoral; citando, em seguida, casos concretos de fraudes ocorridas em
diversas partes do país – todos abafados pela Justiça Eleitoral. Detalhou fatos
ocorridos em Londrina (PR), em Guadalupe (PI), na Bahia e no Maranhão, entre
outros.
Já o professor Pedro Rezende, especialista em Ciência da Computação, professor
de criptografia da Universidade de Brasília (UnB), mostrou o trabalho permanente
do TSE em “blindar” as urnas em uso no país, que na opinião deles são 100%
seguras. Para Rezende, porém, elas são “ultrapassadas e inseguras”. Ele as
comparou com sistemas de outros países, mais confiáveis, especialmente as urnas
eletrônicas de terceira geração usadas em algumas províncias argentinas, que
além de imprimirem o voto, ainda registram digitalmente o mesmo voto em um chip
embutido na cédula, criando uma dupla segurança.
Encerrando a parte acadêmica do seminário, falou o professor Luiz Felipe, da
Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que em 1992, no segundo Governo
Brizola, implantou a Internet no Rio de Janeiro junto com o próprio Fernando
Peregrino, que, na época, presidia a Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de
Janeiro (Faperj). Luis Felipe reforçou a idéia de que é necessário aperfeiçoar o
sistema eleitoral brasileiro – hoje inseguro, na sua opinião.
O relato de Rangel – precedido pela exposição do especialista em redes de dados,
Reinaldo, que mostrou como ocorre a fraude dentro da intranet, que a Justiça
Eleitoral garante ser segura e inexpugnável – foi o ponto alto do seminário.
Peregrino informou que o seminário será transformado em livro e tema de um
documentário que com certeza dará origem a outros encontros sobre o mesmo
assunto – ano que vem. Disse ainda estar disposto a levar a denuncia de Rangel
as últimas conseqüências e já se considerava um militante pela transparência das
eleições brasileiras: “Estamos aqui comprometidos com a trasnparência do sistema
eletrônico de votação e com a democracia no Brasil”, concluiu. (OM)
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[12/12/12]
Jovem de 19 anos teria entrado na intranet da Justiça Eleitoral do Rio de
Janeiro
Publicado originalmente em
ARede
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) publicou em seu site a notícia de que um
hacker admitiu ter invadido o sistema da Justiça Eleitoral e interferido na
apuração dos votos nas últimas eleições. O hacker, chamado apenas de Rangel,
estaria sob proteção policial e falou a um público de 100 pessoas no auditório
da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro na última
segunda-feira (10), durante o evento “A urna eletrônica é confiável?”, promovido
pelo Instituto Republicano (ligado ao Partido Republicano) e pela Fundação
Leonel Brizola-Alberto Pasqualini (ligada ao PDT).
Segundo a nota, o hacker afirmou ter feito parte de um grupo que fraudava as
eleições eletrônicas brasileiras. Acompanhado por Reinaldo Mendonça,
especialista em transmissão de dados, e por Alexandre Neto, delegado de polícia,
o hacker de 19 anos mostrou como -- através de acesso ilegal e privilegiado à
intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro – interceptou os dados
alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados
aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando
candidatos em detrimento de outros - sem nada ser oficialmente detectado.
Rangel já prestou depoimento na Polícia Federal. A fraude seria feita em
beneficio de políticos com base eleitoral na Região dos Lagos – citou
nominalmente o atual presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (Alerj), o deputado Paulo Melo (PMDB), como um dos beneficiários. (Com
assessoria de imprensa OM/Apio Gomes)
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Leia na fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre
[22/06/12]
Comitê Multidisciplinar Independente - Tema central: Confiabilidade do Voto
Eletrônico
Comitê Multidisciplinar Independente, ou abreviadamente CMind, é o nome de um
grupo de especialistas brasileiros de diversas áreas do conhecimento acadêmico e
tecnológico, reunidos em 2009 para tratar das questões relativas à adoção e ao
uso do voto eletrônico.
O nome "Comitê Multidisciplinar Independente" foi escolhido para ressaltar a
independência dos autores em relação ao TSE, servindo como um contra-ponto ao
"Comitê Multidisciplinar do TSE" (CMTSE).
Obs.: este outro comitê, o CMTSE, havia sido criado pela Portaria TSE 192/2009
para dar sustentação à autoridade eleitoral na defesa do modelo brasileiro de
urnas eletrônicas de primeira geração (modelo DRE sem voto impresso).
Índice
1 A Independência do CMind
2 O Primeiro Relatório do CMind
3 O Segundo Relatório do CMind
4 Composição do CMind
5 Ver também
6 Ligações externas
7 Referências
A Independência do CMind
O CMind se organizou espontaneamente para permitir uma atuação independente de
qualquer instituição ligada ou não ao processo eleitoral, em especial do TSE, e
os membros do CMind declararam que:
Citação:
Não receberam nenhuma orientação, ajuda ou apoio financeiro de nenhuma entidade
pública, privada, acadêmica ou partidária para se organizarem e elaborarem seus
relatórios.
Nunca prestaram nenhum serviço remunerado ao TSE.
Nenhum dos autores fala em nome da entidade em que trabalha ou presta serviços.
O Primeiro Relatório do CMind
O primeiro trabalho do CMind foi desenvolver o Relatório sobre o Sistema
Brasileiro de Votação Eletrônica [1] que foi entregue em abril de 2010 à
Subcomissão Especial de Segurança do Voto Eletrônico da Comissão de Constituição
e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados.
O 1º Relatório CMind também foi entregue [2] pessoalmente ao Presidente do TSE,
ao Procurador Geral Eleitoral, ao Procurador Regional Eleitoral de São Paulo, ao
Presidente da Câmara dos Deputados, ao Presidente do Conselho Federal da OAB, ao
Presidente da OAB-SP, ao Reitor do ITA, ao Reitor da UnB e ao Diretor Geral do
INPE.
Ademais, o 1º Relatório CMind também inclui uma réplica ao Relatório do Comitê
Multidisciplinar do TSE[3] (ou Relatório CMTSE), que fora entregue à Subcomissão
do Voto Eletrônico da CCJC da Câmara em maio de 2009.
Um Sumário Executivo do Relatório CMind, de apenas 2 páginas, foi elaborado para
consultas rápidas.
A conclusão principal do CMind é que o TSE poderia e deveria fazer mais para
demonstrar a segurança das eleições. Eles afirmam que:
Citação:
além do sistema de apuração rápida, que oferece aos brasileiros, o TSE deveria
propiciar uma sistema eleitoral de apuração conferível pela sociedade civil
há exagerada concentração de poderes no processo eleitoral brasileiro[4]
no atual sistema eleitoral brasileiro É IMPOSSÍVEL para os representantes da
sociedade conferir e auditar o resultado da apuração eletrônica dos votos
As principais recomendações do CMind ao Poder Legislativo são para aperfeiçoar
as normas legais visando:
Citação:
Propiciar separação mais clara de responsabilidades nas tarefas de normatizar,
administrar e auditar o processo eleitoral brasileiro, deixando à Justiça
Eleitoral apenas a tarefa de julgar o contencioso.
Possibilitar uma auditoria dos resultados eleitorais de forma totalmente
independente das pessoas envolvidas na sua administração.
Regulamentar mais detalhadamente o Princípio de Independência do Software em
Sistemas Eleitorais, expresso no Art. 5 da Lei 12.034/09, definindo claramente
as regras de auditoria com o Voto Impresso Conferível pelo Eleitor.
Com relação ao Relatório do CMTSE [3], os autores do CMind verificaram que
contém impropriedades graves, chegando a inverter o mérito de trabalhos técnicos
de terceiros citados, para tentar angariar créditos a seus próprios argumentos,
como detalhadamente explicado na Seção 4.4 do Capítulo 4 e no Anexo 4 do 1º
Relatório CMind[1].
Na sua análise sobre o Relatório CMTSE, os autores do CMind concluiram que:
Citação:
o Relatório do CMTSE não construiu a credibilidade necessária para o fim que se
propôs, devendo ser desconsiderado em qualquer análise séria com o fim de
aperfeiçoar o nível de confiança e de segurança do sistema de votação eletrônica
brasileiro.
O Segundo Relatório do CMind
Como segundo trabalho na área eleitoral, o CMind enviou um observador externo
para acompanhar a eleição municipal de 09/out/2011 na cidade de Resistência,
capital da Província Del Chaco no norte da Argentina, onde foi utilizado o
equipamento de voto eletrônico argentino Vot-Ar[5], de 3ª geração.
O 2º Relatório CMind[6] conclui que o sistema argentino é muito superior à urna
brasileira sob os aspectos de usabilidade pelo eleitor, operacionalidade e
principalmente de transparência eleitoral ao declarar que o sistema argentino de
voto eletrônico:
Citação:
Respeita o Princípio da Inviolabilidade do Voto e também o Princípio da
Publicidade, conforme jurisprudência estabelecida pela Corte Constitucional
Federal da Alemanha.
Atende ao Princípio de Independência do Software em Sistemas Eleitorais e está
conforme com a norma técnica "Voluntary Voting System Guidelines"[7].
Como sugestão, o 2º relatório CMind propõe que uma nova lei sobre o voto
eletrônico seja desenvolvida exigindo que sistemas eletrônicos de votação no
Brasil também passem a atender ao Princípio da Publicidade - conforme
jurisprudência estabelecida pela Corte Constitucional da Alemanha[8][9] - a
também ao Princípio de Independência do Software em Sistemas Eleitorais.
Composição do CMind
O CMind foi formado em agosto de 2009 por dez membros, sendo três professores
universitários de ciência da computação, três advogados com experiência em
Direito Eleitoral e em Informática Jurídica e mais quatro técnicos de TI com
experiência no processo eleitoral eletrônico brasileiro.
Seis dos 10 membros do CMind declaram que acompanharam o desenvolvimento dos
sistemas informatizados de eleições do TSE como representantes da OAB ou de
Partidos Políticos, conforme §§ 1º ao 4º do Art. 66 da Lei 9.504/97,
CONSTITUINDO ASSIM A TOTALIDADE dos agentes externos que participaram, de fato,
da apresentação dos sistemas no TSE desde 2004 até o momento da criação do
CMind.
São os seguintes os membros fundadores do comitê:
Advogados:
Sérgio Sérvulo da Cunha, jurista, foi membro da Comissão Permanente de Direito
Constitucional do Instituto dos Advogados Brasileiros.
Augusto Tavares Rosa Marcacini [10], advogado, preside (2011) a Comissão de
Informática Jurídica da OAB-SP, indicado como representante da OAB na
fiscalização dos sistemas eletrônicos do TSE em 2004
Maria Aparecida da Rocha Cortiz, advogada eleitoral, acompanha o desenvolvimento
dos sistemas eleitorais junto ao TSE desde 2002.
Professores universitários em TI:
Jorge Stolfi [11], Ph.D pela Stanford University e Professor Titular do
Instituto de Computação da UNICAMP.
Clovis Torres Fernandes [12], Professor Associado da Divisão de Ciência da
Computação do ITA, autor do relatório[13] sobre as urnas eletrônicas de Alagoas
em 2006.
Pedro Antônio Dourado de Rezende [14], Professor de Criptografia e de Ciência da
Computação da UnB.
Técnicos com experiência no sistema eleitoral eletrônico:
Márcio Coelho Teixeira, engenheiro projetista do protótipo de urna eletrônica de
1995 aprovado pela Comissão de Informatização do Voto do TSE.
Amilcar Brunazo Filho [15], engenheiro, acompanha oficialmente o desenvolvimento
dos sistemas eleitorais do TSE desde 2000.
Frank Varela de Moura, analista de sistemas, acompanha o desenvolvimento dos
sistemas eleitorais do TSE desde 2004.
Marco Antônio Machado de Carvalho, analista de sistemas e programador, de
computadores, acompanhou o desenvolvimento dos sistemas eleitorais do TSE em
2008.
Leia na Fonte: WirelessBRASIL
Segurança do processo eleitoral (atualizada até 2008)
Fonte:
IDG Now!:
Obs: Prefira sempre ler na fonte mas as matérias estão
transcritas em nosso
Arquivo "IDG Now!"
[29/03/07]
Estudo do ITA mostra fragilidade das urnas eletrônicas brasileiras
[02/01/07]
Deputado propõe uso de fone de ouvido em urna eletrônica para cegos
[07/11/06]
Problemas em urnas eletrônicas tumultuam eleições nos Estados Unidos
[06/11/06]
Eleições EUA: urnas eletrônicas ainda preocupam especialistas
[30/10/06]
Eleições 2006: velocidade de apuração supera expectativas do TSE
[30/10/06]
Eleições 2006: 2.499 urnas eletrônicas foram substituídas, diz TSE
[09/10/06]
Teste revela falhas de segurança em urnas eletrônicas na Europa
[02/10/06]
TSE substituiu 3.101 urnas eletrônicas
[02/10/06] Redução
de falhas em urnas é sinal de aperfeiçoamento, diz Marco Aurélio
[26/09/06]
Entrevistas: urna eletrônica é segura? por Daniela Braun, editora do
IDG Now!
[26/09/06]
Entrevista: especialista questiona segurança do voto eletrônico - Engenheiro
do PDT e autor de livro sobre fraudes nas eleições eletrônicas, Amílcar
Brunazo, critica processo de segurança praticado pelo TSE.
[26/09/06]
Entrevista: TSE diz que urna eletrônica é segura - Secretário de tecnologia
do TSE, Giuseppe Dutra Janino, rebate críticas à segurança das eleições
eletrônicas em entrevista ao IDG Now!
[21/09/06]
Diebold rebate críticas e garante que urna eletrônica é segura
[14/09/06] Pesquisadores
encontram graves falhas em urna eletrônica usada nos EUA
[26/07/06]
Conheça a segurança que protege os votos da urna eletrônica
[26/07/06]
Tecnologia nas eleições: votação eletrônica completa 10 anos no Brasil
[26/07/06]
Empresa brasileira exporta know-how em eleições eletrônicas
[26/07/06]
Saiba quais países já usaram a urna eletrônica brasileira
[26/07/06]
Urnas eletrônicas brasileiras terão recurso que lê impressão digital até 2012
Fonte:
Convergência Digital
Obs: Prefira sempre ler na fonte mas as matérias estão
transcritas em nosso
Arquivo "Convergência Digital"
[25/07/08]
TSE amplia número de urna eletrônica para pleito municipal por Redação
[11/07/08]
TSE prepara PL para ter urnas eleitorais biométricas em 2018 por Luiz
Henrique Ferreira
[04/04/08]
Urnas com Linux e Biometria nas eleições de 2008 por Luiz Queiroz
[03/04/08]
TSE substitui VirtuOS e Windows CE por versão própria em Linux por Redação
Fonte:
Estadão
Obs: Prefira sempre ler na fonte mas as matérias estão
transcritas em nosso
Arquivo "Estadão"
[18/06/08]
Urna eletrônica terá foto do candidato a vice-prefeito por Paulo R. Zulino -
Agência Estado
[03/03/08]
Ex-prefeito esconde papéis públicos em fazenda na Bahia por Tiago Décimo, de
O Estado de S.Paulo
[28/02/08]
Eleitor testará urna eletrônica com impressão digital este ano por Alberto
Alerigi Jr.
[28/02/08]
TSE apresenta hoje novo tipo de urna eletrônica - AE - Agência Estado
[30/11/07]
Idéia de voto impresso em urna eletrônica avança na Câmara por Denise
Madueño e Felipe Recondo
[29/11/07]
Voto impresso é 'retrocesso', diz presidente do TSE por Felipe Recondo -
Agencia Estado
[29/11/07]
Subcomissão da Câmara aprova voto eletrônico impresso por Denise Madueño -
Agência Estado
Fonte:
Caderno Link do Estadão
[09/10/06]
Urna eletrônica – parte 2
[02/10/06]
Urna eletrônica é segura? - parte 1
Fonte: Jus
Navegandi
Obs: Prefira sempre ler na fonte mas as matérias estão
transcritas em nosso
Arquivo "Jus Navegandi"
[Jun 2008] Urnas eletrônicas com biometria por Amílcar Brunazo Filho, engenheiro em Santos (SP), programador de computadores especializado em segurança de dados, moderador do Fórum do Voto Eletrônico (www.votoseguro.org)
[Ago 2006] A urna eletrônica é confiável? por Ilton Carlos Dellandréa, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
[Set 2003] Urna eletrônica e sua falibilidade por Flávio Rogério de Aragão Ramalho - analista judiciário do TRE da Paraíba
Fórum Jus Navegandi - Pergunta: A Urna eletrônica é segura para o
eleitor?
[12/09/02] Resposta de Osvaldo Maneschy - Jornalista (esteve no TSE
acompanhando a apresentação dos programas das urnas eletrônicas como fiscal de
partido)
07/05/00] Resposta de Paulo Gustavo Sampaio Andrade - advogado /
Teresina
[Out 2000] A fraude da urna eletrônica por Paulo Gustavo Sampaio Andrade
[Set 2000] A segurança do voto eletrônico: um contraponto por Thiago Ribas Filho, desembargador do TJ/RJ, presidente do TRE/RJ
Fonte: Site/Blog "Fernando
Botelho - Telecomunicações - Questões Jurídicas"
[06/11/06]
UE -
Urna Eletrônica
Fonte: TI
Inside
[26/09/06]
Globalstar transmitirá dados nas eleições
Fonte:
Portal da ComUnidade WirelessBRASIL
[12/09/06] Urna Eletrônica - "post" no BLOCO -
Blog dos Coordenadores
da ComUnidade.
Fonte:
Voto Eletrônico, Voto Seguro?
[04/09/06] Você não gosta da urna
tradicional? Então se prepare para as falsificações e fraudes dos chips
[31/08/06] O enterro do Relatório COPPE
Fonte: Microbase Tecnologia, Serviços e Comércio
Ltda
[31/08/06] Urnas Eletrônicas - Nota de esclarecimento da
Microbase (não foi encontrado na web mas está transcrito no
Arquivo "Microbase"
Fonte:TRE-MS
[30/08/06]
Presidente do TSE abre cerimônia de lacração dos softwares eleitorais nesta
quinta (31)
Fonte: Site do
Jornalista Diego
Casagrande
[29/08/06]
O Risco Lula de Ipojuca Pontes
Fonte:
Nova Política - Frente Nacional da Sociedade Civil
[22/08/06]
Vídeo
de reportagem do "Primeiro Jornal" da Band sobre suposta fraude eleitoral em
Guarulhos
Fonte:
Opinião e Notícia
[21/08/06]
Nova urna eletrônica não aumenta a segurança do voto
Fonte:
Observatório da Imprensa
[23/05/03]
Falhas de segurança nas urnas eletrônicas de Amilcar Brunazo Filho
Fonte:
Mídia sem Máscara
[11/04/06]
VOTO: nas mãos de quem está essa arma? 1a. Parte de
Christina Fontenelle
[12/04/06]
VOTO: nas mãos de quem está essa arma? Final de
Christina Fontenelle
Fonte:
Novo Milênio
[Ago 2004] Urna
eletrônica: você confia?
Artigos de Michael Stanton no Estadão com transcrição no
WirelessBR autorizada
pelo autor
[15/10/03]
O triste fim de uma experiência promissora com tecnologia
eleitoral WirelessBR
[17/09/03]
Alerta contra a Insegurança do Sistema Eleitoral Informatizado
WirelessBR
[01/08/03]
Urnas eletrônicas: Brasil na contramão da história
WirelessBR
[17/11/02]
Urnas eletrônicas aqui e nos EUA
WirelessBR
[30/09/02]
Mais considerações sobre as eleições 2002
WirelessBR
[23/09/02]
Finalmente, as urnas 2002
WirelessBR
[31/12/01]
Urnas eletrônicas 2002: o enterro da auditoria
WirelessBR
[29/07/01]
Urnas eletrônicas 2002: a corrida contra o tempo
WirelessBR
Conteúdo do site/blog
Voto Eletrônico, Voto Seguro?
Divulgação
•
Carta-documento
•
English letter
Leitura obrigatória
•
Análise de um sistema eleitoral eletrônico
•
A urna eletrônica e os ciberbobos
Artigos Publicados
•
Você não gosta da urna tradicional? Então se prepare para as falsificações e
fraudes dos chips
•
O enterro do Relatório COPPE
•
As urnas da Diebold – dinamitadas e adoradas
•
Relatório Brennan: O maquinário da democracia protegendo as eleições em um mundo
eletrônico
• Por que mudar?
(*)
•
Voto Eletrônico no Brasil – Risco à Democracia
• Urna
eletrônica é confiável?
• Direito
de resposta
•
A Urna Eletrônica e os ciberbobos
•
Urna-e do Brasil atrai visita da Coréia