WirelessBRASIL
- Bloco TECNOLOGIA
Janeiro 2012
28/01/12
• "Pôr-do-sol analógico" (04) - "Preservando
o interior" - por Mariana Mazza
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
O "desligamento da rede analógica" da telefonia celular foi assunto de três "posts"
em nossos Grupos no "ano jurássico" de 2008... :-)
A jornalista Mariana Mazza volta ao tema com este artigo recente:
Leia na Fonte: Portal da Band - Colunas
[26/01/12]
Preservando o interior - por Mariana Mazza
02.
Os citados "posts" de 2008 estão transcritos mais abaixo (com a íntegra das
notícias e artigos) mas alguns links referenciados estão descontinuados.
O "nosso" José Roberto de S. Pinto foi citado numa matéria da jornalista
Elis Monteiro, ex-participante dos Grupos e ex-Globo, que atua hoje no
Fórum PCs.
Aqui estão as "manchetes" dos "posts" antigos: :-)
20/06/08
• "Pôr-do-sol
analógico" (03) - "Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos"
01/04/08
•
"Pôr-do-sol
analógico" (02) - Também no Brasil...
01/04/08
•
"Pôr-do-sol
analógico" (01) - "Post" e artigo de Elis Monteiro
03.
Do conteúdo dos "arquivos implacáveis", como curiosidade, destaco esta matérias
de 2006 do e-Thesis:
Fonte: e-Thesis
[20/06/06]
Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos
(...)
Anatel recebe a partir de hoje contribuições da sociedade sobre a proposta de
alteração da redação de dispositivo contido no texto do
Regulamento sobre Condições de Uso de
Radiofreqüências nas Faixas de 800 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.100
MHz, aprovado pela
Resolução nº 454,
de 11 de dezembro de 2006, que prevê, até 30 de junho de 2008, o fim dos
sistemas analógicos nas faixas de 824 MHz a 849 MHz e de 869 MHz a 894 MHz,
utilizadas pelas telefonia celular e telefonia fixa em áreas remotas e de baixa
densidade populacional (popularmente conhecidos como Ruralcel/Ruralvan). (...)
Comentários?
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Portal da Band - Colunas
[26/01/12]
Preservando o interior - por Mariana Mazza
Transcrição:
O
Conselho Diretor da Anatel tomou uma importante decisão nesta quinta-feira, 26,
que revela que o foco no futuro das telecomunicações não pode servir de desculpa
para esquecer quem ainda não tem acesso pleno aos serviços telefônicos. A
agência resolveu adiar cautelarmente o desligamento da rede analógica da
telefonia móvel no país, que usa a tecnologia AMPS. Pode soar estranho ainda
existir telefones móveis analógicos circulando por ai, os famosos "tijolões", em
tempos onde discutimos a adoção das mais modernas tecnologias da quarta geração
de telefonia celular. Mas o que muita gente não sabe é que diversas famílias que
moram no interior do país dependem dessa tecnologia arcaica para se comunicar.
Tudo começou ainda no Sistema Telebrás, em 1993. Buscando uma solução para
garantir o acesso telefônico de fazendas e sítios no interior do país - áreas
onde saía muito caro levar uma rede física para conectar os clientes -, o
governo decidiu criar dois serviços públicos: o Ruralcel e o Ruralvan. Dezenove
anos depois, o Ruralvan está praticamente extinto. Mas o Ruralcel não.
O Ruralcel é um serviço de telefonia fixa, embora use a rede de celular para ser
oferecido. O cliente tem um telefone monocanal, com recursos bastante restritos
(não consegue conectar à Internet, por exemplo), mas o serviço de voz está
garantido, inclusive com a proibição clássica de interrupção da oferta, por ser
uma prestado em regime público.
Acontece que em janeiro de 2011, a Anatel decidiu marcar uma data para o
desligamento do sistema analógico de telefonia celular, essencial para a oferta
desse serviço fixo. Na época, existiam aproximadamente 20 mil clientes do
Ruralcel. O tempo passou e a data para o desligamento está próxima: 6 de
fevereiro deste ano. Mas nem todos os clientes foram migrados para o serviço
digital. Assim, se o sistema for desligado, milhares de pessoas ficarão sem
comunicação.
A própria Anatel não tem certeza de quantas pessoas ainda usam esse serviço.
Segundo o conselheiro Rodrigo Zerbone, os números oscilam entre 3 mil e 8 mil
clientes do Ruralcel nos dias de hoje. É pouco em um universos de mais de 240
milhões de clientes celulares e quase 43 milhões de consumidores de telefonia
fixa. Ainda assim, é um direito desses poucos milhares ter um telefone fixo em
suas casas. E, por isso, o desligamento da rede analógica terá que ser adiado.
A equipe técnica da Anatel tem 90-dias para levantar o número exato de
consumidores do Ruralcel. Ainda assim, não foi estipulada uma nova data para o
desligamento da telefonia móvel analógica. Tudo ficará em suspenso até que a
Anatel revise a resolução que definiu a transição ou que todos os clientes sejam
migrados para o sistema digital. Um detalhe importantíssimo: os consumidores não
terão que gastar nenhum tostão nesta mudança. A Oi, responsável pelas áreas em
que ainda existem clientes do Ruralcel, terá que arcar com todos os custos da
mudança.
A Anatel pode ter subestimado a complexidade de digitalizar o Ruralcel quando
firmou a regra de desligamento do sistema analógico. Mas, ao menos, agiu
prontamente para evitar uma tragédia para milhares de clientes.
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Fonte: WirelessBRASIL
20/06/08
• "Pôr-do-sol
analógico" (03) - "Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos"
01.
"A Anatel decidiu prorrogar por 12 meses a
desativação dos sistemas com tecnologia analógica de suporte às redes de
telefonia fixa, que permitem a prestação da telefonia rural nas
modalidades Ruralvan e Ruralcel em vários estados do país. A extinção do
uso de sistemas analógicos da telefonia móvel celular, que utilizam a
tecnologia AMPS (norte-americana), está mantida para 30 de junho. Ainda
existem 11 mil telefones celulares analógicos em operação, ainda de
modelos antigos e pesados. " [Fonte:
TelecomOnline].
Olá, Vinícius Caram!
Obrigado por dar continuidade ao "Serviço ComUnitário" sobre a "desativação
dos sistemas analógicos".
Por favor, continue acompanhando o tema e... compartilhando! :-)
Olá, Jana de Paula!
Obrigado pela informação da publicação do "Serviço" no
e-Thesis.
:-)
02.
Mais abaixo transcrevemos estas matérias:
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Fonte: e-Thesis
[20/06/06]
Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas
analógicos
Anatel recebe a partir de hoje contribuições da
sociedade sobre a proposta de alteração da redação de dispositivo contido no
texto do
Regulamento sobre Condições de Uso de
Radiofreqüências nas Faixas de 800 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.100
MHz, aprovado pela
Resolução nº 454,
de 11 de dezembro de 2006, que prevê, até 30 de junho de 2008, o fim dos
sistemas analógicos nas faixas de 824 MHz a 849 MHz e de 869 MHz a 894 MHz,
utilizadas pelas telefonia celular e telefonia fixa em áreas remotas e de baixa
densidade populacional (popularmente conhecidos como Ruralcel/Ruralvan).
A proposta prevê a prorrogação,
por 12 meses, do uso dos sistemas analógicos apenas para o suporte a telefonia
fixa, e não altera o prazo previsto para o fim desses sistemas para a telefonia
celular. O objetivo é garantir que a migração dos sistemas associados ao Serviço
Telefônico Fixo Comutado (STFC) para sistemas digitais, iniciada com o
regulamento atual, possa ocorrer sem transtorno aos seus assinantes. A
prorrogação será necessária por causa das dificuldades encontradas no processo
de migração tecnológica em andamento.
As manifestações fundamentadas
e devidamente identificadas podem agora ser encaminhadas por meio do
formulário eletrônico
no Sistema de Acompanhamento de Consulta Pública (SACP), disponível na página da
Anatel na Internet, a partir das 14 horas de hoje e até 24h do dia 30 de junho
de 2008, fazendo-se acompanhar de textos alternativos e substitutivos, quando
envolverem sugestões de inclusão ou alteração, parcial ou total, de qualquer
dispositivo. Serão também consideradas as manifestações encaminhadas por carta,
fax ou correspondência eletrônica, recebidas até às 18h do dia 25 de junho de
2008, para:
Agência Nacional de Telecomunicações -
Superintendência de Radiofreqüência e Fiscalização - SRF
Consulta Pública n.º 24, de 19 de junho de 2008
"Proposta de alteração de dispositivo do Regulamento anexo à Resolução nº
545, de 11 de dezembro de 2006, sobre Condições de Uso de Radiofreqüências
nas Faixas de 800 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.100 MHz"
Setor de Autarquias Sul - SAUS - Quadra 6, Bloco F, Térreo - Biblioteca
70070-940 - Brasília - DF
Fax: (61) 2312-2002
e-mail:
biblioteca@anatel.gov.br
biblioteca@anatel.gov.br
----------------------------------
Fonte: TelecomOnline
Desativação da tecnologia AMPS dos sistemas
móveis celulares está mantida para 30 de junho
A Anatel decidiu prorrogar por 12 meses a
desativação dos sistemas com tecnologia analógica de suporte às redes de
telefonia fixa, que permitem a prestação da telefonia rural nas modalidades
Ruralvan e Ruralcel em vários estados do país. A extinção do uso de sistemas
analógicos da telefonia móvel celular, que utilizam a tecnologia AMPS
(norte-americana), está mantida para 30 de junho. Ainda existem 11 mil
telefones celulares analógicos em operação, ainda de modelos antigos e
pesados.
A decisão foi adotada ontem pelo Conselho
Diretor da Agência, com a aprovação da proposta de uma consulta pública para
garantir o funcionamento dos cerca de cinco mil telefones rurais,
remanescentes do processo que precedeu a privatização, quando a telefonia
rural foi viabilizada por meio das redes celulares. O extrato da consulta
foi publicado no Diário oficial da União (DOU) de hoje e o prazo para envio
de contribuições é 30 de junho, segundo informou a Assessoria de Imprensa.
O problema é que as redes analógicas, antes
construídas e operadas por uma mesma tele federal (do Sistema Telebrás), foi
dividida entre fixas e móveis para venda no processo de privatização. E o
ruralvan/ruralcel acabou sendo um serviço metade fixo (a prestação) e metade
móvel (as redes). Com a extinção da tecnologia analógica da rede móvel, o
serviço teria também de ser extinto.
Assim, a prorrogação por doze meses assegura o
atendimento ao seu assinante. O prazo permitirá às concessionárias fixas
locais, que prestam o serviço, encontrar a solução para que o usuário não
seja prejudicado com o fim da tecnologia analógica.
Fonte: WirelessBRASIL
01/04/08
•
"Pôr-do-sol
analógico" (02) - Também no Brasil...
----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: ElisM@oglobo.com.br ; josersp ; Smoka
Sent: Sunday, March 30, 2008 9:43 AM
Subject: [Celld-group] "Pôr-do-sol analógico" (02) - Também no Brasil...
Elis entrevistou alguns participantes da ComUnidade.
O "sol analógico" se põe também no Brasil... :-)
Confiram neste texto, abaixo transcrito:
Fonte: Estadão
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Fonte: Estadão
As empresas são obrigadas a substituir,
gratuitamente, esses telefones por aparelhos celulares digitais
BRASÍLIA - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel), Ronaldo Sardenberg, informou nesta quinta-feira, 27, que,
em junho deste ano, as operadoras de telefonia celular desabilitarão
no País todos os aparelhos que funcionam pelo sistema analógico. As
empresas são obrigadas a substituir, gratuitamente, esses telefones
por aparelhos celulares digitais.
Essa é uma das medidas adotadas pela agência para
combater práticas de escuta e gravação telefônicas ilegais. Por
enquanto, dos 104,1 milhões de telefones celulares habilitados no
País, apenas 13 mil são analógicos. Sardenberg, que participa de
audiência pública na CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, na
Câmara dos Deputados, disse que as operadoras de telefonia celular
são obrigadas também a fazer um cadastro dos telefones "impedidos"
(aparelhos clonados, roubados etc).
Sardenberg disse aos integrantes da CPI que as
operadoras, pelas regras em vigor, são responsáveis pela
inviolabilidade dos serviços de telecomunicações e que elas têm de
zelar pela confiabilidade da rede. Essas empresas, acrescentou, têm
de manter arquivados por cinco anos os registros de todas as
ligações, para o caso de serem requeridas pela Justiça.
Quando há decisão judicial autorizando uma escuta,
observou Sardenberg, a ordem da Justiça é apresentada diretamente à
operadora, sem passar pela Anatel. A agência, no entanto, fiscaliza
as operadoras para evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso
às redes.
Segundo Sardenberg, de 2005 a 2007, técnicos da
Anatel fiscalizaram as redes das empresas em 956 municípios e, em
2008, 314. "A Anatel atua de modo permanente estimulando as empresas
a combaterem a interceptação (de ligações)", disse o presidente da
agência. Acrescentou que a rede da telefonia fixa "é mais
vulnerável" à escuta clandestina e que, na telefonia móvel, mesmo
com a tecnologia mais avançada, a rede não está imune, ao ponto de
que, até aparelhos celulares com recursos de criptografia, podem ser
interceptados por hackers.
Fonte: WirelessBRASIL
01/04/08
•
"Pôr-do-sol
analógico" (01) - "Post" e artigo de Elis Monteiro
----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group ; WirelessBR
Cc: ElisM@oglobo.com.br ; josersp@terra.com.br ; smolka@terra.com.br
Sent: Monday, March 03, 2008 4:37 PM
Subject: "Pôr-do-sol analógico" - "Post" e artigo de Elis Monteiro
A nossa participante e jornalista
Elis Monteiro publicou
em seu blog "
Telefonia
& Etc" no Portal "Globo Online" um "post" sobre os celulares
analógicos.
Fonte: Telefonia e Etc - O Globo Online
Alguns depois, em 25/02/08 publicou no Jornal O Globo ("papel")
um artigo sobre o mesmo assunto.
Fonte: O Globo ("papel")
EUA desligaram sua rede AMPS; no Brasil, ainda
há 15 mil pessoas atendidas por redes antigas
Neste artigo Elis cita as opiniões de alguns de nossos
participantes.
Vale conferir, abaixo, as transcrições do "post" e do artigo.
Elis, parabéns pelas matérias!
Obrigado pela autorização para divulgação na ComUnidade!
-----------------------------------------------------------------------
Fonte: Telefonia e Etc - O Globo Online
Gostei tanto do nome que resolvi escrever um post para aproveitá-lo: é que
hoje, segunda-feira, dia 18 de fevereiro de 2008, é um marco importante para
a história da telefonia nos EUA e, por que não, também no mundo: as
principais operadoras de telefonia celular em atuação na terra do Tio Sam
(dentre elas a AT& T Wireless e a Verizon Wireless) estão desativando,
oficialmente, as redes de telefonia celular analógicas (AMPS, de Advanced
Mobile Phone System), criadas em 1979 pela Bell Labs e inauguradas em 1983.
O tal nome "Pôr-do-sol analógico" foi dado pela Comissão Federal de
Comunicações americana.
Aqui no Brasil, ainda convivemos com redes
AMPS em algumas regiões (principalmente quando os clientes estão em roaming
em localidades não atendidas pelas redes digitais), mas o prazo para o fim
destas está chegando - pelo que eu sei, em 2010 elas devem ser extintas (não
tenho certeza absoluta da data, mas acho que é por aí).
----------------------------------------------------
Fonte: O Globo ("papel")
[25/02/08] EUA desligaram sua rede AMPS; no Brasil, ainda há 15
mil pessoas atendidas por redes antigas
Elis Monteiro
Adeus à tecnologia analógica na telefonia
celular! Foi o que fizeram as maiores operadoras de telecomunicações
americanas. Depois de anos planejando, finalmente chegou o dia para o
desligamento total das linhas analógicas (AMPS, de Advanced Mobile Phone
System, a primeira geração de sistemas celulares). A data oficial foi
segunda-feira passada, quando a AT&T Wireless e a Verizon Wireless, duas das
mais importantes operadoras em atuação na terra do Tio Sam, desativaram as
últimas linhas AMPS em operação nas suas redes.
A data foi escolhida pela Comissão Federal de
Comunicações (FCC), a Anatel dos EUA, e acabou recebendo o charmoso apelido
de "pôr-do-sol analógico". Chegava ao fim, desta forma, as primeiras redes
de telefonia celular, criadas em 1980.
Menos de 1% dos clientes da Verizon, por
exemplo, ainda usavam redes AMPS para se comunicar (o que não é pouco, uma
vez que ela, juntamente com a AT & T, somam mais de 60 milhões de clientes).
Há alguns meses, a operadora, no entanto, já oferecia alternativas digitais
para os clientes que ficariam órfãos da AMPS.
Mesmo para os padrões americanos (os EUA ainda
estão muito melhor servidos de telefonia celular que o Brasil), o
desligamento demorou. De acordo com José de Ribamar Smolka Ramos,
especialista técnico da Telebahia Celular S/A (Vivo) e professor do curso de
bacharelado em Informática da Universidade Católica do Salvador, a demora
pode ser explicada por dois fatores. O primeiro seria o comercial - se em
uma determinada região só existe cobertura AMPS (e isso pode ser válido
especialmente em áreas rurais), enquanto não houver a alternativa de
cobertura digital (GSM ou CDMA 1X/EVDO ou WCDMA), desligar o AMPS significa
deixar milhares de clientes sem opção, além das eventuais perdas de receita
(mesmo que pequena) e dano para a imagem (que pode ser grande).
- Como a justificativa econômica do "overlay"
digital nestas áreas é baixa, a menos que haja pressão regulatória (o
segundo fator) algumas áreas vão sempre ficando para trás no processo de
digitalização da rede de acesso - diz Ribamar.
E por que o órgão regulador americano só
resolveu marcar data para o desligamento do AMPS agora?
- Provavelmente, porque só agora o interesse
na liberação do espectro ocupado pelo AMPS (na faixa dos 700MHz) superou a
inércia em adotar uma posição que impõe custo nas operadoras, que sempre
gera desgaste para o órgão regulador -diz.
No Brasil, 15 mil pessoas ainda usam redes
AMPS
No Brasil, mais de 15 mil pessoas ainda usam
redes analógicas, segundo dados da Anatel. Ainda segundo a agência, em
outubro do ano passado a participação da AMPS no mercado era de 0,02%. Mas
será que a AMPS ainda é necessária, haja vista que algumas operadoras em
atuação aqui ainda tiram partido da tecnologia?
- A AMPS era a saída para garantir o roaming
sempre que o usuário estivesse em uma área onde não houvesse cobertura
digital compatível com o seu aparelho. Este foi o caso da Vivo, mas também
de todas as demais operadoras durante a transição do TDMA para o GSM -
explica Ribamar. - Ocorre que a Vivo já fez o overlay GSM da rede CDMA 1X/EVDO,
então o roaming digital GSM já é possível, para os clientes que tenham
aparelhos tri-band (a Vivo usa uma faixa de freqüência diferente das outras
operadoras para o GSM). Em segundo lugar, que eu saiba, todas as demais
operadoras (TIM, Oi e Claro) já terminaram a substituição da rede de acesso
TDMA pelo GSM.
Como todas as operadoras deverão lançar suas
redes WCDMA (o 3G) este ano, até o fim de 2009 deve haver uma tecnologia e
faixa de freqüência de operação comuns a todas.
- Meu melhor chute é que, uma vez definido o
horizonte de universalização do WCDMA, então a Anatel pode marcar a data
para o enterro do AMPS. Embora cada operadora possa, conforme suas
conveniências, decidir antecipar o desligamento na sua rede.
Mas será que a AMPS só traz desvantagem? Para
o especialista consultado pelo GLOBO, a resposta é não.
- A vantagem do AMPS é que em áreas com baixa
densidade de usuários (como áreas rurais, ou pequenas áreas urbanas) dá para
oferecer cobertura com pouco investimento. O raio de cobertura de uma célula
AMPS é, tipicamente, da ordem de x Km. Uma célula GSM ou CDMA 1x/EVDO tem
cerca de y Km de raio, e um node-B UMTS (WCDMA) z Km. Portanto, a mesma área
pode ser coberta com menos rádio-bases AMPS do que com rádio-bases digitais
(2G ou 3G) - explica.
O problema é que todos os serviços que o
público se acostumou a associar com o celular (SMS, WAP, acesso à internet,
etc.) só são possíveis com cobertura digital.
- No fundo, é tudo uma questão econômica.
Quanto custa digitalizar versus quanto custa manter a cobertura AMPS? Existe
mercado para serviços mais sofisticados que apenas voz? Existe pressão
regulatória para liberação do espectro ocupado pelo AMPS? Pois ele pode ser
uma opção do tipo "melhor ter um fusca velho que andar a pé".
A boa notícia é que a base analógica instalada
vem reduzindo ano a ano - de 61.462 em 2006 para 15.581 em 2007. O
desligamento, assim, pode ser uma questão de tempo.
- Só se pode desligar a cobertura de uma
tecnologia, se você tiver uma cobertura sobreposta para atender aos usuários
de forma a não quebrar o contrato de prestação de serviço - diz
José Roberto de Souza Pinto, engenheiro e
consultor na área de telecomunicações.
Para quem ainda usa o analógico, o tal
"pôr-do-sol" pode ser a diferença entre uma baixa qualidade de voz,
velocidade mínima e até clonagem e uma nova vida digital que inclui, SMS e
MMS e internet móvel - segundo José Roberto, na rede analógica a taxa de
acesso é de 9,6kbps, o que inviabiliza a maior parte das novas aplicações.
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Na segunda-feira (18/02) as principais
operadoras de telefonia celular dos Estados Unidos, AT&T Wireless e Verizon
Wireless, irão desativar as redes celulares analógicas AMPS (Advanced Mobile
Phone System).
A data estabelecida pela Comissão Federal de
Comunicações norte-americana foi apelidada de "pôr-do-sol analógico" e
extingue as primeiras redes celulares, que foram desenvolvidas em 1980,
dando lugar às redes móveis digitais.
A AT&T Wireless anunciou que também irá
desativar sua primeira rede de telefonia móvel com a tecnologia digital TDMA
(Time-Division Multiple Access). A Sprint Nextel e a T-Mobile USA não
possuem redes analógicas.
Operadoras de menor porte e que operam
telefone rurais também informaram que deixarão de trabalhar com as redes
analógicas na segunda-feira.
Embora os aparelhos analógicos sejam raridade
em território norte-americano, a medida afeta sistemas de alarme mais
antigos, baseados nas redes AMPS. As operadoras locais afirmam que têm
incentivado a migração de seus clientes há alguns meses.
O porta-voz da AT&T, Mark Siegel, afirma que
há um número muito pequeno de clientes com terminais analógicos. Segundo
ele, 99,9% do tráfego da AT&T está baseado em celulares com a tecnologia GSM
(Global System for Mobile Communications).
A porta-voz da Verizon, Debra Lewis, estima
que menos de 1% dos clientes da operadora tinham celulares analógicos, no
ano passado, antes que a empresa iniciasse uma oferta de migração para as
redes digitais.
Embora os porcentuais sejam baixos, o volume
representa alguns milhares de assinantes, já que as redes da AT&T e da
Verizon somam 60 milhões de usuários nos Estados Unidos.
O "pôr-do-sol" da rede analógica deve deixar
no escuro sistemas de alarme mais antigos. Há cerca de três anos, o Comitê
de Comunicações da Indústria de Alarmes (AICC, na sigla em inglês) fez uma
pesquisa revelando que 1 milhão de residências e empresas usavam alarmes
conectados à rede celular analógica nos Estados Unidos, de uma base de 30
milhões de usuários, na época. Há seis meses, a rede de usuários de alarmes
analógicos estava em torno de 400 mil, segundo a associação.
No Brasil, a tecnologia AMPS teve uma
representatividade de apenas 0,01% (15.581 aparelhos) entre os 120,9 milhões
de celulares habilitados em dezembro de 2007, segundo a Anatel. Em outubro
de 2007 a participação da tecnologia analógica era de 0,02%.
O GSM é a tecnologia mais usada atualmente no
Brasil, respondendo por 78,4% dos celulares habilitados no Brasil (94,9
milhões de aparelhos) até dezembro de 2007. Em segundo lugar, o padrão CDMA
conta com 17,26% de participação (20,8 milhões de celulares) e a tecnologia
TDMA é usada em 4,26% da base de celulares (5,1 milhões de aparelhos).