WirelessBRASIL - Bloco TECNOLOGIA

Janeiro 2012             


28/01/12

• "Pôr-do-sol analógico" (04) - "Preservando o interior" - por Mariana Mazza

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
O "desligamento da rede analógica" da telefonia celular foi assunto de três "posts" em nossos Grupos no "ano jurássico" de 2008...  :-)

A jornalista Mariana Mazza volta ao tema com este artigo recente:
Leia na Fonte: Portal da Band - Colunas
[26/01/12]  Preservando o interior - por Mariana Mazza

02.
Os citados "posts" de 2008 estão transcritos mais abaixo (com a íntegra das notícias e artigos) mas alguns links referenciados estão descontinuados.

O "nosso" José Roberto de S. Pinto foi citado numa matéria da jornalista Elis Monteiro, ex-participante dos Grupos e ex-Globo, que atua hoje no Fórum PCs.

Aqui estão as "manchetes" dos "posts" antigos:  :-)
20/06/08
"Pôr-do-sol analógico" (03) - "Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos"

01/04/08
"Pôr-do-sol analógico" (02) - Também no Brasil...
01/04/08
"Pôr-do-sol analógico" (01)  - "Post" e artigo de Elis Monteiro

03.
Do conteúdo dos "arquivos implacáveis", como curiosidade, destaco esta matérias de 2006 do e-Thesis:

Fonte: e-Thesis
[20/06/06]   Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos 
(...)
Anatel recebe a partir de hoje contribuições da sociedade sobre a proposta de alteração da redação de dispositivo contido no texto do
Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofreqüências nas Faixas de 800 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.100 MHz, aprovado pela Resolução nº 454, de 11 de dezembro de 2006, que prevê, até 30 de junho de 2008, o fim dos sistemas analógicos nas faixas de 824 MHz a 849 MHz e de 869 MHz a 894 MHz, utilizadas pelas telefonia celular e telefonia fixa em áreas remotas e de baixa densidade populacional (popularmente conhecidos como Ruralcel/Ruralvan). (...)

Comentários?

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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Leia na Fonte: Portal da Band - Colunas
[26/01/12]  Preservando o interior - por Mariana Mazza

Transcrição:

O Conselho Diretor da Anatel tomou uma importante decisão nesta quinta-feira, 26, que revela que o foco no futuro das telecomunicações não pode servir de desculpa para esquecer quem ainda não tem acesso pleno aos serviços telefônicos. A agência resolveu adiar cautelarmente o desligamento da rede analógica da telefonia móvel no país, que usa a tecnologia AMPS. Pode soar estranho ainda existir telefones móveis analógicos circulando por ai, os famosos "tijolões", em tempos onde discutimos a adoção das mais modernas tecnologias da quarta geração de telefonia celular. Mas o que muita gente não sabe é que diversas famílias que moram no interior do país dependem dessa tecnologia arcaica para se comunicar.

Tudo começou ainda no Sistema Telebrás, em 1993. Buscando uma solução para garantir o acesso telefônico de fazendas e sítios no interior do país - áreas onde saía muito caro levar uma rede física para conectar os clientes -, o governo decidiu criar dois serviços públicos: o Ruralcel e o Ruralvan. Dezenove anos depois, o Ruralvan está praticamente extinto. Mas o Ruralcel não.

O Ruralcel é um serviço de telefonia fixa, embora use a rede de celular para ser oferecido. O cliente tem um telefone monocanal, com recursos bastante restritos (não consegue conectar à Internet, por exemplo), mas o serviço de voz está garantido, inclusive com a proibição clássica de interrupção da oferta, por ser uma prestado em regime público.

Acontece que em janeiro de 2011, a Anatel decidiu marcar uma data para o desligamento do sistema analógico de telefonia celular, essencial para a oferta desse serviço fixo. Na época, existiam aproximadamente 20 mil clientes do Ruralcel. O tempo passou e a data para o desligamento está próxima: 6 de fevereiro deste ano. Mas nem todos os clientes foram migrados para o serviço digital. Assim, se o sistema for desligado, milhares de pessoas ficarão sem comunicação.

A própria Anatel não tem certeza de quantas pessoas ainda usam esse serviço. Segundo o conselheiro Rodrigo Zerbone, os números oscilam entre 3 mil e 8 mil clientes do Ruralcel nos dias de hoje. É pouco em um universos de mais de 240 milhões de clientes celulares e quase 43 milhões de consumidores de telefonia fixa. Ainda assim, é um direito desses poucos milhares ter um telefone fixo em suas casas. E, por isso, o desligamento da rede analógica terá que ser adiado.

A equipe técnica da Anatel tem 90-dias para levantar o número exato de consumidores do Ruralcel. Ainda assim, não foi estipulada uma nova data para o desligamento da telefonia móvel analógica. Tudo ficará em suspenso até que a Anatel revise a resolução que definiu a transição ou que todos os clientes sejam migrados para o sistema digital. Um detalhe importantíssimo: os consumidores não terão que gastar nenhum tostão nesta mudança. A Oi, responsável pelas áreas em que ainda existem clientes do Ruralcel, terá que arcar com todos os custos da mudança.

A Anatel pode ter subestimado a complexidade de digitalizar o Ruralcel quando firmou a regra de desligamento do sistema analógico. Mas, ao menos, agiu prontamente para evitar uma tragédia para milhares de clientes.

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Fonte: WirelessBRASIL
20/06/08
"Pôr-do-sol analógico" (03) - "Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos"

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To:
Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc:
ElisM@oglobo.com.br ; josersp ; Smoka ; bmaia1 ; Jana de Paula
Sent: Friday, June 20, 2008 6:34 PM
Subject: "Pôr-do-sol analógico" (03) - "Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos"
 
 
01.
"A Anatel decidiu prorrogar por 12 meses a desativação dos sistemas com tecnologia analógica de suporte às redes de telefonia fixa, que permitem a prestação da telefonia rural nas modalidades Ruralvan e Ruralcel em vários estados do país. A extinção do uso de sistemas analógicos da telefonia móvel celular, que utilizam a tecnologia AMPS (norte-americana), está mantida para 30 de junho. Ainda existem 11 mil telefones celulares analógicos em operação, ainda de modelos antigos e pesados. " [Fonte: TelecomOnline].
 
Olá, Vinícius Caram!
Obrigado por dar continuidade ao "Serviço ComUnitário" sobre a "desativação dos sistemas analógicos".
Por favor, continue acompanhando o tema e... compartilhando!  :-)

Olá, Jana de Paula!
Obrigado pela informação da publicação do "Serviço" no
e-Thesis.  :-)
 
02.
Mais abaixo transcrevemos estas matérias:
 
Fonte: e-Thesis
[20/06/06]  
Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos    
 
Fonte: TelecomOnline
[20/06/08]   Anatel adiará por 12 meses a extinção do telefone analógico fixo rural por Márcio de Morais
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson

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Fonte: e-Thesis
[20/06/06]  
Anatel propõe prorrogação do uso de sistemas analógicos 

Anatel recebe a partir de hoje contribuições da sociedade sobre a proposta de alteração da redação de dispositivo contido no texto do Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofreqüências nas Faixas de 800 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.100 MHz, aprovado pela Resolução nº 454, de 11 de dezembro de 2006, que prevê, até 30 de junho de 2008, o fim dos sistemas analógicos nas faixas de 824 MHz a 849 MHz e de 869 MHz a 894 MHz, utilizadas pelas telefonia celular e telefonia fixa em áreas remotas e de baixa densidade populacional (popularmente conhecidos como Ruralcel/Ruralvan).

A proposta prevê a prorrogação, por 12 meses, do uso dos sistemas analógicos apenas para o suporte a telefonia fixa, e não altera o prazo previsto para o fim desses sistemas para a telefonia celular. O objetivo é garantir que a migração dos sistemas associados ao Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) para sistemas digitais, iniciada com o regulamento atual, possa ocorrer sem transtorno aos seus assinantes. A prorrogação será necessária por causa das dificuldades encontradas no processo de migração tecnológica em andamento.

As manifestações fundamentadas e devidamente identificadas podem agora ser encaminhadas por meio do formulário eletrônico no Sistema de Acompanhamento de Consulta Pública (SACP), disponível na página da Anatel na Internet, a partir das 14 horas de hoje e até 24h do dia 30 de junho de 2008, fazendo-se acompanhar de textos alternativos e substitutivos, quando envolverem sugestões de inclusão ou alteração, parcial ou total, de qualquer dispositivo. Serão também consideradas as manifestações encaminhadas por carta, fax ou correspondência eletrônica, recebidas até às 18h do dia 25 de junho de 2008, para:

Agência Nacional de Telecomunicações - Superintendência de Radiofreqüência e Fiscalização - SRF
Consulta Pública n.º 24, de 19 de junho de 2008
"Proposta de alteração de dispositivo do Regulamento anexo à Resolução nº 545, de 11 de dezembro de 2006, sobre Condições de Uso de Radiofreqüências nas Faixas de 800 MHz, 900 MHz, 1.800 MHz, 1.900 MHz e 2.100 MHz"
Setor de Autarquias Sul - SAUS - Quadra 6, Bloco F, Térreo - Biblioteca
70070-940 - Brasília - DF
Fax: (61) 2312-2002
e-mail: biblioteca@anatel.gov.br
biblioteca@anatel.gov.br
 
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Fonte: TelecomOnline
[20/06/08]   Anatel adiará por 12 meses a extinção do telefone analógico fixo rural por Márcio de Morais
 
Desativação da tecnologia AMPS dos sistemas móveis celulares está mantida para 30 de junho
 
A Anatel decidiu prorrogar por 12 meses a desativação dos sistemas com tecnologia analógica de suporte às redes de telefonia fixa, que permitem a prestação da telefonia rural nas modalidades Ruralvan e Ruralcel em vários estados do país. A extinção do uso de sistemas analógicos da telefonia móvel celular, que utilizam a tecnologia AMPS (norte-americana), está mantida para 30 de junho. Ainda existem 11 mil telefones celulares analógicos em operação, ainda de modelos antigos e pesados.
 
A decisão foi adotada ontem pelo Conselho Diretor da Agência, com a aprovação da proposta de uma consulta pública para garantir o funcionamento dos cerca de cinco mil telefones rurais, remanescentes do processo que precedeu a privatização, quando a telefonia rural foi viabilizada por meio das redes celulares. O extrato da consulta foi publicado no Diário oficial da União (DOU) de hoje e o prazo para envio de contribuições é 30 de junho, segundo informou a Assessoria de Imprensa.
 
O problema é que as redes analógicas, antes construídas e operadas por uma mesma tele federal (do Sistema Telebrás), foi dividida entre fixas e móveis para venda no processo de privatização. E o ruralvan/ruralcel acabou sendo um serviço metade fixo (a prestação) e metade móvel (as redes). Com a extinção da tecnologia analógica da rede móvel, o serviço teria também de ser extinto.
 
Assim, a prorrogação por doze meses assegura o atendimento ao seu assinante. O prazo permitirá às concessionárias fixas locais, que prestam o serviço, encontrar a solução para que o usuário não seja prejudicado com o fim da tecnologia analógica.
 

Fonte: WirelessBRASIL
01/04/08
"Pôr-do-sol analógico" (02) - Também no Brasil...

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group@yahoogrupos.com.br ; wirelessbr@yahoogrupos.com.br
Cc: ElisM@oglobo.com.br ; josersp ; Smoka
Sent: Sunday, March 30, 2008 9:43 AM
Subject: [Celld-group] "Pôr-do-sol analógico" (02) - Também no Brasil...

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
A nossa participante e jornalista Elis Monteiro publicou em seu blog "Telefonia & Etc" no Portal "Globo Online" um "post" sobre os celulares analógicos nos States e depois fez um artigo (no "papel") que deu origem à mensagem de 03 de março, transcrita mais abaixo: Assunto: "Pôr-do-sol analógico" (01)  - "Post" e artigo de Elis Monteiro.
Vale conhecer e recordar.
Elis entrevistou alguns participantes da ComUnidade.
 
O "sol analógico" se põe também no Brasil...  :-)
Confiram neste texto, abaixo transcrito:
 
Fonte: Estadão
[27/03/08]   Celulares analógicos serão desligados em junho, diz Anatel por Gerusa Marques, da Agência Estado
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: Estadão
[27/03/08]   Celulares analógicos serão desligados em junho, diz Anatel por Gerusa Marques, da Agência Estado
 
As empresas são obrigadas a substituir, gratuitamente, esses telefones por aparelhos celulares digitais

BRASÍLIA - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ronaldo Sardenberg, informou nesta quinta-feira, 27, que, em junho deste ano, as operadoras de telefonia celular desabilitarão no País todos os aparelhos que funcionam pelo sistema analógico. As empresas são obrigadas a substituir, gratuitamente, esses telefones por aparelhos celulares digitais.  
 
Essa é uma das medidas adotadas pela agência para combater práticas de escuta e gravação telefônicas ilegais. Por enquanto, dos 104,1 milhões de telefones celulares habilitados no País, apenas 13 mil são analógicos. Sardenberg, que participa de audiência pública na CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas, na Câmara dos Deputados, disse que as operadoras de telefonia celular são obrigadas também a fazer um cadastro dos telefones "impedidos" (aparelhos clonados, roubados etc).
 
Sardenberg disse aos integrantes da CPI que as operadoras, pelas regras em vigor, são responsáveis pela inviolabilidade dos serviços de telecomunicações e que elas têm de zelar pela confiabilidade da rede. Essas empresas, acrescentou, têm de manter arquivados por cinco anos os registros de todas as ligações, para o caso de serem requeridas pela Justiça.
 
Quando há decisão judicial autorizando uma escuta, observou Sardenberg, a ordem da Justiça é apresentada diretamente à operadora, sem passar pela Anatel. A agência, no entanto, fiscaliza as operadoras para evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso às redes.
 
Segundo Sardenberg, de 2005 a 2007, técnicos da Anatel fiscalizaram as redes das empresas em 956 municípios e, em 2008, 314. "A Anatel atua de modo permanente estimulando as empresas a combaterem a interceptação (de ligações)", disse o presidente da agência. Acrescentou que a rede da telefonia fixa "é mais vulnerável" à escuta clandestina e que, na telefonia móvel, mesmo com a tecnologia mais avançada, a rede não está imune, ao ponto de que, até aparelhos celulares com recursos de criptografia, podem ser interceptados por hackers.
 


Fonte: WirelessBRASIL
01/04/08
"Pôr-do-sol analógico" (01)  - "Post" e artigo de Elis Monteiro

----- Original Message -----
From: Helio Rosa
To: Celld-group ; WirelessBR
Cc: ElisM@oglobo.com.br ; josersp@terra.com.br ; smolka@terra.com.br
Sent: Monday, March 03, 2008 4:37 PM
Subject: "Pôr-do-sol analógico" - "Post" e artigo de Elis Monteiro

Olá, ComUnidade WirelessBRASIL!
 
A nossa participante e jornalista Elis Monteiro publicou em seu blog "Telefonia & Etc" no Portal "Globo Online" um "post" sobre os celulares analógicos.
 
Fonte: Telefonia e Etc - O Globo Online
[18/02/08]   "Pôr-do-sol analógico"
 
Alguns depois, em 25/02/08 publicou no Jornal O Globo ("papel") um artigo sobre o mesmo assunto.
 
Fonte: O Globo ("papel")
EUA desligaram sua rede AMPS; no Brasil, ainda há 15 mil pessoas atendidas por redes antigas
Neste artigo Elis cita as opiniões de alguns de nossos participantes.

Vale conferir, abaixo, as transcrições do "post" e do artigo.

Elis, parabéns pelas  matérias!
Obrigado pela autorização para divulgação na ComUnidade!
 
Mais abaixo ainda temos outra matéria para complementar o assunto:

Fonte: HTML Staff
[14/02/08]   Celulares analógicos serão desativados nos Estados Unidos
 
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Thienne Johnson
 
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Fonte: Telefonia e Etc - O Globo Online
"Pôr-do-sol analógico"
 
Gostei tanto do nome que resolvi escrever um post para aproveitá-lo: é que hoje, segunda-feira, dia 18 de fevereiro de 2008, é um marco importante para a história da telefonia nos EUA e, por que não, também no mundo: as principais operadoras de telefonia celular em atuação na terra do Tio Sam (dentre elas a AT& T Wireless e a Verizon Wireless) estão desativando, oficialmente, as redes de telefonia celular analógicas (AMPS, de Advanced Mobile Phone System), criadas em 1979 pela Bell Labs e inauguradas em 1983.
 
O tal nome "Pôr-do-sol analógico" foi dado pela Comissão Federal de Comunicações americana.
 
Aqui no Brasil, ainda convivemos com redes AMPS em algumas regiões (principalmente quando os clientes estão em roaming em localidades não atendidas pelas redes digitais), mas o prazo para o fim destas está chegando - pelo que eu sei, em 2010 elas devem ser extintas (não tenho certeza absoluta da data, mas acho que é por aí).
 
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Fonte: O Globo ("papel")
[25/02/08]   EUA desligaram sua rede AMPS; no Brasil, ainda há 15 mil pessoas atendidas por redes antigas
 
Elis Monteiro
 
Adeus à tecnologia analógica na telefonia celular! Foi o que fizeram as maiores operadoras de telecomunicações americanas. Depois de anos planejando, finalmente chegou o dia para o desligamento total das linhas analógicas (AMPS, de Advanced Mobile Phone System, a primeira geração de sistemas celulares). A data oficial foi segunda-feira passada, quando a AT&T Wireless e a Verizon Wireless, duas das mais importantes operadoras em atuação na terra do Tio Sam, desativaram as últimas linhas AMPS em operação nas suas redes.
 
A data foi escolhida pela Comissão Federal de Comunicações (FCC), a Anatel dos EUA, e acabou recebendo o charmoso apelido de "pôr-do-sol analógico". Chegava ao fim, desta forma, as primeiras redes de telefonia celular, criadas em 1980.
 
Menos de 1% dos clientes da Verizon, por exemplo, ainda usavam redes AMPS para se comunicar (o que não é pouco, uma vez que ela, juntamente com a AT & T, somam mais de 60 milhões de clientes). Há alguns meses, a operadora, no entanto, já oferecia alternativas digitais para os clientes que ficariam órfãos da AMPS.
 
Mesmo para os padrões americanos (os EUA ainda estão muito melhor servidos de telefonia celular que o Brasil), o desligamento demorou. De acordo com José de Ribamar Smolka Ramos, especialista técnico da Telebahia Celular S/A (Vivo) e professor do curso de bacharelado em Informática da Universidade Católica do Salvador, a demora pode ser explicada por dois fatores. O primeiro seria o comercial - se em uma determinada região só existe cobertura AMPS (e isso pode ser válido especialmente em áreas rurais), enquanto não houver a alternativa de cobertura digital (GSM ou CDMA 1X/EVDO ou WCDMA), desligar o AMPS significa deixar milhares de clientes sem opção, além das eventuais perdas de receita (mesmo que pequena) e dano para a imagem (que pode ser grande).
 
- Como a justificativa econômica do "overlay" digital nestas áreas é baixa, a menos que haja pressão regulatória (o segundo fator) algumas áreas vão sempre ficando para trás no processo de digitalização da rede de acesso - diz Ribamar.
 
E por que o órgão regulador americano só resolveu marcar data para o desligamento do AMPS agora?
 
- Provavelmente, porque só agora o interesse na liberação do espectro ocupado pelo AMPS (na faixa dos 700MHz) superou a inércia em adotar uma posição que impõe custo nas operadoras, que sempre gera desgaste para o órgão regulador -diz.
 
No Brasil, 15 mil pessoas ainda usam redes AMPS
 
No Brasil, mais de 15 mil pessoas ainda usam redes analógicas, segundo dados da Anatel. Ainda segundo a agência, em outubro do ano passado a participação da AMPS no mercado era de 0,02%. Mas será que a AMPS ainda é necessária, haja vista que algumas operadoras em atuação aqui ainda tiram partido da tecnologia?
 
- A AMPS era a saída para garantir o roaming sempre que o usuário estivesse em uma área onde não houvesse cobertura digital compatível com o seu aparelho. Este foi o caso da Vivo, mas também de todas as demais operadoras durante a transição do TDMA para o GSM - explica Ribamar. - Ocorre que a Vivo já fez o overlay GSM da rede CDMA 1X/EVDO, então o roaming digital GSM já é possível, para os clientes que tenham aparelhos tri-band (a Vivo usa uma faixa de freqüência diferente das outras operadoras para o GSM). Em segundo lugar, que eu saiba, todas as demais operadoras (TIM, Oi e Claro) já terminaram a substituição da rede de acesso TDMA pelo GSM.
 
Como todas as operadoras deverão lançar suas redes WCDMA (o 3G) este ano, até o fim de 2009 deve haver uma tecnologia e faixa de freqüência de operação comuns a todas.
 
- Meu melhor chute é que, uma vez definido o horizonte de universalização do WCDMA, então a Anatel pode marcar a data para o enterro do AMPS. Embora cada operadora possa, conforme suas conveniências, decidir antecipar o desligamento na sua rede.
 
Mas será que a AMPS só traz desvantagem? Para o especialista consultado pelo GLOBO, a resposta é não.
 
- A vantagem do AMPS é que em áreas com baixa densidade de usuários (como áreas rurais, ou pequenas áreas urbanas) dá para oferecer cobertura com pouco investimento. O raio de cobertura de uma célula AMPS é, tipicamente, da ordem de x Km. Uma célula GSM ou CDMA 1x/EVDO tem cerca de y Km de raio, e um node-B UMTS (WCDMA) z Km. Portanto, a mesma área pode ser coberta com menos rádio-bases AMPS do que com rádio-bases digitais (2G ou 3G) - explica.
 
O problema é que todos os serviços que o público se acostumou a associar com o celular (SMS, WAP, acesso à internet, etc.) só são possíveis com cobertura digital.
 
- No fundo, é tudo uma questão econômica. Quanto custa digitalizar versus quanto custa manter a cobertura AMPS? Existe mercado para serviços mais sofisticados que apenas voz? Existe pressão regulatória para liberação do espectro ocupado pelo AMPS? Pois ele pode ser uma opção do tipo "melhor ter um fusca velho que andar a pé".
 
A boa notícia é que a base analógica instalada vem reduzindo ano a ano - de 61.462 em 2006 para 15.581 em 2007. O desligamento, assim, pode ser uma questão de tempo.
 
- Só se pode desligar a cobertura de uma tecnologia, se você tiver uma cobertura sobreposta para atender aos usuários de forma a não quebrar o contrato de prestação de serviço - diz José Roberto de Souza Pinto, engenheiro e consultor na área de telecomunicações.
 
Para quem ainda usa o analógico, o tal "pôr-do-sol" pode ser a diferença entre uma baixa qualidade de voz, velocidade mínima e até clonagem e uma nova vida digital que inclui, SMS e MMS e internet móvel - segundo José Roberto, na rede analógica a taxa de acesso é de 9,6kbps, o que inviabiliza a maior parte das novas aplicações.
 
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Fonte: HTML Staff
[14/02/08]   Celulares analógicos serão desativados nos Estados Unidos
 
Na segunda-feira (18/02) as principais operadoras de telefonia celular dos Estados Unidos, AT&T Wireless e Verizon Wireless, irão desativar as redes celulares analógicas AMPS (Advanced Mobile Phone System).
 
A data estabelecida pela Comissão Federal de Comunicações norte-americana foi apelidada de "pôr-do-sol analógico" e extingue as primeiras redes celulares, que foram desenvolvidas em 1980, dando lugar às redes móveis digitais.
 
A AT&T Wireless anunciou que também irá desativar sua primeira rede de telefonia móvel com a tecnologia digital TDMA (Time-Division Multiple Access). A Sprint Nextel e a T-Mobile USA não possuem redes analógicas.
 
Operadoras de menor porte e que operam telefone rurais também informaram que deixarão de trabalhar com as redes analógicas na segunda-feira.
 
Embora os aparelhos analógicos sejam raridade em território norte-americano, a medida afeta sistemas de alarme mais antigos, baseados nas redes AMPS. As operadoras locais afirmam que têm incentivado a migração de seus clientes há alguns meses.
 
O porta-voz da AT&T, Mark Siegel, afirma que há um número muito pequeno de clientes com terminais analógicos. Segundo ele, 99,9% do tráfego da AT&T está baseado em celulares com a tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications).
 
A porta-voz da Verizon, Debra Lewis, estima que menos de 1% dos clientes da operadora tinham celulares analógicos, no ano passado, antes que a empresa iniciasse uma oferta de migração para as redes digitais.
 
Embora os porcentuais sejam baixos, o volume representa alguns milhares de assinantes, já que as redes da AT&T e da Verizon somam 60 milhões de usuários nos Estados Unidos.
 
O "pôr-do-sol" da rede analógica deve deixar no escuro sistemas de alarme mais antigos. Há cerca de três anos, o Comitê de Comunicações da Indústria de Alarmes (AICC, na sigla em inglês) fez uma pesquisa revelando que 1 milhão de residências e empresas usavam alarmes conectados à rede celular analógica nos Estados Unidos, de uma base de 30 milhões de usuários, na época. Há seis meses, a rede de usuários de alarmes analógicos estava em torno de 400 mil, segundo a associação.
 
No Brasil, a tecnologia AMPS teve uma representatividade de apenas 0,01% (15.581 aparelhos) entre os 120,9 milhões de celulares habilitados em dezembro de 2007, segundo a Anatel. Em outubro de 2007 a participação da tecnologia analógica era de 0,02%.
 
O GSM é a tecnologia mais usada atualmente no Brasil, respondendo por 78,4% dos celulares habilitados no Brasil (94,9 milhões de aparelhos) até dezembro de 2007. Em segundo lugar, o padrão CDMA conta com 17,26% de participação (20,8 milhões de celulares) e a tecnologia TDMA é usada em 4,26% da base de celulares (5,1 milhões de aparelhos).