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21/07/12
• "Convergência": Para teles, faltam antenas. Para Anatel, muito mais
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Transcrevo mais abaixo está matéria:
Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/07/12]
Para teles, faltam antenas. Para Anatel, muito mais - por Luís Osvaldo
Grossmann
Recorte:
(...) Mesmo que problemas como esses não sejam solucionados com mais estações
radiobase, tampouco justifica-se o passo de cágado com o qual o governo trata o
assunto de uma legislação federal para as antenas. O secretario executivo do
Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, debita o ritmo à “complexidade do
tema, que depende de negociações e interpretações legais distintas”. (...)
02.
Como complemento, lembro que em maio registrei no WirelessBRASIL estes dois "posts"
sobre uma eventual "Lei Geral de Antenas":
29/05/12
•
Lei Geral das Antenas (2) - Empresas de telefonia culpam burocracia e leis
municipais pela má cobertura
28/05/12
•
Lei Geral das Antenas (1) - Teles apoiam a criação da Lei Geral das Antenas
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/07/12]
Para teles, faltam antenas. Para Anatel, muito mais - por Luís Osvaldo
Grossmann
Inconformadas com a suspensão das vendas de novas linhas, as operadoras móveis
reagiram à decisão da Anatel apontando para as 250 leis municipais que
inviabilizam a instalação de estações radiobase e à lentidão com que o governo
federal trata o tema. Mas, para a Anatel, uma Lei Geral das Antenas só combate
uma parcela dos problemas identificados.
“Não dá para simplificar. A questão das antenas é apenas uma parte, não é o
único nem o maior problema”, afirma Bruno Ramos, superintendente de Serviços
Privados da Anatel – exatamente a área que analisou o desempenho das empresas e
determinou a suspensão das vendas de TIM, Claro e Oi.
Ainda assim, o sindicato nacional das operadoras sustenta que “qualquer melhoria
de qualidade e cobertura de sinais depende da instalação de antenas”. “Vivemos
uma situação anacrônica. Exige-se investimentos, e muitos estão sendo feitos,
mas diversas legislações impedem que empresas façam a implantação plena”,
reclama o diretor executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy.
“A medida drástica da Anatel cria uma crise e não ataca o problema. A Anatel,
como órgão regulador, deveria reagir contra as leis municipais. Até porque o
próprio governo está consciente do problema e trabalha em uma lei federal sobre
a questão das antenas”, completa Levy.
É inegável a incompatibilidade das restrições impostas às ERBs com a demanda por
serviços móveis, de voz ou dados. Algumas cidades exigem licenciamento ambiental
para as torres, outras distâncias de 30 metros de qualquer habitação e há pelo
menos um caso, Campinas-SP, em que 60% dos moradores que vivem a até 200 metros
da antena devem concordar expressamente com a instalação.
Não surpreende que licenças levem, no mínimo, quatro meses para serem expedidas
– e podem esperar mais de um ano. Mas é temerário centrar-se no argumento de que
“qualquer melhoria” depende das antenas”. Elas têm relação mais direta com a
cobertura. Daí uma cidade como Porto Alegre-RS, onde o Procon agiu primeiro para
proibir novas linhas, ter regiões onde simplesmente não há serviço.
A Anatel percebeu, porém, outros tipos de problemas. Por exemplo, muitas falhas
em chamadas de longa distância, questão associada à capacidade dos backbones, os
grandes troncos de fios ou fibras. Ou, ainda, abusos na degradação do sinal,
técnica usada para permitir que mais pessoas telefonem simultaneamente. E até a
prática reiterada de desligar na cara dos clientes que ligam para call centers.
Sem pressa
Mesmo que problemas como esses não sejam solucionados com mais estações
radiobase, tampouco justifica-se o passo de cágado com o qual o governo trata o
assunto de uma legislação federal para as antenas. O secretario executivo do
Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, debita o ritmo à “complexidade do
tema, que depende de negociações e interpretações legais distintas”.
Alvarez conhece o assunto. Ele estava ao lado da então ministra-chefe da Casa
Civil, Erenice Guerra, e do secretário de Logística e TI, depois presidente da
Telebras, Rogério Santanna, na reunião em que o governo sinalizou para os
presidentes das teles a disposição de trabalhar em uma lei que estabelecesse
limites aos municípios nessa questão. Era 7 de maio de 2010.
O diretor do departamento de banda larga do Minicom, Artur Coimbra, explica que
o objetivo é delimitar as competências do governo federal e dos municípios para
legislar sobre infraestrutura de telecomunicações. “É comum que os municípios
ignorem, por exemplo, que já existe lei federal sobre radiação não-ionizante”,
cita. Mas ele reconhece que “o assunto ainda está incipiente”.
Como em uma reunião, realizada ontem (19/7), a ordem na pasta foi “acelerar”
essa e outras medidas, Coimbra acredita que será possível encaminhar a proposta
ao Congresso Nacional antes do fim deste ano. Ninguém se arrisca a apostar
quando será aprovada, mas já se sabe que, depois disso, será preciso adequar as
leis municipais em vigor para que tenha efeito prático.
A sorte das operadoras, nesse campo, está ligada à Copa do Mundo de 2014. Por
conta do que prevê uma das resoluções do Grupo Executivo da Copa (Gecopa), há um
compromisso das 12 cidades-sede em agilizar a liberação de licenças de
infraestrutura para telecom em até 60 dias. “Vamos entrar em contato com os
prefeitos e ajudar no que pudermos”, promete Cezar Alvarez.