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04/11/12

• Rádio Digital - O retorno (21) - Links para acesso aos relatórios dos testes realizados sob coordenação do Minicom

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
Em 01 Nov divulguei este "post":
Rádio Digital - O retorno (20) - Relatório dos novos testes + Entrevista: "O futuro da rádio digital na Europa, no Brasil e no mundo"

Vimos que, na véspera, em 31 de outubro de 2012, o Minicom publicou o resultado parcial da "última bateria de testes" em que foram avaliados os sistemas DRM+ (duas emissoras), DRM30 (duas emissoras) e IBOC (três emissoras).

Mais abaixo está uma relação dos links (do portal do Minicom) para acesso aos relatórios.
De imediato notamos que os testes divulgados, do DRM, não são tão novos assim pois foram realizados em 2010. Os do IBOC foram realizados em 2012.

02.
Logo após, transcrevo uma cópia parcial do primeiro relatório da lista, contendo o teste do padrão DRM+ realizado na Rádio Itatiaia FM, sem os gráficos, figuras e tabelas.
Mesmo assim, creio que dá para ter uma ideia do trabalho desenvolvido, pela leitura do Índice, Apresentação e Sumário Executivo.

03.
Na minha opinião, por uma questão de transparência, o Minicom deveria divulgar todos os testes realizados anteriormente, mesmo que despradonizados. Provavelmente sempre conterão informações úteis. Haja testes! Este "post" de 2010 contém uma coleção de referências aos testes anteriores: Testes, testes e mais testes...para nada! A referência mais antiga é de setembro de 2005!

Neste momento de suposta seriedade de avaliação, é muito importante republicar, por exemplo, o polêmico relatório (de 2008!) dos testes em que o Minicom, via ABERT, contratou o Instituto Mackenzie para avaliar o IBOC.
Não custa relembrar:

(...) O Instituto Mackenzie concluiu os testes sobre o desempenho do padrão norte-americano de rádio digital Iboc (In Band on Channel, ou HD Radio) feitos sob a direção do professor Gunnar Bedicks, mas não recomenda sua adoção pelo Brasil sem que se façam testes comparativos com outros padrões. Segundo informações divulgadas pelo Estadão, essa é a razão por que o Mackenzie se recusa a assinar o relatório final dos testes, nos termos solicitados pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
Defensora ardorosa do padrão norte-americano, a Abert insiste na adoção dessa tecnologia digital pelo Brasil, independentemente de qualquer comparação com outros padrões. Para tanto, vai elaborar relatório final sobre os testes feitos pelo Mackenzie e levar o documento ao Ministério das Comunicações.
O Instituto Mackenzie não considera correto nem possível recomendar um padrão sem conhecer o desempenho dos demais com a mesma profundidade. Os testes de campo do padrão Iboc foram contratados em novembro de 2007 pela Abert, e foram acompanhados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e pelo Ministério das Comunicações.

Os testes de cobertura de área foram feitos com as Rádios Bandeirantes (FM), Cultura (AM), Ribeirão Preto (FM), Belo Horizonte (AM) e Cordeirópolis (AM) classe C, ou seja, rádio comunitária. Os resultados dos testes com emissoras de AM na área da cobertura predefinida mostraram que o alcance do sinal digital é praticamente equivalente ao do analógico, e a qualidade, satisfatória.
O padrão Iboc testado permite a transmissão simultânea do mesmo programa tanto na forma digital quanto analógica, no mesmo canal de freqüência. É a característica chamada simulcast - que permitirá aos receptores analógicos sintonizar as mesmas emissoras, durante 10 anos ou mais, até que todas as rádios encerrem suas transmissões analógicas e passem a transmitir exclusivamente com sinal digital. Até aqui, o Iboc era o único padrão que permitia o simulcast.

Esse padrão digital, entretanto, enfrenta alguns problemas ainda insanáveis, como o atraso de 4 a 8 segundos do sinal digital em relação ao analógico. Quando o sinal digital perde intensidade e não é recebido, entra o analógico. Ao retornar, o sinal digital está atrasado alguns segundos em relação ao analógico, causando a repetição de trechos já ouvidos. (...)
[Fonte]

04.
Todos se lembram que várias emissoras (a mídia, ao longo do tempo "oscila" a quantidade entra 20 e 40) se adiantaram e compraram transmissores IBOC.

Encontrei na web a informação que uma indústria de Santa Rita de Sapucaí, no sul de Minas, já possui até licença de fabricação de transmissores IBOC e DRM e que os mesmos já estariam incorporados aos transmissores analógicos fabricados pela empresa. Recorto da fonte:

Leia na Fonte: diHITT - Origem: Revista Rádio e Negócios
[24/03/11] Transmissores - Negócios em expansão
(...)
A Continental fechou um acordo com sua matriz no Chile para que as exportações para a América Latina partam do Brasil. “A idéia é atender o mercado na faixa de equipamentos de médio e grande porte”, conta Jairo Nabuco, diretor da companhia. Por enquanto, a empresa, dona de licenças de produção para o DRM e o HD Radio, deve exportar apenas transmissores analógicos. “Até porque nenhum país definiu ainda o seu sistema de rádio digital”, salienta Nabuco. Eles aumentaram a produção em mais de 80% em relação ao ano passado, de acordo com o diretor. “É mais ou menos o seguinte: até a metade do ano nós fizemos um faturamento 25% maior do que todo o ano de 2009. A Continental entrou com produtos de alta potência e isso faz um movimento bem maior para o volume comercializado em dinheiro. Só atuávamos em AM de baixa e média potência. Agora estamos no mercado de alta também, com transmissores de 50 quilowatts a 100 quilowatts. Foi um salto interessante. Agregou bastante ao faturamento da empresa”, revela o executivo. Este desempenho se deve, em parte, à política de redução de preços aplicada pela Continental, conforme explica Nabuco. “Nossos equipamentos já têm a tecnologia digital dos dois sistemas, HD Radio e DRM, são equipamentos mais evoluídos e mesmo assim nós conseguimos nos aproximar dos concorrentes nacionais em preço, sendo que eles só produzem transmissores analógicos”. (...)

Apenas curiosidade... A conferir.

05.
A "indústria" está representada no atual Conselho Consultivo do Rádio Digital:

- Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (ELETROS)
  Titular: José Francisco Alvarenga
  Suplente: Anderson Aroldo Piche

- Associação Brasileira da Indústria da Radiodifusão (ABIRD)
  Titular: Eduardo Santos de Araújo
  Suplente: João Eduardo Ferreira da Silva

06.
Lembro que não há representação de entidades de consumidores no Conselho Consultivo (ver integrantes). Supostamente o Governo (principalmente os poderes executivo e o legislativo, participantes do Conselho) seria o zelador dos interesses da população mas estamos nos Brasil.

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL


Fonte: MINICOM

Relatórios de testes com medições
Documentos

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DRM Plus – Rádio Itatiaia FM

O presente trabalho apresenta os testes do sistema DRM+ com a emissora de radiodifusão sonora Itatiaia LTDA em Belo Horizonte.
A transmissão híbrida da Rádio Itatiaia foi realizada
por um período de cinco semanas, entre as datas de 17 de abril de 2010 e 12 de maio de 2010, nos quais foram realizados testes diurnos e noturnos.
Para a realização dos testes foi instalado um transmissor DRM+ e outra antena na estação da Rádio Itatiaia em Belo Horizonte, que durante a campanha de medidas, foram utilizados para a transmissão do sinal digital, constituindo assim um sinal hibrido no ar com o sinal FM analógico, ambos transmitindo a mesma programação.

Tamanho: 5.09 MB
Detalhes
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DRM Plus – Rádio UFMG Educativa FM

Este trabalho apresenta os testes do sistema DRM+ feitos em Belo Horizonte com a emissora Rádio UFMG Educativa.
A transmissão híbrida (simulcast) da Rádio UFMG foi realizada ao
longo de um período de cinco semanas entre 7 de fevereiro e 5 março de 2010.
Para os testes foram instalados o transmissor DRM e a antena na estação da Rádio UFMG em Belo Horizonte, para transmissão de sinal híbrido durante a campanha de medição, o qual
consiste em um sinal analógico FM e um sinal digital DRM, ambos transportando a mesma programação de rádio.

Tamanho: 3.69 MB - Detalhes - Download

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DRM30 – Rádio CBN AM

O presente trabalho apresenta os testes do sistema DRM30 com a emissora de radiodifusão sonora da Rádio Excelsior Ltda. (Rádio CBN 780 AM) realizado em São Paulo.
A transmissão
híbrida da Rádio CBN foi realizada por um período de quatro semanas, entre as datas de 15 de março de 2010 e 29 de março de 2010, nos quais foram realizados testes diurnos e noturnos.
Para a realização dos testes foi instalado um módulo excitador DRM30 na estação da Rádio CBN de São Paulo, que transmitiu durante a campanha de medições um sinal híbrido constituído de um sinal analógico AM e de um sinal digital DRM30, ambos transportando o mesmo programa radiofônico.
Tamanho: 7.67 MB - Detalhes - Download

DRM30 – Rádio CBN AM (Anexo IV) - Tamanho: 5.51 MB - Detalhes - Download
DRM30 – Rádio CBN AM (Anexo V) - Tamanho: 4.14 MB - Detalhes - Download

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DRM30 – Rádio Cultura AM

O presente trabalho apresenta os testes do sistema DRM30 com a emissora de radiodifusão sonora da Fundação Padre Anchieta – Centro Paulista de Rádio e TV Educativa (Rádio Cultura
AM de São Paulo) realizado em São Paulo.
A transmissão híbrida da Rádio Cultura AM foi realizada por um período de quatro semanas, entre as datas de 12 de janeiro de 2010 e 28 de fevereiro de 2010, nos quais foram realizados testes diurnos e noturnos.
Para a realização dos testes foi instalado um módulo excitador DRM30 na estação da Rádio Cultura AM de São Paulo, que transmitiu durante a campanha de medições um sinal híbrido
constituído de um sinal analógico AM e de um sinal digital DRM30, ambos transportando o mesmo programa radiofônico.
Tamanho: 8.67 MB - Detalhes - Download

DRM30 – Rádio Cultura AM (Anexo IV) - Tamanho: 5.43 MB - Detalhes - Download
DRM30 – Rádio Cultura AM (Anexo V) - Tamanho: 9.79 MB - Detalhes - Download

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HD Radio – Rádio Cultura FM

O presente trabalho relata os testes do sistema HD Radio com a emissora de radiodifusão sonora em FM da Fundação Padre Anchieta - Centro Paulista de Rádio e TV Educativas em São Paulo.
A transmissão híbrida da Rádio Cultura FM foi realizada no período de 19 de junho a 27 de junho de 2012, no qual foram realizados testes diurnos.
Para a realização dos testes foram instalados um transmissor HD Radio e uma antena na estação da Rádio Cultura FM em São Paulo, que foram utilizados durante a campanha de medidas para a transmissão do sinal digital, constituindo assim um sinal híbrido no ar com o sinal FM analógico, ambos transmitindo a mesma programação.

Tamanho: 5.78 MB - Detalhes - Download

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HD Radio – Rádio Itatiaia FM

O presente trabalho relata os testes do sistema HD Radio com a emissora de radiodifusão sonora Itatiaia LTDA no município de Belo Horizonte, estado de Minas Gerais.
A transmissão híbrida da Rádio Itatiaia foi realizada por um período de três semanas, de 12 de abril de 2012 a 04 de maio de 2012, no qual foram realizados testes diurnos.
Para a realização dos testes foram instalados um transmissor HD Radio e uma antena na estação da Rádio Itatiaia em Belo Horizonte, que foram utilizados durante a campanha de medidas para a transmissão do sinal digital, constituindo assim um sinal híbrido no ar com o sinal FM analógico, ambos transmitindo a mesma programação.

Tamanho: 5.64 MB - Detalhes - Download

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HD Radio – Rádio UFMG Educativa FM

O presente trabalho relata os testes do sistema HD Radio com a emissora de radiodifusão sonora UFMG Educativa localizada em Contagem, cidade vizinha a Belo Horizonte, estado de Minas Gerais.
A transmissão híbrida da UFMG Educativa foi realizada por um período de doze dias, de 30 de abril a 18 de maio de 2012, tendo sido realizados testes diurnos.
Para a realização dos testes foi instalado um transmissor HD Radio na estação da Rádio UFMG Educativa para a transmissão do sinal digital, constituindo assim um sinal híbrido com o sinal
FM analógico, ambos transmitindo a mesma programação.

Tamanho: 5.94 MB - Detalhes - Download


Testes feitos em Belo Horizonte (MG) com a tecnologia DRM+ na faixa de frequência em VHF na banda II (banda FM).
Os testes foram realizados na estação da emissora Rádio Itatiaia LTDA em Belo Horizonte.

DRM Plus – Rádio Itatiaia FM

Tamanho: 5.09 MB
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Nota Técnica: Ditel/06/2012
Referência: Medições de Campo do Sistema DRM+ (Digital Radio Mondiale) na Faixa de FM em Belo Horizonte com a Rádio Itatiaia

ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO EXECUTIVO
1. INTRODUÇÃO
2. SISTEMA DE TRANSMISSÃO
2.1. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO SISTEMA DE TRANSMISSÃO
2.2. MODOS DE TRANSMISSÃO DRM
3. EQUIPAMENTO DE MEDIÇÃO E METODOLOGIA
3.1. EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO
3.2. PARÂMETROS DE MEDIÇÃO
3.3. METODOLOGIA DE MEDIÇÃO
4. RESULTADOS DOS TESTES
4.1. MODO 4QAM
4.1.1. AVALIAÇÃO DA ÁREA DE COBERTURA COM RECEPÇÃO ESTÁTICA
4.1.2. AVALIAÇÃO DA ÁREA DE COBERTURA COM RECEPÇÃO MÓVEL
4.1.3. RECEPÇÃO INDOOR
4.1.4. LIMIARES DE RECEPÇÃO NO MODO 4QAM
4.2. MODO 16QAM
4.2.1. AVALIAÇÃO DA ÁREA DE COBERTURA COM RECEPÇÃO ESTÁTICA
4.2.2. AVALIAÇÃO DA ÁREA DE COBERTURA COM RECEPÇÃO MÓVEL
4.2.3. RECEPÇÃO INDOOR
4.2.4. LIMIARES DE RECEPÇÃO NO MODO 16QAM
4.3. RESULTADOS DA RECEPÇÃO FM
4.3.1. AVALIAÇÃO DA ÁREA DE COBERTURA COM RECEPÇÃO ESTÁTICA
4.3.2. RECEPÇÃO INDOOR DO FM
4.4. COMPARAÇÃO ENTRE OS RESULTADOS DA RECEPÇÃO FM E DRM+
5. ANEXOS
5.1. SISTEMA DRM
5.1.1. HISTÓRICO E PADRONIZAÇÃO
5.1.2. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA
5.1.3. CARACTERÍSTICA TÉCNICAS
5.1.4. TESTES REALIZADOS COM A TECNOLOGIA DRM
5.2. DETALHES DAS ROTAS UTILIZADAS NAS MEDIÇÕES
5.3. DETALHES DOS RESULTADOS DAS MEDIÇÕES
BIBLIOGRAFIA

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Características técnicas da emissora Itatiaia.
Tabela 2 – Modos de transmissão do DRM+ utilizados durante os testes.
Tabela 3 – Principais equipamentos de medição utilizados nos testes.
Tabela 4 – Parâmetros de Medição.
Tabela 5 – Resultados da recepção estática no modo 4QAM
Tabela 6 - Resultados da recepção móvel, no modo 4QAM.
Tabela 7 – Resultados da recepção indoor no modo 4QAM.
Tabela 8 - Resultados da recepção estática no modo 16QAM.
Tabela 9 - Resultados da recepção móvel, no modo 16QAM.
Tabela 10 - Resultados da recepção indoor no modo 16QAM.
Tabela 11- Resultados do FM analógico em recepção estática.
Tabela 12 - Resultados da recepção indoor do FM analógico.
Tabela 13 - Resultados comparativos entre FM e DRM+ na recepção estática.
Tabela 14 - Resumo dos resultados comparativos entre FM e DRM+ na recepção estática.
Tabela 15 - Resultados comparativos entre FM e DRM+ em recepção indoor.
Tabela 16 - Resumo dos resultados comparativos entre FM e DRM+ na recepção indoor.
Tabela 5.1. Parâmetros dos símbolos OFDM dos modos robustos do DRM.
Tabela 5.2. Uso dos modos de robustez do DRM.
Tabela 5.3. Características dos codificadores de áudio DRM.
Tabela 5.4. Detalhes da localização das medidas estáticas.
Tabela 5.5. Detalhes das medições móveis..
Tabela 5.6. Detalhes da localização das medidas indoor.
Tabela 5.7. Resultados do DRM+ no modo 4QAM para recepção em pontos fixos.
Tabela 5.8. Resultados do DRM+ no modo 16QAM para recepção em pontos fixos.
Tabela 5.9 - Resultados do FM para recepção em pontos fixos
Tabela 5.10- Resultados do DRM+ no modo 4QAM para recepção móvel.
Tabela 5.11- Resultados do DRM+ no modo 16QAM para recepção móvel

Diretoria de Metrologia Científica e Industrial
Endereço: Avenida Nossa Senhora das Graças, 50 – Prédio 6 – Xerém, CEP: 25250-020 – Duque de Caxias / RJ
Telefones: (21) 2679-9012 - Fax: (21) 2679-1420 – e-mail: dimci@inmetro.gov.br
MOD-GABIN-024 – Rev. 01 – Apr. OUT/04 – Pg. 01/01
Tabela 5.12. Recepção indoor com DRM+ no modo 4QAM
Tabela 5.13. Recepção indoor com DRM+ no modo 16QAM
Tabela 5.14. Recepção indoor com FM

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1- Localização do centro de transmissão da Radio Itatiaia.
Figura 2 – Diagrama de bloco do sistema de transmissão.
Figura 3 – Content Server DRM+.
Figura 4 – Modulador DRM+.
Figura 5 – Transmissor DRM+.
Figura 6 – Centro de transmissão da Itatiaia: Na esquerda, visão global da estação antenas da instalação da antena. Na direita, antena DRM+ instalada no mastro (duas antenas inferiores).
Figura 7 – Viatura utilizada na medição.
Figura 8 – Diagrama dos equipamentos de medição.
Figura 9 – Receptor FM RS79B da Rolls Corporation.
Figura 10 – Resultados da recepção estática ilustrados no mapa.
Figura 11 – Resultados do 4QAM em função da distância do transmissor.
Figura 12 – Resultados da recepção móvel no modo 4QAM ilustrado no mapa.
Figura 13 – Recepção móvel no modo 4QAM, com parâmetros da radial 4.
Figura 14 - Limiares de Intensidade de Campo e SNR no modo 4QAM.
Figura 15 - Resultados da recepção estática no modo 16QAM, ilustrados no mapa.
Figura 16 - Resultados do 16QAM em função da distância do transmissor.
Figura 17 - Resultados da recepção móvel no modo 16QAM ilustrado no mapa
Figura 18 - Recepção móvel no modo 16QAM, com parâmetros das radiais 1 e 4.
Figura 19 - Limiares de Intensidade de Campo e SNR no modo 16QAM.
Figura 20 - Recepção estática do FM analógico mostrada no mapa.
Figura 21 - Resultados do FM analógico em função da distância do transmissor.
Figura 5.1. Opções de codificação de áudio no DRM.

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Apresentação

O Ministério das Comunicações publicou no Diário Oficial da União o Aviso de Chamamento Público nº 1/2009, em 22 de maio de 2009, com o objetivo de efetuar testes e avaliações com
sistemas de radiodifusão sonora digital, visando a futura decisão para a escolha do Padrão de Rádio Digital a ser adotado no País.

A Portaria Nº 290 de 30 de março de 2010, promulgada pelo Ministério das Comunicações, criou o Sistema Brasileiro de Rádio Digital – SBRD, autorizando as emissoras AM e FM a
realizarem testes para avaliar o desempenho dos sistemas radiodifusão digitais e a compatibilidade com os sistemas analógicos existentes.

O Consórcio DRM-Digital Radio Mondiale, a partir do Chamamento Público, apresentou o sistema Rádio Digital DRM30 e DRM+ para testes no Brasil. Os testes foram realizados através
do esforço conjunto e cooperação entre diversas entidades como o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), o INCT-CSF (Instituto Nacional de
Ciência e Tecnologia de Comunicações sem Fio), composto pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), UFPA (Universidade Federal do Pará), UFRN (Universidade Federal do Rio
Grande do Norte) e CETUC (Centro de Estudos em Telecomunicações da PUC/Rio), criando uma equipe de trabalho composta por diversos profissionais, sob coordenação do Ministério das
Comunicações, por meio da Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica, e com apoio da Anatel.

O presente trabalho apresenta os testes do sistema DRM+ com a emissora de radiodifusão sonora Itatiaia LTDA em Belo Horizonte. A transmissão híbrida da Rádio Itatiaia foi realizada
por um período de cinco semanas, entre as datas de 17 de abril de 2010 e 12 de maio de 2010, nos quais foram realizados testes diurnos e noturnos.

Para a realização dos testes foi instalado um transmissor DRM+ e outra antena na estação da Rádio Itatiaia em Belo Horizonte, que durante a campanha de medidas, foram utilizados para a transmissão do sinal digital, constituindo assim um sinal hibrido no ar com o sinal FM analógico, ambos transmitindo a mesma programação.

Este documento tem como objetivo oferecer a fundamentação técnica de futuros trabalhos para apoio a elaboração de Normas e Regulamentos dos Serviços de Radiodifusão.

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Coordenação dos trabalhos
GPET/DEAA-SCE

Entidades executantes
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - CSF

Equipe de engenheiros e técnicos do MC que participaram dos testes
Engenheiros e técnicos do DEAA
Engenheiros do DEOC / RadCom
Engenheiros das DRMC-RJ / DRMC-SP / DRMC-MG / DRMC-SC

Equipe de engenheiros e técnicos do Inmetro que participaram dos testes
Augusto Pereira da Soledade
Jaci Rodrigues Nascimento Junior
João Afonso Cal Braz
Mauro Vieira de Lima
Vinicius Rangel Duarte Carneiro
Pedro Vladimir Gonzalez Castellanos
Equipe de engenheiros e técnicos da Itatiaia
Severino Dias Carneiro - Gerente Técnico
Paulo Fernando Santos de Azevedo - Supervisor de Manutenção
Alessandro Prata de Almeida - Técnico de Manutenção

Locais dos testes
Belo Horizonte – BH

Emissoras envolvidas
Rádio Itatiaia LTDA – MG

Instituições de Ensino e Pesquisa envolvidas
Universidade de Brasília - UnB
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Universidade Federal do Pará – UFPA
Centro de Estudos em Telecomunicações da PUC / Rio
Universidade Nacional Autónoma do México UNAM
Hannover University
University of Kaiserslautern
Bilbao University
Fraunhofer Institut - FhG

Entidades internacionais parceiras
BBC
RFMondial
Digidia
TDF (Tele Diffusion de France)
Nautel
Thomson
RTP (Radio e Televisão de Portugal)
Deutsche Welle
VT Group
Harris Corporation

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Responsáveis pela Análise dos Dados

Flávio Ferreira Lima, PhD (Ministério das Comunicações): Doutor em Radiodifusão Digital, Propagação, Eletromagnetismo, Processamento de Sinais e Sistemas de Telecomunicações.
José Maria Matias, PhD (Universidade Nacional Autónoma do México UNAM): Doutor em Radiodifusão Digital e Propagação.
Cássio Gonçalves do Rego, PhD (UFMG): Doutor em Eletromagnetismo Aplicado.
Ronaldo de Andrade Martins, PhD (UFRN): Doutor em Propagação, Eletromagnetismo e Comunicações Móveis.
Luiz A. R. da Silva Mello, PhD (CETUC/PUC-Rio): Doutor em Sistemas de Telecomunicações
Rodolfo Saboia Lima de Souza, PhD (Inmetro): Doutor em Sistemas de Telecomunicações
Cláudio Garcia Batista, MSc (UFMG): Mestre em Sistemas de Telecomunicações, doutorando em Sistemas de Telecomunicações

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Sumário Executivo

Neste documento são apresentados os resultados dos testes feitos em Belo Horizonte (MG) com a tecnologia DRM+ na faixa de frequência em VHF na banda II (banda FM). Os testes foram realizados na estação da emissora Rádio Itatiaia LTDA em Belo Horizonte.

Os testes foram conduzidos pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) com a colaboração da emissora Rádio Itatiaia LTDA, Consórcio DRM e a National Autonomous University of
Mexico com apoio da Anatel, Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), RF Mondial, Nautel, Grupo de pesquisa TSR da UPV/EHU, TDF e a Fraunhofer IIS, com a supervisão do Ministério
das Comunicações.

O sistema de transmissão estava localizado no topo de uma montanha, de aproximadamente 350 metros em relação ao nível médio do terreno da cidade de Belo Horizonte. O sinal DRM+ foi transmitido no modo simulcast combinado no ar com separação de 200 kHz entre a portadora do sinal analógico FM e a portadora central do digital DRM+.

A potência de transmissão do sinal analógico FM era de 19.9 kW, e do sinal digital DRM+ de 500 Watts. Acoplando os sistemas FM e DRM+ nas suas respectivas antenas de transmissão, o sinal FM EIRP foi de 28 kW, e o sinal DRM+ foi de 513 Watts.
Assim, a relação de proteção (relação de potência entre os sinais FM e DRM+ no ar) foi de 17.4 dB.

Durante a campanha de medição um receptor FM foi utilizado para avaliar a recepção analógica e para fins de comparação com a recepção do sinal DRM+.

Durante os testes foram realizadas medições nas situações de recepção estática e recepção móvel. As medições percorreram dois tipos de rotas, a saber: rotas radiais, nas quais no
deslocamento da viatura afastava-se do ponto de transmissão, e rotas circulares. As rotas radiais foram planejadas para avaliar a área de cobertura da transmissão, enquanto que as rotas circulares foram utilizadas para avaliar a recepção em diferentes ambientes.

A tecnologia DRM permite a utilização de diferentes modulações com parâmetros que deverão ser escolhidos de acordo com o ambiente de propagação no qual o radiodifusor deseja fazer sua transmissão.
Em virtude disso, nesse trabalho foram escolhidos dois modos de transmissão, um mais robusto baseado na modulação 4QAM, e outro com maior capacidade (taxa de dados), utilizando a modulação 16QAM.

Os resultados dos testes foram muitos bons na avaliação geral. Dentre as rotas radiais planejadas, os resultados de duas rotas não foram levados em consideração na análise, porque a
emissora não considera a região como área de interesse, apresentando cobertura muito ruim devido às suas particularidades.

Dentro da cidade de Belo Horizonte, área de cobertura de interesse da emissora, os resultados são muitos bons para os dois modos de transmissão e para recepção estática e móvel. Na cidade, dentro de um raio de 15 km do transmissor, as recepções estáticas e móvel são quase livres de erros para o modo 4QAM.
A cobertura chega a 25 km na direção da rota 4 com 98% de recepção boa.
No entanto, houve cobertura até ao final da rota, a 50 km do transmissor com 95% de recepção boa.
O modo 16QAM apresentou resultados um pouco inferiores. Na cidade a recepção apresentou o mesmo comportamento do modo 4QAM, exceto para uma pequena zona com sombreamento. A área de cobertura para recepção móvel é em torno de 20-25 km a partir do transmissor, com algumas áreas de sombreamento.

Importante ressaltar que a relação de proteção utilizada foi de 17,4 dB, diminuindo a área de cobertura do sinal digital, pois originalmente é necessário apenas 14 dB de proteção. Portanto, o sinal DRM+ poderia ser aumentado para 1500 Watts sem aumentar a potência do sinal FM analógico. Isso não foi feito porque a antena disponibilizada para os testes tinha limitações de potência de até 500 Watts.

O limiares de intensidade de campo estão na faixa de 35 a 40 dB^V/m para o modo 4QAM e em torno de 40 dB^V/m para o modo em 16QAM. São valores aproximados, porque há poucos
valores em torno do limiar. Não foi possível determinar o valor da relação sinal ruído em virtude de haver poucos valores entre 5 dB e 20 dB.

A recepção indoor com o modo em 4QAM foi excelente. No modo 16QAM somente um ponto não apresentou resultado ruim.

Em relação ao sinal FM, a recepção estática dentro da cidade foi considerada boa também, apresentando limiar de intensidade de campo em torno de 60 dB^V/m, próximo do valor
teórico. Na recepção indoor apenas dois pontos de medição apresentaram resultados ruins.

Comparando a recepção dos sinais analógico e digital, a principal conclusão é que a área de cobertura do sinal digital é ligeiramente melhor, ou no mínimo igual, com uma potência 17,4 dB
menor. Os limiares de recepção são em torno de 20 dB menores para o sinal digital. Na recepção com o modo 4QAM, os resultados foram um pouco melhores do que para o 16QAM.
Concluindo, os resultados dos testes com o sistema DRM+ em Belo Horizonte, mostraram que o sinal DRM+ tem área de cobertura similar a do sistema FM analógico estando 20 dB abaixo do FM (1% da potência do sinal FM analógico). O sinal DRM+ é inserido no canal vazio, assim ele pode ser transmitido sem interferir na transmissão FM existente.

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2012
Rodolfo Saboia Lima de Souza
Chefe de Divisão de Metrologia em Telecomunicações
Dimci – Ditel
Inmetro