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11/11/12
• "Marco Civil da Internet" e a "Neutralidade da Rede" (6) - Debate (vídeo)
no Tele.Síntese + Convergência Digital: "Neutralidade: pano de fundo é a questão
econômica" + Outras matérias
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Já sabemos que está prevista uma nova tentativa de votação do Marco Civil da
Internet (PL 2.126/2011), na próxima terça, 13 de novembro, na Câmara dos
Deputados.
Prosseguimos no registro de matérias para ambientação, acompanhamento e
entendimento do noticiário, e formação de opinião sobre o tema.
Como informação, anoto de uma
matéria do Teletime de julho de 2012:
(...) No dia 18 de junho o PL 2.126/2011 foi apensado ao 5.403 de 2001, que
por sua vez trazia apensados mais 37 projetos de lei que de alguma forma
versavam sobre a Internet. Alessandro Molon optou por rejeitar todos os
projetos, cuja abrangência era "consideravelmente mais restrita" e manter a
tramitação do Marco Civil, que foi amplamente debatido pela sociedade através
das sete audiências públicas e também por meio da Internet. (...)
02.
O Portal Tele.Síntese apresenta um
vídeo, em três partes, em que as jornalistas Lia Ribeiro Dias, diretora
editorial e Marina Pita, entrevistam e estimulam o debate entre o
conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara, o diretor de relações
institucionais da Telefônica/Vivo, Enylson Camolesi e o diretor de
estratégia da Oi, Carlos Brandão.
Vale conferir aqui:
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[09/11/12]
Tv.Síntese discute o tema polêmico da semana, a neutralidade
Durante a conversa é repetida a palavra "Dubai".
Trata-se da Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais 2012
(CMTI-12 / WCIT-12), da União Internacional de Telecomunicações (UIT) que
será realizada entre 3 e 14 de dezembro de 2012, em Dubai, Emirados
Árabes, "com o objetivo de revisar os Regulamentos de Telecomunicações
Internacionais (International Telecommunication Regulations / ITRs), tratado
firmado em 1988 para facilitar as negociações comerciais e técnicas
internacionais entre as operadoras de telecomunicações".
Sobre este evento transcrevo um comentário curioso, lá no final da página:
Leia na Fonte: WebDig
[20/10/12]
As gigantes da Tecnologia estão na briga pela supremacia e o controle da
internet! - por Jefferson Meneses
03.
Abaixo estão transcritas estas matérias:
Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/11/12]
Neutralidade: pano de fundo é a questão econômica - por Luís Osvaldo
Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[08/11/12]
Marco civil: Governo descumpre acordo e relator vai mudar artigo sobre
neutralidade - por Luís Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/11/12]
Marco civil: guarda de IP também provoca polêmica - por Carmen Lucia Nery
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[09/11/12]
Valente defende regulamentação da neutralidade da rede pela Anatel - por
Lúcia Berbert
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[09/11/12]
Tv.Síntese discute o tema polêmico da semana, a neutralidade
Leia na Fonte: WebDig
[20/10/12]
As gigantes da Tecnologia estão na briga pela supremacia e o controle da
internet! - por Jefferson Meneses
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/11/12]
Neutralidade: pano de fundo é a questão econômica - por Luís Osvaldo
Grossmann
Não se espera que provedores de conteúdo, teles e ativistas da Internet cheguem
a um grande consenso sobre neutralidade de rede. Mas pelo menos em um ponto eles
parecem concordar: neutralidade de rede é uma questão, antes de tudo, econômica.
O tema foi tratado, nesta sexta-feira, 9/11, em um seminário promovido pela
Associação de Reguladores de Comunicações e Telecomunicações da Comunidade de
Países de Língua Portuguesa (ARCTEL-CPLP), realizado na Anatel.
Na prática, como resumiu João Confraria, do Conselho de Administração da Anacom,
o regulador português, não há nada de novo na tentativa das operadoras de rede
em abocanhar o máximo que os consumidores se dispuserem a pagar.
“As empresas viveram com isso durante todo o século 20. Por que agora esse
barulho todo? Bom, de fato há fatores novos e o mais importante deles é a
concorrência”, sustenta. Concorrência com outros serviços que se valem da mesma
infraestrutura e disputam o dinheiro que ali circula.
Segundo ele, o avanço tecnológico – redes IP – vai tornando obsoleto o sistema
de cobrança tradicional, por minutos ou segundos. Nesse mundo, faz mais sentido
tarifas planas. “Mas operadores móveis não estão preparados para isso, e eles
têm mais acesso que os fixos”, completou.
Outro fator que traz a discussão da neutralidade à tona é a vida prática, como
lembra Antônio Teixeira, da assessoria internacional da Anatel. “Problemas de
quebra de neutralidade existem, e é por isso que o debate também existe”,
destacou. De restrições ao tráfego P2P a interferências a VoIP, estão no dia a
dia.
Repisando, igualmente, que a neutralidade “é um problema de fundo é econômico” –
com dimensão estimada em 700 milhões de euros/ano( R$ 1,8 trilhão), segundo
estudo do órgão regulador francês – Teixeira defende ‘equilíbrio’. “Os preços
caem à metade a cada 18 meses, mas as receitas não sobem no mesmo ritmo.”
Ainda que também reconheçam ser uma questão econômica, as operadoras de rede –
as teles – se queixam de “assimetrias comerciais”. Como insistiu o diretor do
Sinditelebras, Alex Castro, o conceito da neutralidade não pode impedir
“restrições à livre iniciativa, por delimitação de planos de negócios,
restrições a oferta de serviços diferenciados ou serviços customizados”.
Esta, naturalmente, é uma visão particular das detentoras das redes. Para José
Francisco de Araújo, que representou a Globosat, defendeu a importância da
neutralidade para a competição. “A neutralidade de rede para nós, provedores de
conteúdo, é essencial. A possibilidade de venda de serviço privilegiado
significa que nós não teremos como concorrer”, afirmou.
O contraponto na visão puramente econômica ficou por conta de Paulo Rená, um dos
fundadores do Partido Pirata no Brasil. “A questão econômica é importante, mas
não dá para submeter tudo ao interesse comercial. Temos que lembrar que tem 70%
de pessoas que ainda não usam Internet”, destacou.
Mesmo considerando o lado econômico, porém, Rená lembrou que a neutralidade tem
importância nas oportunidades para todos. “Se é modelo de neutralidade mitigado,
enfraquecido, na prática está reforçando os atores que já existem, impedindo o
empoderamento de novos”, completou.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[08/11/12]
Marco civil: Governo descumpre acordo e relator vai mudar artigo sobre
neutralidade - por Luís Osvaldo Grossmann
O Marco Civil da Internet será novamente modificado antes de uma nova tentativa
de votação do projeto, marcada para a próxima terça-feira, 13/11. Na principal
delas, texto vai insistir que a regulamentação da neutralidade de rede deverá
ser feita por um Decreto presidencial.
A premissa da neutralidade é o ponto principal da proposta, que prevê uma série
de princípios à oferta de acesso e ao uso da Internet no Brasil. Além dessa, o
relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), pode atender a alguns
pedidos de parlamentares em trechos específicos da lei.
Alinhado às detentoras das infraestruturas de redes, o governo federal é contra
o tratamento dado à neutralidade desde a apresentação do relatório de Molon, em
julho. Assim como as teles, o Executivo quer flexibilidade nessa que é uma
premissa básica da Internet.
Esse embate já provocou três adiamentos na votação, o mais recente na
quarta-feira, 7/11. Para garantir o apoio do governo e da suposta maioria
parlamentar da base aliada no plenário da Câmara, o relator alterou o artigo que
trata da neutralidade, eliminando a menção ao Comitê Gestor da Internet e
transferindo a regulamentação ao Poder Executivo.
Mas o clima azedou horas antes da sessão, quando o Ministério das Comunicações
indicou que o combinado não valeria. “Fui surpreendido pela interpretação de que
a regulamentação pode ser da Anatel, já que esse ponto foi especialmente tratado
com o governo. Para que não paire dúvida, eu vou mudar mais uma vez o texto para
que ninguém tenha dúvida de que não cabe à Anatel essa regulamentação”, explicou
Molon.
Acordo desfeito
Em reunião entre o relator e representantes do Minicom, Casa Civil, Ministério
das Justiça e Secretaria de Relações Institucionais, na noite dessa terça, 6,
foi proposto que o governo tivesse liberdade para tratar da aplicação prática da
neutralidade – o projeto mencionaria somente “regulamentação posterior”.
Como essa redação já fora proposta anteriormente, mas enfrentou forte
resistência nas diversas audiências públicas sobre o Marco Civil, optou-se pela
“regulamentação pelo Poder Executivo”. Juridicamente, esse texto remeteria ao
regramento pela Presidência ou às pastas da Justiça ou Comunicações.
Apesar de protestos do representante do Minicom na reunião, ficou acertado entre
todos os participantes que dessa forma o governo se comprometeria a não remeter
a regulamentação da neutralidade de rede à Agência Nacional de Telecomunicações.
Não adiantou. Horas antes da votação, o ministro Paulo Bernardo sustentou que a
regulamentação ficaria, sim, com a agência reguladora. Indagado quem seria
responsável pela normatização infralegal, Bernardo sustentou que caberia à
Anatel por ser “o órgão que tem competência e legitimidade para fazer isso”.
A turma do “deixa disso” entrou em ação na tentativa de convencer o relator a
manter o texto baseado no acordo não cumprido. Chegou a ser oferecido um
desmentido, em privado, das declarações que o ministro das Comunicações fez em
público. Sem sucesso. A indicação ao Decreto presidencial voltará.
A votação prevista para a semana que vem, no entanto, enfrentará outros
desafios. Há deputados que entendem que o artigo 13 do projeto deve ser também
alterado, de forma a permitir que as teles possam guardar dados pessoais dos
internautas.
Em outra frente, uma emenda proposta pela Globo quer criminalizar provedores que
não retirarem conteúdos protegidos por direito autoral em 24 horas após
notificação. Mas um grande inimigo da votação é o próprio calendário – com
feriado na quinta, 15, há boas chances de não haver quórum suficiente.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/11/12]
Marco civil: guarda de IP também provoca polêmica - por Carmen Lucia Nery
A neutralidade de rede é, hoje, o ponto mais crítico no debate do Marco Civil da
Internet. Durante o seminário Cyber Security Brasil, realizado nesta
quinta-feira, 08/11, no Rio de Janeiro, pela Network Eventos, o tema mobilizou
os participantes.
“O conceito básico é que a rede seja democrática, livre e neutra, para que não
haja privilégios. Mas pode haver exceções, como segurança nacional, serviços de
emergência e suporte a grandes eventos. Vários deputados defendem que o
Congresso é que tem de definir o que é ou não exceção”, afirmou o deputado
federal e presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, Eduardo
Azeredo.
Ele observou que as operadoras de telecomunicações querem que as exceções sejam
explicitadas. “A tendência é que as exceções sejam regulamentadas pela
Presidência da República”, acrescentou Azeredo. Para Vanda Scartezini, membro do
Comitê de Segurança e Estabilidade da Rede – SSAC/ICANN, o melhor a fazer é
deixar apenas o conceito universal de neutralidade.
Ela defende que exceções possam ser tratadas à medida da necessidade, sem que
sejam necessárias uma regulamentação e uma explicitação na lei.
“Deixar para regulamentar a neutralidade depois abre caminho para que se imponha
uma série de restrições e se gerem coisas que não interessam à sociedade. As
teles têm de entender que regulamentar exceções pode, inclusive, interferir no
business de Telecom”, adverte.
Marcos Mazoni, presidente do Serpro, também entende ser necessário que fique
claro para as teles que a neutralidade da rede não implica extinção de pacotes
de negócios. Para ele, a neutralidade é um conceito maior, que deve ser
preservado. “As teles precisam entender que não estarão impedidas de terem
pacotes de negócios, mas devem saber que a sociedade tem o direito de optar por
não pagar a mais pelos pacotes. O Marco Civil tem de consagrar a neutralidade da
rede que impede que os atores da internet queiram gerir a rede a seu bel prazer.
A Anatel precisa regular pacotes de serviços. As teles podem cobrar mais dos
grandes provedores, desde que isso seja explicitado nas condições comerciais”,
defendeu.
Já o advogado Renato Opice Blum defendeu que a neutralidade sequer deveria ser
discutida no Marco Civil, pois já está prevista na Lei Geral de Telecomunicações
desde 1997. “O caminho alternativo é deixar apenas o conceito genérico e não
detalhar em regulamentação. Até porque o Marco Civil é genérico”, considera. Ele
defendeu que, da mesma forma que o espaço aéreo era livre antes da aviação e
hoje é regulamentado, o mesmo deverá ocorrer com a Internet. E considera que os
dois projetos aprovados na Câmara tipificando crimes de internet e o próprio
Marco Civil - caso ele venha a ser aprovado - possam representar um retrocesso
em vários pontos em que a jurisprudência legal já avançou.
“O Marco Civil tem dois pontos polêmicos. Um deles é a guarda do IP, o que não
precisava, pois a jurisprudência já havia definido. Além disso, prevê que a
guarda seja facultada ao provedor de conteúdo. Ocorre que o provedor de acesso
oferece apenas o meio; o ato ilícito se dá na aplicação. Outro ponto é que o
provedor de conteúdo só será responsabilizado se cumprir ordem judicial, o que
pode levar cinco dias com o conteúdo no ar”, lamenta. Victor Auilo Haikal, do
escritório Patricia Peck Pinheiro, também defende que a guarda do IP não seja
facultativa aos provedores de conteúdo, mas, sim, obrigatória, como ocorre com
os provedores de acesso. E que a responsabilidade civil não esteja condicionada
ao desrespeito à ordem judicial.
Ele observa que, do texto do Marco Civil - que foi encaminhado ao plenário e
retirado da pauta, com nova votação prevista para o dia 13 - foi excluído o
instrumento do notice and take now, a forma mais rápida que o usuário teria para
notificar um conteúdo ofensivo, em que o provedor poderia rapidamente retirar o
conteúdo do ar. Mas também observa que a retirada do conteúdo em 24 horas pode
gerar uma censura branca e ser um mecanismo perverso para atacar a liberdade de
expressão.
“Quanto à neutralidade da rede, não se trata de pacotes de serviços, mas, sim,
do próprio funcionamento da rede. A Primavera Árabe mostrou que a Internet é a
válvula de escape de toda a sociedade do planeta e surgiu para quebrar qualquer
ofensa à democracia. O Marco Civil vem à tona para defender o pequeno
empreendedor. A internet democratizou os negócios e, se não houver neutralidade,
o pequeno pode ser prejudicado. A neutralidade não deve ser regulamentada, pois
a Internet deve ser livre por excelência, pela revolução econômica que
proporcionou”, observa.
Outro ponto polêmico do Marco Civil para Haikal é o inovador conceito de direito
do esquecimento, que prevê que o cidadão tem o direito de pedir a exclusão de
todos os seus registros na rede. “Direito sem equilíbrio pode virar um
sobredireito ou uma injustiça. Um cidadão pode usar a estratégia de proteção
individual e o direito a ser esquecido para remover registros de ilícitos que
ele possa ter feito”, alerta o advogado.
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[09/11/12]
Valente defende regulamentação da neutralidade da rede pela Anatel - por
Lúcia Berbert
Vice-presidente da agência argumenta que só assim serão assegurados os
investimentos em infraestrutura
O vice-presidente da Anatel, conselheiro Jarbas Valente, disse que a agência,
que regulamenta todas as questões de telecomunicações, deve também normatizar a
neutralidade de redes na internet. Ele afirmou que, além disso, é um órgão de
Estado e que adota práticas transparentes de decisão, atributos fundamentais
para garantir os investimentos nas infraestruturas de transmissão de dados.
Valente abriu nesta sexta-feira (9) seminário da Associação de Reguladores de
Comunicações e Telecomunicações da Comunidade de Países de Língua Portuguesa
(ARCTEL-CPLP) sobre segurança cibernética e neutralidade de redes, que acontece
na sede da agência, em Brasília. Para o conselheiro, a regulamentação da
neutralidade passa pela normatização do uso das redes pelos provedores de
internet, para evitar que o número sempre crescente de aplicativos
disponibilizado por eles acabe congestionando demasiadamente as infraestruturas
das teles.
“Um caminhão não pode pagar o mesmo pedágio que uma moto”, disse Valente,
comparando as infraestruturas de rede com uma via. Ele ressaltou que a Anatel
não regula diretamente os provedores, mas indiretamente, por meio do artigo da
61 da Lei Geral das Telecomunicações, e que foi por meio dele puniu o Speedy em
2009, por problemas de conexão em função de falhas em um servidor de DNS e não
por problemas na rede. “Nós suspendemos a venda de serviço, obrigamos a investir
mais e determinamos a abertura da rede da Telefônica para outros provedores”,
lembrou.
O discurso do vice-presidente da Anatel está afinado com o do ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, que disputa no Congresso Nacional a atribuição da
regulamentação da neutralidade da rede no Marco Civil da Internet. O relator do
projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), com apoio do Ministério da Justiça,
prefere que a normatização seja feita pelo CGI.br, órgão responsável pela
governança da rede no Brasil e que é composto por representantes dos diversos
setores. “Não é órgão de Estado”, critica Bernardo.
Segurança
Sobre as ações da Anatel na área de segurança da web, Valente disse que não há
equipamento colocado nas redes das operadoras que não passem pelo processo de
certificação pela agência. “E esse processo leva em conta todas as exigências
internacionais de segurança da internet”, ressaltou.
O conselheiro citou também o sistema que está sendo implantado para
monitoramento remoto das redes das operadoras, incluído no novo regulamento de
fiscalização, que dará possibilidade de adoção de medidas pela agência a fim de
evitar interrupções do serviço. “Será possível identificar, por exemplo, se uma
estação radiobase da telefonia móvel atingiu o limite de tráfego de 60% e tomar
as providências para que a operadora faça sua ampliação de capacidade”, disse.
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[09/11/12]
Tv.Síntese discute o tema polêmico da semana, a neutralidade
Tema foi um dos motivos da não aprovação esta semana do Marco Civil da Internet
e é discutido em vídeo com participação da Anatel, Oi e Telefônica
A neutralidade da rede é um dos princípios do Marco Civil da Internet, projeto
de lei que seria votado esta semana na Câmara, não fosse a polêmica gerada em
torno da questão. Há uma queda-de-braço em andamento sobre quem seria o
responsável por regular a neutralidade da rede e definir qual o gerenciamento e
controle possível. Esta disputa é um dos fatores que adiou a votação do projeto,
agora agendada para a próxima terça-feira (13).
Mas as dúvidas quanto a neutralidade vão além de quem seria o regulador,
conforme explica o diretor de relações institucionais da Telefônica/Vivo,
Enylson Camolesi. Para ele, é preciso definir qual a extensão da neutralidade da
rede: se este conceito se aplica apenas às operadoras, ou também às empresas que
atuam na camada de aplicações e Over-The-Top.
Além disso, as operadoras questionam se a votação do Marco Civil da Internet
neste momento limitaria o desenvolvimento de novos modelos de negócio,
justamente quando o mercado de telecomunicações se reorganiza e orienta. O
controle da rede para oferta de pacotes de banda larga específicos para certos
tipos de uso da rede, seria um desses exemplos. A oferta de pacotes de acesso a
internet diferenciados por tipo de uso está no plano de operadoras, conforme
explicou o diretor de estratégia da Oi, Carlos Brandão.
Para o conselheiro da Anatel, Marcelo Bechara, está claro que o projeto de lei
deve assegurar os direitos dos internautas, e não regular o tema sobre a
vertente econômica, conforme pensa em fazer a Comunidade Europeia.
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Leia na Fonte: WebDig
[20/10/12]
As gigantes da Tecnologia estão na briga pela supremacia e o controle da
internet! - por Jefferson Meneses
Jefferson Meneses, é Designer e Editor-Chefe da
Webdig Social Mídia. Programador web, e nas horas vagas Blogueiro, além de Geek
de carteirinha
Nesta matéria, nosso objetivo não é falar sobre o ICANN (Internet Corporation
for Assigned Names and Numbers) que administra a Rede e administra também os
nomes de domínios, mas esclarecer quem controla a internet no mundo!
E quando falamos de controle, logo lembramos da União Internacional de
Telecomunicações - ITU na sigla em inglês - que estará realizando sua primeira
conferência mundial em 14 anos em Dubai, no próximo mês de dezembro.
ITU Controle Internet
Você já percebeu que onde quer que você esteja no mundo, cada tecla do telefone
tem a mesma aparência? Ou se perguntou por que os satélites não colidem uns com
os outro no espaço? Ou por que se você disca 64 para a Nova Zelândia, e 65 para
Cingapura? Estas são algumas das realizações essenciais da União Internacional
de Telecomunicações, uma agência da ONU.
No entanto, à medida em que se prepara para a sua primeira conferência global em
14 anos, a ITU se viu sob ataque sem precedentes pelas poderosas empresas de
tecnologia dos EUA, o que inclui a Google Inc.
Pelas novas propostas da ITU estas empresas de internet pagariam pesadas taxas
para as companhias locais de telecomunicações, pelo tráfego gerado pela
internet.
A conferência da UIT em Dubai
Quando os 193 países membros da UIT se reunirem em Dubai, uma questão será
levantada, a Rússia e a China têm sido explícitas em seu objetivo de tomar o
controle da internet dos EUA, já os países em desenvolvimento sentem uma
hegemonia tecnológica ocidental limitando suas oportunidades econômicas.
A população mundial da internet deve alcançar 3,4 bilhões de usuários até 2016.
“Quando uma invenção se torna utilizada por bilhões de pessoas em todo o mundo,
já não é propriedade exclusiva de um país, por mais poderoso que a nação venha
ser deve haver um mecanismo em que muitos países tenham uma oportunidade de
desenvolver-se”.
Quem controla a Internet?
As poderosas empresas americanas – incluindo Google, Microsoft, Cisco, AT & T e
Comcast, não querem nem de longe pensar em perder o controle da internet, e com
a proposta da UIT, estas empresas pagariam pelo volume de tráfego que recebessem
de todo o mundo.
Se por um lado a Google tem levantado a bandeira de uma internet livre, livre
expressão e anti-censura, a proposta seria catastrófica para seus negócios, e
sabemos que tudo não passa de bussiness.
Por outro a administração e organização da internet no mundo tem sido dominada
por os EUA desde Arpanet, a precursora da internet moderna, quando foi
estabelecida entre quatro universidades norte-americanas, em 1969, e outras
autoridades doa EUA.
Recentemente uma série de ataques cybernéticos foram atribuidos aos EUA com a
criação do vírus Stuxnet;
O maior ponto da discórdia é que a ICANN, que supervisiona a gestão de endereços
da internet, defende a zona de raiz como se proprietária dos EUA fosse, me
lembra o caso que saiu na BBC de londres sobre as chaves de segurança da
internet.
E a cada dia, um maior número de países o que inclui o Brasil, exigem a criação
de uma nova autoridade internacional, que se encarregue de garantir uma gestão
independente da Internet. E cada vez são mais os cidadãos do mundo que apóiam
essa nova exigência democrática por uma internet livre e sem censura!