26/11/12
• Rádio Digital - O retorno (24) - Minicom atualiza relação dos "novos"
testes + Links para as avaliações + Relação de matérias sobre os testes
"antigos", desde 2005
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
O portal WirelessBRASIL mantém um
website sobre "Rádio Digital". Está atualizado e contém um "resumão" na
página inicial. :-)
02.
Está prevista para a próxima quarta-feira, 28 de novembro, uma reunião do
"Conselho Consultivo da Rádio Digital".
Tal conselho, criado em 2007, foi "ressuscitado e revitalizado" em agosto de
2012.
Em 08 de outubro de 2012 foi publicada a relação inicial dos integrantes do
Conselho" [Ver
relação atualizada aqui].
A primeira reunião, realizada em 23 de outubro de 2012, definiu a composição de
três comissões técnicas do conselho que ficarão responsáveis por aprofundar as
discussões e decisões em três áreas: política industrial, inovação
tecnológica e análise e acompanhamento dos testes técnicos.
03.
Na matéria transcrita logo abaixo, a ABERT declara que os testes vêm sendo
feitos desde 2011.
Esta informação não é correta. Os testes tiveram inicio em 2005 e a longa
relação das matérias sobre o tema, ao longo do tempo, está no final desta
página.
04.
Visito novamente a
página do Minicom que relaciona os "novos testes", atualizada recentemente.
Constam da publicação as seguintes avaliações, realizadas em 2010 e 2012:
- DRM+ (Rádio Itatiaia FM, Rádio UFMG Educativa FM e transmissor DRM
instalado no distrito de Xerém, Duque de Caxias, RJ),
- DRM30 (Rádio CBN AM e Rádio Cultura AM) e
- HD Radio/IBOC (Rádio CBN AM, Rádio Comunitária Aremas FM, em Brasília,
DF, Rádio Cultura FM, Rádio Itatiaia FM e Rádio UFMG Educativa FM).
Mais abaixo está uma relação montada com recortes dos documentos, contendo um
apresentação e os links para download dos resultados.
05.
Repito minha opinião:
O Brasil não precisa decidir um padrão para Rádio Digital neste momento.
O "agito" em torno do assunto deve-se ao forte lobby das indústrias
interessadas.
As tecnologias não estão estabilizadas e admitem evolução, o que não será
possível depois de implementadas. E, claro, sempre poderá surgir um novo padrão,
se a competente "Academia" brasileira for convocada e dotada de recursos para
estudo, pesquisa e desenvolvimento.
Creio que a Anatel e Minicom não possuem quadros em quantidade e competência, no
momento, para administrar este complexo processo.
Ótimo que tenham sido feitos tantos testes ao longo do tempo - todos deveriam
ser divulgados! - mas não é um Conselho como este, com tal composição, que terá
efetivamente condições de avaliar o problema e decidir, "ainda este ano", como
repete o Minicom.
A conferir.
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Meio e Mensagem
[22/11/12]
MiniCom apresenta testes de rádio digital
Resultados dos experimentos feitos com os modelos norte-americano e europeu
serão apresentados em Brasília - por Bárbara Sacchitiello
No próximo dia 28 de novembro, os representantes do Ministério das Comunicações
e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmetro) irão mostrar os resultados dos
testes feitos para a implementação do modelo de rádio digital do Brasil.
O encontro, que acontecerá na própria sede do Ministério das Comunicações, em
Brasília, irá explanar as conclusões dos testes feitos com as tecnologias
norte-americana (HD Radio) e europeia (DRM). O Inmetro realizou testes das duas
tecnologias nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
Neste encontro também deverá ser definido o padrão adotado pelo país na
transição do sistema analógico para o digital. O objetivo, segundo a Associação
Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) é aproveitar os testes
para definir qual a frequência mais adequada ao modelo nacional. Ainda de acordo
com a entidade, os testes com as duas tecnologias vêm sendo feitos desde o
início de 2011. Em Congresso da Abert realizado em junho deste ano,
representantes do Ministério das Comunicações prometeram a definição do modelo
nacional de rádio digital para até o final de 2012.
Fonte:
MINICOM
Relatórios de testes com medições
Documentos
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DRM Plus – Rádio Itatiaia FM
O presente trabalho apresenta os testes do sistema DRM+ com a emissora de
radiodifusão sonora Itatiaia LTDA em Belo Horizonte.
A transmissão híbrida da Rádio Itatiaia foi realizada
por um período de cinco semanas, entre as datas de 17 de abril de 2010 e 12 de
maio de 2010, nos quais foram realizados testes diurnos e noturnos.
Para a realização dos testes foi instalado um transmissor DRM+ e outra antena na
estação da Rádio Itatiaia em Belo Horizonte, que durante a campanha de medidas,
foram utilizados para a transmissão do sinal digital, constituindo assim um
sinal hibrido no ar com o sinal FM analógico, ambos transmitindo a mesma
programação.
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DRM Plus – Rádio UFMG Educativa FM
Este trabalho apresenta os testes do sistema DRM+ feitos em Belo
Horizonte com a emissora Rádio UFMG Educativa.
A transmissão híbrida (simulcast) da Rádio UFMG foi realizada ao
longo de um período de cinco semanas entre 7 de fevereiro e 5 março de 2010.
Para os testes foram instalados o transmissor DRM e a antena na estação da Rádio
UFMG em Belo Horizonte, para transmissão de sinal híbrido durante a campanha de
medição, o qual
consiste em um sinal analógico FM e um sinal digital DRM, ambos transportando a
mesma programação de rádio.
Tamanho: 3.69 MB -
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DRM Plus – Transmissor DRM instalado no distrito de Xerém,
Duque de Caxias, RJ
O presente trabalho apresenta os resultados dos testes do
sistema DRM+ Full Digital com transmissão em baixa potência realizada em Duque
de Caxias /RJ. Os testes consistiram na transmissão apenas do sinal digital. O
período dos testes foi composto de duas etapas de uma semana, tendo sido a
primeira no período de 08 de outubro a 15 de outubro de 2010, e a
segunda, entre 11 de dezembro e 17 de dezembro de 2010, com a realização
de testes diurnos.
Para a transmissão do sinal digital, foram instalados um transmissor DRM+ e uma
antena no topo de um prédio do campus do Inmetro, localizado no distrito de
Xerém, em Duque de Caxias/RJ.
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DRM30 – Rádio CBN AM
O presente trabalho apresenta os testes do sistema DRM30 com a
emissora de radiodifusão sonora da Rádio Excelsior Ltda. (Rádio CBN 780 AM)
realizado em São Paulo.
A transmissão
híbrida da Rádio CBN foi realizada por um período de quatro semanas, entre as
datas de 15 de março de 2010 e 29 de março de 2010, nos quais foram
realizados testes diurnos e noturnos.
Para a realização dos testes foi instalado um módulo excitador DRM30 na estação
da Rádio CBN de São Paulo, que transmitiu durante a campanha de medições um
sinal híbrido constituído de um sinal analógico AM e de um sinal digital DRM30,
ambos transportando o mesmo programa radiofônico.
DRM30 – Rádio CBN AM - Tamanho: 7.67 MB -
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DRM30 – Rádio CBN AM (Anexo IV) - Tamanho: 5.51 MB -
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DRM30 – Rádio CBN AM (Anexo V) - Tamanho: 4.14 MB -
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DRM30 – Rádio Cultura AM
O presente trabalho apresenta os testes do sistema DRM30 com a
emissora de radiodifusão sonora da Fundação Padre Anchieta – Centro Paulista de
Rádio e TV Educativa (Rádio Cultura
AM de São Paulo) realizado em São Paulo.
A transmissão híbrida da Rádio Cultura AM foi realizada por um período de quatro
semanas, entre as datas de 12 de janeiro de 2010 e 28 de fevereiro de 2010,
nos quais foram realizados testes diurnos e noturnos.
Para a realização dos testes foi instalado um módulo excitador DRM30 na estação
da Rádio Cultura AM de São Paulo, que transmitiu durante a campanha de medições
um sinal híbrido
constituído de um sinal analógico AM e de um sinal digital DRM30, ambos
transportando o mesmo programa radiofônico.
DRM30 – Rádio Cultura AM - Tamanho: 8.67 MB -
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DRM30 – Rádio Cultura AM (Anexo IV) - Tamanho: 5.43 MB -
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HD Radio – Rádio CBN AM
O presente trabalho relata os testes do sistema HD Radio com a
emissora de radiodifusão sonora CBN AM em São Paulo / SP. A transmissão híbrida
da CBN AM foi realizada no período de 30 de junho a 09 de julho de 2012,
no qual foram realizados testes diurnos e noturnos.
Para a realização dos testes, foi instalado um excitador HD Radio na estação da
Rádio Excelsior LTDA (Rádio CBN AM) em São Paulo, equipamento esse que, acoplado
junto ao transmissor linear usado para a transmissão analógica, foi usado para a
transmissão do sinal digital, constituindo um sinal híbrido com o sinal AM
analógico, ambos transmitindo a mesma programação.
HD Radio – Rádio CBN AM - Tamanho: 4,55 MB -
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HD Radio – Rádio Comunitária Aremas FM
O presente trabalho relata os testes do sistema HD Radio com a
emissora de radiodifusão sonora da Associação de Moradores do Recanto das Emas
(AREMAS), denominada neste texto “Rádio Comunitária AREMAS”, localizada em
Brasília, Distrito Federal. A transmissão híbrida (analógica e digital) da Rádio
Comunitária AREMAS foi realizada por um período de doze dias, de 30 de abril
a 18 de maio de 2012, tendo sido realizados testes diurnos.
Para a realização dos testes foi instalado um transmissor HD Radio na estação da
Rádio Comunitária AREMAS que, por meio da combinação em baixa potência, gerou um
sinal híbrido com o sinal FM analógico e o sinal digital, ambos transmitindo a
mesma programação.
HD Radio – Rádio Comunitária Aremas FM - Tamanho: 8,03MB -
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HD Radio – Rádio Cultura FM
O presente trabalho relata os testes do sistema HD Radio com a
emissora de radiodifusão sonora em FM da Fundação Padre Anchieta - Centro
Paulista de Rádio e TV Educativas em São Paulo.
A transmissão híbrida da Rádio Cultura FM foi realizada no período de 19 de
junho a 27 de junho de 2012, no qual foram realizados testes diurnos.
Para a realização dos testes foram instalados um transmissor HD Radio e uma
antena na estação da Rádio Cultura FM em São Paulo, que foram utilizados durante
a campanha de medidas para a transmissão do sinal digital, constituindo assim um
sinal híbrido no ar com o sinal FM analógico, ambos transmitindo a mesma
programação.
HD Radio – Rádio Cultura FM - Tamanho: 5.78 MB -
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HD Radio – Rádio Itatiaia FM
O presente trabalho relata os testes do sistema HD Radio com a
emissora de radiodifusão sonora Itatiaia LTDA no município de Belo Horizonte,
estado de Minas Gerais.
A transmissão híbrida da Rádio Itatiaia foi realizada por um período de três
semanas, de 12 de abril de 2012 a 04 de maio de 2012, no qual foram
realizados testes diurnos.
Para a realização dos testes foram instalados um transmissor HD Radio e uma
antena na estação da Rádio Itatiaia em Belo Horizonte, que foram utilizados
durante a campanha de medidas para a transmissão do sinal digital, constituindo
assim um sinal híbrido no ar com o sinal FM analógico, ambos transmitindo a
mesma programação.
HD Radio – Rádio Itatiaia FM - Tamanho: 5.64 MB -
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HD Radio – Rádio UFMG Educativa FM
O presente trabalho relata os testes do sistema HD Radio com a
emissora de radiodifusão sonora UFMG Educativa localizada em Contagem, cidade
vizinha a Belo Horizonte, estado de Minas Gerais.
A transmissão híbrida da UFMG Educativa foi realizada por um período de doze
dias, de 30 de abril a 18 de maio de 2012, tendo sido realizados testes
diurnos.
Para a realização dos testes foi instalado um transmissor HD Radio na estação da
Rádio UFMG Educativa para a transmissão do sinal digital, constituindo assim um
sinal híbrido com o sinal
FM analógico, ambos transmitindo a mesma programação.
HD Radio – Rádio UFMG Educativa FM - Tamanho: 5.94 MB -
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04/01/10
•
Rádio Digital (55) - Testes, testes e mais testes...para nada! + Atuação da
mídia
Coleção de referências sobre "testes" de
sistemas de Rádio Digital
2005
Rádio Excelsior de São Paulo e a Rádio Tiradentes de Minas Gerais receberam
autorização da Anatel para fazerem os primeiros testes de rádio digital no
Brasil. (...)
(...) A Anatel deverá conceder nesta semana autorizações para outras emissoras.
O objetivo do teste é avaliar qual sistema é mais adequado às características de
cada localidade, como edificações e topografia.
(...) As rádios deverão apresentar no prazo de 30 dias resultados da transmissão
digital. No final dos experimentos, entregarão outro relatório acompanhado de
laudo conclusivo e considerações finais abrangendo todas as atividades
desenvolvidas. (...)-------------------------------
Fonte: IDG Now!
[27/09/05]
Doze emissoras de rádio testam sinal digital
Em caráter experimental, 12 emissoras de rádio de seis capitais começaram a
transmitir sua programação em sinal digital nesta segunda-feira (26/09). A
autorização para testes foi concedida pelo Ministério das Comunicações por um
período de seis meses, que poderá ser prorrogado. (...)
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2006
Fonte: Anatel
[17/02/06]
Anatel autoriza primeiros testes de rádio digital em Onda Curta
Brasília, 17 de fevereiro de 2006 – A Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) concedeu hoje mais uma autorização para execução de Serviço Especial
para Fins Científicos ou Experimentais visando a realização de testes do Sistema
de Radiodifusão Sonora Digital. A autorização foi publicada no Diário Oficial da
União e concedida à Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília
(FT/UnB). Essa é a décima segunda autorização para testes do Sistema de
Radiodifusão Sonora Digital.
Ao contrário das autorizações anteriores, a Faculdade de Tecnologia da
Universidade de Brasília será a primeira a realizar testes do Sistema de
Radiodifusão Sonora Digital DRM – Digital Radio Mondiale, um dos dois sistemas
aprovados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), operando na faixa
de 26 MHz, com o objetivo de avaliar a qualidade do áudio, área de cobertura e
robustez do sinal digital em Onda Curta (OC) em relação a ruídos, interferências
e efeitos dos múltiplos percursos.(...)
(...) A Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília deverá apresentar no
prazo de 60 dias o relatório inicial constando, no mínimo, as características
que serão utilizadas na transmissão digital e a descrição dos testes. No final
dos experimentos, a emissora apresentará outro relatório acompanhado de laudo
conclusivo e considerações finais abrangendo todas as atividades
desenvolvidas.(...)
-----------------------------
Fonte: adNEWS
[08/03/06]
Anatel apresenta projeto do rádio digital no Senado.
O conselheiro substituto da Anatel, Ara Apkar Minassian, apresentou ao Conselho
de Comunicação Social (CCS) do Senado Federal um panorama da digitalização da
radiodifusão sonora no Brasil. A sessão foi presidida pelo conselheiro do CCS,
Arnaldo Niskier.
Durante a sessão de apresentação, Minassian afirmou que a digitalização será um
salto para a revitalização da radiodifusão sonora, devido à qualidade de áudio
próxima à de um CD para as emissoras de ondas médias e curtas, as quais se
tornarão tão atrativas para o ouvinte e o anunciante como hoje são as emissoras
FM.
O conselheiro relacionou as seis emissoras que obtiveram autorização para
realizar testes com o sistema de rádio digital na faixa de freqüência modulada
(FM) e outras cinco que preferiram fazer experimentos na faixa de ondas médias
(OM). Todas elas optaram pelo sistema norte-americano IBOC, por ser hoje o mais
desenvolvido para fazer a transmissão digital no mesmo canal da estação
analógica e ter custo de implementação baixo.
Já a Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília (UnB) realizou testes
em ondas curtas (OC) com o sistema DRM, desenvolvido por um consórcio
internacional.
Minassian adiantou que a Anatel está prestes a autorizar mais uma instituição a
realizar testes com sistema DRM: a emissora estatal Radiobrás (em Brasília e no
Rio de Janeiro), em ondas médias (OM).
O sistema DRM acaba de desenvolver a possibilidade de utilização do mesmo canal
da estação em OM, tanto para o sinal analógico como para o digital, o que
representa menores custos para sua implementação. (...)
(...) O conselheiro esclareceu que a Anatel se limitará a
analisar o processo de digitalização pelo ponto de vista técnico. Eventuais
desdobramentos de caráter político, como fixação de políticas públicas, política
industrial e outros, estão fora do âmbito dos experimentos atuais. O objetivo da
agência é colocar à disposição da sociedade e das autoridades envolvidas o
resultado dos testes alcançados após avaliação procedida por 13 instituições
privadas e públicas, radiodifusores e universidade.(...)
------------------------
Fonte: adNEWS
[17/03/06]
Rádio Digital: Anatel autoriza teste da Record.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) concedeu ontem autorização para
a Rádio Record (AM 1000 kHz - São Paulo/SP) realizar testes do Rádio Digital no
sistema IBOC (In-Band On Channel).
Em um prazo de 60 dias, a Record deverá apresentar relatório inicial fornecendo
detalhes sobre as transmissões e os testes.
----------------------------
Tele.Síntese
[13/11/06]
Rádio digital: emissoras têm dificuldades com padrão americano.
Embora os radiodifusores tenham pressa na definição do padrão de transmissão
digital de rádio e defendam o americano IBOC (In-band on Channel), da empresa
iBiquity, alguns setores do governo avaliam que ainda não há elementos técnicos
suficientes postos na mesa que permitam uma escolha responsável para o país.
Primeiro, é preciso conhecer o resultado dos testes feitos com o IBOC pelas 15
emissoras AM e FM que pediram à Anatel, a partir do final de 2005, autorização
para transmissões-piloto, durante um ano, em sinal digital testando o padrão
IBOC. Das 15 emissoras, apenas sete entregaram o relatório inicial pedido pela
agência. As outras oito ou não entregaram ou enviaram informações incompletas.
E das oito que deveriam entregar o relatório final até este mês, apenas duas
apresentaram. Outras sete emissoras têm que apresentar os resultados apenas em
2007. A agência ainda aguarda os documentos e as que atrasarem a entrega das
informações poderão ter as autorizações canceladas, embora não seja essa a
intenção da Anatel que também quer conhecer os resultados dos testes.
Problemas
Mas a agência já sabe que as emissoras têm enfrentado dificuldades com as
transmissões no IBOC. Segundo técnico do órgão regulador, há problemas, por
exemplo, na ligação transmissor estúdio e interferências nas bandas laterais de
freqüência. No caso das transmissões em ondas médias (AM), as emissoras tiveram
que estreitar a faixa do áudio e degradar a qualidade do som para melhorar a
qualidade do sinal de transmissão. (...)
------------------------
2007
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[12/03/07]
Rádio digital avança sem debate público - por Ana Rita Marini e Laura
Schenkel - Redação FNDC
(...) Testes não empolgam
Apesar da escolha dada, há informações de que os radiodifusores não estão
muito animados com os primeiros testes com o Iboc, por conta do delay.
Segundo Nélia, o digital apresenta um atraso (chamado delay) de oito
segundos em relação ao analógico, que, na fase de transição, quando os dois
sistemas conviverão por algum tempo, o ouvinte perceberá. “Você começa a
ouvir uma notícia, aí sai do digital, passa para o analógico e o analógico
já está lá na frente, pulando uma parte da notícia. A sensação é de que há
um avanço no tempo. Mas quando se dá o contrário, com a queda do sinal
digital e o retorno para o analógico, o ouvinte é obrigado a escutar a
repetição da fala do locutor pelos mesmos oito segundos”, explica.
O Iboc é uma tecnologia cara e que ocupa uma faixa larga do espectro. Tanto
que a empresa Ibiquity, proprietária do padrão Iboc, pediu à Comissão
Federal de Comunicações, agência reguladora dos setores de radiodifusão e
telecomunicações nos EUA, a ampliação do uso de espectro de 200 kHz para
250kHz. (
leia
matéria - transcrição mais abaixo). Se a ampliação da banda digital é
requisito técnico para que o sistema funcione sem interferência, o aumento
da faixa concedido a uma emissora significará que outras terão que sair para
dar espaço a ela. Considerando ainda o alto custo de implantação dessa
tecnologia, pode-se deduzir que cairão fora do espectro as pequenas rádios
comerciais, as comunitárias e as educativas.
A pesquisadora da UnB esclarece que, para ser disseminada, uma nova
tecnologia passa por aceleradores e freios de acordo com a indústria, o
poder econômico, pressões competitivas e políticas em confronto naquele
momento. “Atualmente, as rádios estão tentando entender como funciona essa
tecnologia. Falta capacitação técnica e em muitas rádios será necessário
trocar os transmissores. A rádio Globo em SP ainda funciona com
transmissores analógicos”, lembra. Nélia pondera, entretanto, que por mais
que a tendência seja a indicação do Iboc, é provável que se abra espaço para
o padrão aberto europeu DRM (Digital Radio Mondiale), por exemplo, para
atender às emissoras públicas. Quanto às comunitárias, diz, “pouco se fala e
não parece ser uma preocupação no momento”.
-------------------------------
Fonte: Anatel
[05/03/07]
Anatel: Consulta Pública nº 771 - Proposta de Critérios e Procedimentos para
Avaliação do Sistema de Rádio Digital AM IBOC.
CONSULTA PÚBLICA Nº 771
AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES
CONSULTA PÚBLICA N.º 771, DE 5 DE MARÇO DE 2007
Proposta de Critérios e Procedimentos para Avaliação do Sistema de Rádio
Digital AM IBOC.
O CONSELHO DIRETOR DA AGÊNCIA NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – ANATEL, no uso
das atribuições que lhe foram conferidas pelos artigos 22 e 211 da Lei n.º
9.472, de 16 de julho de 1997, e art. 35 do Regulamento da Agência Nacional
de Telecomunicações, aprovado pelo Decreto n.º 2338, de 7 de outubro de
1997, deliberou em sua Reunião n.º 424, realizada em 1º de março de 2007,
submeter à Consulta Pública, para comentários e contribuições do público em
geral, nos termos do art. 42 da Lei n.º 9.472, de 1997, e do art. 67 do
Regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações, Proposta de Critérios e
Procedimentos para Avaliação do Sistema de Rádio Digital AM IBOC, nos termos
do Anexo à presente Consulta Pública. (...)
----------------------------------
Além de tecer considerações técnicas sobre a metodologia sugerida pela
Universidade de Brasília, o Intervozes critica a “adoção açodada de um
padrão ou sistema, sem que existam testes exaustivos que demonstrem
claramente os seus benefícios e as suas limitações”. A entidade reclama
do grande número de autorizações expedidas pela Anatel para que as
rádios testem o sistema americano. “Se mantidos os testes em escala do
IBOC, a tendência é que as grandes emissoras consolidem a aquisição
precoce dos equipamentos pertencentes ao sistema da iBiquity. Num futuro
próximo, esse parque de transmissores "já instalados" pode se tornar um
argumento para inviabilizar a definição por qualquer outro padrão”, diz
a manifestação.
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Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
[15/05/07]
Padrão norte-americano não serve para o Brasil, diz Frente
(...)
Outra questão apontada pelas entidades se refere à metodologia de avaliação,
que “indica a realização de testes pulverizados, em lugar de um teste mais
amplo realizado por um consórcio de entidades”, citando como exemplo a ser
seguido o método realizado com a TV Digital em São Paulo. Ainda no âmbito da
metodologia, o documento critica a falta de clareza em relação à amostragem
nas diversas etapas dos testes. “Na falta deste plano, qualquer resultado
‘quantitativo’ terá um aspecto tecnicamente frágil, pois um resultado num
caso específico não será indicador seguro de que aquele comportamento se
dará em todas ou pelo menos na maioria das situações”.(...)
----------------------------------
Fonte: Abert
[30/05/07]
Helio Costa defende produção nacional na ampliação da Rádio e TV Digitais
(...) Em relação a rádio digital, em fase de testes há dois anos, Hélio Costa
afirmou que o governo deverá adotar o sistema norte-americano IBOC. “A intenção
do governo é optar o IBOC, mas sem os radiodifusores brasileiros tenham que
pagar royalties”. (...)-------------------------
Fonte: Clica Brasília
Teste para mudança da freqüência de rádio de analógico para digital deve ser
feito com exclusividade na Universidade de Brasília (UnB) no mês de julho. Hoje
professores da UnB, técnicos da empresa de comunicação da Radiobrás e do
Ministério das Comunicações reuniram-se para debater sobre o teste de
transmissão da freqüência AM no rádio. O sistema escolhido para a realização dos
testes na Radiobrás foi o DRM - Digital Radio Mondiale - que possui transmissão
para radiofusão em ondas médias e curtas. Ou seja, freqüências abaixo de 30 mega
hertz (MHz). (...)------------------------
Fonte: Info Online
[01/08/07]
Governo pode definir rádio digital sem testes
Apenas uma emissora de rádio já entregou à Anatel o relatório com os
resultados dos testes realizados no padrão digital de transmissão. De acordo
com o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
(Abert), Daniel Slaviero, as emissoras entregarão os relatórios em até 60
dias. Mas a definição do governo sobre o sistema ideal pode sair antes
disso. Se cumprir o prazo anunciado, o conselho consultivo apresentará sua
proposta final até o dia 14 de setembro. Atualmente, 16 emissoras de rádio
AM e FM operam em caráter de teste no sistema norte-americano In Band on
Chanel (Iboc).
(...) O diretor de TV Digital do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em
Telecomunicações (CPqD), Juliano Castilho Dall`Antonia, alerta que "é
preciso ter um volume razoável de dados para responder categoricamente qual
sistema é o melhor. O que parece é que a discussão está incipiente.
Precisava ter mais informação. Não é só uma discussão teórica. São tantos os
parâmetros e os padrões possíveis, que precisa fazer um monte de testes,
depois um monte de análises", diz.(...)
(...) O pesquisador do CPqD Takashi Tome ressalta, no entanto, que é
"fundamental realizar um teste completo com ambos os padrões. Para ele, enquanto
não for feito, todas as discussões carecem de embasamento. No caso da TV, foi
realizado um teste na cidade de São Paulo envolvendo várias emissoras e
analisamos todos os parâmetros. Foi um teste que demorou quase um ano".
Takashi Tome diz que, entre as características tecnológicas que precisam ser
observadas na prática estão a cobertura, qualidade do sinal recebido, recepção
em todos os pontos e qualidade do áudio de cada um dos dois sistemas (o
americano e o europeu). "Em cada sistema existem várias configurações. Não é
como comparar melancia com melão", diz o pesquisador. (...)
----------------------
Depois de reunir-se com o conselho consultivo, o ministro das Comunicações,
Hélio Costa, afirmou que o padrão de rádio digital que será adotado no
Brasil será constituído por um sistema híbrido. O modelo adota os sistemas o
americano In Band on Chanel (Iboc), da Ibiquity, para as rádios AM e FM e o
europeu, Digital Radio Mondiale (DRM), para as rádios de ondas curtas (OC),
como antecipado pelo Meio & Mensagem Online - leia aqui.
Hélio Costa informou ainda que o texto do decreto que estabelece o padrão de
rádio digital que será adotado no País será encaminhado até 14 de setembro ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reunião serviu para discussão da solução
encontrada pelo ministério e também para a fixação de prazos para entrega de
relatórios pelas emissoras que testam o sistema digital. Dentro de 30 dias as
rádios AM e FM que realizam testes com os sistemas deverão entregar os
relatórios finais com a análise desse período estudo do rádio digital. (...)
-----------------------------
Fonte: TIInside
[02/08/07]
Escolha de sistema de rádio digital será adiada até conclusão de testes
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, garantiu nesta quinta-feira (2/8) que
o ministério vai aguardar os resultados dos testes com o sistema norte-americano
In Band on Chanel (Iboc) antes de fechar a proposta do conselho consultivo sobre
qual sistema de rádio digital o país deve adotar.
De acordo com o ministro, não há possibilidade de anunciar o sistema sem ter
os resultados dos testes do Iboc. “Definitivamente, não podemos anunciar os
resultados se não tivermos os testes, que precisam ser analisados tanto pelo
ministério quanto pela Anatel”, afirmou.
Segundo a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert),
seriam necessários 60 dias para que todas as rádios fizessem suas conclusões. O
prazo inicial era que o conselho consultivo sugerisse até 14 de setembro o
modelo ideal. Ontem (1º), após reunião com o conselho, o ministro deu um prazo
limite de mais 30 dias, mas afirmou hoje à Radiobrás que o prazo poderá chegar a
60 dias, se for o caso. “Se é totalmente impossível esse relatório ficar pronto
em menos de 60 dias, vamos aguardar”, disse.
Hélio Costa afirmou, no entanto, que não tem como esperar a realização de
testes com o sistema europeu Digital Radio Mondiale (DRM). “Os testes DRM tem
que ser feitos por eles [os técnicos que defendem o sistema europeu]. Eles têm
que trazer um transmissor da Europa, colocar em São Paulo, fazer o teste,
indicar para as emissoras que estão dispostas a montar o sistema. Se não trazem
esse transmissor até São Paulo, não tem teste. Ou eles fazem os testes, ou não
tem como participar”.
Até o momento, nenhuma das rádios que operam em caráter de testes com o
sistema Iboc encaminhou seu relatório final à Anatel. O ministro diz que 21
rádios já operam digitalmente em caráter de testes com o Iboc. Os testes
definitivos com o DRM ainda nem começaram.
Hélio Costa afirmou que os técnicos do DRM foram convidados a realizar os
testes, “mas infelizmente não tivemos uma boa resposta”. Agora, segundo Hélio
Costa, os europeus foram convidados para fazer uma exposição do sistema ao
conselho consultivo. Ontem (1º), dois técnicos do Iboc participaram da reunião
do conselho e, posteriormente, fizeram uma exposição sobre o funcionamento do
sistema norte-americano aos radiodifusores e empresas fabricantes de
equipamentos.
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Fonte: Agência Brasil
[27/08/07]
Entidades civis criticam testes de rádio digital sem método definido por
Alessandra Bastos
Brasília - A falta de uma metodologia que traga critérios e parâmetros para
os testes com a nova tecnologia digital é a principal crítica dos
especialistas e das entidades civis que fazem parte do conselho consultivo
criado pelo Ministério das Comunicações para a digitalização do rádio no
país. “Os testes foram feitos sem a existência de uma metodologia que
pudesse dar unidade a eles”, diz a representante da Universidade de Brasília
(UnB) no conselho, Nelia Del Bianco.
O representante da Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV
Digital no conselho, Jonas Valente, reclama: “Não há uma avaliação concreta
sobre as tecnologias. Não há nenhum técnico do Estado acompanhando esses
testes. Vai haver só uma coletânea dos relatórios”, reclama. A Frente
representa cerca de cem entidades da sociedade civil. (...)
Para a professora da UnB, mesmo os testes feitos com o o sistema de rádio
digital norte-americano In Band – On Chanel (Iboc) são de pouca serventia.
“Você não pode comparar o resultado dos testes, uma vez que há divergência
sobre a forma de realização dos mesmos”, diz, referindo-se à falta da
metodologia.
A metodologia que deverá ser aplicada pelas rádios AM no testes com o padrão
americano Iboc foi encomendada pela Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) à UnB e já está pronta. A metodologia passou por um processo de
consulta pública e os resultados estão sendo agora analisados pelos técnicos
da Anatel. A metodologia poderá ser usada a partir do momento em que for
publica no Diário Oficial, e a previsão da Anatel é que isso ocorra em um
mês.
Entretanto, a metodologia para testes na faixa FM com o padrão americano e
na freqüência ondas curtas (OC) com o padrão europeu DRM ainda não foram
concluídas. As duas, depois de prontas, também passarão pelo processo de
consulta pública. A Anatel não têm previsão de quando os testes poderão ser
iniciados.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), cujas
rádios membro realizam os testes com o Iboc, informou que as emissoras não
terão que refazer os testes depois que a Anatel publicar a metodologia. Os
relatórios dos testes com o Iboc serão apenas adaptados, diz o presidente da
Abert, Daniel Pimentel Slaviero.
“Não há necessidade de novos testes. Não precisam de mais testes AM e FM,
porque eles já vêm ocorrendo com as 15 emissoras que já estão no ar. O que
realmente precisa é de uma consolidação desses números de uma maneira
uniforme, que são os critérios propostos pela Anatel”, explica Slaviero.
De acordo com o ministro Hélio Costa, 21 rádios espalhadas por quase todas as
capitais brasileiras já operam em testes com o Iboc. Dessas, 15 emissoras -
localizadas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto
Alegre - são registradas na Abert.
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SÃO PAULO - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou que vai enviar
a avaliação sobre o padrão para rádio digital nos próximos dois meses para o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terá palavra final sobre o
assunto.
Nós do ministério estamos trabalhando em conjunto com deputados e senadores das
comissões de telecomunicações do Congresso para finalizar o projeto do padrão da
rádio digital, que depois será encaminhado ao presidente , disse Costa hoje
durante cerimônia de abertura da feira Broadcast & Cable, em São Paulo.
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Brasília - Os testes com o sistema de rádio digital norte-americano In Band
– On Channel (Iboc), que já vem sendo realizados pelas emissoras ligadas à
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, não terão que ser
refeitos depois que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) definir
a metodologia deles. Os relatórios dos testes com o Iboc serão apenas
adaptados, diz o presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero.
“Não há necessidade de novos testes. Não precisam de mais testes AM e FM,
porque eles já vêm ocorrendo com as 15 emissoras que já estão no ar. O que
realmente precisa é de uma consolidação desses números de uma maneira
uniforme, que são os critérios propostos pela Anatel”, explica Slaviero.
Na última reunião do conselho consultivo, no último dia 1º, o ministro das
Comunicações, Hélio Costa, solicitou às emissoras de rádio que enviassem
seus relatórios em até 30 dias, mas depois disse que poderia prorrogar o
prazo, se fosse necessário. “Este prazo é absolutamente factível. As rádios
precisam agora adequar aos critérios da Anatel”, diz o presidente da Abert.
Segundo a Anatel, a expectativa é publicar em breve a metodologia que deverá
ser aplicada nos testes pelas rádios AM - que já está pronta, após passar
por consulta pública. Porém, a metodologia para as rádios FM e Ondas Curtas
(OC) ainda não está terminada. Depois de pronta, ainda terá que passar pelo
processo de consulta pública, da mesma forma que ocorreu no processo com a
AM.
Os resultados da consulta pública são passados aos técnicos da Anatel que,
após análise, repassam a metodologia para aprovação da diretoria da agência.
Só então o texto é publicado no Diário Oficial - o que, segundo a
assessoria, não tem previsão de ocorrer.
“Entendemos que essa é uma decisão que precisa ser tomada agora, com máxima
urgência, porque todos os competidores do rádio já estão operando no âmbito
digital, inclusive a televisão, que começa as transmissões em dezembro. E o
rádio está fora”, reclama Slaviero.
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BRASÍLIA - A Anatel disse que não tem data para definir qual padrão de rádio
digital o país vai adotar.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está criando padrões para os
testes com os sistemas de rádio digital que poderão ser implantados no
Brasil.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, pediu que as rádios enviem, o
quanto antes, o relatório final com o resultado dos testes.
Os testes, entretanto, terão que se enquadrar nos padrões exigidos pela
Anatel para serem validados, e não há data para a definição da metodologia
para os testes nas freqüencias de FM e Ondas Curtas (OC).
A metodologia que deverá ser aplicada pelas rádios AM no testes com o padrão
americano Iboc (In Band On Channel) foi encomendada pela Anatel à
Universidade de Brasília (UnB) e já está pronta.
Após passar por um processo de consulta pública, os resultados estão sendo
agora analisados pelos técnicos da Agência. A metodologia poderá ser usada a
partir do momento em que for publica no Diário Oficial, e a previsão da
Anatel é que isso ocorra em um mês.
Entretanto, o padrão para testes na faixa FM com o padrão americano e na
freqüência ondas curtas (OC) com o padrão europeu DRM ainda não está
definido. As duas, depois de prontas, também passarão pelo processo de
consulta pública e a Anatel não têm previsão de quando os testes
padronizados poderão ser iniciados.
O autor da metodologia dos testes em AM, Lúcio Martins da Silva, avalia que
uma quantidade “muito grande” de testes foram feitos nos Estados Unidos por
entidades confiáveis. “Tem uma série de testes que não precisariam ser
repetidos. Podia ser fazer uma avaliação nos pontos onde se têm alguma
dúvida de como o sistema se comporta e se aproveitar os testes já feitos nos
EUA, porque o modelo de radiodifusão deles e o nosso são muito parecidos. Em
normas, procedimentos e canalizações, são quase idênticos”, afirma o
professor.
Segundo ele, que é professor do departamento de engenharia elétrica da
Universidade de Brasília (UnB) e coordenador na UnB dos testes com o sistema
europeu DRM, “aparentemente, não houve grandes problemas ou problemas
relevantes na implantação do sistema nos Estados Unidos”.
Associações e entidades de rádios comunitárias divergem da opinião de
Martins. Afirmam que, no modelo americano Iboc de rádio digital, rádios
comunitárias deixariam de existir. Pela legislação brasileira, a potência
máxima permitida a uma rádio comunitária é 25 Wattz. O consultor jurídico da
Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), Joaquim Carlos
Carvalho, diz que, no Iboc, 25 Wattz equivale à potência dos ruídos.
Na prática, portanto, “só se ouviria ruído. Estarão fora do mercado todas as
rádios comunitárias, educativas e as rádios comerciais pequenas. Só ficarão
as grandes emissoras”. Segundo Joaquim Carvalho, o ministério das
Comunicações está “pegando um sistema americano, que não é uniforme nos
Estados Unidos, atende a poucas empresas e querem unificar isso como um
padrão brasileiro”.
Para o pesquisador do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações
(CPqD) Takashi Tome, São Paulo é um caso onde seria preciso fazer muitos testes,
já que por causa da grande quantidade de rádios operando poderia ocorrer
interferência nas transmissões. Há também, em muitas transmissões, pontos ou
viadutos que funcionam como obstáculos ao sinal. “O interessante seria um
conjunto de emissoras realizarem um teste exaustivo na localidade”, diz o
pesquisador.
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(...)
Os testes com o padrão digital estão sendo feitos em 20 emissoras de rádio
no Brasil, mas os equipamentos com a nova tecnologia já estão sendo vendidos
em São Paulo pela Chilena Continental/Lenza, que, segundo o assessor técnico
da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Ronald
Siqueira Barbosa, instalou um parque de fabricação de antenas digitais no
país. Além disso, Harris Digital, Nautel e BE, todas americanas, estão
comercializando a tecnologia em território brasileiro. “A Harris está
montando um grande parque no Brasil para a fabricação de emissores”, conta.
Na avaliação dele, os fabricantes locais, ainda presos ao sistema analógico,
não serão prejudicados pelas mudanças, mas serão forçados a negociar com a
Ibiquity Digital Corporation a aquisição do direito de uso do Iboc. A outra
opção, economicamente inviável, seria desenvolver um padrão próprio.
“Se o governo não deixar claro que essa tecnologia deverá ser repassada para
os fabricantes nacionais, as empresas do setor vão simplesmente fechar as
suas portas”, diz o presidente do Sindicato das Indústrias de
Eletroeletrônica do Vale da Eletrônica de Santa Rita do Sapucaí (Sindvel),
Roberto de Sousa Pinto. Segundo ele, o município abriga oito das 10
fabricantes nacionais de equipamentos radiotransmissores e receptores. “Só
aqui seriam fechados mais de mil postos de trabalho”, avisa. A estimativa é
de que a substituição do padrão analógico pelo digital vai demandar
investimentos de US$ 500 milhões nas emissoras de rádio AM e FM do país.
Segundo Rogério de Souza Correia, sócio da Teletronix, fabricante de
transmissores para radiodifusão em FM há 11 anos, que emprega 40 empregados no
chão de fábrica, com salário médio de R$ 900, os equipamentos que produz são
vendidos em todo o território brasileiro, na América Latina – “do México à
Argentina” – e até na Espanha. “O Iboc é um padrão fechado, se o governo não
negociar a transferência de tecnologia para as indústrias nacionais, estaremos
fora do mercado, porque nem sequer sabemos se os americanos têm intenção de
negociá-la”, sustenta. (...) -----------------------------
O superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), Ara Minassian, explicou durante a reunião da
Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática que os testes
que estão sendo feitos atualmente no País em relação ao padrão que será
adotado para a rádio digital levam em conta o desempenho do sistema, a
robustez quanto a perturbações causadas por ruídos radioelétricos, e as
interferências de outras transmissões analógicas e digitais.
Segundo ele, também são avaliadas a extensão da área de cobertura; a
qualidade áudio-digital; a compatibilidade do sinal digital com o sistema
analógico; e a interferência provocada pelo sinal digital nas transmissões
analógicas existentes.
O debatedor informou que, nos últimos anos, a Anatel autorizou dez emissoras
FM e oito emissoras AM a fazer testes com o sistema norte-americano,
conhecido como In Band On Channel (Iboc). Também foi dada uma autorização
para a Universidade de Brasília (UnB) testar o sistema DRM para ondas
curtas.
Ara Minassian participa da audiência pública promovida pela Comissão de
Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática sobre a implantação da rádio
digital no País.
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(...)
O superintendente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara
Minassian, afirmou que, pelos relatórios enviados pelas emissoras de rádio à
instituição, ainda não é possível escolher um padrão digital para o país. No
entanto, ele mesmo informou que a Anatel já autorizou dez emissoras FM e
oito emissoras AM a fazer testes com o sistema americano. A Universidade de
Brasília (UnB) também foi autorizada a testar o sistema europeu DRM para
ondas curtas, principalmente nas transmissões voltadas para a Amazônia.
- Os relatórios ainda não permitem qualquer conclusão por parte da agência -
disse Minassian.
Mas a expectativa do governo, já divulgada pelo ministro das Comunicações, Hélio
Costa, no início do mês passado, é de que o país possa adotar um sistema híbrido
no rádio. O padrão americano IBOC para as rádios AM e FM e o europeu DRM para
ondas curtas, que tem maior alcance, podendo inclusive substituir as
transmissões por satélite na região Amazônica.(...)
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BRASÍLIA - A Agência Nacional de Telecomunicação (Anatel) ainda não tem
condições de indicar o modelo de rádio digital a ser adotado no país, com
base nos testes já realizados por diversas emissoras. Há dois anos, 21
rádios testam o padrão norte-americano In Band on Chanel (Iboc) e o europeu
DRM. Para a Anatel, no entanto, essas experiências estão incompletas e a
Agência pode pedir novas pesquisas.
Nesta terça-feira, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o
representante da Anatel, Ara Apkar Minassian, defendeu que os testes não
demonstram a possível interferência dos sistemas digitais em rádios com
sinal analógico nem o alcance da freqüência das emissoras com qualquer dos
modelos. A Anatel, explicou, quer garantir que o novo sinal não afetará as
rádios analógicas durante o período de transição.
- Ninguém conseguiu responder se uma rádio analógica, hoje com alcance de 70
quilômetros, cobrirá com o sinal digital essa mesma distância ou se parte
dos ouvintes ficará sem o sinal - afirmou Minassian, que é superintende do
Serviço de Comunicação de Massa da Anatel.
A digitalização, segundo ele, pode tirar emissoras do ar. Por isso defendeu
a importância das pesquisas para a busca de medidas de precaução. Como o
alcance ainda não foi avaliado e “os relatórios não foram apresentados de
forma conclusiva, podemos pedir testes adicionais”.
Na semana passada, a Anatel recebeu relatórios de testes de seis emissoras
com os dois sistemas. Nesta terça, durante a audiência pública, o
representante da Rádio Bandeirantes, Flávio Lara Resende, revelou que com o
modelo europeu (DRM) não é possível manter a transmissão digitalizada na
mesma faixa e no mesmo canal. Ou seja, com a transição o ouvinte poderá não
encontrar suas emissoras favoritas no visor dos aparelhos.
- Depois de dois anos de testes, observamos que os modelos [Iboc e DRM] não
funcionam da mesma maneira. Percebemos que no Iboc dá para operar com a
mesma freqüência tanto no sistema analógico quanto no digital - apontou.
Resende informou ainda que a Rádio Bandeirantes considera o modelo americano
melhor, mas defendeu que a opção não é conclusiva e que a escolha do padrão
deve ser feita sem pressa pelo governo. - Se pudéssemos adiar essa escolha
nós o faríamos - acrescentou.
O resultado dos testes feitos pela Rádio Bandeirantes é referendado pela
Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), cujo
representante, Ronald Barbosa, lembrou que a transmissão simultânea
(analógica e digital) com o modelo europeu sofre mais interferência. Quinze
emissoras filiadas à Abert testam os dois sistemas.
Os resultados já apresentados, no entanto, não correspondem à expectativa da
Anatel. - Até onde sabemos, os modelos norte-americano e europeu operam da
mesma forma. Dependendo da configuração, operam na mesma freqüência e no
mesmo sinal - rebateu Minassian, ao informar que outros países obtiveram
sucesso nos testes com o DRM.
Ele disse ainda que devido à falta de subsídios técnicos para os testes podem
ser pedidos novos estudos a instituições de pesquisa e universidades. O prazo
para as emissoras apresentarem os resultados terminaria nesta semana, mas foi
prorrogado e algumas delas só o farão em abril de 2008. Esses resultados irão a
consulta pública. Em agosto, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que
a escolha do sistema digital não será feita antes da entrega e da análise dos
testes com o modelo americano e que não pretende esperar o resultado das
pesquisas com o europeu, que estariam atrasadas.
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Brasília - Pesquisadores e professores da área de Comunicação alertaram na
última semana para os rumos dos testes com rádio digital. Em carta divulgada
pela internet, eles enumeram sete “preocupações” com o processo de escolha
do novo modelo, entre elas a falta de metodologia nos testes e a baixa
eficiência de transmissão no padrão In Band - On Channel (Iboc), defendido
pela Associação Brasileira de Emissores de Rádio e Televisão (Abert).
Em relação aos testes, além de cobrar a padronização de critérios, os
professores afirmam que não estão sendo testados recursos de interatividade
e mecanismos que favoreçam a integração do rádio com outras mídias. “O que
pode significar a perda da possibilidade de intensificar a participação dos
ouvintes na programação das emissoras”, diz o documento.
Os professores e pesquisadores acompanham, voluntariamente, testes de
emissoras cadastradas à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Há
dois anos, cerca de 20 emissoras testam dois modelos de rádio digital, o
norte-americano Iboc e o Digital Radio Mondiale (DRM). As experiências devem
subsidiar a escolha do modelo a ser adotado no Brasil. No entanto, até
agora, a Anatel disse não ter elementos para realizar uma análise técnicas
dos modelos.
No documento, também não faltaram críticas ao modelo norte-americano Iboc.
“Os pesquisadores observaram problemas de interrupções abruptas do sinal
digital em locais onde havia fios de alta tensão (rede elétrica), prédios e
túneis, forçando o aparelho receptor a transmitir no modelo analógico, com
atraso que pode chegar a oito segundos”, diz o texto.
O professor Luiz Artur Ferraretto, da Universidade Luterana do Brasil,
explica que com esse atraso, chamado de delay, o brasileiro pode até ter que
mudar o hábito de assistir jogos de futebol acompanhado de seus aparelhos de
rádios.
“Nos testes realizados, esse delay significa que o sujeito verá o gol na
frente dele no estádio e ouvirá o grito de gol depois de seis ou 12
segundos”, disse. Para ele, não existe a necessidade de migrar de tecnologia
antes de ter certeza da qualidade do novos sistema.
Os pesquisadores também destacaram que devido aos custos do processo de
digitalização, rádios educativas e comunitárias podem ter dificuldades para
fazer a transição, já que 50% das emissores provavelmente terão que trocar
os transmissores a válvula por modulares e adequar a produção radiofônica,
com a troca de equipamentos do estúdio, por exemplo.
Outra preocupação diz respeito ao modelo proprietário de tecnologia do Iboc.
Diferentemente do sistema europeu (DRM), o norte-americano pode obrigar os
radiodifusores a pagarem royalties à empresa Ibiquity, que administra o
modelo. A sociedade civil também alerta para os altos custos da
digitalização. Porém, o Ministério das Comunicações já sinalizou com
financiamento público para a transição.
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Fonte: O Globo Online
/ Agência Brasil
[07/10/07]
Não há prazo para fim dos testes com rádios digitais, diz Anatel
BRASÍLIA - O prazo para o fim dos testes
com rádios digitais vai depender dos esforços que serão realizados por cada
grupo. A afirmação é do superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Ara Apkar Minassian, sobre o
tempo que se levará para concluir os testes oficiais de rádio digital dentro da
nova metodologia.
- Se tiver um esforço integrado com universidades, em dois, três meses, é
possível ter, pelo menos, alguma finalização. Porém, o último pedido de
autorização para realização de teste individual foi feito em abril deste ano. Ou
seja, até abril do ano que vem, ainda haverá rádios testando - explica.
Minassian diz não querer gerar expectativas sobre quando os testes oficiais com
os sistemas de rádio digital estarão prontos.
- Hoje, eu não tenho resultados confiáveis - avisa o superintendente. - O
importante é ter resultados confiáveis porque a sociedade internacional vai
olhá-los com lupa e não pode ter furos - afirma.
O superintendente conta que, no processo de escolha da TV digital, "muita gente
questionou o resultado dos testes, mas nós tínhamos tanta confiança que
confirmamos tudo e tínhamos razão. Então você não pode vacilar", diz Minassian.
Para ele, só agora, com a metodologia elaborada, é que o processo de escolha do
sistema digital começa a andar.
- Estamos na estaca, se não zero, incipiente ainda. Recentemente conversamos com
os radiodifusores que têm vontade de prosseguir com os testes e também com as
associações de classe envolvidas.
Segundo Minassian, o prazo final será dado pelo desenrolar dos testes.
- Temos que avaliar com muita cautela esses resultados. Se, na hora de testar,
surgir um imprevisto? É difícil você identificar agora os problemas que vão
surgir - avalia.
O superintendente conta que a maioria da empresas - tanto AM, quanto FM - que
realizaram testes individuais, optaram por testar o sistema americano Iboc. Duas
a três rádios serão escolhidas para fazerem os testes oficiais.
Já o modelo europeu DRM será testado pela Universidade de Brasília (UnB) em
parceria com a Radiobrás. O transmissor já está com a equipe da UnB e será
instalado na estação transmissora da Rádio Nacional, em Brasília. O aparelho
receptor será instalado em um veículo móvel da Radiobrás. Onze rotas distintas
foram traçadas para testá-lo em diversas localidades. Para iniciar os testes, a
equipe aguarda a visita de um técnico alemão que finalizará a instalação dos
equipamentos.
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Fonte: Hoje
[30/10/07]
Sistema digital deve ser testado por três rádios
Nas próximas semanas, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) vai
enviar a duas ou três emissoras de rádio escolhidas a metodologia criada para a
realização de testes com os sistemas de rádio digital.
De acordo com o superintendente de Serviços de Comunicação de Massa da agência,
Ara Apkar Minassian, a escolha das rádios fica a cargo do setor. “Nós pedimos
que escolhessem, entre eles, quem vai ser o cobaia para estes testes. É mais
fácil do que você impor”. Para tanto, as especificações e metodologia serão
entregues à Abert (Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão) e à
Abra (Associação Brasileira de Radiodifusores).
Três principais questões deverão ser avaliadas: a qualidade do sinal, a
abrangência da cobertura e possíveis interferências entre emissoras do sistema
digital sobre o analógico.
O superintendente destaca que concentrar os testes em duas rádios “não significa
que são as duas melhores. Não tem nada a ver. Mas tenho que fazer um teste na
praça de São Paulo porque é crítica. Tenho edifícios altos e um monte de
obstáculos. Se o sistema der certo em São Paulo, a tendência de dar certo em
outras cidades mais planas é muito maior”.
Ele cita também Belo Horizonte e Rio de Janeiro como cidades que têm a
topografia bem diversificada. “Não pretendo remeter para 20 emissoras porque,
quando você abre muito o leque, vai ter resultados dispersos”, acrescenta.
RELATÓRIOS
Há dois anos, a Anatel começou a autorizar emissoras a realizarem testes com
sistema digital. Ao todo, 19 emissoras pediram autorização, no entanto, a Anatel
não sabe dizer quantas efetivamente realizaram testes.
Minassian conta que cada rádio testava o sistema da sua forma e o resultado dos
relatórios entregues à Anatel não responderam a uma série de dúvidas sobre os
sistemas. “Ninguém até agora conseguiu apresentar um resultado concreto, sólido,
que possa dizer o seguinte: ‘Eu usei o sistema e ele me atendeu, não perdeu
cobertura, não gerou interferência nos sistemas analógicos vizinhos’. Ninguém me
apresentou isso”, diz.
A Anatel definiu as metodologias que devem ser usadas pelas rádios nos testes.
Com ela, “vamos tentar fazer isso de forma coordenada”, completa o
superintendente.
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A partir de janeiro, a Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e o Instituto Mackenzie
vão fazer os últimos testes de rádio digital. O trabalho terá duração de
cerca de 40 dias e vai utilizar a tecnologia IBOC (In-Band-On-Channel). O
primeiro teste ocorrerá na cidade de São Paulo e vai durar 10 dias. Depois,
a equipe irá para Ribeirão Preto (SP), onde permanecerá avaliando a
tecnologia pelo mesmo período. Por fim, os testes ocorrerão em Belo
Horizonte (MG). O trabalho será coordenado pelo assessor técnico da Abert
Ronald Barbosa.
- Passaremos um período em cada cidade,
analisando todos os aspectos da transmissão digital. O objetivo é fazer uma
análise profunda do comportamento do sinal, para que o governo tenha total
segurança de optar pela tecnologia - disse Barbosa.
Os técnicos da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) serão convidados a acompanhar os testes porque é
importante que todos os passos tenham a concordância da Anatel, explicou
Barbosa. Para a Abert, o IBOC reúne as melhores condições para ser adotado
no Brasil porque é o único padrão capaz de promover a transmissão
simultânea, ou seja, mesmo com o funcionamento da tecnologia digital, o
sinal analógico continuará sendo transmitido.
A expectativa da associação é que até
meados de janeiro do ano que vem os trabalhos sejam concluídos para serem
encaminhados ao governo.
- Vamos solucionar qualquer dúvida a
respeito do IBOC, colaborando com o governo no processo de escolha do padrão
tecnológico - afirmou Ronald Barbosa.
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2008
Fonte: Convergência Digital
O segmento de radiodifusão vai entregar até o dia 15 de outubro ao ministro
das Comunicações, Hélio Costa, e para o presidente da Anatel, embaixador
Ronaldo Mota Sardenberg, o relatório final dos testes realizados para adoção
de padrão de rádio digital.
A informação foi anunciada pelo presidente da Abert (Associação Brasileira
de Emissoras de Rádio e Televisão), Daniel Pimentel Slaviero, nesta
terça-feira, 23/09, durante coletiva à imprensa para apresentar a pesquisa
do perfil sócio-econômico do serviço de rádio.
Segundo Slaviero, os dados estão sendo consolidados, mas por exclusão, o
padrão que melhor se adaptou para transmissão de AM e FM foi o sistema
norte-americano IBOC (In-Band-On-Channel). "Com base nos dados dos testes
será possível para o Governo decidir qual será o padrão implementado no
país",frisou.
Os testes aconteceram a partir de uma iniciativa que reuniu a Abert, o
Minicom, a Anatel e o Instituto Mackenzie, de São Paulo. O diretor da Abert,
Flavio Cavalcanti, enfatizou que não há no mundo outro padrão que, hoje,
opere com qualidade as faixas de AM e FM.
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Abert quer sistema americano, mas Mackenzie pede novos testes
O Instituto Mackenzie concluiu os testes sobre o desempenho do padrão
norte-americano de rádio digital Iboc (In Band on Channel, ou HD Radio)
feitos sob a direção do professor Gunnar Bedicks, mas não recomenda sua
adoção pelo Brasil sem que se façam testes comparativos com outros padrões.
Essa é a razão por que o Mackenzie se recusa a assinar o relatório final dos
testes, nos termos solicitados pela Associação Brasileira de Emissoras de
Rádio e Televisão (Abert).
Defensora ardorosa do padrão norte-americano, a Abert insiste na adoção
dessa tecnologia digital pelo Brasil, independentemente de qualquer
comparação com outros padrões. Para tanto, vai elaborar relatório final
sobre os testes feitos pelo Mackenzie e levar o documento ao Ministério das
Comunicações.
O Instituto Mackenzie não considera correto nem possível recomendar um
padrão sem conhecer o desempenho dos demais com a mesma profundidade. Os
testes de campo do padrão Iboc foram contratados em novembro de 2007 pela
Abert, e foram acompanhados pela Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) e pelo Ministério das Comunicações.
"Ao fazer esses testes, nossa missão foi avaliar o desempenho do padrão
Iboc, isoladamente, acompanhando os testes que vinham sendo feitos em várias
emissoras em São Paulo, Ribeirão Preto, Cordeirópolis e Belo Horizonte", diz
Bedicks. "Medimos o alcance do sinal digital em comparação com o sinal
analógico, as eventuais interferências, a qualidade da transmissão e da
recepção móvel e fixa, tanto em amplitude modulada (AM) como em freqüência
modulada (FM). Não podemos, entretanto, recomendar a adoção desse padrão sem
compará-lo com outros padrões europeus, como o DRM (Digital Radio Mondiale)
e DAB (Digital Audio Broadcasting)."
Bedicks reitera que o Mackenzie aprova o objetivo geral de digitalização das
emissoras de rádio. "Mas não pode recomendar o padrão Iboc sem comparar seu
desempenho com o de outros padrões. E não queremos fazer nada de forma
apressada, senão corremos o risco de adotar um padrão que será como a lei
que não pega. Além disso, é bom reconhecer que a digitalização do rádio em
todo o mundo está numa fase incipiente, muito menos avançada do que a TV."
OS TESTES
Os testes de cobertura de área foram feitos com as Rádios Bandeirantes (FM),
Cultura (AM), Ribeirão Preto (FM), Belo Horizonte (AM) e Cordeirópolis (AM)
classe C, ou seja, rádio comunitária. Os resultados dos testes com emissoras
de AM na área da cobertura predefinida mostraram que o alcance do sinal
digital é praticamente equivalente ao do analógico, e a qualidade,
satisfatória.
O padrão Iboc testado permite a transmissão simultânea do mesmo programa
tanto na forma digital quanto analógica, no mesmo canal de freqüência. É a
característica chamada simulcast - que permitirá aos receptores analógicos
sintonizar as mesmas emissoras, durante 10 anos ou mais, até que todas as
rádios encerrem suas transmissões analógicas e passem a transmitir
exclusivamente com sinal digital. Até aqui, o Iboc era o único padrão que
permitia o simulcast.
Esse padrão digital, entretanto, enfrenta alguns problemas ainda insanáveis,
como o atraso de 4 a 8 segundos do sinal digital em relação ao analógico.
Quando o sinal digital perde intensidade e não é recebido, entra o
analógico. Ao retornar, o sinal digital está atrasado alguns segundos em
relação ao analógico, causando a repetição de trechos já ouvidos.
Pior do que isso é o consumo excessivo de baterias dos receptores digital,
que torna praticamente impossível o uso de receptores portáteis. Essas
limitações parecem ser de todos os padrões de rádio digital existentes
atualmente e, talvez, só venham a ser superadas com a evolução tecnológica
futura.
O professor Gunnar Bedicks acha essencial que o Brasil compare o desempenho do
padrão norte-americano com os padrões europeus DRM e DAB. Até porque a versão
DRM-Plus também permite a transmissão simultânea de programa analógico e digital
no mesmo canal, tanto em AM como em FM, conforme foi demonstrado no evento
International Broadcasting Conference (IBC), realizado há duas semanas em
Amsterdã. (...)----------------------------------
Como se vê, claramente, nem mesmo nos Estados Unidos e na Europa o rádio digital
está aprovado. O Brasil está atento a tudo isso e só tomará uma decisão quando
ela for tecnicamente correta e atender o interesse público. A demora não é
nossa. O rádio digital, mesmo nos países de origem, tem ainda muitos problemas
que precisam ser solucionados antes de tomarmos uma decisão que terá um impacto
direto nas comunicações, na indústria eletroeletrônica e principalmente nas
políticas públicas de inclusão digital. Por outro lado, como fez na decisão da
TV Digital, o Governo Brasileiro não escolherá “um sistema de rádio digital até
o fim de 2008″, como diz equivocadamente a articulista. Vamos indicar as
ferramentas que devem compor a arquitetura do rádio digital. Na verdade, entre
outras exigências, já amplamente divulgadas, o sistema terá de contemplar a
transmissão em FM e OM, no mesmo canal, cobrir todas as zonas de sombras do
rádio analógico, dar à indústria brasileira acesso aos detalhes técnicos do
padrão, promover a transferência de tecnologia e não ter custo para o
rádio-ouvinte.(...)-----------------------------------------
2009
Fonte: Coluna Circuito - Convergência Digital
[21/05/09]
TV Digital: Brasil pode ter o quarto padrão mundial reconhecido pela UIT -
por Cristina De Luca
Há pelo menos dois anos, André Barbosa, assessor especial da Casa Civil da
Presidência da República, bate na mesma tecla: usar o mesmo processo de escolha
da TV Digital para o rádio digital, envolvendo universidades e indústrias nos
testes, além dos radiodifusores, para análise abrangente e proposição e
incorporação de possíveis melhorias técnicas adequadas ás necessidades
brasileiras. E isso, agora, tem uma chance real de acontecer, com as decisões do
Minicom de ampliar por seis meses os testes tanto com o sistema americano,
quanto com o sistema europeu, para tirar a melhor proposta em conformidade com a
realidade brasileira, e de lançar a consulta pública de 90 dias para ouvir a
população.
"Nenhum dos padrões de rádio digital existentes hoje no mundo teve sucesso
comercial. Todos têm algum problema sério de cobertura, interferências,
excessivo consumo de baterias dos receptores, e por aí vai... "Isso abre para
nós uma oportunidade, como tivemos com a TV Digital. A academia precisa
participar mais ativamente desse processo", explica Barbosa, que por muitas
vezes já revelou sua preocupação com as possíveis conseqüências da adoção de um
padrão de rádio digital ainda sujeito a essas intempéries, capazes de trazer
muito mais conseqüências negativas do que benefícios às emissoras e aos
ouvintes.
Com chapéu da Casa Civil, Barbosa continua defendendo a criação de um grupo
incumbido de testar e comparar os resultados das tecnologias DAB (Inglaterra),
HD Radio e IBOC (americanas), ISBD-T (Japão) e DRM (européia), com participação
majoritária de cientistas e acadêmicos da Universidade brasileira e do CPqD.
"Os testes que serão feitos agora, em São Paulo, já são um grande avanço", diz
Barbosa. "Agora precisamos envolver a indústria. Você acredita que há 11 anos
não fabricamos rádio no Brasil, com exceção dos rádios para automóveis? Não
podemos deixar de escolher o melhor padrão e empregar todos os esforços para
reduzir custos na sua implantação". Além disso, o padrão IBOC não é totalmente
aberto. Já o europeu, diz ser. essa é uma outra questão que, a exemplo do que
aconteceu com a TV Digital, deve pesar na balança.
Embora os radiodifusores tenham pressa na definição do padrão de transmissão
digital de rádio e defendam o americano IBOC (In-band on Channel), da empresa
iBiquity, a verdade é que ainda não há elementos técnicos suficientes postos na
mesa que permitam uma a melhor escolha para o país, considerando todos os
segmentos envolvidos.
O principal argumento dos radiodifusores a favor do IBOC é que ele permite o
simulcast – a transmissão analógica e digital na mesma banda de freqüência, sem
necessidade de um novo canal. Mas, em ondas médias, apresenta sérios problemas
de propagação, com áreas de sombra maiores do que as que são observadas hoje no
sistema analógico, segundo testes realizados no ano passado pelo Universidade
Mackenzie. "Eles farão testes agora com o padrão europeu, DRM, que, no mundo, é
o que tem apresentado melhores resultados", afirma Barbosa.
Nos corredores do congresso da Abert, em Brasília, é possível esbarrar com um
dos membros da delegação europeia especializada no padrão, que veio ao país
especialmente para acompanhar os testes.-----------------------
Fonte: Geek
[22/09/09]
Ministro das Comunicações pretende adotar padrão Europeu de Rádio Digital -
por Matheus Gonçalves
Senadores contestam e pedem explicações.
Em entrevista à Rádio do Senado, o Ministro das Comunicações Hélio Costa disse
ter informações suficientes para considerar que o Brasil pode adotar o Sistema
Digital de Rádio no padrão Europeu, ainda em 2009.
Entre as vantagens de se adotar um padrão digital de rádio, Costa citou a
melhoria da qualidade do sinal e a possibilidade de uma mesma Rádio transmitir
vários programas distintos usando a mesma freqüência.
Duas opções estão em fase de estudo : O padrão dos EUA, denominado IBOC (In Band
on Channel) e o padrão Europeu, chamado DRM (Digital Radio Mondiale). Ambos são
métodos de transmissão de rádio digital e analógico com sinais simultâneos que
usam a mesma freqüência, funcionando com sinais AM e FM. A vantagem do padrão
DRM, segundo o Ministro, é que ele também trabalha com ondas curtas. Segundo o
site oficial deste sistema, por enquanto as bandas contempladas estão abaixo dos
30Mhz, mas já existe um projeto que visa atingir 174MHz. A conclusão dessa
melhoria está prevista para o final de 2009.
Costa se declarou convencido a adotar o padrão Europeu: “Depois das informações
que eu comecei a receber do sistema DRM, acho que agora já dá pra se tomar uma
decisão até o final do ano.” – afirmou o Ministro.
Essa declaração vai contra o que era defendido por ele mesmo até 2006. Segundo
notícia publicada no site FNDC no dia 18 de outrubro deste ano, o ministro
dizia-se “absolutamente convencido de que o sistema americano para o rádio
digital é o melhor”.
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Fonte: Tele.Síntese
[29/09/09]
Hélio Costa recoloca o Iboc na disputa pelo padrão de rádio digital - por
Lúcia Berbert
Os testes com o sistema europeu de rádio digital devem começar nas
próximas semanas, em São Paulo. Segundo o ministro das Comunicações, Hélio
Costa, a decisão final sobre o padrão sairá depois de novembro, quando acaba o
prazo da consulta pública para os testes.
Além do sistema DRM (Digital Radio Mondiale), da Europa, o Brasil testou o
norte-americano, o Iboc (In Band on Channel), por dois anos, mas que apresentou
problemas de interferências. Além do mais, o sistema Iboc não trabalha com Ondas
Curtas (OC), essenciais para atingir a região amazônica.
Já o sistema europeu, que trabalha com OC, ainda não obteve a homologação da
transmissão em FM pela UIT (União Internacional de Telecomunicações). “Acho que
eles conseguem a homologação em poucos meses, assim como os norte-americanos
podem resolver as questões das sombras nas transmissões, verificadas nos
testes”, disse Costa, recolocando o sistema Iboc na disputa.
Segundo Costa, a maioria das grandes emissoras de rádio já possui o equipamento
para o sistema Iboc, o que apressaria a implantação desse sistema no país. Ele
avalia que a implantação do sistema europeu demore pelo menos um ano. “Para
fazer um processo democrático, aberto, temos que assegurar as mesmas condições
que oferecemos aos americanos. Eles [os europeus] terão que fazer os testes e
mostrar que o sistema DRM é bom”, disse.
Iboc
Os testes realizados com o sistema Iboc, sob a coordenação da Abert (Associação
Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), demoraram dois anos, porém, o
trabalho foi reprovado pela Universidade Mackenzie, que reúne os maiores
especialistas de rádio digital no Brasil. Além de não transmitir em OCM, o
padrão norte-americano também ainda não superou os problemas das “sombras” nas
transmissões em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso,
não foi solucionada a questão referente a royalties, já que é um sistema
proprietário.
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Fonte: A Rosa dos Reis Engenharia de Radiodifusão
[24/11/09]
Testes com o padrão europeu de rádio digital serão iniciados em 30/11 - por
Eng.º André Ippolito Bouças
Finalmente os testes com o padrão europeu DRM (Digital Radio Mondiale) terão
início na próxima semana. Após atrasos devido à burocracia e autorizações para
entrada e permanência no território nacional, os equipamentos já estão prontos
para serem instalados e testados em São Paulo. A entidade que realizará as
medições será o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial (Inmetro), que foi designado pelo Governo Federal como o responsável
pela padronização da rádio digital em âmbito nacional, conforme notícia
veículada na
página do INMETRO, em 25/09/2009.
A escolha do padrão de rádio digital vem sendo discutida e tem sido alvo de
muitas críticas por parte dos radiodifusores brasileiros por ter apresentado,
até o momento, testes realizados apenas com o padrão americano HD Radio,
resultados estes que têm sido muito criticados pela insuficiência de dados para
a tomada de decisão. Apesar de alguns radiodifusores e fabricantes levantarem a
hipótese da criação de um padrão brasileiro de rádio digital, o padrão europeu,
que teve sua eficiência já comprovada no sistema de Ondas Curtas, tem agora a
oportunidade de testar seu novo padrão, englobando a faixa de FM, o padrão DRM+
e a faixa de AM com o DRM.
Assim como o padrão americano, o padrão europeu traz a oportunidade de uma
competição mais justa entre as rádios AM e FM, já que os padrões permitem a
inclusão de novas emissoras dentro da mesma faixa de frequência e tornam o som
de ótima qualidade e livre de interferências, além de outros benefícios através
da digitalização. Depois do padrão americano não ter alcançado o sucesso
esperado para a faixa de AM, a realização dos testes com o padrão europeu tornam
o processo mais democrático e justo e dá sobrevida aos radiodifusores de AM até
a escolha definitiva do padrão.