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27/11/12
• UIT/Dubai (2) - UIT se defende de acusações do Google e do Parlamento
Europeu
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Continuo anotando as "preliminares" da já polêmica Conferência Mundial de
Telecomunicações Internacional (WCIT-12), em Dubai, Emirados Árabes.
O "post" anterior está aqui:
25/11/12
•
UIT/Dubai
(1) - Cristina de Luca: "Parlamento Europeu se opõe ao controle da Internet pela
UIT"
Transcrevo estas matérias:
Leia na Fonte: Teletime
[26/11/12]
UIT diz que empresas influenciaram Parlamento Europeu
Leia na Fonte: Teletime
[23/11/12]
UIT se defende de acusações do Google e do Parlamento Europeu
Recorte:
(...) Em meio a um debate cada vez mais acalorado sobre censura e regulamentação
da Internet, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) divulgou em seu
blog oficial uma nota rechaçando os comentários do Google que acusa a
instituição de promover um encontro "a portas fechadas" durante a Conferência
Mundial Internacional de Telecomunicações (WCIT-12) para decidir o assunto. A
defesa da UIT foi publicada nesta sexta-feira, 23, e é atribuída ao diretor da
divisão de comunicações e promoções de parcerias da instituição, Paul Conneally,
justificando que nada discutido durante a conferência em Dubai, nos Emirados
Árabes, vai de encontro à liberdade de expressão e ao direito de comunicação já
estabelecidos pelas convenções das Nações Unidas.(...)
Leia na Fonte: WebDig
[08/06/12]
ONU quer criar tarifa para acesso a sites como Google e Facebook - por
Jefferson Meneses
Recorte:
(...) Como funcionaria a tarifação?
Pela proposta que já tem o apoio de empresas de telecomunicações de 35 países,
com o novo imposto, sites populares pagariam taxas para continuar funcionando em
países estrangeiros, ou fora dos Estados Unidos.
O projeto faz parte de um documento ‘vazado‘ da União Internacional de
Telecomunicações (ITU), organização responsável por padronizar e regular as
ondas de telecomunicações ao redor do mundo. A negociação também inclui alterar
os padrões da internet e permitir que governos monitorem as atividades online da
população.
De acordo com Robert Pepper, que é vice-presidente de tecnologias globais da
Cisco, os serviços com infraestrutura nos Estados Unidos acabariam rejeitando
conexões de usuários de países em desenvolvimento, visto que os custos de
comunicação não seriam mais viáveis.(...)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Teletime
[26/11/12]
UIT diz que empresas influenciaram Parlamento Europeu
Com uma semana de atraso, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) se
pronunciou diretamente contra a posição do Parlamento Europeu contra a
Conferência Mundial de Telecomunicações Internacional (WCIT-12), que acontecerá
no início de dezembro, em Dubai, Emirados Árabes.
Na carta divulgada no dia 20, os representantes europeus afirmam que a reunião
não é transparente e que a UIT quer ter "o poder que governa certos aspectos da
Internet, o que poderia acabar com o atual modelo de participação multilateral e
de sentido ascendente".
Em post publicado nesta segunda-feira, 26, e assinado pelo membro do conselho
preparatório da WCIT-12 Richard Hill, a UIT afirma que os argumentos são
equivocados e baseados em interesses de empresas. "A resolução da União Europeia
parece ser baseada em um entendimento falho da WCIT e da UIT", afirma o texto.
Assim como na defesa contra as acusações do Google na semana passada, Hill
aponta como elemento de transparência o fato da WCIT incluir 193 delegações de
países, além de empresas do setor e organizações da sociedade civil. "Qualquer
um que compareça à WCIT-12 é livre para fazer lobby com suas posições
específicas", declara o texto.
O analista da Forbes, Larry Downes, lembra que a instituição exige de membros do
setor precisam pagar taxas mínimas anuais para comparecer ao evento em Dubai –
ainda assim, sem poder de voto como as 193 delegações presentes. O valor mínimo
é de 3.975 francos suíços, equivalentes a R$ 8.887, para membros do setor.
Richard Hill diz ainda que há uma plataforma criada pelo Secretariado da UIT que
permite que qualquer indivíduo ou empresa possa "fazer sua visão ser conhecida".
O texto da entidade reforça que os documentos da reunião podem ser obtidos
diretamente nos seus próprios países ou na Comissão Europeia. Reitera também que
o papel da UIT na Internet está determinado pelas Resoluções da Conferência
Plenipotenciária, acordadas no México em 2010, e que "nada no WCIT-12 pode mudar
ou negar este mandato". Hill afirma que não existe nenhuma proposta para dar
mais poderes à UIT.
O Parlamento Europeu e o Google acusam a entidade também de querer estabelecer
novos mecanismos de lucros sobre os provedores de conteúdo. "Na realidade, há
uma meta comum em promover inovação e proporcionar diminuição nos preços, em
particular para usuários em países em desenvolvimento", defende o texto da UIT,
explicando que um tratado revisado poderia “ajudar a aproveitar o poder dos TICs
(Tecnologia da Informação e Comunicação) para entregar benefícios sociais e
econômicos a cada nação no planeta, incluindo cada setor".
A defesa da UIT procura também apontar a natureza dos ataques à instituição e à
conferência em Dubai. "É lamentável e decepcionante ver que o Parlamento Europeu
parece basear sua resolução em conjecturas errôneas e enganosas trazidas por
certas companhias que estão defendendo seus interesses comerciais, em particular
quando essas companhias sequer são europeias", finaliza Richard Hill,
referindo-se ao lobby de empresas norte-americanas como o Google.
Da Redação
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Leia na Fonte: Teletime
[23/11/12]
UIT se defende de acusações do Google e do Parlamento Europeu
Em meio a um debate cada vez mais acalorado sobre censura e regulamentação da
Internet, a União Internacional de Telecomunicações (UIT) divulgou em seu blog
oficial uma nota rechaçando os comentários do Google que acusa a instituição de
promover um encontro "a portas fechadas" durante a Conferência Mundial
Internacional de Telecomunicações (WCIT-12) para decidir o assunto. A defesa da
UIT foi publicada nesta sexta-feira, 23, e é atribuída ao diretor da divisão de
comunicações e promoções de parcerias da instituição, Paul Conneally,
justificando que nada discutido durante a conferência em Dubai, nos Emirados
Árabes, vai de encontro à liberdade de expressão e ao direito de comunicação já
estabelecidos pelas convenções das Nações Unidas.
No post, Conneally afirma que o estabelecimento da Constituição e Convenção da
UIT, além do mandato da Conferência Plenipotenciária, órgão supremo da
instituição, incluem os Artigos 19 dos tratados de declaração universal dos
direitos humanos e da convenção internacional de direitos políticos e civis.
Junto com os Artigos 33 e 34 (que falam de direitos de uso público de serviços
de telecomunicações internacionais e paralisação de telecomunicações por motivos
de segurança, "ordem pública e decência"), esses tratados "claramente
estabelecem o direito da comunicação e os limites que os governos podem impor
nesses direitos".
Conneally diz que a constituição da UIT prevalece sobre os Regulamentos das
Telecomunicações Internacionais (ITRs), então nada nesses regulamentos poderia
resultar na redução da liberdade de comunicação. As obrigações da instituição
para com a Internet são frutos das Resoluções da Conferência Plenipotenciária,
estabelecidas em acordo em 2010 no México, e "nada pode ser acordado no WCIT-12
que mude este mandato", ainda segundo afirma o post. O diretor ainda ressalta
que a conferência em Dubai será realizada com 193 delegações, além de
"companhias do setor privado e organizações da sociedade civil", e que "lamenta
que o Google não aproveitou a oportunidade para se juntar a UIT como membro".
Oposição forte
O Google criou um site chamado Take Action no qual defende uma Web livre e
aberta, afirmando que "há uma repressão crescente da liberdade da Internet",
citando 42 países que filtram e censuram conteúdos e 19 leis estabelecidas nos
últimos dois anos que "ameaçam a expressão online". O portal cita a UIT ao
alertar: "Algumas propostas podem permitir que os governos censurem o discurso
legítimo ou até mesmo permitir que eles cortem o acesso à Internet". Importante
notar que o Google ressalta que a conferência quer instituir a serviços
over-the-top como YouTube, Facebook e Skype o pagamento de novas taxas para que
"possam alcançar pessoas em outros países", o que, afirma a empresa, "pode
limitar o acesso à informação, em especial nos mercados emergentes".
A gigante norte-americana da Web deixa muito clara sua posição contra utilizar a
conferência em Dubai para discutir tais assuntos. "A UIT é o local errado para
tomar decisões sobre o futuro da Internet", afirma o portal, acusando a entidade
de incluir governos que não apoiam uma rede livre e aberta e não ouvir
engenheiros e usuários da Internet. "A UIT também é sigilosa. A conferência
sobre o tratado e as propostas são confidenciais".
Parlamento Europeu
O Google não é o único forte opositor das definições da UIT sobre neutralidade.
Na terça-feira, 20, o Parlamento Europeu divulgou uma carta aberta na qual acusa
a União Internacional de Telecomunicações de poder se tornar "o poder que
governa certos aspectos da Internet, o que poderia acabar com o atual modelo de
participação multilateral e de sentido ascendente". Em um texto duro, o
Parlamento afirma que as propostas da reforma da UIT incluem "a criação de novos
mecanismos de lucro que podem ameaçar seriamente o caráter aberto e competitivo
da Internet, fazendo aumentar os preços e dificultando a inovação".
O órgão europeu ainda clama pelo impedimento de qualquer alteração aos ITRs que
possa prejudicar a abertura da Internet, a neutralidade de rede, o princípio de
fim-a-fim e obrigações relativas ao serviço universal. Na mesma data da
publicação da carta, a UIT limitou-se a mencionar uma "guerra na mídia" que
estaria fazendo acusações indevidas.
Marco Civil da Internet
No Brasil, a discussão sobre o Marco Civil empaca em diversos pontos como as
questões de neutralidade de rede, impedindo a votação na Câmara e refletindo o
impasse provocado pelo embate entre provedores de conteúdo e de conexão. O
deputado relator do projeto, Alessandro Molon (PT/RJ), havia previsto
inicialmente que o governo brasileiro poderia chegar a Dubai já com essa questão
resolvida, mas a votação da proposta foi adiada na última terça-feira. A votação
do Marco Civil, entretanto, poderá ser retomada já na próxima semana, tendo em
vista que o PL foi incluído na pauta do Plenário da Câmara para a semana de 26 a
30 de novembro.
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Leia na Fonte: WebDig
[08/06/12]
ONU quer criar tarifa para acesso a sites como Google e Facebook - por
Jefferson Meneses
Proposta em conjunto da ONU e empresas de telecom podem tarifar acessos a sites
de alto tráfego fora dos EUA
Em um encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) que será realizado em
dezembro, em Dubai, será discutido a possibilidade da instituição ter um
controle maior sobre a internet.
A proposta é a criação de um tipo de imposto de internet que na prática poderá
dificultar o acesso a sites com alto tráfego como o Google e o Facebook. Em
países em desenvolvimento como o Brasil, isto seria ainda pior.
Como funcionaria a tarifação?
Pela proposta que já tem o apoio de empresas de telecomunicações de 35 países,
com o novo imposto, sites populares pagariam taxas para continuar funcionando em
países estrangeiros, ou fora dos Estados Unidos.
O projeto faz parte de um documento ‘vazado‘ da União Internacional de
Telecomunicações (ITU), organização responsável por padronizar e regular as
ondas de telecomunicações ao redor do mundo. A negociação também inclui alterar
os padrões da internet e permitir que governos monitorem as atividades online da
população.
De acordo com Robert Pepper, que é vice-presidente de tecnologias globais da
Cisco, os serviços com infraestrutura nos Estados Unidos acabariam rejeitando
conexões de usuários de países em desenvolvimento, visto que os custos de
comunicação não seriam mais viáveis.
Em 1999, um relatório da ONU sugeria a criação de uma taxa para envio de e-mails
em países em desenvolvimento, porém foi recusada por falta de apoio global.