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28/11/12

• Teletime: "Valente (da Vivo) critica redução na VU-M"

Olá, WirelessBR e Celld-group!

01.
Transcrevo abaixo esta notícia:
Leia na Fonte: Teletime
[28/11/12]  Valente critica redução na VU-M - por Bruno do Amaral
Recorte:
(...) Durante conversa com jornalistas após apresentação de parceria com a Mastercard, o presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente, disse que fez uma reunião na semana passada para analisar o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) e avaliou que há "aspectos positivos e outros que geram preocupação". Ele diz que medidas que incentivam processo competitivo precisam ser celebradas quando "respeitam os investimentos que já foram realizados", mas que há elementos negativos quando não há "contrapartida quando somos mais agressivos do que todo mundo", como disse ele sem querer dar exemplos.(...)

02.
Interessando-se agora pelo assunto ou meio esquecido do que é PGMC e VU-M?   :-)

Aqui está a "coleção de notícias" sobre PGMC: PGMC - Plano Geral de Metas de Competição.

E aqui estão algumas explicações sobre VU-M constantes da página: VU-M - Valor de Uso Móvel (Tarifa de interconexão da rede de telefonia móvel)

(...)
A título de definição do tema, permito-me transcrever alguns trechos de matérias das jornalista Mariana Mazza e Miriam Aquino:"A interconexão é o preço pago entre as operadoras para completar as chamadas destinadas às redes concorrentes. Assim, toda vez que um cliente liga para alguém de outra companhia, a operadora está pagando um "pedágio" para completar a chamada no território inimigo. Isso vale para qualquer tipo de ligação, tanto fixa quanto móvel, embora o objeto de apuração da pretendida CPI seja apenas a taxa cobrada nas redes móveis, chamada de Valor de Uso Móvel (VU-M).

Essa tarifa é altíssima em comparação com o pedágio da rede fixa, a tarifa de Uso de Rede Local (TU-RL). Enquanto a VU-M está, em média, R$ 0,35, a TU-RL custa R$ 0,05. Essa disparidade entre as duas tarifas de interconexão tem motivos políticos. Quando a telefonia móvel ainda engatinhava, o governo criou esse desbalanceamento para incentivar as operadoras móveis. Os anos passaram, a telefonia móvel tornou-se o serviço telefônico mais usado no país e, ainda assim, as tarifas não foram equacionadas. Recentemente a Anatel fez uma redução na VU-M, mas o movimento não foi suficiente para gerar impacto real para os consumidores. Boa parte do fato de pagarmos ainda um dos mais caros serviços de telefonia móvel do mundo está no valor da interconexão." (Mariana Mazza).

"Mas, afinal, para que servem essas tarifas? A interconexão distribui os custos de investimento e manutenção de rede entre as operadoras. Este sistema de pagamento é extremamente importante em um cenário onde as companhias são obrigadas a completar as chamadas entre si. Hoje, uma companhia telefônica não pode se negar a completar uma ligação para um telefone pertencente a uma rival. Isto garante ao consumidor a continuidade do serviço, mesmo que ele seja cliente de uma empresa com poucos consumidores.

Por outro lado, operadoras com grande número de clientes acabam sendo obrigadas a fazer investimentos mais fortes em rede para manter a qualidade das chamadas. E, se a maioria dos consumidores estão em sua rede, ela acaba sendo responsável pela qualidade da maior parte das chamadas conectadas, mesmo aquelas feitas pelos consumidores de outras operadoras. Se a chamada é para a rede dela, ela é a responsável.

Assim, a interconexão tem o poder de dividir estes custos. Operadoras com maior número de clientes e, portanto, com mais chamadas recebidas também são pagas pelas rivais por meio das tarifas de rede. Mas a interconexão também tem seus efeitos nocivos.

Apesar de ser proibido por lei, há fortes indícios de que a interconexão pode gerar um subsídio cruzado entre serviços e clientes. A única confissão de que nem todo o caixa da interconexão é usado para cobrir os custos da rede partiu da TIM em 2005. O então presidente da operadora, Mario Cesar Araujo, admitiu em uma coletiva que a TIM usava os recursos da interconexão para subsidiar o custo dos aparelhos vendidos para os clientes. Esta política não é ilegal, por não usar recursos obtidos com a comercialização de outros serviços que não a telefonia móvel. Mas releva como a interconexão tem uma papel importante para o mercado e para os consumidores." (Mariana Mazza)

"Há aqueles que defendem manter a tarifa do jeito que está e mexer na forma de remuneração. Hoje a rede móvel é remunerada pelo full billing (todos pagam integralmente a taxa de terminação). A proposta inicial, de implementação do bill and keep (todos bilhetam a taxa de terminação, mas não repassam para ninguém) pleno perde força devido aos grandes riscos que pode trazer para uma base de mais de 200 milhões de celulares.

Fala-se de bill na keep parcial (nos moldes da até pouco tempo rede fixa, que só remunerava o excedente das ligações) . Estuda-se ainda implementar o bill and keep entre as empresas com PMS (poder de mercado significativo) e não PMS (as pequenas operadoras, do tipo Hoje Telecom, por exemplo?). Ou, em outras palavras, somente as pequenas não pagariam para as grandes as taxas de terminação de chamada.

Há ainda defensores da redução do valor de referência desta taxa de terminação apenas para as ligações entre as celulares. Para isso, seria necessário criar todo um arcabouço regulatório novo, que diferenciasse esta remuneração da remuneração da ligação fixa. Esta proposta, avaliam outros, pode trazer o efeito perverso de esvaziar ainda mais a telefonia fixa (cuja valor da ligação fixo/móvel continuará alta) e colocar em risco a concessão." (Miriam Aquino)  (...)

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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Leia na Fonte: Teletime
[28/11/12]  Valente critica redução na VU-M - por Bruno do Amaral

Durante conversa com jornalistas após apresentação de parceria com a Mastercard, o presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente, disse que fez uma reunião na semana passada para analisar o Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) e avaliou que há "aspectos positivos e outros que geram preocupação". Ele diz que medidas que incentivam processo competitivo precisam ser celebradas quando "respeitam os investimentos que já foram realizados", mas que há elementos negativos quando não há "contrapartida quando somos mais agressivos do que todo mundo", como disse ele sem querer dar exemplos.

Valente foi mais enfático quando o assunto foi a redução na tarifa de interconexão com a rede móvel (VU-M), lembrando que sempre foi "uma importante fonte de financiamento para a expansão de rede" e que, agora com novas tecnologias como HSPA+ e LTE, há investimentos pesados e dificuldades técnicas. "Toda vez que reduzimos a capacidade de geração de recursos próprios das empresas, existe uma preocupação em relação a isso."

Ele afirma que o desafio é procurar novas fontes de renda que incentivem a conectividade e as aplicações, como a parceria com a Mastercard procura fazer. "Cada vez mais, precisamos ter a capacidade de recompor as receitas das empresas e continuar com o processo de crescimento", disse.

Área rural

Questionado sobre a parceria com as empresas suecas para a utilização da faixa de 450 MHz no interior, Valente limitou-se a dizer que a Telefônica tem trabalhado com elas e que o Minicom está incentivando. "Certamente faremos algo consistente com o que já temos feito", desconversou.
Bruno do Amaral