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03/10/12
• Silvio Meira: "A urna eletrônica e a falta de transparência nas eleições" +
Coleção de matérias
Olá, WirelessBR e Celld-group!
Tem eleição? Então tem questionamento sobre a segurança da urna eletrônica e
de todo o processo eleitoral. E isso é muito bom!
01,
Transcrevo abaixo um texto de Silvio Meira, muito bom, com muitos links, que
reúne os questionamentos atuais:
Leia na Fonte: Terra / Blog do Silvio Meira / dia a dia,
bit a bit
[01/10/12]
A urna eletrônica e a falta de transparência nas eleições - por Silvio Meira
02.
Quem se interessa pela segurança do processo eleitoral conhece bem Amilcar
Brunazo Filho, um incansável batalhador.
Aqui está um resumo biográfico escrito por ele:
(...) Do lado técnico, formei-me em Engenharia na Escola Politécnica da USP e lá
fui pesquisador no Laboratório de Sub-sistemas
Integráveis (LSI), onde estudei Criptografia e Inteligência Artificial.
Fundei a empresa TD Tecnologia Digital, de segurança de dados, hoje já
encerrada. Trabalhei nesta área desde 1989, quando recebi Menção Honrosa no IV
Prêmio Nacional de Informática com o trabalho:
"Hardware Criptográfico, uma
Solução Nacional" Ainda dentro da área de segurança de dados, sou moderador
do Fórum do Voto Eletrônico.
(...)
Outros web sites coordenados por Amilcar Brunazo Filho:
- Página do voto
eletrônico
- Jornal do Voto
eletrônico
03.
Utilizei o "campo de busca" do
Portal Convergência Digital e anotei estas matérias (transcritas mais
abaixo) sobre o tema, algumas já divulgadas no Celld-group, creio que pelo Bruno
Cabral:
Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/09/12]
TSE recua e muda algoritmo de segurança da urna eletrônica - por Luís
Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[16/08/12]
TSE abre novo sistema de votação eletrônico aos partidos
Leia na Fonte: Convergência Digital
[13/08/12]
TSE testa urna biométrica em 117 cidades
Leia na Fonte: Convergência Digital
[18/07/12]
TSE define pregão e gasta R$ 129 milhões com urna eletrônica
Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/05/12]
Procuradoria da República mantém veto ao voto impresso
Leia na Fonte: Convergência Digital
[22/03/12]
TSE altera sistema da urna, mas nega quebra do sigilo do voto - por Luís
Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[22/03/12]
UnB quebra o sigilo do voto da urna eletrônica - por Luís Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/03/12]
Urna eletrônica: Investigadores decifram código-fonte e preparam 'ataque'
Leia na Fonte: Convergência Digital
[06/03/12]
TSE abre acesso aos códigos-fonte da urna eletrônica
Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/12/12]
TSE amplia parque de urna com biometria em pregão de R$ 134 milhões
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Terra / Blog do Silvio Meira / dia a dia,
bit a bit
[01/10/12]
a urna eletrônica e a falta de transparência nas eleições - por Silvio Meira
Nota de Helio Rosa:
Silvio
Meira (foto) é um dos maiores pesquisadores de Engenharia de Software no
Brasil. É também cientista-chefe do C.E.S.A.R. (Centro de Estudos e Sistemas
Avançados do Recife), instituto de inovação privado e sem fins lucrativos que
atua na área de tecnologia da informação e comunicação com duas frentes:
desenvolvimento de produtos (em áreas como TV Digital, mobilidade, aplicações de
web, open source e inteligência artificial) e incubação de empresas
Silvio Meira não utiliza letras
maiúsculas em seus textos...
a urna eletrônica apareceu no blog mais de uma vez. numa série de textos antes das eleições de 2008. e de novo em 2010. as urnas eletrônicas têm um número de vantagens, que todos conhecem. já pensou quanto tempo levaríamos para saber do resultado, se ainda usássemos cédulas de votação em papel e contagem centralizada, como era o caso até a chegada do voto eletrônico?
e não era só o tempo para apurar: nem todos os apuradores estavam a serviço de uma eleição limpa, mas de seus candidatos. e muito voto deixou de ser branco na mesa da contagem. as falhas do processo em papel, da urna até a apuração, eram tantas que, em cidades mais remotas, os “coronéis” se perpetuavam no poder pela via do controle do processo eleitoral.
e a coisa chegou a um ponto em que a eleição tinha que mudar. não só era preciso mais rapidez mas, ao mesmo tempo, mais segurança. no começo, tínhamos os dois, de forma quase inquestionável. rapidez porque a urna eletrônica era muito mais eficiente do que cédulas de papel e segurança porque, nas primeiras eleições em que a urna eletrônica foi usada, não se sabia como fraudar o voto, ou invadir a urna para contaminar a votação [como os “coronéis” faziam na eleição em papel].
acontece que celeridade não é argumento para comprometer confiabilidade. pense em um avião que pode ir de recife a são paulo em 1h, ao invés das 3h30 de agora… mas que só sai vez por outra, outras vezes lhe deixa no rio, vez por outra despenca e ninguém chega, nem vive pra contar o porquê. e a confiabilidade dos aviões não depende só de seu desenhista e fabricante: antes de voar, cada um deve passar por uma longa série de testes [independentes do fabricante…] que certificam o projeto, o processo de fabricação e a performance e segurança em vôo. só então um de nós se torna passageiro num deles. e não poderia ser de outra forma.
no brasil, como muita gente sabe, e há tempos, o processo eleitoral é monolítico: um único órgão, o TSE, define as regras, os processos e métodos, os implementa como sistemas, realiza o processo eleitoral [as “urnas” são só parte do “sistema”], dirime dúvidas, julga todo e qualquer litígio entre postulantes, contra eles e, como se não bastasse, as reclamações dos postulantes ou do público contra o “sistema eleitoral” em qualquer de suas facetas.
nossas eleições talvez sejam a única faceta da administração daqui que encontra paralelo na china; lá, seja qual for o processo, executivo, legislativo e judiciário frequentemente se confundem, principalmente quando é de interesse do estado.
de tempos em tempos, o TSE convoca terceiros para testar a segurança da urna. o sistema de informação eleitoral como um todo, em todos os detalhes de desenho, projeto, implementação e uso, jamais foi exposto e, por conseguinte, testado por agentes externos ao tribunal. no começo do ano, um dos times que topou a parada de avaliar as urnas descobriu uma falha no mecanismo de proteção do sigilo do voto eletrônico, entre outras. o TSE, no entanto, garante que o processo é seguro e transparente, o que é disputado por avaliadores independentes.
o professor diego aranha, da UnB, publicou um relatório sobre sua descoberta, que foi tratada pelo TSE como mais um detalhe a corrigir do que como indício de um processo de especificação, desenho, desenvolvimento e uso das urnas que precisa ser repensado em larga escala. qual é a conclusão do relatório da UnB?
…Com a adoção do do voto impresso pela Índia, o Brasil permanece como o único país no mundo a adotar sistema de votação sem verificação independente de resultados. Acreditamos que por esse motivo, e dadas as fragilidades discutidas neste relatório, o software utilizado no sistema de votação eletrônica brasileiro não satisfaz requisitos mínimos e plausíveis de segurança e transparência.
o blog fez uma só pergunta a diego aranha… quais são suas principais críticas à segurança da urna eletrônica do TSE? e a resposta que ele nos enviou por emeio é publicada na íntegra em itálico, abaixo, com negritos nossos.
Os principais problemas de segurança da urna eletrônica estão exatamente
ligados aos dois requisitos fundamentais para a lisura das eleições: sigilo e
integridade dos votos. Durante os testes de segurança, encontramos uma
vulnerabilidade que nos permitiu derrotar o único mecanismo de segurança
implementado na software da urna para proteção do sigilo do voto.
Utilizando essa vulnerabilidade, minha equipe conseguiu recuperar a lista
ordenada dos votos em eleições simuladas com até 475 eleitores a partir
unicamente de informação pública, com impacto potencial até em eleições
passadas.
Além disso, detectamos outras fragilidades que abrem a possibilidade de
adulteração ou substituição do software de votação por uma versão que conta os
votos de forma desonesta.
Todas as urnas eletrônicas do país compartilham uma mesma chave criptográfica
que protege os seus dados mais críticos e esta chave está ainda disponível na
porção desprotegida dos cartões de memória.
Mesmo que corrigidas pontualmente, este conjunto de vulnerabilidades
denuncia um processo de projeto e desenvolvimento de software defeituoso,
incapaz de detectar trechos de código inseguros inseridos no software por
acidente ou sabotagem e que descarta completamente a possibilidade de fraude
promovida por agentes internos.
É certo que sistemas de votação puramente eletrônicos, como o adotado no
Brasil, permitem apuração rápida, mas criam simultaneamente um cenário ideal
para fraudes indetectáveis em larga escala.
A velocidade de apuração nunca deve ter prioridade sobre a integridade do que é
apurado.
Para mitigar esse perigo, sugere-se aumentar a transparência atualmente
insuficiente do nosso sistema por meio da reintrodução do voto impresso
conferível pelo eleitor. Esse recurso consiste em apresentar uma versão
materializada do voto para conferência dentro da cabine de votação e depósito
automático em urna convencional. Assim, uma contagem manual posterior dos votos
conferidos pode determinar se a contagem eletrônica foi feita corretamente, sem
no entanto fornecer um comprovante que possa ser utilizado para violar o caráter
secreto do voto.
Além da verificação independente de resultados, é possível ainda realizar
auditoria externa por fiscais eleitorais e recontagem de votos para resolver
disputas.
O Brasil é o único país do mundo que permanece utilizando significativamente
sistemas de votação eletrônica que não fornecem um nível desejável de
transparência.
e domingo é dia de eleição. tomara que tudo dê certo. pois, ao contrário do que muitos pensam, os brasileiros interessados na revisão de nosso sistema eleitoral “eletrônico” não torcem para que ocorra uma catástrofe só para que eles possam pronunciar o “eu não disse?…” dos picuinhas pessimistas. querem, apenas, e isso não é pedir muito em uma democracia, um processo eleitoral célere, confiável, transparente e seguro. parece muito, mas é pouco. e basta o TSE querer, que faz.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/09/12]
TSE recua e muda algoritmo de segurança da urna eletrônica - por Luís
Osvaldo Grossmann
Depois de minimizar o feito da equipe da Universidade de Brasília que indicou
ter quebrado o sigilo da urna eletrônica – em teste promovido em março – o
Tribunal Superior Eleitoral divulgou, na última semana, a alteração no algoritmo
de segurança que promete embaralhar o registro dos votos, impossibilitando a
identificação dos eleitores.
Em umvídeo do próprio TSE, o secretario de TI do tribunal, Giuseppe Janino,
afirma que o novo algoritmo passou por outros testes de segurança e já foi
incorporado às urnas eletrônicas que serão utilizadas nas eleições municipais
deste ano.
“Se identificou que o embaralhamento do registro digital do voto precisava de um
algoritmo mais forte. Isso foi feito, se desenvolveu imediatamente após essa
identificação e após o desenvolvimento desse novo algoritmo submetemos essa nova
solução aos padrões do NIST, que é o instituto de padronização de TI americano e
a um teste específico de aleatoriedade da informação”, explicou.
Em março, o Convergência Digital revelou que a equipe liderada pelo professor
Diego Freitas Aranha, da Faculdade de Ciências da Computação da UnB, quebrou o
sistema de embaralhamento do Registro Digital do Voto (RDV), identificando quem
recebeu os votos de uma eleição simulada.
A oportunidade de investigar potenciais fragilidades da urna eletrônica foi
promovida pelo TSE, na qual cerca de 20 equipes de especialistas em computação,
de todo o país, executaram tentativas de burlar os sistemas de segurança do
equipamento.
Apesar de a equipe da UnB ter demonstrado que era possível recuperar a ordem de
quem votou – e, portanto, ameaçar uma das principais garantias constitucionais,
o segredo do voto – na época o tribunal eleitoral tratou a experiência como um
feito menor.
“Não há quebra do sigilo. O que se fez foi simplesmente ordenar os votos, o que
não permite uma relação direta com os eleitores, a não ser que se ficasse o dia
inteiro cuidando a fila de votação”, sustentou, logo após aqueles testes, o
secretário de TI do TSE.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[16/08/12]
TSE abre novo sistema de votação eletrônico aos partidos
O Tribunal Superior Eleitoral informou nesta quarta-feira, 15/08, que o novo
sistema de votação eletrônico já está aberto para análise dos partidos,
Ministério Público e OAB. Segundo a corte, o novo sistema reforça o sigilo do
voto, dispõe de operações computacionais sofisticadas e impede a reconstrução da
sequência dos votos a partir da dedução das informações.
A necessidade de fortalecer a aleatoriedade da sequência dos votos foi detectada
durante a segunda edição dos Testes Públicos de Segurança no Sistema Eletrônico
de Votação, em março deste ano, segundo o TSE. O primeiro teste de segurança no
sistema ocorreu em novembro de 2009.
Segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, os
testes deste ano identificaram que o embaralhamento do registro digital do voto
precisava de um algoritmo mais forte, o que foi desenvolvido imediatamente após
os testes.
De acordo com o TSE, todos os testes foram baseados em técnicas utilizadas
internacionalmente. Uma delas é o DieHard, um teste de aleatoriedade que
verifica a efetividade do embaralhamento de sequências. Também foram utilizadas
regras estabelecidas pelo Nist, instituto de padronização norte-americano em
tecnologia da informação.
Participaram profissionais independentes, acadêmicos e pesquisadores ligados a
universidades, órgãos públicos e instituições técnico-científicas. Os
integrantes do Grupo 1, formado por servidores da Universidade de Brasília
(UnB), conseguiram refazer o sequenciamento dos votos apresentados pelo Registro
Digital do Voto (RDV). No entanto, o grupo não conseguiu quebrar o sigilo dos
votos.
Os votos digitados na urna são gravados de forma aleatória, a partir de um
algoritmo computacional. O teste da equipe da UnB conseguiu, a partir do RDV,
refazer a ordem com que os votos foram digitados, mas não conseguiu identificar
os eleitores que efetivamente digitaram os votos no equipamento. Segundo o TSE,
o novo sistema aprimorou esse algoritmo de embaralhamento do registro digital,
dificultando ainda mais o reordenamento dos dados e tornando o voto ainda mais
seguro.
Fonte: Assessoria do TSE
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[13/08/12]
TSE testa urna biométrica em 117 cidades
Técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomendaram, no fim de semana, a
realização de testes com a urna biométrica em 117 cidades de vários estados,
destinados a preparar os eleitores para as eleições de outubro.
Nos dias 7 e 28 de outubro, quando haverá primeiro e segundo turnos, cerca de
7,7 milhões de eleitores, em 299 municípios de 24 estados, utilizarão a urna
biométrica. Em 2010, pouco mais de 1,1 milhão de brasileiros votaram usando o
sistema.
Os eleitores de cinco capitais votarão usando as urnas com identificação
digital. Estão na lista os eleitores de Aracaju (Sergipe), Curitiba (Paraná),
Goiânia (Goiás), Maceió (Alagoas) e de Porto Velho (Rondônia).
Em Alagoas e Sergipe, 100% das urnas usam a nova tecnologia. Os estados do
Amazonas e de Roraima continuarão com as urnas antigas. No Distrito Federal, não
há eleições municipais.
Os eleitores de 299 cidades foram convocados para cadastrar sua impressão
digital e fotografia, além de atualizar os dados. Em Curitiba, o recadastramento
reduziu de 1,31 milhão para 1,17 milhão o total de eleitores da cidade. É a
maior quantidade de eleitores entre as cidades que utilizarão as nova urnas nas
eleições de outubro.
Durante a votação, os mesários poderão fazer até 12 tentativas de identificação
do eleitor – três em cada dedo polegar e indicador, de ambas as mãos. Se não
houver sucesso, o eleitor terá que ser identificado por meio de um documento
oficial com foto.
A identificação biométrica dispensará o eleitor de assinar a lista de presença
das seções eleitorais. Se a impressão digital não for reconhecida, o presidente
da seção deverá utilizar a sua própria impressão digital para autorizar o voto
do eleitor, cuja assinatura passa a ser necessária.
Fonte: Agência Brasil
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[18/07/12]
TSE define pregão e gasta R$ 129 milhões com urna eletrônica
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu na terça-feira, 17/07, a licitação
nº 42/2012 para a contratação de serviços de exercitação das urnas eletrônicas.
O Consórcio ESF, composto pelas empresas ENGETEC Tecnologia S.A. (empresa líder
com sede em Nova Lima – MG), SMARTMATIC Brasil Ltda (com sede em São Paulo),
SMARTMATIC Internacional Corporation (com sede em Barbados) e FIXTI Soluções em
Tecnologia da Informação Ltda (com sede em São Paulo), foi o vencedor do pregão
eletrônico.
O consórcio será responsável pelo recrutamento, contratação e treinamento de
aproximadamente 14 mil profissionais que darão suporte técnico-operacional nas
eleições de outubro em 437 mil seções eleitorais nos 5.568 municípios
brasileiros. Caberá a esses profissionais o trabalho de preparo e de manutenção
das urnas, assegurando que todas estejam em perfeito estado de funcionamento no
dia das eleições.
Entre as tarefas previstas no contrato está a realização dos serviços de carga
das baterias internas e de reserva das urnas; realização de testes dos
componentes eletrônicos de todas as urnas; limpeza, retirada de lacres, testes
funcionais, triagem para manutenção corretiva e preparo para armazenamento das
urnas eletrônicas; inserção de dados; procedimento de atualização de software e
certificação digital nas urnas; preparação, instalação, carga de software de
eleição.
O consórcio ESF será ainda responsável pela recepção de mídias e transmissão de
boletins de urna, via sistema de apuração do TSE. O valor do contrato a ser
assinado com o TSE é de R$ 129 milhões, com validade de 12 meses.
O contrato anterior para a realização do serviço de exercitação das urnas
eletrônicas expirou em 28 de julho de 2011, sem possibilidade de prorrogação. Em
29 de fevereiro de 2012 foi dado início ao processo de licitação de nº 14 para a
contratação de nova empresa para a exercitação das urnas. O processo, contudo,
frustrou-se em 09 de abril de 2012, porque nenhum dos concorrentes atendia aos
requisitos do edital.
A licitação nº 42/2012 foi aberta em 30 de maio, e concluída após a apreciação
de recursos apresentados pelo Consórcio Exato, desclassificado da concorrência
por não atender a requisitos do edital, e pela empresa CTIS Tecnologia S/A, cuja
proposta para a realização do trabalho superou o valor apresentado pelo
Consórcio ESF, declarado vencedor do certame, por ter atendido os requisitos
legais e do edital.
Fonte: Agência TSE
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/05/12]
Procuradoria da República mantém veto ao voto impresso
A revogação do dispositivo que determina a impressão do voto nas eleições foi
discutida em audiência pública, nesta terça-feira, 8 de maio, na Câmara dos
Deputados. De acordo com o artigo 5º da Lei 12.034/2009, o voto impresso será
utilizado a partir das eleições de 2014. Atualmente, esse artigo está suspenso
pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria Geral da República
em ação direta de inconstitucionalidade (ADI 4543), impetrada em outubro do ano
passado.
Até que o mérito da ação seja julgado pelo STF, o voto impresso continuará
suspenso. No entanto, a comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal
analisa o projeto de lei nº 2.789 de 2011, de autoria do Senado, que revoga o
artigo da Lei 12.034/09 que trata do voto impresso. A proposta já tramitou no
Senado.
Pela Lei 12.034/09, o voto impresso serviria como confirmação de voto para o
eleitor. Para a PGR, no entanto, o dispositivo compromete o sigilo e a
inviolabilidade do voto. “No meu entender, essa circunstância fere o sigilo de
voto, que é garantida pela Constituição a cada eleitor”, afirmou, durante a
audiência pública, a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, também
responsável pela ADI 4543.
Segundo a vice-procuradora-geral eleitoral dois problemas no procedimento de
voto impresso são preocupantes: se houver falha na impressão, os votos ficam
expostos a quem fizer a manutenção e a possibilidade de coação do eleitor. Além
disso, caso o voto impresso seja introduzido, a Justiça Eleitoral precisaria de
R$ 1 bilhão a mais para realizar as eleições.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[22/03/12]
TSE altera sistema da urna, mas nega quebra do sigilo do voto - por Luís
Osvaldo Grossmann
O Tribunal Superior Eleitoral minimizou o sucesso da equipe que conseguiu
identificar os votos depositados na urna eletrônica durante os testes desta
semana. Segundo o TSE, apesar do sucesso de professores e alunos da UnB, não é
possível associar os votos aos respectivos eleitores.
“É uma contribuição importante, mas não há quebra do sigilo. O que se fez foi
simplesmente ordenar os votos, o que não permite uma relação direta com os
eleitores, a não ser que se ficasse o dia inteiro cuidando a fila de votação”,
afirma o secretario de TI do TSE, Giuseppe Janino.
Ainda assim, o Tribunal está – hoje mesmo – incorporando o resultado do teste à
urna. “O resultado vai nos permitir fazer a correção, ou a melhoria, do
algoritmo e já estamos fazendo, hoje mesmo, a alteração no sistema”, emenda
Janino, ao enfatizar que a correção estará incorporada antes das eleições deste
ano.
No teste, a equipe liderada pelo professor Diego Freitas Aranha, da Faculdade de
Ciências da Computação da UnB, quebrou o sistema de embaralhamento do Registro
Digital do Voto (RDV), identificando quem recebeu os votos de uma eleição
simulada.
O secretário de TI explica que o RDV foi criado para permitir que os partidos
possam fazer a recontagem dos votos das urnas. Assim, à medida que cada voto é
depositado, é gravado em uma planilha Excel. Mas essa lista é construída
aleatoriamente justamente para evitar a identificação dos eleitores.
“Eles observaram o código-fonte e conseguiram decifrar o que estava cifrado e
reordenar os votos. É uma colaboração muito importante e, com quebra ou não,
saímos vencedores. O teste é uma iniciativa inédita no mundo, nenhum país faz
isso”, diz o secretario de TI do TSE.
De acordo com o Tribunal, o feito da UnB não permite a identificação dos
eleitores, pois não seria possível combinar a ordem dos votados com a relação
dos votantes – uma vez que a listagem é alfabética e não na sequência dos votos
digitados. “Essa lista já chega impressa às seções eleitorais”, completa Janino.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[22/03/12]
UnB quebra o sigilo do voto da urna eletrônica - por Luís Osvaldo Grossmann
Um grupo da Universidade de Brasília conseguiu quebrar a segurança da urna
eletrônica, nos testes promovidos esta semana pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Eles conseguiram recuperar a sequência dos votos, - o que, ao menos em tese,
permite violar o sigilo das opções de cada eleitor.
Formado por professores e alunos da Faculdade de Ciências da Computação, o grupo
1, dos 9 inscritos para os testes, teve sucesso em desfazer o embaralhamento dos
votos e, assim, extrair uma lista que indica quem votou em quem.
“Conseguimos recuperar 474 de 475 votos de uma eleição na ordem em que foram
inseridos na urna”, revela o coordenador do grupo, o professor de Ciência da
Computação da UNB, Diego Freitas Aranha, que fez doutorado em criptografia pela
Universidade de Campinas (Unicamp).
Originalmente o plano de teste previa a recuperação de 20 votos, mas o próprio
TSE desafiou o grupo a resgatar 82% dos votos de uma fictícia sessão eleitoral
com 580 inscritos - percentual que equivale à média de comparecimento nas
eleições brasileiras.
O professor Diego Aranha ressalta, no entanto, que a tarefa de violar
completamente o sigilo do voto ainda está incompleta. “Precisamos da lista
externa de votação para chegar ao nome dos eleitores”, afirma.
Como explica o coordenador do grupo, até aqui a equipe conseguiu determinar que
o primeiro eleitor votou no candidato X, o segundo no candidato Y, e assim
sucessivamente. Com a relação da votação - aquela que fica com os mesários -
seria possível associar cada eleitor, pelo nome, ao votado.
A exemplo das edições anteriores dos testes, o tempo limitado de acesso à urna
eletrônica - três dias, entre 20 e 22/3 - impediu avanços ainda mais
significativos na quebra da segurança do sistema eletrônico de votação.
Diferentemente das versões anteriores dos testes do TSE, desta vez o tribunal
permitiu acesso ao código fonte da urna - ainda que com restrições durante a
fase de preparação dos exames, que antes de iniciados passam pelo crivo da
Justiça eleitoral.
Apesar de festejar o sucesso na experiência, o grupo ainda não pode revelar os
detalhes do feito - o TSE exigiu um compromisso de que apenas informações
preliminares fossem divulgadas antes do relatório final com as considerações do
próprio tribunal.
Além do professor Diego Aranha, o grupo é formado por Marcelo Monte Karam, André
de Miranda e Felipe Brant Sacarel.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[09/03/12]
Urna eletrônica: Investigadores decifram código-fonte e preparam 'ataque'
Os investigadores inscritos na 2ª Edição dos Testes Públicos de Segurança do
Sistema Eletrônico de Votação, promovidos pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), participaram nesta quinta-feira, 08/03, do último dia da fase de
preparação para os testes. Nesta etapa, os participantes tiveram a chance de se
inteirar sobre o funcionamento de todos os sistemas que envolvem a votação
eletrônica, podendo, inclusive, visualizar o código-fonte da urna e fazer
pesquisas na internet.
Nos testes, que serão realizados de 20 a 22 de março, os investigadores tentarão
realizar “ataques” à urna eletrônica buscando explorar eventuais falhas do
sistema relacionadas à violação da integridade e ao sigilo do voto. Por sua vez,
a fase de preparação dos testes, uma novidade desta segunda edição do evento,
teve como objetivo dar o maior número de subsídios possíveis para a elaboração
dos planos de testes.
Nesta terça-feira,06/03, primeiro dia da fase de preparação, os investigadores
assistiram a uma palestra do secretário de Tecnologia da Informação do TSE,
Giuseppe Janino, que apresentou uma visão geral do processo eletrônico e sua
evolução, com destaque para as barreiras de segurança incluídas no sistema.
Depois da palestra, os participantes puderam dar início à elaboração das suas
propostas de “ataques” à urna eletrônica.
O integrante da Comissão Disciplinadora dos testes Luís Augusto Consularo
explica que esta etapa permitiu aos investigadores “tatear ou sondar possíveis
vulnerabilidades” do sistema eletrônico de votação. “A partir dessas
vulnerabilidades que os investigadores tatearam ou sondaram, será possível
implementar um plano de testes talvez mais efetivo e detectar alguma coisa que
talvez a gente não tenha visto”, destaca o servidor do TSE.
Segundo Consularo, durante a fase de preparação os investigadores trabalharam em
várias frentes, tendo desmontado urnas eletrônicas, visualizado o código-fonte,
esclarecido dúvidas com a Comissão e a equipe de apoio e até visualizado os
esquemas elétricos das urnas. “Com essas informações, eles estão fazendo
sugestões e verificando se há alguma possibilidade de ‘ataque’ ao sistema.
Percebemos que a fase de preparação foi uma etapa bastante positiva”, avalia.
“Os investigadores estão bastante entusiasmados com os testes e alguns até
surpresos com a complexidade da urna. Muitos chegaram aqui imaginando que a urna
seria um equipamento bastante simples e sairão daqui percebendo a complexidade
da urna e do próprio sistema eleitoral”, conclui Luís Augusto Consularo.
Esta segunda edição dos testes, que será realizada na sede do TSE, em
Brasília-DF, tem a finalidade de dar ainda mais transparência ao processo
eleitoral e demonstrar sua confiabilidade e segurança. O evento tem o apoio do
Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE) e da Universidade de Brasília (UnB).
Elaboração dos testes
Durante os três dias da fase de preparação, os investigadores receberam todas as
informações possíveis para a elaboração dos seus planos de testes, que deverão
ser encaminhados à Comissão Disciplinadora até as 19h da próxima terça-feira
(13).
Diego de Freitas Aranha, doutor em Ciência da Computação pela Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), professor da UnB e integrante do Grupo 1, conta
que a equipe se interessou em participar dos testes porque trabalha com as áreas
de pesquisa em criptografia e segurança computacional. “Nós exercemos atividades
de segurança no dia a dia, então uma oportunidade dessas é muito interessante
para a gente colocar em prática o que a gente trabalha, estuda e pesquisa”,
explica.
De acordo com o Diego, o objetivo da equipe ao participar dos testes é
contribuir, de alguma forma, para melhorar a segurança do sistema eletrônico de
votação. “A iniciativa do TSE é muito positiva. Essa demanda por transparência é
antiga, pelo menos na comunidade acadêmica já existe há um bom tempo. Portanto,
os testes estão satisfazendo a um anseio antigo, e eu fico muito feliz por estar
participando dessa iniciativa”, completa o professor da UnB.
Marcelo Rodrigues de Sousa, doutor em Ciência, na área de Engenharia Elétrica e
Computação, pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e coordenador do Grupo
5, salienta que os três dias de preparação foram suficientes para o
desenvolvimento dos testes. “Nós já tínhamos algumas ideias antes de vir para
cá, mas, sinceramente, eu desconhecia os detalhes da urna desenvolvida hoje.
Então, nós pudemos ver a parte eletrônica, tivemos acesso aos programas, à urna
em si, pudemos até abrir a urna. A fase de preparação foi muito importante”,
avalia o professor da UFU.
Segundo o acadêmico, que no final da década de 1990 desenvolveu estudos para
levantar possíveis problemas na urna eletrônica, foi possível constatar uma
grande evolução no sistema. “Agora, o grande desafio nosso é colocar a segurança
da urna em xeque. É um grande desafio. É uma oportunidade muito boa, única. Nós
da Universidade Federal de Uberlândia estamos muito felizes por poder participar
desse evento e, de alguma forma, auxiliar o processo eleitoral brasileiro”,
afirma.
Já para o integrante do Grupo 3 Pedro Ivo Pereira Gomes, que representa o
Instituto Sapientia, a viabilização do código-fonte da urna eletrônica, possível
durante a fase de preparação, facilitou a elaboração dos testes por parte das
equipes. “Nosso tempo é curto e a gente precisa já ter conhecimentos técnicos
suficientes para conseguir identificar alguma eventual falha no sistema. É muito
positivo o TSE nos dar informações sobre como funciona o processo”, diz o
bacharel em Ciência da Computação.
No que se refere à iniciativa do TSE de realizar os testes, ele conclui: “é
muito séria a finalidade da urna eletrônica e isso tem que ficar muito
transparente para a população. Os testes, abertos ao público, possibilitam isso.
Essa iniciativa abre as portas para que o sistema possa ser realmente validado
por qualquer cidadão.”
Testes
Os testes de segurança contemplarão a segurança do sistema eletrônico de
votação, podendo ser explorados os seguintes elementos e componentes da urna
eletrônica para a elaboração e realização dos seus testes: processo de carga da
urna; hardware; lacre físico; dispositivos de logística que protegem a urna;
mídias eletrônicas; conteúdo das mídias de dados; e software de votação
utilizado na seção eleitoral.
Os resultados e as conclusões dos testes serão apresentados em audiência pública
no dia 29 de março, às 10h, também na sede do TSE. Os investigadores que
efetivamente tiverem participado do evento receberão certificados de
participação. As sugestões de melhorias encontradas poderão ser implementadas
futuramente no sistema.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[06/03/12]
TSE abre acesso aos códigos-fonte da urna eletrônica
Começou na manhã desta terça-feira, 06/03, em Brasília-DF, a fase de preparação
para a 2ª Edição dos Testes Públicos de Segurança do Sistema Eletrônico de
Votação, promovidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os investigadores
inscritos terão dois dias para conhecer o funcionamento do sistema eleitoral e
apresentar suas propostas de ataque.
Além dos investigadores inscritos e interessados, compareceram ao evento de
abertura representantes de dez países: Suíça, Botsuana, Paraguai, Indonésia,
França, Arábia Saudita, Filipinas, Guatemala, Cabo Verde e Uruguai.
O evento foi aberto com uma palestra do secretário de Tecnologia de Informação
do TSE, Giuseppe Dutra Janino, após apresentar uma visão geral do processo
eletrônico e sua evolução, com destaque para as barreiras de segurança incluídas
no sistema, explicou que seriam repassados todos os elementos de informação aos
investigadores para que eles possam conhecer o funcionamento do processo
eleitoral de votação.
Concluída a fase de preparação, que segue até esta quinta-feira, os
investigadores deverão apresentar ao TSE suas propostas de ataques – os planos
de testes. Nesse dois dias, os investigadores terão acesso aos códigos-fonte dos
sistemas eleitorais, o que poderá facilitar as tentativas de ataques à urna
eletrônica, uma vez que tais códigos servem como uma espécie de tradutor do
funcionamento do sistema, indicando a sequência de ações que o sistema tem de
realizar.
A outra novidade é que os participantes poderão fazer consultas na internet, em
computadores que ficarão localizados em outra sala, de modo a oferecer o maior
número de subsídios possível para a modificação e o aperfeiçoamento dos planos
de testes.
Testes
Os testes de segurança contemplarão a segurança do sistema eletrônico de
votação. Além de respeitar os procedimentos previstos no Edital nº 01/2012, os
participantes deverão considerar os seguintes elementos e componentes da urna
eletrônica para a elaboração e realização dos seus testes: processo de carga da
urna; hardware; lacre físico; dispositivos de logística que protegem a urna;
mídias eletrônicas; conteúdo das mídias de dados; e software de votação
utilizado na seção eleitoral.
Nos dias dos testes, o TSE disponibilizará para cada grupo de investigadores um
computador, uma urna modelo 2009 e um conjunto de lacres, além de três
computadores ligados à internet. Os participantes também terão acesso à sala de
exposição dos códigos-fonte.
O ambiente de testes contará com quatro grandes mesas de trabalho com capacidade
para atender todos os investigadores. O acesso será controlado e isolado por
organizadores de filas. Terão acesso ao ambiente restrito os investigadores,
observadores externos, o pessoal de apoio e as Comissões Disciplinadora e
Avaliadora. Jornalistas e visitantes somente terão acesso a uma área reservada,
sem contato com os investigadores.
Os resultados e as conclusões dos testes serão apresentados em audiência pública
no dia 29 de março, às 10h, também na sede do TSE. Os investigadores que
efetivamente tiverem participado do evento receberão certificados de
participação, mas não haverá premiação em dinheiro.
As sugestões de melhorias encontradas poderão ser implementadas futuramente no
sistema. O evento tem o apoio do Centro de Tecnologia da Informação Renato
Archer (CTI), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da
Universidade de Brasília (UnB). A primeira edição dos testes públicos de
segurança foi realizada em 2009.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/12/12]
TSE amplia parque de urna com biometria em pregão de R$ 134 milhões
:: Da redação
:: Convergência Digital :: 27/12/2010
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai adquirir 117.835 novas urnas eletrônicas
para utilização nas Eleições Municipais de 2012. Elas são Modelo UE 2009, o
mesmo das 194.665 urnas fabricadas para as Eleições Gerais de 2010.
A compra antecipada possibilitará uma economia estimada em 30%, uma vez que
aproveitará licitação pública realizada em 2009, que resultou na contratação da
empresa Diebold para fornecimento pelo preço unitário de R$ 1.214,58. As 117.835
novas urnas irão custar R$ 143 milhões. O Modelo UE 2009 já conta com leitor
biométrico acoplado para a identificação do eleitor por meio das impressões
digitais.
A aquisição dos novos equipamentos também busca acompanhar o crescimento
vegetativo do eleitorado e renovar o parque de urnas eletrônicas da Justiça
Eleitoral, substituindo os modelos ano 2000 que, até 2012, estarão obsoletos e
sem condições de uso. Além de economia, a compra com antecedência facilitará a
realização de testes para uso nas próximas eleições.
Nas Eleições 2010, mais de um milhão de eleitores de 60 municípios de 23 estados
brasileiros registrou seus votos em urnas eletrônicas Modelo UE 2009, já com o
leitor biométrico acoplado. Esses eleitores foram liberados a votar após o
reconhecimento de suas impressões digitais, previamente cadastradas. O objetivo
é garantir ainda mais segurança à votação, já que será tecnicamente impossível
um eleitor votar por outro.
Outros eleitores votaram em urnas Modelo UE 2009, mas se identificaram pelo
método tradicional. O restante do eleitorado votou em urnas eletrônicas de
modelos anteriores, mas que estavam em boas condições de uso. No entanto, a
ideia do TSE é que até 2018 todos os eleitores brasileiros já estejam
cadastrados e aptos a registrarem seus votos após serem identificados
biometricamente.