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06/10/12
• Mariana Mazza: "As confusões da interconexão" + Miriam Aquino: "Anatel vai
mexer de novo na interconexão do celular" + Nova página sobre VU-M
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Publiquei uma página que, na sequência, será transformada num novo website
interno do WirelessBRASIL:
VU-M - Tarifa de interconexão da rede de telefonia móvel.
Como os demais, trata-se basicamente de referências à outros sites e coleção de
notícias, artigos e mensagens veiculadas nos Grupos WirelessBR e Celld-group.
Lá estão referenciados e transcritos "posts" e mensagens dos participantes José
Roberto de Souza Pinto e Flávia Lefèvre.
02.
A jornalista Mariana Mazza retoma o tema "tarifa de interconexão"/VU-M
nesta matéria recente, bastante didática:
Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[03/10/12]
As confusões da interconexão - por Mariana Mazza
(transcrição mais abaixo)
03.
Anoto matérias anteriores da Mariana Mazza (foto) sobre o assunto:
Leia
na Fonte: Portal da Band - Colunas
[09/08/12]
Vem ai a CPI da Telefonia? - por Mariana Mazza
Fonte: Revista Teletime - Edição 138
[Nov 2010]
Fim do sossego [Artigo sobre o Valor de Uso Móvel (VU-M)] - por Mariana
Mazza
Fonte: Teletime
[12/03/09]
Interconexção: Debate sobre VU-M promete esquentar em 2009 - por Mariana
Mazza
04.
A jornalista Miriam Aquino (foto), do Portal Tele.Síntese também tem
acompanhado a questão ao longo do tempo.
Aqui está uma boa matéria, de agosto deste ano:
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[21/08/12]
Anatel vai mexer de novo na interconexão do celular - por Miriam Aquino
(transcrição mais abaixo)
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[03/10/12]
As confusões da interconexão - por Mariana Mazza
Uma das coisas mais difíceis do consumidor entender no setor de telecomunicações
é a interconexão. E este ilustre desconhecido tem um impacto fenomenal no bolso
dos milhões de clientes da telefonia fixa e móvel. Hoje, uma matéria publicada
pelo jornal Folha de S. Paulo informa que a Anatel pretende reduzir as tarifas
de interconexão e estaria pensando até em eliminá-las a longo prazo. A notícia
deve ter alegrado os consumidores mas, infelizmente, não é bem esse o plano da
Anatel.
Segundo o conselheiro Marcelo Bechara, que está cuidando do projeto no momento,
a proposta em debate dentro da agência não mexerá nos valores dessas tarifas,
mas sim no modelo de pagamento entre as companhias telefônicas. Não há mais
reduções em vista e não há chance da acabar com a VU-M, disse Bechara. O Valor
de Uso Móvel (VU-M), citado pelo conselheiro, é a tarifa de interconexão da rede
de telefonia móvel. Em outras palavras, este valor é pago entre as operadoras
toda vez que fazemos uma chamada para um celular de outra empresa. E ela é bem
salgada: custa R$ 0,41 em média, por minuto. Este valor, junto com o custo do
uso das redes fixas a Tarifa de Uso de Rede Local (TU-RL) e a margem de lucro
das companhias formam o preço cobrado do consumidor. Como as redes fixas são
mais antigas e o investimento das empresas já está praticamente amortizado, a
TU-RL é baratinha se comparada com a VU-M: custa apenas R$ 0,05 por minuto.
Assim, o vilão hoje do preço salgado das chamadas é a VU-M.
Mas, afinal, para que servem essas tarifas? A interconexão distribui os custos
de investimento e manutenção de rede entre as operadoras. Este sistema de
pagamento é extremamente importante em um cenário onde as companhias são
obrigadas a completar as chamadas entre si. Hoje, uma companhia telefônica não
pode se negar a completar uma ligação para um telefone pertencente a uma rival.
Isto garante ao consumidor a continuidade do serviço, mesmo que ele seja cliente
de uma empresa com poucos consumidores.
Por outro lado, operadoras com grande número de clientes acabam sendo obrigadas
a fazer investimentos mais fortes em rede para manter a qualidade das chamadas.
E, se a maioria dos consumidores estão em sua rede, ela acaba sendo responsável
pela qualidade da maior parte das chamadas conectadas, mesmo aquelas feitas
pelos consumidores de outras operadoras. Se a chamada é para a rede dela, ela é
a responsável.
Assim, a interconexão tem o poder de dividir estes custos. Operadoras com maior
número de clientes e, portanto, com mais chamadas recebidas também são pagas
pelas rivais por meio das tarifas de rede. Mas a interconexão também tem seus
efeitos nocivos.
Apesar de ser proibido por lei, há fortes indícios de que a interconexão pode
gerar um subsídio cruzado entre serviços e clientes. A única confissão de que
nem todo o caixa da interconexão é usado para cobrir os custos da rede partiu da
TIM em 2005. O então presidente da operadora, Mario Cesar Araujo, admitiu em uma
coletiva que a TIM usava os recursos da interconexão para subsidiar o custo dos
aparelhos vendidos para os clientes. Esta política não é ilegal, por não usar
recursos obtidos com a comercialização de outros serviços que não a telefonia
móvel. Mas releva como a interconexão tem uma papel importante para o mercado e
para os consumidores.
A briga em torno da necessidade de queda da VU-M é antiga e tem o apoio até de
algumas empresas. Quanto menor a participação da companhia no mercado de
telefonia móvel, maior a defesa da redução da tarifa. Uma apoiadora histórica do
corte da VU-M é a Oi, lanterninha na telefonia móvel. Por outro lado, quanto
maior a empresa, maior a reticência em torno da queda da tarifa.
Apesar dos embates no setor, a Anatel aprovou em 2011 um corte progressivo na
VU-M. Até 2014, esta tarifa será reduzida em 45%. Em fevereiro deste ano já foi
feito um corte de aproximadamente 10%, mas não houve grande impacto para os
consumidores porque parte desta queda foi absorvida pela inflação do período. O
suposto novo corte de 60% levantado pela Folha fez parte do jogo de propostas
debatido pela Anatel na época da aprovação da redução, mas foi rejeitado pelo
Conselho Diretor.
A nova reforma da interconexão prevê uma mudança no modelo de pagamento dessa
tarifa e não nos valores cobrados. Atualmente, o setor móvel usa um sistema de
pagamento chamado de full billing. Neste modelo, as empresas pagam VU-M por
todas as chamadas que querem completar nas redes das companhias concorrentes. A
proposta que a Anatel está estudando é trocar este modelo para o bill & keep.
Neste outro sistema, usado na telefonia fixa, as empresas só pagam umas às
outras quando há um desbalanceamento no tráfego de entrada e saída das chamadas.
A equação proposta pela Anatel prevê um bill & keep para as móveis de 60% e 40%.
Dito assim, a proposta parece grego. Então vamos explicar o que isso significa.
No bill & keep, a operadora precisa buscar um equilíbrio entre as chamadas que
recebe em sua rede e as que partem para redes de outras operadoras. Se, na busca
dessa equivalência, o resultado final do fluxo de ligações ficar em 60% de
chamadas recebidas e 40% de chamadas para fora da rede, ou vice-versa, ela não
pagará nada de VU-M. Para compreender a lógica deste sistema basta pensar que,
em um mundo ideal, uma empresa que tem metade das ligações recebidas de outras
operadoras (portanto, cobrando VU-M) e a outra metade completada na rede das
rivais (pagando VU-M) chegaria ao fim do mês com o caixa absolutamente
equilibrado na interconexão. No fim, o lucro vindo dessas tarifas seria zero
porque ela teria pago aos outros a mesma quantia que recebeu de suas
concorrentes.
Como atingir este equilíbrio não é nada simples e, hoje, as empresas querem
mesmo é receber VU-M e não pagar nada os órgão reguladores preveem uma margem de
erro para o balanceamento. Daí o 60/40. Se o fluxo de chamadas ficar dentro
desta margem, elas não pagam nada à rival. Na telefonia fixa, o bill & keep está
em 75/25, reduzindo ainda mais o custo da interconexão entre as operadoras.
Estes dois modelos são chamados de parciais. No bill & keep pleno desejadíssimo,
mas com pouca chance de ser implementado ninguém paga nada a ninguém,
independentemente do fluxo de chamadas. Na prática, isso equivaleria ao fim das
tarifas de interconexão, onde as redes seriam de livre uso por todas as
operadoras.
O leitor pode estar se perguntando: e o que isso muda na minha vida? Muda muita
coisa. O alvo dessa nova proposta da Anatel é reduzir a força dos planos
ilimitados que fazem tanto sucesso entre os clientes. A base desses planos é
manter o consumidor falando apenas dentro da rede da operadora em que contratou
o serviço. Você fala de graça ou a um preço baixíssimo quando liga para um
celular da mesma empresa e seu bolso sofre quando liga para um telefone de uma
operadora rival. Todos já devem ter se perguntado como as operadoras conseguem
se manter de pé sem cobrar nada pelas chamadas de seus clientes. A resposta é,
novamente, a VU-M. Este modelo só funciona porque de vez em quando vamos
escorregar e ligar para uma empresa rival. Isso acontece com os clientes de
todas as operadoras. Quando isso ocorre, a empresa paga VU-M para a outra.
Assim, quanto mais clientes eu tenho, mais VU-M eu posso receber porque há uma
maior chance de os consumidores das concorrentes estarem procurando um telefone
que está na minha rede.
Com a nova proposta, a Anatel espera estimular as empresas a deixar mais
chamadas irem para a concorrência como forma de manter o equilíbrio da equação.
Afinal, se ela não equilibrar o fluxo de chamadas, pagará VU-M às rivais, mesmo
que tenha recebido mais ligações do que encaminhado para outras redes. Se
conseguir manter o fluxo estimado pela Anatel, terá custo zero de VU-M. A saída
encontrada pela agência para acabar com o efeito clube onde os consumidores são
estimulados a falar apenas com pessoas que tenham telefone da mesma operadora,
como bem destacou a Folha é muito inteligente. Ao invés de proibir os planos
ilimitados, o que seria um desrespeito ao consumidor, a agência quer usar
ferramentas regulatórias para equilibrar o mercado. Um dos efeitos colaterais
dessa medida, se implementada, pode ser a redução das tarifas. Estou dizendo que
pode e não que vai porque o que está se buscando é um preço mais equilibrado
para a telefonia móvel e não um corte. O custo médio das chamadas cairá se o
bill & keep for implantado, mas o consumidor dirá adeus as ligações de graça,
que só são possíveis por conta de um artificialismo mantido pela VU-M.
Mesmo não sendo um corte direto nos custos das chamadas de celular, como
noticiado hoje, o plano da Anatel ainda é uma boa notícia para o consumidor. Os
ganhos virão de uma racionalização desse mercado e não de uma medida populista
de eliminação de uma tarifa que, bem ou mal, ainda tem grande impacto no setor
de telecomunicações. Vale lembrar que o alto custo da VU-M pode virar assunto de
uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados. Dois
requerimentos para a abertura da CPI já possuem o apoio parlamentar necessário
para a investigação. Se a Anatel aparecer agora com uma proposta de eliminação
VU-M, apesar de saber que a tarifa é necessária para a manutenção do setor,
sinto dizer que o movimento seria mais político do que pró-consumidor. Tem muita
gente com medo da CPI e não pode ser coincidência fontes saírem dizendo
justamente agora que esta tarifa tem que morrer.
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[21/08/12]
Anatel vai mexer de novo na interconexão do celular - por Miriam Aquino
Jornalista há mais de 25 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável
pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de
Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas
públicas e dos assuntos regulatórios.
O Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) poderia ter o mesmo nome ao de uma
antiga CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que se propunha a investigar
todas as mazelas da sociedade brasileira. E a CPI do “fim do mundo”, criada em
2006 para se contrapor ao mensalão, acabou derrubando um ministro da Fazenda.
O PGMC, aparentemente, não pretende derrubar ninguém, mas se propõe a corrigir
distorções históricas do mercado de telecomunicações, e acabar com todos os
males do setor. Para isto, irá rever temas que haviam sofrido intervenção da
Anatel há pouco mais de seis meses: o PGMC vai mesmo promover uma nova mudança
na tarifa de interconexão da rede móvel.
O mais interessante neste mais recente movimento da Anatel é que a ameaça de um
deputado, dono de uma empresa de telecomunicações inadimplente, é muito mais
efetiva do que todas as reclamações ou recursos apresentados à Anatel nos
últimos 12 anos contra as distorções dessa taxa de terminação.
A ameaça de abertura de uma CPI pelo deputado Sabino Castelo Branco (PTB/AM),
ecoou no governo, que mandou a Anatel mudar as regras da interconexão móvel.
Castelo Branco representa a operadora de STFC Hoje Sistema de Informática, mais
conhecida como Hoje Telecom, que teve as suas atividades suspensas pela Anatel
porque não repassou os valores das tarifas de interconexão (VU-M) para as
operadoras celulares.
Depois de ter as atividades de sua empresa paralisadas pela Anatel (que também
preferiu prorrogar por 120 dias o prazo para que pagasse a dívida com as
operadoras de celular, o que não ocorreu), o deputado resolveu bater firme
contra o fato de as chamadas on net das celulares serem muito menores do que as
ligações fixo/móvel, argumento que usou em seus recursos para não pagar o que
devia de VU-M. A empresa, segundo a revista Veja, deve R$ 60 milhões às
celulares por VU-M não paga.
O mais difícil é entender porque ameaça de uma remota CPI feita por um único
deputado pode ter tanto impacto em uma agência que regula um setor que gerou, no
ano passado, cerca de R$ 180 bilhões. “Ora, este deputado não fala por si, só,
mas por um partido (o PTB) que tanto trabalho já deu para a República”, assinala
um atento observador.
O entendimento de que a Anatel vai mexer de novo interconexão por conta da
pressão política, obviamente é rebatida por seus representantes e pelo governo.
Técnicos da agência, conselheiros e dirigentes do Ministério das Comunicações
insistem em tentar explicar que as mudanças promovidas em fevereiro, quando foi
reduzida a VC (tarifa de público), para atingir também a VU-M (tarifa de
interconexão da rede móvel) não tem nenhum vínculo com a redução que se pretende
fazer agora.
Naquela época, a redução se deu nas ligações fixo/móvel. Agora, será apenas nas
ligações móvel/móvel. Argumento pouco convincente - e errado - para aqueles que
convivem com as regras setoriais e sabem que a queda da VU-M de fevereiro se deu
em todas as ligações (fixo/móvel e móvel/móvel).
Na decisão tomada em fevereiro, o conselheiro relator, Jarbas Valente, propôs
corte pequeno e gradual (de dois anos) na VU-M para que a Anatel concluísse o
estudo de custos do setor. E justificava: “ a redução do VU-M produzirá impactos
no setor que ainda não foram devidamente mapeados e que precisam ser avaliados
com cautela. Ou seja, outros efeitos combinados podem acontecer em caso de uma
redução brusca no valor do VU-M. Entre esses efeitos, cita-se a substituição do
fixo pelo móvel em função de uma estratégia de redução dos preços do SMP”. O
corte nesta tarifa aprovado então pela agência foi de 13,7% este ano e 9,4% em
2013.
Para justificar a nova medida a ser anunciada pela Anatel no PGMC, argumentos
mais consistentes começam a ser construídos: entre eles, o de que, passados seis
meses desde a decisão de fevereiro, constatou-se que as medidas não surtiram
efeito, e por isto, o PGMC vai, agora, tratar melhor do tema. Nunca se viu uma
agência reguladora tão ciosa dos efeitos de sua decisão em tão pouco tempo!
Embora a consulta pública do PGMC tenha sido lançada há mais de um ano (em julho
de 2011), e a proposta técnica final esteja pronta para os demais mercados
relevantes, o item que trata do mercado relevante da interconexão da rede móvel
vai sob forma de sugestão da área técnica para o conselho diretor, visto que o
tema entrou de afogadilho na pauta regulatória e vai caber aos cinco
conselheiros resolver o impasse.
Propostas mirabolantes estão na mesa. Para reduzir a VU-M sem mexer na tarifa de
público da rede fixa (única forma que a Anatel vislumbrava em fevereiro deste
ano), a criatividade tem sido grande. O argumento final é de que se quer acabar
com “os clubes exclusivos das tarifas on-net”, o que, sem dúvida, é mesmo
salutar. O problema é que para mexer nesta questão de maneira tão atabalhoada, o
castelo de cartas pode desmoronar.
Bill and Keep
Há aqueles que defendem manter a tarifa do jeito que está e mexer na forma de
remuneração. Hoje a rede móvel é remunerada pelo full billing (todos pagam
integralmente a taxa de terminação). A proposta inicial, de implementação do
bill and keep (todos bilhetam a taxa de terminação, mas não repassam para
ninguém) pleno perde força devido aos grandes riscos que pode trazer para uma
base de mais de 200 milhões de celulares.
Fala-se de bill na keep parcial (nos moldes da até pouco tempo rede fixa, que só
remunerava o excedente das ligações) . Estuda-se ainda implementar o bill and
keep entre as empresas com PMS (poder de mercado significativo) e não PMS (as
pequenas operadoras, do tipo Hoje Telecom, por exemplo?). Ou, em outras
palavras, somente as pequenas não pagariam para as grandes as taxas de
terminação de chamada.
Há ainda defensores da redução do valor de referência desta taxa de terminação
apenas para as ligações entre as celulares. Para isso, seria necessário criar
todo um arcabouço regulatório novo, que diferenciasse esta remuneração da
remuneração da ligação fixa. Esta proposta, avaliam outros, pode trazer o efeito
perverso de esvaziar ainda mais a telefonia fixa (cuja valor da ligação
fixo/móvel continuará alta) e colocar em risco a concessão.
Outros propõem somente interferir nas chamadas on-net das redes móveis. Por esta
proposta, as empresas, que não teriam como justificar que pagam para si próprias
tarifas de rede bem menores às que cobram de suas concorrentes, teriam que
aumentar o preço final de seus clientes on-net ou reduzir os custos dos
concorrentes. Esta é, de todas, a mais absurda proposta, pois pode resultar em
aumento de preço para o usuário final, e não redução de custos. O que ninguém
ainda comentou é qual será o impacto desta medida no valor das empresas, quase
todas de capital aberto.