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17/10/12

• OTT ("Over The Top") - O que é? (1)

De repente - ou quase - uma nova sigla surge no noticiário e não se consegue encontrar um definição formal explícita, condensada, do que realmente se trata.
Estou falando de OTT ("Over The Top") relacionado, parece, ao serviço de vídeo sob demanda.

Algumas boas almas podem nos ajudar com uma definição beeeem didática, explicando o porquê do nome, e citando muiiitos exemplos?  :-)
Nada contra uma - ou mais - definições "qualitativas", para que todos entendam, seguidas de comentários mais técnicos, para a turma mais exigente.  :-)  Sim, claro, e comentários também sobre os desafios do mercado, da legislação e a preocupação das empresa envolvidas com o assunto.

O objetivo é, basicamente, ambientar os participantes e leitores e poder acompanhar o tema e seus desdobramentos.

Não sou jornalista e não é o caso de "ensinar padre a rezar missa" mas é preciso atenção por parte da mídia especializada para o excesso de informações e temas do noticiário, alguns estanques, outros inter-relacionados.
É preciso sempre definir e repetir conceitos e, eventualmente, fazer uma pequena retrospectiva das questões, dentro do enfoque "para entender". É preciso "inserir" mais leitores nos assuntos em pauta e estimular o debate, a formação da opinião e a preciosa participação individual.

Vamos tentar um "resumo"?  :-)
Obrigado!

Para facilitar, relacionei algumas matérias de 2012 citando o termo "Over The Top" (OTT): "mercado OTT", "empresas OTT", "serviços OTT", "fornecedores OTT", etc...

Lei na Fonte: Teletime
[15/10/12]  Accenture aposta em forte integração entre radiodifusão e banda larga no Brasil - Samuel Possebon

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[10/10/12]   Pesquisa da Acision mostra crescimento do SMS até 2016, mas receita cai - por Lúcia Berbert

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/10/12]   Portugal Telecom constroi mega data center - por Miriam Aquino

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/10/12]  Operadoras e indústria apontam soluções para equilibrar investimentos e remuneração - por Lúcia Berbert

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/10/12]   Claro anuncia oferta de conteúdo para 4G - por Lúcia Berbert

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/10/12]  Operadoras vêem fornecedoras de OTT como parceiras, não ameaça

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[17/08/12]  Plano de metas para audiovisual entrará em consulta pública nas próximas semanas

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[01/08/12]  Empresas avançam em novos formatos de TV

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[01/08/12]  Agência estuda se modelo Netflix vai ser enquadrado como TV por assinatura

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/05/12]  Telefónica lança app para mensagens gratuitas

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[02/04/12]  Cisco aposta em conquista do mercado da classe C para ampliar oportunidades

Lei na Fonte: Tele.Síntese
[16/01/12]  Para analistas, melhoria de performance de Oi e Claro não deve afetar mercado celular - por Renan Cisi

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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Transcrições:

Lei na Fonte: Teletime
[15/10/12]  Accenture aposta em forte integração entre radiodifusão e banda larga no Brasil - Samuel Possebon

Segundo Francesco Venturini, executive partner da Accenture responsável pelo desenvolvimento da unidade de negócios de vídeo, o Brasil representa uma grande oportunidade para o mercado de conteúdos over-the-top (OTT) justamente pela possibilidade de casamento entre as emissoras de TV (broadcasters) e a banda larga. Venturini está em processo de transferência definitiva para o Brasil, mercado em que a Accenture enxerga algumas das melhores oportunidades nesse momento. "Acreditamos que a força do broadcast no Brasil e que existe uma onda no mercado over-the-top por aqui, e o mercado ainda está relativamente pouco desenvolvido", diz ele.

A aposta da Accenture é que as emissoras de TV, como grandes produtoras de conteúdo, irão rapidamente se movimentar para o mercado de banda larga, colocando seus conteúdos em aplicações OTT. Segundo ele, em breve deve ser anunciado um primeiro grande acordo entre uma emissora e a Accenture para desenvolvimento de conteúdos over-the-top por meio da plataforma Accenture Video Solution (AVS).

A solução permite ao produtor de conteúdo desenvolver desde uma plataforma de entrega sob demanda, até a inclusão dos conteúdos digitais no banco de dados (ingestion), adaptação de formatos (transcoding), distribuição digital (CDN) e ainda o desenvolvimento das telas de navegção do usuário (front end) e a plataforma de publicidade.

"O mercado tradicional de TV está em mudança. Nosso foco é o mercado de broadcast", diz ele. O cartão de visita é a experiência da U-View, no Reino Unido, que congregou diferentes broadcasters em uma plataforma OTT.

Recentemente, a Accenture anunciou também a aquisição da unidade de IPTV da Nokia Siemens Networks. Segundo Venturini, a estratégia é complementar produtos, já que hoje a Accenture vê oportunidades no mercado de IPTV, ainda que no Brasil não tenha ainda clientes nessa área.

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[10/10/12]   Pesquisa da Acision mostra crescimento do SMS até 2016, mas receita cai - por Lúcia Berbert

Já os aplicativos de mensagens instantâneas das OTTs terão crescimento exponencial

Até 2016, o uso de SMS continuará subindo, mas em velocidade menor que os serviços de mensagens instantâneas (IM, na sigla em inglês), ofertados pelas empresas Over The Top. Como resultado disso, a receita com o serviço de mensagem das operadoras deve cair. Em 2011 as operadoras contabilizaram R$ 110 bilhões. E em 2016, a receita prevista das OTTs é de R$ 20 bilhões.

Esses são alguns dos dados da pesquisa apresentada nesta quarta-feira (10) pela Acision, durante a Futurecom 2012, que acontece até amanhã no Rio de Janeiro. De acordo com a presidente da empresa para América Latina, Fátima Raimondi, ainda há possibilidade de aumentar a receita das operadoras com esse serviço, desde que apresente inovações. Ela constatou que o crescimento do uso do SMS foi sustentado principalmente pelo lançamento dos planos ilimitados pelas operadoras e pela adoção de planos de mensagens curtas mais baratos.

Para Fátima, o crescimento das OTTs é fato, mas pode se tornar insustentável porque não têm modelos de negócios. Ela acredita que boa parte das pessoas que usam aplicativos de OTTs voltariam para o SMS das operadoras se o serviço fosse mais barato. “Na pesquisa da Acision ficou claro que mesmo os usuários de smartphones valorizam o SMS”, afirmou.

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/10/12]   Portugal Telecom constroi mega data center - por Miriam Aquino

A operadora portuguesa irá oferecer capacidade de armazenamento de 30 pbytes

A Portugal Telecom aposta cada vez mais na nuvem, no armazenamento e nos serviços over the top (OTT) para transformar seu modelo de negócios. Segundo o CEO da operadora, Zeinal Bava, a operadora está construindo o sexto maior data center do mundo, com capacidade de armazenar 30 pbytes."O problema do mundo não é de computação, mas de storage", vaticinou. Este data center, segundo o executivo, poderá atender inúmeros países europeus, além do Brasil.

Dívida
O executivo disse ainda que a sua empresa conseguiu refinanciar toda a sua dívida, no valor de 1,2 bilhão de euros e que concluiu a negociação com o governo português, por determinação da Comunidade Europeia, de fazer uma nova licitação para a universalização dos serviços de telefonia fixa.

Para ele, a tendência do mercado em todo o mundo é a digitalização convergente, a mobilidade, a solução virtual e a construção de infraesturutra para a entrega de dados.

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/10/12]  Operadoras e indústria apontam soluções para equilibrar investimentos e remuneração - por Lúcia Berbert

Opções vão desde novo modelo de precificação, uso de small cells até a parceria com empresas over the top

Um novo modelo de precificação de uso das redes, adoção de small cell, uso mais intenso da tecnologia LTE, adoção de equipamentos que usam mais de uma frequência foram algumas das opções apresentadas por executivos de operadoras e da indústria para solucionar a difícil equação de mais investimentos em rede versus rentabilidade. O tema, debatido nesta terça-feira (9) durante o 14ª edição da Futurecom, que acontece no Rio de Janeiro, não foi esgotado, mas foi considerado como “música” para o governo, que aposto no crescimento da banda larga no país.

Segundo o secretário de Telecomunicações, do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, o governo tem feito sua parte para facilitar os investimentos, como licitação de espectro (2,5 GHz e 450 MHz), renúncia da ordem de R$ 6,2 bilhões para reduzir custos na construção de redes até 2016 e isenções a equipamentos. Ele acredita que a obrigação de compartilhamento de sites, que acontecerá com a aprovação do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC), que deve acontecer ainda este ano, vai contribuir para dar mais eficiência aos investimentos.

Já o presidente executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, acredita que a inteligência agregada às redes passa a ser um diferencial competitivo e, nesse caso, o compartilhamento não deve ser adotado. Ele acredita que o equilíbrio entre investimentos e remuneração passa por criatividade e inovação, inclusive de inovação tarifária. Bava defende até uma parceria com as empresas over the top, “que surfam nas redes alheias a baixo custo".

Para Paulo Cesar Teixeira, da Vivo/Telefônica, outra providência para manter o equilíbrio entre investimentos e remuneração é impedir a venda de planos ilimitados de dados. Rafael Steinhauser, da Qualcomm, as small cell são a grande promessa de amenizar o problema, enquanto João Pedro Flexa de Lima, da Huawei, defende redução do preço dos aparelhos 4G para facilitar a ampliação das redes LTE, muito mais eficientes. E Osvaldo Di Campli, da Alcatel-Lucent, afirma que é preciso mudar o modelo de negócios, apostando em soluções simples para o problema, como as small cells.

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/10/12]   Claro anuncia oferta de conteúdo para 4G - por Lúcia Berbert

Zenteno espera lançar até março o serviço de vídeo on demand para tablets e smartphones em alta definição

A Claro aposta na oferta de conteúdo para aumentar a percepção da qualidade da telefonia 4G. Em março, a operadora lança a Claro Vídeo, serviço over the top on demand de filmes, shows, documentários e séries, em streaming, capaz de competir com os serviços da Netflix e outros afins, que pode ser acessado pelo assinante em qualquer lugar.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (9) pelo presidente da operadora, Carlos Zenteno, em palestra na 14ª Futerecom, que acontece até quinta-feira, no Rio de Janeiro. O produto é destinado a smartphones e tablets 4G, mas poderá ser acessado pela rede 3G Max, sem a mesma qualidade.

Zenteno informou também que após o dia 16 deste mês, quando será oficializado o uso da frequência de 4G com a Anatel, a Claro estará iniciando a implantação da rede dessa tecnologia nas sete cidades onde acontecerão os jogos da Copa das Confederações. E anunciou a Huawei como novo fornecedor de rede, além da Ericsson. Ele não descarta a contratação de um terceiro fornecedor.

A operadora também está negociando a homologação de mais aparelhos 4G, além do Motorola Razr, já à venda nas lojas da Claro. Zenteno disse que já em fase final a homologação do Galaxy S III, da Samsung nessa tecnologia, e está analisando dispositivos da Sony e Nokia. O minimodem 4G da Huawei também já está em comercialização nas lojas da operadora.

Testes
Em testes da 4G nas cidades de Parati e Búzios, no Rio, e Campos de Jordão, em São Paulo, a Claro obteve velocidades de até 97 Mbps. O objetivo da operadora é ampliar os testes nas cidades-sedes da Copa das Confederações. A rede 4G deve estar em funcionamento até abril de 2013 e, antes de dezembro, nas outras quatro cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014. “Com isso, estaremos cumprindo a primeira meta estabelecida pela Anatel no leilão da faixa de 2,5 GHz”, disse Zenteno.

De acordo com o executivo, os investimentos do grupo em 2012 devem alcançar R$ 2,8 bilhões e, até 2014, somarão R$ 6,3 bilhões. “O Brasil ocupa a posição mais importante para a América Móvil no que diz respeito a investimentos, embora não ofereça o melhor resultado para o grupo”, disse Zenteno. Ele afirma que a grande competição existente no mercado brasileiro – uma das maiores do mundo – impede resultados financeiros mais expressivos.

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/10/12]  Operadoras vêem fornecedoras de OTT como parceiras, não ameaça

Maioria das empresas de telecomunicações, no entanto, afirma que os clientes são seus em parcerias com fornecedores over-the-top, mas os provedores do serviço ainda não trabalham com este cenário

As fornecedoras de serviços Over The Top (OTT) não são consideradas ameaças aos olhos das operadoras de telecomunicações. Uma pesquisa da Coleman Parkes, encomendada pela Amdocs, com 100 teles mostrou que 70% enxergam as empresas de OTT com parceiras e fontes de inovação, sendo que 42% acreditam que poderiam oferecer qualquer um dos serviços oferecidos pelas provedoras de OTT, só que melhor.

Sobre as parcerias com empresas de OTT, 60% das operadoras afirmam que, em todos os contratos, o cliente pertence a elas, enquanto apenas 13% dos fabricantes de dispositivos e 14% dos fornecedores de serviços OTT dizem que ainda estão se preparando para um futuro em que a experiência do cliente não os pertence.

Apesar da aparente discordância sobre de quem é o cliente, os três segmentos estão dispostos a compartilhar seus principais atributos para atingir as metas de suas parcerias: 74% das empresas de OTT e 73% das fabricantes de dispositivos estão dispostas a expor e compartilhar seus principais atributos. No caso das operadoras, 56% estão dispostas a fazê-lo.

A parceria é vista pelas operadoras como uma oportunidade para ampliar o alcance de sua rede em 40% dos casos e como um meio para desenvolverem novos produtos e serviços para 34% das eles entrevistadas.

"Uma das principais descobertas desta pesquisa é que, mesmo tendo interesses diferentes, as operadoras, fabricantes de dispositivos e fornecedoras OTT reconhecem cada vez mais a necessidade de trabalharem juntas e formarem parcerias para alcançar metas comuns", afirmou Rebecca Prudhomme, vice-presidente de marketing de produtos e soluções da Amdocs.

A pesquisa foi baseada em entrevistas por telefone com 100 tomadores de decisão das operadoras, fornecedores de serviços OTT e fabricantes de dispositivos da América do Norte, Caribe e América Latina, Europa e região Ásia Pacífico realizadas entre junho e julho de 2012. (Da redação)

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[17/08/12]   Plano de metas para audiovisual entrará em consulta pública nas próximas semanas

Documento prevê a inserção do conteúdo nacional na internet e novos meios, como dispositivos móveis e serviços over the top

Pela primeira vez o Brasil terá uma política pública de longo prazo para cinema e audiovisual com metas. Pelo menos esta é a intenção da Agência Nacional do Cinema (Ancine) que preparou o Plano de Diretrizes e Metas para o Audiovisual, que deve entrar em consulta pública nas próximas semanas.

O plano trabalha com cenário até 2020 e estabelece diretrizes para as políticas de fomento, capacitação, TV Paga, salas de cinema, produção e mais, totalizando doze, ao todo. O documento prevê a inserção do conteúdo nacional também na internet e novos meios, como dispositivos móveis, lojas de aplicativos, serviços over the top, entre outras. “É um plano ousado”, afirmou uma fonte com acesso ao tema.

O Plano guiará os investimentos do Fundo Setorial do Audiovisual e as ações do poder público no desenvolvimento do audiovisual brasileiro e foi aprovado na semana passada pelo Conselho Superior de Cinema.

O documento direcionará, por exemplo, a aplicação dos R$ 400 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual, arrecadados pela Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) que também depende da nomeação do Comitê Gestor do Fundo Setorial do Audiovisual, previsto para os próximos dias.

Após a aprovação pelo Conselho Superior de Cinema na semana passada, o texto segue agora para consulta pública por 120 dias. A expectativa é de que em duas semanas o texto seja divulgado.

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[01/08/12]  Empresas avançam em novos formatos de TV

Avanço maior ainda esbarra na ausência de modelo para garantir rentabilidade de toda cadeia

Apesar de muito se falar na TV em todos os lugares, conectadas, conteúdo sob demanda, a definição de modelos de negócio ainda segue sendo o grande desafio. Apesar disso, alguns passos estão sendo dados, como o lançamento do Telecine Play, em que os assinantes de TV por assinatura podem acessar filmes a partir de computadores e dispositivos móveis conectados. A GVT avança no lançamento de aplicativos que utilizam a rede e a Net lança canais pagos sob demanda.

Mas, por hora, o que se vê majoritariamente é a oferta de conteúdo sob demanda sem cobrança. Dos 30 milhões de conteúdos digitais que a Net Serviços entregou desde o lançamento do seu serviço sob demanda, o NOW, 90% foi grátis. A vantagem está na redução do churn, taxa de cancelamento da assinatura, explica Marcio Carvalho, diretor de produtos da Net. Segundo ele, o NOW reduz os cancelamentos em porcentual de dois dígitos.

A Net, no entanto, lançou o NetMix e do Philos, canais sob demanda com conteúdo segmentado. Segundo Márcio, mais produtos serão adicionados ao "Now Clube" todos baseados na lógica de segmentação de mercado.

A oferta segmentada é o grande negócio nos novos modelos de oferta de TV paga, na avaliação de Antonio Barreto, CEO da ADL, companhia de desenvolvimento, integração e entrega de produtos de entretenimento por meio digital. "Finalmente a cauda longa chegou".

Para Carvalho, porém, os novos modelos de oferta de TV ainda esbarram na indefinição de um modelo que garanta a rentabilidade de todos os parceiros. Dante Compagno, diretor de TV por assinatura da GVT, afirma que a operadora fará, com certeza, oferta de TV em qualquer lugar, mas o interesse também é freados pela falta de modelo de negócio. "Já demos um primeiro passo com o Telecine Play", disse. Os assinantes das operadoras Vivo, GVT e Net serão os primeiros a usar a plataforma, seguidos dos assinantes da Claro, em setembro.

Uma das formas possíveis de rentabilizar a interatividade na TV Digital, na avaliação de Rodrigo Dienstman, diretor de operação da Cisco do Brasil, é agregando conteúdo em tela adicional. Ele citou como exemplo, a oferta de conteúdo em tela adicional durante uma corrida de Fórmula 1: enquanto o usuário assiste a uma corrida, pode acessar informações no tablet, ter a visão dos pilotos, saber o o tempo de volta dos pilotos.

Em outubro, a Vivo relançará sua IPTV, com a fibra até a casa dos usuários, na Região Metropolitana de São Paulo, Santos e Campinas, com planejamento de expansão. A partir daí, dará início aos serviços de interatividade na TV. "Vamos acelerar bastante com TV, será uma plataforma totalmente diferenciada".

As declarações foram dadas na feira da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA).

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[01/08/12]  Agência estuda se modelo Netflix vai ser enquadrado como TV por assinatura

"Há muitos serviços de vídeo sob demanda na internet que se confundem com TV por assinatura", afirma superintendente Marconi Maia.

A Anatel estuda e pretende ter uma posição do conselho diretor sobre as ofertas de conteúdos audiovisuais sob demanda ou over the top (OTT) na internet. Segundo o superintendente de serviços de Comunicação de Massa da Anatel, Marconi Maia, há muitas ofertas que podem ser confundidas com o serviço de Acesso Condicionado (SeAC), por cobrarem assinatura e/ou terem grades seriadas de programação, e por isto, poderiam ser obrigadas a obter licenças de SeAC.

"Estamos estudando o assunto, até porque algumas empresas europeias apresentaram modelos para a agência muito próximos ao SeAC", assinala o executivo.

Se a agência decidir que algumas dessas ofertas igualam-se ao SeAC, esses canais terão que cumprir as mesmas regras do atual mercado de TV paga, ou seja, cumpri as cotas de conteúdo nacional, entre outras obrigações. "Poderão ter que atender aos mesmos condicionantes de programação e empacotamento", completou ele, que participou do Congresso ABTA.

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[09/05/12]  Telefónica lança app para mensagens gratuitas

A aplicação está disponível na Espanha

A Telefónica lançou uma aplicação para smartphone que permite que o cliente dispare mensagens instantâneas, fotos e video além de falar de graça com seus amigos que usam o mesmo app. O TU Me foi desenvolvido pela Telefónica Digital, a unidade de inovação da carrier, criada em setembro de 2010.

O app está, no momento, disponível apenas para os iPhones da Apple, mas será lançado em breve também para o smartphone com Android do Google. A aplicação pode ser baixada de graça.

O movimento da operadora espanhola é uma resposta aos populares sistemas over the top como o iMessagem da Apple, ou o BBM da Blackberry, ou mesmo as aplicaçoes do Facebook. Analistas estimam que estes sistemas conquistaram milhares de usuários em todo o mundo e custaram às operadoras de telecom bilhões de dólares de receitas, pois canibalizaram seus tradicionais sistemas de voz e de torpedos.

Para Stephen Shurrock, diretor comercial da Telefónica Digital, afirmou que a empresa não teme um grande impacto negativo em suas receitas por causa desta nova aplicação. ( Da redação, com Financial Time).

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[02/04/12]  Cisco aposta em conquista do mercado da classe C para ampliar oportunidades

Segundo Anderson André, diretor de service provider da Cisco, quem não aproveitar a breve janela de oportunidade pode ficar para trás

Pense na seguinte fórmula: crescimento contínuo da economia brasileira nos últimos anos, mais a ascensão social de milhares de brasileiros das classes E e D para a classe C, é igual a... Segundo Anderson André, diretor de service provider da Cisco. “Trata-se de uma janela para os negócios, e cabe aos operadores de serviços de telecom aproveitar esse momento singular”, afirma.

“Esses brasileiros que ascenderam começam inicialmente a consumir material de construção, uma televisão nova e, por fim, tecnologia e serviços. E essa é a chance das operadoras. Isso leva a mais capacidade de consumo ligado a serviços na internet. Este é o momento de invadir e capturar esse mercado com desejo de consumo”

André prossegue: “As pessoas estão passando cada vez mais tempo na TV. Só que essa experiência está sendo transformada pela qualidade dos aparelhos, e também pelo entretenimento on line e o vídeo on demand. Tudo isso sofistica a experiência”. Segundo ele, “o grande desafio é abrir a cabeça, e entender o que podemos fazer neste cenário de crescimento do mercado de consumo. É preciso escolher uma tecnologia adequada para esses serviços de vídeo, e ter uma estratégia para entregá-los ao consumidor da forma apropriada”.

Quanto mais banda larga o usuário tem, mais ele se torna consumista de serviços avançados, principalmente do Netflix e outros acessos over the top. “E considerando o PIB per capita, há uma fila invisível de pessoas querendo adotar e consumir a banda larga de alta velocidade e os serviços que ela oferece. A previsão para os próximos dez anos mostra que tanto a banda larga fixa quanto móvel e TV paga vão crescer constantemente e a taxas elevadas”.

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Lei na Fonte: Tele.Síntese
[16/01/12]  Para analistas, melhoria de performance de Oi e Claro não deve afetar mercado celular - por Renan Cisi

A expectativa de analistas de mercado é de que a Claro, que em meados de 2011 iniciou a oferta de combos com a Embratel e a Net, e a Oi, com a conclusão de seu processo de reestruturação acionária e menos concentrada em gerar caixa para pagar a dívida, vão ter uma atuação mais forte, em 2012, no mercado de telefonia celular.

Nos últimos anos, seu crescimento ficou abaixo dos líderes de mercado, Vivo e TIM.
Mesmo com esse reposicionamento, no entanto, a crença do mercado, como mostram os relatórios sobre o mercado de telecomunicações divulgados pelos bancos Fator e Merrill Lynch, é de que não haverá mudança radical no cenário de competição na telefonia móvel celular no Brasil.
“Os movimentos positivos da América Móvil e da Oi não devem ter repercussão, este ano, em termos de alteração acentuada do market share.

Nem o aumento da competição deve provocar uma queda muito acentuada dos preços, com redução da rentabilidade a ponto de afetar as margens que, no Brasil, com média de 30%, já é baixa em relação ao resto do mundo”, observa um analista.
Ele pontua, no entanto, que o preço da telefonia móvel vai continuar em queda, seguindo a tendência dos últimos anos, mas que deve haver uma compensação pela migração dos usuários da telefonia fixa para a móvel.
Os serviços móveis respondem por 53% da receita das operadoras de telecomunicações, percentual que atinge 65% nos demais países emergentes.

Da mesma forma que a expectativa é de manutenção de expansão da voz móvel, os analistas são unânimes em destacar a importância da banda larga móvel para atender a demanda.
Na visão da fonte, a banda larga móvel no final de novembro de 2011, o Brasil contava com 38,9 milhões de acessos móveis e 16,5 milhões de acessos fixos é um fenômeno que pressiona a principal aposta das concessionárias fixas para compensar a queda de tráfego da voz fixa: a banda larga fixa.

De acordo com o relatório do Fator, as redes móveis serão um dos principais instrumentos para a universalização da banda larga no país nos próximos anos.
Porém, a canibalização da banda larga fixa pela móvel só acontecerá, diz o relatório, quando entrar em cena a telefonia móvel de quarta geração, capaz de prover maiores velocidades e mais qualidade.

Enquanto a tecnologia for a 3G, dadas as suas limitações (rede compartilhada, constantes investimentos em backhaul e espectro limitado), há espaço para a expansão da banda larga fixa, sobretudo das tecnologias de cabo (HFC, de Hybrid Fiber Coaxial) e de fibra óptica.

No futuro, a previsão é de que a banda larga móvel será dominante.
“A GVT vai ter de encontrar uma solução wireless”, comenta um analista.

Produtos convergentes

Com a aprovação da nova lei da TV paga, que criou o Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), os analistas preveem uma expansão do serviço no país, o que já vem ocorrendo com ofertas múltiplas de serviços convergentes em uma mesma plataforma ou por diferentes plataformas.

Em outubro de 2011, o país tinha, segundo dados da Anatel, 12,2 milhões de assinantes de TV paga, com crescimento de 29,5% em relação a outubro do ano anterior. “Vamos viver, com atraso, um movimento já ocorrido em outros países que não tinham limitações regulatórias para a atuação das concessionárias na TV paga. Com esse atraso, a expansão dos serviços OTT (over the top), prestados por meio da internet, que já pressionam as operadoras de TV a cabo nos Estados Unidos, por exemplo, não está ainda na pauta do Brasil. Lá, de acordo com o relatório do Fator, no segundo trimestre de 2011 as operadoras de cabo perderam 580 mil assinantes, dos quais 380 mil migraram para serviços de TV oferecidos por empresas de telecomunicações, e parte dos outros 200 mil para o serviço OTT.

Mesmo assim, as operadoras tradicionais de TV paga, a líder Net e a TVA/Telefônica, estão turbinando seus serviços de vídeo on demand para fazer frente à chegada de ofertas de vídeo pela internet, como a da Netlfix, maior locadora mundial de filmes via streaming de vídeos (serviço OTT).

Pioneira, a Net lançou em meados de 2011 o Now, no qual 90% dos streams são de conteúdo oferecido de forma gratuita aos assinantes do serviço de TV paga.

Em termos regulatórios, os analistas estão atentos a dois movimentos que vão ter impacto no mercado em 2012: o leilão das frequências de 2,5 GHz e a entrada em vigor da Plano Geral de Metas de Competição (PGMC).

Marcado para abril, o leilão, na opinião da equipe da Merrill Lynch, poderá ter impacto negativo na expectativa do investidor se os preços do bid forem puxados para cima com a eventual participação de um quinto competidor, no caso, a Sky.

Mas com a modelagem que está sendo desenhada pelo regulador (ainda não tornada pública), e o atrelamento a este leilão da venda da frequência de 450 MHz, os analistas acham pouco provável a supervalorização do preço das frequências.
A estimativa deles é de que uma operadora gaste entre R$ 500 milhões e R$ 1,5 bilhão por um bloco de 20 MHz, cobrindo todas as regiões do país.

Se, para a equipe do Fator, a implementação do PGMC, com a obrigatoriedade de abertura das redes para as empresas com Poder Significativo de Mercado, é um movimento a ser acompanhado com atenção pelo seu potencial de influir nos investimentos, analistas do Merrill Lynch acreditam que seus reflexos não vão ser sentidos em 2012.
“Primeiro, é preciso ver se a regulamentação vai “pegar”. Depois, as operadoras dominantes reclamam muito mas acabam se acomodando”, avalia um especialista.

Não se pode dizer que o setor vai enfrentar, em 2012, um céu de brigadeiro com a enorme crise na zona do euro, mas as apostas dos analistas são de que não há nada que indique risco de redução dos investimentos.

Primeiro, porque todas as operadoras à exceção da Oi, que deve investir mais porque represou os investimentos em anos anteriores programaram investimentos mais ou menos equivalentes
aos do ano anterior.
“Não há uma explosão”, pondera um analista.

Em segundo lugar, porque as operadoras se encontram em uma situação confortável em termos de endividamento. “TIM e Vivo registram uma relação de 0,3 a 0,4 vezes na divisão da dívida líquida pelo Ebtida; e o índice da Oi, que apresenta a maior relação, não passa de 1,8”, observa a mesma fonte.
O diretor de consultoria da PromonLogicalis, Luís Minoru, é da mesma opinião. Ele lembra que, apesar da instabilidade econômica mundial, os planos para o Brasil continuam fortes, até pela demanda do mercado interno.

Mas alerta para um risco: “Ao contrário de se imaginar que neste momento o mercado brasileiro mais estável vai receber mais investimento, é preciso considerar que há também uma pressão muito forte para que essas empresas paguem dividendos aos acionistas para que suas ações não caiam muito, o que acaba reduzindo os investimentos”, diz.
No entanto, ele ressalta que até o momento não viu nenhum movimento das operadoras nesse sentido.