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18/09/12
• e-Thesis: Small cells: você ainda vai ter a sua...
Leia na Fonte: e-Thesis
[08/09/12]
Small cells: você ainda vai ter a sua...
Texto final e entrevistas: Jana de Paula, "owner" do e-Thesis (foto)
Small cells são estações móveis compactas, de baixa potência e pequeno
alcance, ao contrário das macro células atuais, cujo alcance é de dezenas de
quilômetros. As small cells são compostas por células micro, pico, femto, atto
etc. - instaladas em residências ou pequenas empresas e conectadas à rede da
provedora via banda larga - e metrocélulas, que são módulos com capacidade
maior, cujo alcance é de poucas centenas de metros e geralmente ficam na parte
interna ou externa de grandes edifícios, shoppings centers, estações e estádios.
A
Amdocs, fornecedora de soluções de rede, anunciou esta semana parte de sua
estratégia para suprir a demanda próxima pelas pequenas células (small cells**)
no mercado brasileiro e latino americano de telecom. O cenário de negócios
abrange as operadoras móveis que, mesmo reticentes no compartilhamento de suas
táticas, já assumiram que estas pequenas células e o Wi-Fi são fatores
importantes para melhorar o desempenho e a velocidade de suas redes, neste
momento em que elas são 3G, mas desejam se tornar LTE. Até o governo, na figura
da presidente Dilma Rousseff, sinalizou que a instalação destas células
minúsculas no país será incentivada com redução de tributos e outros incentivos
industriais. Travada desde 2011 nas gavetas da Anatel, a adoção das femtocells
pelas operadoras com atuação local, subitamente, é facilitada. Por quê?
"Serão necessários novos investimentos em fibra óptica, microondas, Wi-Fi, redes
Giga-on etc. para aumentar o desempenho e a capilaridade das redes móveis nos
próximos cinco anos. Nesta atmosfera há inúmeras variantes e muitas as partes
envolvidas. O fato é que se espera, neste período, uma demanda 20 vezes superior
por dados móveis e fixos. É um tremendo desafio a ser enfrentado pelos
departamentos de planejamento e logística de redes das operadoras", disse ao
e-Thesis, Patrick McGrory, presidente da Amdocs para América Latina e Central. A
Amdocs, inclusive, encomendou à Rethink Wireless um estudo que aponta que a
instalação das pequenas células é essencial para que as operadoras lidem com o
aumento de demanda pela rede 3G e para cumprir as expectativas do mercado em
relação à LTE (os pontos mais destacados do estudo serão apresentados no final
do texto).
Jose Smolka, engenheiro e consultor sênior do mercado de telecom, reforça que as
small cells estão na mira das operadoras "por uma razão muito simples: o tráfego
não para de aumentar". O tráfego de dados, especialmente. E é bom lembrar que,
na LTE, a voz também vai trafegar via rede de dados. E, já que as medidas de
ampliação através do aumento da eficiência espectral da interface aérea já
atingiram toda a envergadura possível, Smolka destaca que o aumento de
capacidade da rede só pode ser conseguido, nos locais de maior congestionamento,
através de uma entre as seguintes alternativas:
a) Mudança da rede atual para uma rede exclusivamente de small cells (micro,
pico, femto, atto... tanto faz o prefixo, a ideia é igual);
b) Uso de um modelo híbrido (heterogeneous networks ou Het Nets no jargão da
moda), com uma cobertura de small cells subjacente à cobertura de células macro;
e
c) Offload de parte do tráfego para outras redes wireless (ex.: Wi-Fi offload).
E o especialista continua:
"A alternativa (a) tem o problema do custo de substituição das células atuais
pelas novas, além da necessidade de instalação de backhaul para escoamento do
tráfego das small cells. A alternativa (b) é bonita no papel e está até prevista
no release 10 do 3GPP; porém, os fabricantes de equipamentos ainda estão longe
de atender os requisitos completos do release 10. Além disso - mais o problema
do custo de instalação -, existe a questão da interferência entre small cells e
big cells (o processo de gestão do handover, por exemplo, fica bem mais
complexo).
"Por tudo isso, o que as operadoras parecem estar fazendo, em termos práticos,
hoje em dia, é apostar na alternativa (c) como forma de, pelo menos, ‘passar a
chuva'. Só que existe o que eu chamo de ‘efeito TCP/IP': usa-se o Wi-Fi porque
já está aí, é maduro, é seguro e é fácil; depois, quando quiserem voltar para o
que julgam ser a solução ideal, as operadoras vão descobrir que o provisório
está tão entranhado no negócio e funcionando tão bem que, de fato, ele vira o
padrão", avalia ele.
Talvez, seja por não desejarem ficar muito dependentes do Wi-Fi que as
operadoras e o governo neste momento partem com força em direção à alternativa
(b), já que não é economicamente viável a formação de uma rede exclusivamente
composta das small cells, alternativa (a). (...)
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