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26/09/12
• Ethevaldo: "Um entulho regulatório" + Mazza: "Anatel: A Deusa das
Telecomunicações" + Notícias sobre o recente evento da FIESP
Olá, WirelessBR e Celld-group!
01.
Permito-me encadear dois recortes de matérias transcritas abaixo, para
introduzir o conteúdo deste "post":
"A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) promoveu nesta terça-feira, 25, um grande debate sobre o futuro das telecomunicações. Esta é a quarta edição do evento e, ao contrário do que se pode imaginar, o clima esquentou bastante na abertura do seminário. Pelo que se viu, a indústria não está nada confortável com o comportamento da Anatel nos últimos tempos. As autoridades públicas que compareceram ao evento devem ter saído com uma grande dor-de-cabeça." (Mariana Mazza)
"A reação maior veio do secretário-executivo do ministério das Comunicações,
Cezar Alvarez. "É uma blasfêmia acusar a Anatel quando ela toma medidas em prol
do consumidor".
De acordo ainda com Alvarez, não é verdade que o setor de Telecom sofra, hoje,
de instabilidade regulatória. "Creio que podemos dizer que vivemos uma fase sem
precedente nos serviços (de telecomunicações). Uma explicação está no mercado
consumidor em expansão e também um ambiente regulatório estável", afirmou." (Ana
Paula Lobo)
A "instabilidade regulatória" citada por Alvarez me faz lembrar de um texto
recente de Ethevaldo Siqueira, ainda não veiculado em nossos fóruns.
O título diz tudo:
Leia na Fonte: Estadão / Blogs / Ethevaldo Siqueira
[01/09/12]
Um entulho regulatório - por Ethevaldo Siqueira (transcrito abaixo)
02
Mariana Mazza comenta:
Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[25/09/12]
Anatel: A Deusa das Telecomunicações - por Mariana Mazza
03.
Notícias recentes sobre este "imbróglio falatório": :-)
Leia na Fonte: Convergência Digital
[25/09/12]
Fiesp chama Anatel de incompetente e Minicom reage à 'blasfêmia" - por Ana
Paula Lobo
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/09/12]
Para ministro das Comunicações, acusação da Fiesp à incompetência da Anatel é
eleitoreira
Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/09/12]
Anatel reage e diz que Fiesp está desinformada sobre o setor - por Ana Paula
Lobo
Comentários?
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Estadão / Blogs / Ethevaldo Siqueira
[01/09/12]
Um entulho regulatório - por Ethevaldo Siqueira
Coluna do Estadão de 2 de setembro de 2012
O
Código Brasileiro de Telecomunicações (CBT), primeiro marco regulatório do
setor, completou 50 anos na semana passada. A Lei Geral de Telecomunicações
(LGT), de 1997, já envelheceu, aos 15 anos de idade. Eis aí duas boas razões
para que o Brasil dê prioridade à atualização de sua legislação nesse campo
fundamental, que compreende telecomunicações, rádio, TV aberta, internet e todas
as demais formas de comunicação eletrônica. Aliás, a legislação desse setor
apresenta hoje lacunas e conflitos, decorrentes da desatualização regulatória
diante das mudanças tecnológicas ao longo de 50 anos.
A radiodifusão brasileira, por exemplo, rege-se ainda por um verdadeiro entulho
regulatório, ou seja, por um capítulo do velho Código (Lei 4.117, de 27 de
agosto de 1962), além de decretos do regime militar. O Código de 1962 envelheceu
e se transformou em obstáculo ao desenvolvimento setorial, embora tenha
representado, na época, ao nascer, um avanço extraordinário, tanto para as
telecomunicações quanto para a radiodifusão do País,
Mesmo a LGT – ou seja, a Lei 9.472, de 16 de julho de 1997 – que se limita à
área de telecomunicações, já deveria ter sido substituída por outra mais moderna
e democrática,levando-se em conta a evolução tecnológica ocorrida nos últimos
anos e, em especial, o impacto da internet e da mobilidade.
Quandt relembra
Recorro aos meus arquivos, para resgatar o conteúdo de algumas entrevistas que
fiz sobre o CBT com o ex-ministro Euclides Quandt de Oliveira, titular do
Ministério das Comunicações de 1974 a 1979, nos anos 1970 e 1980, sobre o
nascimento do Código.
Quandt conta que os primeiros projetos apresentados a partir de 1957 tinham,
entre outros propósitos, formular uma política nacional setorial e permitir a
sobrevivência da radiodifusão em mãos da iniciativa privada, diante da ameaça de
estatização que crescia desde 1961, com o ex-presidente Jânio Quadros e, mais
ainda, com seu sucessor, João Goulart. Prova disso eram as punições de emissoras
de rádio por razões políticas, com risco até de perda da concessão.
Depois de vários substitutivos, apresentados entre 1957 e 1961, nasceu o texto
que seria transformado no Código Brasileiro de Telecomunicações, quando o então
deputado federal Nicolau Tuma conseguiu aprovar o primeiro projeto, mesmo com um
total de 99 emendas.
“A aceleração do projeto ocorreu – relembra Quandt de Oliveira – em decorrência
de uma punição arbitrária e inesperada aplicada, em 1961, à Rádio Jornal do
Brasil, pelo então presidente Jânio Quadros, simplesmente porque ficou
contrariado com as críticas que lhe foram feitas em um programa daquela
emissora. A emissora foi, então, suspensa, por dois dias”.
Preocupados com o arbítrio governamental, os dirigentes da radiodifusão
brasileira se uniram e continuaram sua lutara por uma nova legislação, mesmo
depois da renúncia de Jânio Quadros, ocorrida em agosto de 1961. A Lei 4.117,
aprovada em 27 de agosto de 1962, recebeu, no entanto, 52 vetos do então
presidente João Goulart. Três meses depois, o Congresso, mobilizado pela
radiodifusão, apreciou e derrubou a totalidade dos vetos de João Goulart, no dia
27 de novembro de 1962. Nascia, então, o Código Brasileiro de Telecomunicações.
Na mesma data, era criada a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e
Televisão (Abert), para unificar a luta diante de ameaças futuras.
Obsolescência
Ao longo de meio século, o Código, que era um avanço democrático em 1962, acabou
se tornando um documento obsoleto e ineficaz. Nem a LGT, de 1997, resistiu à
obsolescência. Nos últimos 50 anos, o mundo assistiu à chegada da comunicação
via satélite, da TV em cores, das fibras ópticas, dos novos cabos submarinos e
do processo de digitalização dos sistemas de transmissão. Nos últimos 15 anos,
ocorreu a explosão da mobilidade e da internet. O País tem hoje mais de 260
milhões de celulares e 70 milhões de acessos de banda larga.
Há conceitos que devem sempre ser reafirmados, nesse campo: radiodifusão e as
telecomunicações são mundos complementares. Um produz conteúdo. Outro
transporta. A radiodifusão trabalha essencialmente com conteúdos de informação,
entretenimento, conhecimento, opinião política e cultura. As telecomunicações
levam tudo isso aos confins do território nacional.
O que falta
O Brasil precisa, sim, de um novo marco institucional muito mais abrangente, que
englobe todas as formas de comunicação, que harmonize e unifique esse universo
extraordinário, sob o comando de única uma agência reguladora, altamente
profissional e independente, num ambiente tecnológico a cada dia mais dominado
pela internet, pela convergência e pela mobilidade. O que falta ao setor é,
assegurar o melhor convívio possível entre telecomunicações, radiodifusão, TV
por assinatura e as novas formas de comunicação eletrônica,
O Brasil já poderia ter feito a grande reforma setorial, em 1997, mas nem o
ex-ministro das Comunicações, Sérgio Motta, se dispôs a enfrentar às
resistências políticas e a massa de interesses contrários à revisão da
legislação arcaica de radiodifusão. Por isso, limitou-se a cuidar da reforma da
telefonia, separando, assim, telecomunicações, em seu sentido amplo, da
radiodifusão.
Está na hora de completar o trabalho.
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Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[25/09/12]
Anatel: A Deusa das Telecomunicações - por Mariana Mazza
A
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) promoveu nesta
terça-feira, 25, um grande debate sobre o futuro das telecomunicações. Esta é a
quarta edição do evento e, ao contrário do que se pode imaginar, o clima
esquentou bastante na abertura do seminário. Pelo que se viu, a indústria não
está nada confortável com o comportamento da Anatel nos últimos tempos. As
autoridades públicas que compareceram ao evento devem ter saído com uma grande
dor-de-cabeça.
O ponto de atrito foi a medida tomada pela agência reguladora das
telecomunicações de suspender a habilitação de novos aparelhos celulares pelas
companhias TIM, Oi e Claro por 10 dias, durante o mês de julho. Na época, a
Anatel justificou a proibição, executada por meio de uma medida cautelar, como a
única forma de conter a degradação da qualidade na telefonia móvel. Para a
diretoria de Infraestrutura da Fiesp, o que aconteceu foi uma incompetência da
agência em uma de suas mais básicas funções: acompanhar o que está acontecendo
no setor e agir antes de um eventual colapso. A Anatel não teve competência para
analisar a situação e teve que parir para uma atitude radical. Não é assim que
deve funcionar o mercado, afirmou o diretor Carlos Cavalcanti, segundo o portal
Convergência Digital.
Em geral, não compartilho opiniões com a Fiesp no setor de telecomunicações.
Mas, desta vez, concordo totalmente com Cavalcanti. Quando a Anatel emitiu a
cautelar, reclamei dos mesmo pontos aqui na coluna. Outra crítica muito acertada
feita pela Fiesp foi com relação à esquizofrenia do governo de estimular que as
empresas invistam na quarta geração de telefonia celular antes mesmo de ter
completado a implementação do 3G. O Brasil foi obrigado a acompanhar os avanços
tecnológicos da telefonia móvel 4G sem que o sistema 3G tivesse sido plenamente
implantado, afirmou Cavalcanti. Na visão do diretor, essa estratégia comprometeu
os investimentos programados na telefonia móvel, estimulando que as operadoras
gastassem os recursos pagando ágio por uma nova licença ao invés de reforçar a
rede em operação.
Mais surpreendente do que as críticas da Fiesp foi a reação das autoridades. O
secretario-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, chamou os
comentários de Carlos Cavalcanti de blasfêmia. É uma blasfêmia acusar a Anatel
quando ela toma medidas em prol do consumidor. O exagero da palavra escolhida
por Alvarez diz muito sobre o setor de telecomunicações. A Anatel é vista como
um deus. E a Deusa das Telecomunicações não pode ser contrariada nunca. Na ótica
da Anatel e do Minicom, a política de telecomunicações é infalível. E aos que
ousarem criticar as ações da agência reguladora, está reservado um inferno
repleto de celulares fora de área e preços abusivos. Dizer que a medida é
pró-consumidor é outra aberração. A favor do consumidor seria uma ação contínua
de fiscalização, tal qual pede a Fiesp, para evitar que os problemas
aparecessem. Não é à toa que a reputação da Anatel na sociedade é tão ruim (ou
até pior) do que a das próprias empresas prestadoras de serviço.
O representante da Anatel presente na abertura no evento, conselheiro Jarbas
Valente, optou pelo silêncio. Um silêncio, aliás, cheio de significado. Afinal,
oficialmente a Anatel agiu sem interferência do Ministério das Comunicações. A
decisão de suspender as vendas foi tomada pelo superintendente de Serviços
Privados, Bruno Ramos, que sequer se deu ao trabalho de consultar o Conselho
Diretor da autarquia antes de emitir a cautelar. O ministro das Comunicações,
Paulo Bernardo, estava no exterior em viagem oficial e, quando voltou, parecia
bastante incomodado com a medida. Tanto que passou uma semana dizendo que a
liberação das vendas deveria ser feita o mais rápido possível.
Sob a pressão dos representantes da indústria, os papéis se inverteram. A Anatel
saiu de fininho e coube ao Ministério das Comunicações desembainhar a espada e
iniciar a cruzada contra os infiéis. O silêncio de Jarbas Valente pode ser
explicado pelo histórico do conselheiro dentro da Anatel. Antes de Bruno Ramos
assumir a superintendência, era Valente quem cuidava das operadoras de telefonia
celular. E foi ele um dos primeiros a constatar que algo andava mal nas redes
móveis. Em dezembro de 2009, Valente anunciou que estava criando um grupo de
trabalho permanente para avaliar a qualidade na telefonia móvel. Três anos antes
da drástica suspensão das vendas de novos celulares, o então superintendente
disse que não havia culpados para os problemas na qualidade. Não é culpa deles
nem é culpa nossa. É um problema conjuntural.
Na época em que essa frase foi dita, a análise era sincera. Ninguém previa a
explosão da procura por banda larga móvel que sobrecarregou as redes. Mas,
depois de três anos da constatação do problema e a promoção de Valente ao
Conselho Diretor da Anatel a impressão é de que, pouco a pouco, a culpa foi se
espalhando pelo setor. Tivessem todos se engajado em realmente resolver o
problema, a cautelar não teria sido necessária. Como superintendente, Valente
fez o que era esperado. Não se sabe se o controle dos investimentos em qualidade
continuou sendo feito depois de sua saída do cargo. Talvez por isso o agora
conselheiro fique constrangimento e sequer tente defender a ação de seu
sucessor. No final das contas, ele sabe que planejamento e controle são
essenciais para evitar uma crise.
Ironicamente, agora é Bruno Ramos quem tenta subir mais um degrau na hierarquia
da Anatel. Seu nome vem sendo cotado há meses para ocupar a vaga da conselheira
Emília Ribeiro, cujo mandato expira no próximo mês. Tecnicamente, Emília ainda
pode ser reconduzida ao cargo. Mas no campo político, todas as forças tem se
voltado para substituí-la, apesar do trabalho irrepreensível da conselheira na
diretoria da Anatel. Este pode ser mais um episódio da cruzada pró-consumidor
travada pelo Ministério das Comunicações. A jogada previa que Bruno Ramos, após
a cautelar, seria carregado nos braços do povo para a cadeira no Conselho
Diretor. Mas parece que as coisas não estão saindo como planejado. Dois meses
após a cautelar, os problemas de qualidade continuam. As teles ainda são as
empresas mais reclamadas do Brasil. E agora, nem mesmo a indústria,
historicamente tão gentil com a Anatel, consegue defender as ações da autarquia.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[25/09/12]
Fiesp chama Anatel de incompetente e Minicom reage à 'blasfêmia" - por Ana
Paula Lobo
O diretor de infraestrutura da Federação das Indústrias de São Paulo, Carlos
Cavalcanti, não poupou críticas à agência reguladora e ao governo durante a sua
participação no IV seminário de Telecomunicações, nesta terça-feira, 25/09.
Segundo ele, se o setor de telefonia móvel chegou ao ponto de ter de suspender
as vendas de chips por conta da má qualidade dos serviços, a culpa é da Anatel
que não soube perceber a situação e agir de forma pró-ativa. "A Anatel não teve
competência para analisar a situação e teve que partir para uma atitude radical.
Não é assim que deve funcionar o mercado", declarou.
A crítica provocou uma 'saia-justa', uma vez que o evento conta com a
participação de executivos de operadoras e de fornecedores de serviços de
Telecom. A reação maior veio do secretário-executivo do ministério das
Comunicações, Cezar Alvarez. "É uma blasfêmia acusar a Anatel quando ela toma
medidas em prol do consumidor".
De acordo ainda com Alvarez, não é verdade que o setor de Telecom sofra, hoje,
de instabilidade regulatória. "Creio que podemos dizer que vivemos uma fase sem
precedente nos serviços (de telecomunicações). Uma explicação está no mercado
consumidor em expansão e também um ambiente regulatório estável", afirmou.
Cavalcanti, da Fiesp, também colocou à mesa o contingenciamento de recursos do
fistel - Fundo de Fiscalização das Telecomunicações - que é cobrado para ajudar
a Anatel para monitorar os recursos das teles. E cobrou também o que chamou de
'ágio' do governo com o também contingenciamento dos recursos do Funttel - Fundo
Nacional de Telecomunicações. "esse ágio impede que as teles invistam mais em
redes", disparou.
O conselheiro da Anatel, Jarbas Valente, presente ao evento, evitou comentar a
crítica do diretor da Fiesp. Disse apenas que a agência está cumprindo o papel
dela - e a punição imposta às teles móveis- TIM, Claro e Oi - foram necessárias
e surtiram o efeito desejado: Maiores investimentos em infraestrutura de rede.
Segundo o conselheiro, em novembro, o órgão regulador divulgará o primeiro
balanço do controle que está sendo feito nas teles - pós-apresentação dos planos
de melhorias. "também aumentamos nossa fiscalização. Além de continuar o uso dos
nossos índices de qualidade. Mas temos a convicção que a punição induziu uma
melhor oferta ao consumidor", afirmou.
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/09/12]
Para ministro das Comunicações, acusação da Fiesp à incompetência da Anatel é
eleitoreira
E presidente da agência acha que a federação deveria ouvir seus pares da
indústria eletroeletrônica antes de tecer as críticas
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reagiu hoje com ironia às críticas
formuladas ontem pela Fiesp, que acusou a Anatel de incompetente. "Não falo
sobre campanha eleitoral", reagiu o ministro ao ser indagado sobre o que achava
das críticas de diretores da Federação da Indústria. O presidente da Anatel,
João Rezende, por sua vez, acha que a Fiesp deveria ouvir seus associados - como
a indústria eletroeletrônica - antes de criticar a agência. "Nós estamos
estimulando a tecnologia nacional e produção local, medidas elogiadas pela
indústria eletroeletrônica", assinalou ele.
Ontem, o diretor da área de infraestrutura da Fiesp, Carlos Cavalcanti, afirmou
que a necessidade de paralisação de vendas de chips na telefonia móvel é uma
demonstração da falta de capacidade da agência de se antecipar aos problemas nas
telecomunicações.
"A paralisação das vendas só pode ser resultado da burocracia e da ineficiência
da entidade reguladora", declarou Cavalcanti. Segundo ele, a falta de eficiência
da agência é resultado da não aplicação do total de recursos do Fistel para a
fiscalização dos serviços de telecomunicações e do Funttel para ampliação das
redes de telecomunicações.
Compartilhamento
O ministro voltou a defender o compartilhamento das redes de telecom e antenas
de celular, e reagiu também às críticas das operadoras de que a solução para as
intalações das antenas está muito lenta, o que poderia prejudicar a 4G na Copa
do Mundo. "Estamos negociando a lei no Senado Federal, e vai dar tempo",
afirmou. Para ele, erram as operadoras que alegam que a 4G será apenas para
poucos usuários.
Paulo Bernardo afirmou ainda que a Telebras irá cumprir todas as regras
acertadas com a Fifa, na oferta da infraestrutura de telecom para os estádios de
futebol, mas assinala que ainda não sabe quem vai pagar pelo serviço a ser
prestado.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/09/12]
Anatel reage e diz que Fiesp está desinformada sobre o setor - por Ana Paula
Lobo
"Seria bom se a Fiesp consultasse as empresas do setor eletroeletrônico para ter
a informação que o 4G e a banda larga estão impulsionando os negócios das suas
associadas. Acho que ela não sabe que as vendas estão crescendo", disparou o
presidente da Anatel, João Rezende. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo,
foi incisivo. "Não falo sobre campanha eleitoral". Assim os dois executivos do
governo reagiram às duras críticas feitas pela entidade.
Nesta terça-feira, 25/09, durante o IV Seminário de Telecomunicações, realizado
pela Fiesp, na capital paulista, o diretor de Infraestrutura da entidade, Carlos
Cavalcanti, bateu firme na agência reguladora. Segundo ele, a Anatel não foi
pró-ativa e teve que partir para uma medida radical - a suspensão das vendas de
chips - para exigir melhor qualidade de serviço das teles móveis.
O presidente da Anatel, João Rezente, presente a inauguração do data center da
Embratel para computação na nuvem, na capital paulista, nesta quarta-feira,
26/09, preferiu não polemizar. Mas mandou a Fiesp se informar melhor. Segundo
ele, a entidade precisa consultar suas associadas da área eletroeletrônica,
antes de se pronunciar.
"Certamente ela vai saber que as vendas estão subindo, que há uma demanda por
infraestrutura bem acima do ano passado. E isso vem do trabalho feito para a
expansão da banda larga e pelo leilão 4G que determina o uso de produção local.
O ano de 2012 será muito bom para essas indústrias e 2013 promete ainda mais",
disse.
O diretor de Telecom da Abinee, Paulo Castelo Branco, admitiu que as vendas
estão subindo e que o setor de infraestrutura de Telecom terá um rendimento
acima de dois dígitos, se comparado a 2011. "Acredito que fique em torno de 25%.
Não podemos fazer uma divisão se é 3G, mas banda larga, com certeza, está
impulsionando as compras", declarou o executivo, que também participou do
seminário da Fiesp.