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16/04/13
• "Bens Reversíveis": Entidades cobram integridade do Minicom e vão à
Procuradoria Geral da República; Ministro nega a entrega de bens reversíveis
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
01.
O Portal WirelessBRASIL, na sua página inicial, possui dois Blogs não
convencionais (BLOCOS Tecnologia e Resistência).
Nos últimos 45 dias estive totalmente envolvido na atualização de um dos
websites do BLOCO Resistência, que coleciona as notícias do
mês de março e dos primeiros 15 dias de abril de 1964. São registros
colhidos em acervos digitais, disponíveis na web, dos jornais Folha de S. Paulo,
JB e Estadão. As transcrições foram feitas com ferramentas de OCR
(reconhecimento óptico de caracteres) e o esforço não foi pequeno.
Quem só conhece a "Revolução de 1964" através da militância governista, deveria
formar opinião também com os fatos relatados na época.
Alguns artigos e editoriais, que retratam a situação do Brasil na ocasião,
poderiam ser usados sem modificações sobre os rumos atuais do país.
Fica a preocupação e o convite.
Feito este registro, volto às coleções de novas notícias do nosso sofrido setor
de TI e Telecom. :-)
02.
Atualizei o website
Bens Reversíveis com estas matérias, transcritas mais abaixo:
Leia na Fonte: Teletime
[11/04/13]
Entidades cobram do Minicom integridade na política de bens reversíveis
Leia na Fonte: Convergência Digital
[12/04/13] PGR
investigará transferência de bens reversíveis às teles - por Luís Osvaldo
Grossmann
Leia na Fonte: Instituto Telecom
[12/04/13] Ministro
nega a entrega de bens reversíveis
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[12/04/13] Reunido
com entidades, ministro reitera que não há possibilidade de trocar bens
reversíveis por investimentos
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Teletime
[11/04/13]
Entidades cobram do Minicom integridade na política de bens reversíveis
Preocupadas com a possibilidade de entrega de bens reversíveis em troca de
investimentos em redes privadas das operadoras, entidades de defesa ao
consumidor se reuniram nesta quinta, 11, com o ministro Paulo Bernardo. De
acordo com a Associação de Consumidores Proteste, o ministro foi "incisivo" ao
negar que haverá a entrega de bens públicos para as teles. Segundo levantamento
da entidade, o valor estimado de redes de acesso, de transporte e imóveis chega
a R$ 80 bilhões.
A preocupação das 105 entidades que integram a campanha "Banda Larga é um
Direito Seu" se deu por conta da possibilidade de que a nova versão do Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL 2.0) "deixasse de considerar a importância do
regime público para a garantia da democratização dos serviços de
telecomunicações e da possibilidade de entrega dos bens reversíveis". Na
reunião, o secretário executivo da Secretaria Geral da Presidência da República,
Diogo Santana, comprometeu-se a apresentar "o mais breve possível" uma proposta
para definir a mesa de diálogos com a sociedade civil.
As entidades afirmam que a instalação de redes de fibra no País é algo
necessário, mas que não pode ser realizada com a transferência de bens de
interesse público à iniciativa privada. A mobilização argumenta que cabe ao
Estado as maiores prerrogativas para exigir o cumprimento de obrigações por
parte das empresas, incluindo aí a modernização da infraestrutura e a previsão
de mecanismos públicos de subsídio para investimentos, como o Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). A associação de
consumidores afirma que, de acordo com a lei, o Fust só pode ser utilizado para
o cumprimento de metas de universalização, "obrigação que se refere apenas a
serviços prestados em regime público".
Da Redação
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[12/04/13]
PGR investigará transferência de bens reversíveis às teles - por Luís
Osvaldo Grossmann
Enquanto buscaram respostas junto ao Ministério das Comunicações sobre o suposto
plano de usar os bens reversíveis no desenho de financiamento a novas
infraestruturas de telecomunicações, entidades ligadas à campanha ‘Banda Larga é
um Direito Seu’ pediram ajuda ao Ministério Público Federal para também cuidar
do tema, através da abertura de um inquérito civil público.
Uma representação nesse sentido foi levada na quarta-feira, 10/4, ao
subprocurador geral da República Antônio Fonseca, que prometeu investigar. No
documento, entidades como a Proteste, Idec, Intervozes e Instituto Nupef
argumentam que as notícias veiculadas sobre a transferência dos bens reversíveis
às teles ensejam apuração pelo “risco ao interesse público”.
O pedido sustenta a importância dessas redes como ativo público – a própria
Anatel reconhece que, embora as vezes tratadas como “velhas” ou “esqueletos”, as
redes de cobre são ainda fundamentais para a oferta não apenas de voz, mas de
conexões em banda larga. Nessa lógica, deveriam ser mantidas públicas para
garantir a disponibilidade imparcial no atacado.
A representação também indica que o valor das redes foi subdimensionado.
“Queremos destacar a pouca confiabilidade da avaliação correspondente à massa de
bens reversíveis apresentada pela Anatel na casa dos R$ 17 bilhões”, diz o
documento. Outras estimativas, corroboradas por documentação da agência, indica
que elas valem mais de R$ 80 bilhões – cerca de R$ 64 bilhões em rede de acesso
e outros R$ 7 bilhões em redes de transporte – sem contar os imóveis.
Contexto
Pelo menos desde meados do ano passado, o ministro Paulo Bernardo defende a
adoção de medidas para impulsionar o que chamou de PNBL 2.0 – um projeto com o
objetivo de universalizar o acesso à Internet no país. O diagnóstico é de que
falta infraestrutura de redes e que mesmo as desonerações recentes não serão
suficientes para espalhar as desejadas fibras ópticas.
Para superar essa dificuldade, Bernardo vem sustentando a necessidade de
investimentos da ordem de R$ 127 bilhões em redes nos próximos 10 anos – a maior
parte, ou cerca de R$ 100 bilhões, em redes de acesso, e o restante em grandes
redes de transporte (backbone). Para viabilizar parte de tanto dinheiro,
aventou-se no governo uma negociação que envolva os bens reversíveis.
Essa ideia, nascida na Anatel, parte de um pressuposto amplo, de que o modelo do
setor de telecomunicações brasileiro, ainda baseado principalmente na telefonia
fixa, precisa mudar. Entre essas mudanças estaria o fim de qualquer serviço
prestado em regime público e, consequentemente, um ‘destino’ a ser dado às redes
do sistema Telebras que deveriam voltar à União em 2025.
Com os sinais de que os bens reversíveis podem ser negociados para ‘financiar’
as redes modernas de fibras, as entidades civis retomaram a campanha em prol do
regime público – ou, agora, misto – para a prestação do serviço de acesso à
Internet. Daí a representação à PGR e, concomitantemente, a apresentação de uma
proposta de modelo ao Ministério das Comunicações.
Essa proposta prevê trazer a banda larga para o centro das políticas de
telecomunicações mas com uma visão distinta do que vem sendo discutido entre
Executivo e Anatel: as redes, sejam os fios de cobre ou as fibras ópticas,
ficariam sob o controle do Estado, em regime público; a oferta dos serviços no
varejo continuaria no regime privado.
Com o pretexto de levar a proposta ao governo, as entidades se reuniram na
quinta-feira, 11/4, com Paulo Bernardo. Na reunião de duas horas, um dos pontos
foi questionar o ministro sobre os bens reversíveis. De sua parte, o ministro
negou que essa ideia esteja sendo levada adiante – bem como propostas de alterar
o modelo. “Não estamos discutindo mudança de regime”, afirmou.
Nem todas as entidades saíram tranquilizadas do encontro com o ministro das
Comunicações, no entanto. Em especial, porque chegaram ao conhecimento do grupo
planilhas levadas pela Anatel ao governo federal – tudo indica, em uma reunião
na Casa Civil, no fim de março – que mostrariam a inclusão dos bens reversíveis
nas tratativas. Daí, especialmente, o pedido de investigação da PGR.
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Leia na Fonte: Instituto Telecom
[12/04/13]
Ministro nega a entrega de bens reversíveis
Na primeira audiência com representantes da sociedade civil, o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, garantiu que não há qualquer discussão no governo
para a entrega dos bens reversíveis às operadoras de telecomunicações. A
audiência, realizada a pedido das entidades da sociedade civil, aconteceu ontem,
dia 11/4, em Brasília.
O ministro atribuiu a uma interpretação da imprensa as notícias de que ele teria
admitido entregar os bens reversíveis – aqueles que devem voltar ao controle do
Estado ao fim do contrato de concessão -, às operadoras como forma de incentivar
investimentos em infraestruturas de fibras ópticas.
No que diz respeito a outro ponto da pauta da audiência – a nova versão do Plano
Nacional de Banda Larga e a proposta da sociedade civil – Paulo Bernardo
descartou qualquer possibilidade de o governo discutir a prestação do serviço em
regime público.
Os representantes da sociedade civil lembraram que a Lei Geral de
Telecomunicações estabelece que a prestação dos serviços de telecomunicações tem
que ser feita sob regime público e privado, não apenas em regime privado. O
ministro disse que respeita a Constituição, mas reafirmou que o governo não vai
discutir o regime público. Ele se declarou aberto às sugestões da sociedade, e
as entidades destacaram que é necessário garantir um espaço institucional de
discussão com a presença do governo, das empresas e da sociedade civil.
Um representante da Presidência da República participou da audiência e ficou
acertado que haverá uma reunião com as entidades para discutir a proposta
apresentada por estas para o PNBL.
Participaram da reunião com o ministro as seguintes entidades: Centro de Estudos
da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Clube de Engenharia, Coletivo Digital,
Idec, Intervozes, Instituto Bem Estar Brasil, Instituto Brasileiro de Políticas
Digitais, Proteste, ULEPICC, FNDC e o Instituto Telecom.
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[12/04/13]
Reunido com entidades, ministro reitera que não há possibilidade de trocar bens
reversíveis por investimentos
Paulo Bernardo debateu PNBL 2.0 com entidades que fazem parte da campanha Banda
Larga é um Direito Seu
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se reuniu ontem (11) com entidades
que fazem parte da campanha Banda Larga é um Direito Seu, para discutir o Plano
Nacional de Banda Larga (PNBL). Durante o encontro, Bernardo reiterou que não há
possibilidade de trocar bens reversíveis por investimento privado das
operadoras, até porque trocar bens da união por bens privados seria
inconstitucional.
Bernardo, no entanto, aproveitou a oportunidade para frisar novamente sua
opinião: o problema da internet no Brasil é a falta de infraestrutura e, por
isso, essa é a prioridade do governo. O governo quer viabilizar recursos e fazer
investimentos em parceria com o setor privado para aumentar a acesso à banda
larga, informou o Minicom em nota sobre a reunião. Neste sentido, durante o
encontro, o ministro teria dito que o governo poderia, por exemplo, abrir um
edital para construção de infraestrutura em que o Estado entraria com 60% dos
investimentos e a iniciativa privada com 40%.
As entidades presentes questionaram a capacidade da iniciativa privada
universalizar a banda larga no país e defenderam a prestação do serviço em
regime público. O ministro das Comunicações disse que está aberto a estudar as
sugestões apresentadas mas adiantou que o regime, neste momento, não está em
debate. "Nós não estamos discutindo mudança de regime", afirmou. No entanto,
Bernardo se comprometeu a abrir um diálogo com as entidades da sociedade civil
organizada em torno da campanha Banda Larga é um Direito Seu para debater o
projeto do Plano Nacional de Banda Larga 2.0. (Da redação)