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26/08/13
• Mais um escândalo envolvendo a Oi: "Deputado oferece "honorários" a conselheiro da Anatel"
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
01.
[Fonte: Veja]
"No fim de 2008, uma canetada do então presidente Lula permitiu a compra da
Brasil Telecom pela Oi, uma das mais complexas e questionadas transações do
mercado brasileiro nos últimos tempos. A assinatura aposta por Lula no decreto
que abriu caminho para o negócio foi justificada com um argumento repleto de
ufanismo: era preciso criar um gigante nacional no setor de telecomunicações
para competir em condições de igualdade com as concorrentes internacionais. A
operação bilionária foi cercada de polêmica por outras razões. Primeiro, porque
a Oi fechou o negócio graças a um generoso financiamento público. Além disso, a
empresa tinha e tem entre seus controladores o empresário Sérgio Andrade, amigo
do peito de Lula desde os tempos em que o petista era um eterno candidato a
presidente. E a mesma Oi, três anos antes, investira 5 milhões de reais na
Gamecorp, uma empresa até então desconhecida pertencente a um dos filhos do
presidente. À parte as polêmicas, a supertele nacional não decolou como
planejado e o discurso nacionalista logo caiu por terra — e com a ajuda do
próprio petista, que meses antes de deixar o Planalto criou as condições para
que a Portugal Telecom comprasse uma parte da companhia."
02.
Não li a Veja desta semana, mas no site da
revista, que divulga apenas o índice dos artigos da última edição, anoto
esta matéria: "Deputado oferece "honorários" a conselheiro da Anatel".
Reinaldo Azevedo, em seu
blog, comenta a reportagem
em dois "posts" que estão nestes links (não estão transcritos aqui):
[24/08/13]
ESCÂNDALO BILIONÁRIO – Deputado do PT, amigo de Lula, pergunta a conselheiro da
Anatel quanto ele cobra para resolver uma pendência da Oi com o estado que chega
a R$ 10 bilhões. O nome disso? Propina!
03.
A Veja é liberada nas bancas nos sábados, com data de capa adiantada.
Mais abaixo está um trecho da matéria acima citada, transcrita pelo Reinaldo.
03.
O Reinaldo protesta. A Proteste protesta. Nós também precisamos protestar, nas
"ruas reais e virtuais".
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Fonte: Veja (Edição) 2336
[28/08/13] "Deputado oferece "honorários" a conselheiro da Anatel"
(transcrição de trecho da matéria)
No fim de 2008, uma canetada do então presidente Lula permitiu a compra da
Brasil Telecom pela Oi, uma das mais complexas e questionadas transações do
mercado brasileiro nos últimos tempos. A assinatura aposta por Lula no decreto
que abriu caminho para o negócio foi justificada com um argumento repleto de
ufanismo: era preciso criar um gigante nacional no setor de telecomunicações
para competir em condições de igualdade com as concorrentes internacionais. A
operação bilionária foi cercada de polêmica por outras razões. Primeiro, porque
a Oi fechou o negócio graças a um generoso financiamento público. Além disso, a
empresa tinha e tem entre seus controladores o empresário Sérgio Andrade, amigo
do peito de Lula desde os tempos em que o petista era um eterno candidato a
presidente. E a mesma Oi, três anos antes, investira 5 milhões de reais na
Gamecorp, uma empresa até então desconhecida pertencente a um dos filhos do
presidente. À parte as polêmicas, a supertele nacional não decolou como
planejado e o discurso nacionalista logo caiu por terra — e com a ajuda do
próprio petista, que meses antes de deixar o Planalto criou as condições para
que a Portugal Telecom comprasse uma parte da companhia.
Com o passar do tempo, porém, a Oi perdeu valor de mercado, viu aumentar suas
dívidas em proporções cavalares e hoje enfrenta sérias dificuldades para
investir, o que para uma empresa do ramo de telecomunicações é quase como uma
sentença de morte. O destino da companhia é motivo de preocupação para o governo
e para o ex-presidente Lula. Em especial, pela possibilidade de o insucesso da
empresa causar danos políticos às portas de uma campanha presidencial em que o
PT pretende estender sua permanência no poder. Como explicar a ruína de um
megaprojeto liderado pela maior estrela do partido e bancado em grande medida
com dinheiro dos cofres públicos? Uma tarefa difícil, certamente. É legítimo que
haja um esforço para ajudar uma empresa nacional. É legítimo que esse esforço
também envolva agentes políticos. O que não é legítimo é a solução do problema
passar por lobbies obscuros, negociatas entre partidos e até uma criminosa
proposta de pagamento de propina a um servidor público em troca de uma ajuda à
empresa — episódio que aconteceu no início do mês nas dependências do Congresso
Nacional, em Brasília, envolvendo o deputado federal Vicente Cândido, do PT de
São Paulo, e o conselheiro Marcelo Bechara, da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel).
Indicado para o cargo pelo PMDB, em 6 de agosto Marcelo Bechara foi ao gabinete
do deputado depois de receber um telefonema do parlamentar convidando-o para uma
visita. Entre uma conversa e outra, Cândido engrenou o assunto principal: a
cobrança de multas bilionárias aplicadas à Oi pela agência. Advogado por
formação, Bechara é conhecido por sua capacidade de formatar soluções jurídicas
para questões aparentemente insolúveis. Ele fora o relator de uma proposta que
pode dar um alívio e tanto ao combalido caixa da empresa e que será debatida em
breve no conselho diretor da Anatel. A proposta regulamenta a cobrança de multas
aplicadas às companhias telefônicas. As da Oi, atualmente, somam mais de 10
bilhões de reais — uma cifra astronômica em todos os aspectos, ainda mais se
comparada ao valor de mercado da companhia, estimado em menos de 8 bilhões de
reais.
(…)