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27/08/13
• Primeiros "ecos" sobre a denúncia da Veja de "lobby" junto à Anatel para favorecer a Oi
Olá, "WirelessBR" e
"telecomHall Brasil"!
Transcrevo abaixo estas matérias de hoje, contendo as "notas" da anatel e da Oi:
Leia na Fonte: Teletime
[26/08/13]
Denúncia sobre ação de lobby por regulamento de TAC pode atrasar decisão da
Anatel
Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/08/13]
Oi e Anatel se defendem de denúncia de favorecimento contra multas - por
Luís Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/08/13]
Em nota, a Anatel defende a construção “transparente” do regulamento do TAC
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Teletime
[26/08/13]
Denúncia sobre ação de lobby por regulamento de TAC pode atrasar decisão da
Anatel
Reportagem da revista Veja do último final de semana traz uma denúncia sobre uma
ação de lobby do deputado Vicente Cândido (PT-SP), que no dia 6 de agosto teria
conversado com o conselheiro da Anatel Marcelo Bechara sobre a situação
econômica da Oi e sobre a regulamentação dos Termos de Ajustamento de Conduta
(TAC).
O elemento grave da denúncia é que o deputado teria oferecido a Bechara
"honorários" para tratar do problema, ou seja, teria oferecido propina. Bechara,
segundo a reportagem, não aceitou a oferta e revelou o episódio a pessoas
próximas.
Ainda segundo a reportagem, o deputado confirmou ter falado em "honorários"
com Bechara, e disse que defendia os interesses da Oi por ser "amigo" de algumas
empresas controladoras da Oi que contribuem para sua campanha. Ainda segundo a
Veja, a argumentação do deputado estava fundamentada em estudos preparados pelo
grupo Jereissati, controlador da Oi.
Vale recordar que Bechara foi relator da consulta pública do regulamento de TAC,
publicada em março, e sempre defendeu abertamente a medida, assim como os demais
conselheiros da Anatel. O
regulamento proposto também foi negociado com o Tribunal de Contas da União
(TCU) e com a Advocacia Geral da União (AGU), e permite entre outras coisas que
eventuais multas por descumprimento de obrigações possam ser substituídas por
ações de investimento e correção dos problemas apresentados.
A aprovação do regulamento era considerada certa, já que é uma proposta, nos
seus princípios fundamentais, com elevado grau de consenso dentro da agência, do
governo e órgãos de controle, e cada vez mais necessária ao mercado, dado o
volume de multas acumuladas, em função, entre outras coisas, da metodologia
adotada pela Anatel, que acaba criando distorções entre os valores aplicados e
os problemas detectados.
Após a ação de lobby desastrada do deputado, e a revelação pública do episódio,
fontes da agência consideram que é grande a chance que a regulamentação demore
mais para sair.
A Oi reagiu durante o final de semana à denúncia, por meio de nota oficial.
Disse, em resumo, que não autoriza ninguém a falar pela empresa fora seus
executivos, e que o tema do regulamento de TAC já vinha sendo tratado
tecnicamente pela empresa junto à Anatel.
Confira, na íntegra, o comunicado da empresa:
"A Oi refuta qualquer ilação de que haja atuação de terceiros em seu nome no
âmbito da Anatel. A empresa desautoriza qualquer pessoa que tente atuar
indevidamente em seu nome em atos que estejam em desacordo com a Lei Brasileira
e princípios éticos.
Todos os temas relacionados a regulamentos de sanções (multas), regulamentos que
regem a telefonia pública (TUPs) e Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) estão
na pauta de todas as empresas do setor de telecomunicações há vários anos e têm
sido tratados de forma pública.
A Oi não precisa que ninguém fale em seu nome. A companhia tem profissionais
técnicos qualificados que atuam de forma clara na defesa dos seus interesses
legítimos em pautas e agendas abertas no âmbito das discussões regulatórias.
A relação da empresa com a Anatel é pautada pela formalidade e transparência e
segue estritamente a regulamentação do setor. O acompanhamento da evolução dos
temas regulatórios é feito exclusivamente por funcionários técnicos da companhia
junto às diversas áreas da Anatel, de acordo com normas e regimentos do órgão
regulador, inclusive sob a supervisão da Advocacia Geral da União (AGU).
Todos os processos de revisão de regulamentos e outros atos da Anatel são
conduzidos conforme rigorosos ritos previstos no regimento interno do órgão
regulador.
No contexto dos temas regulatórios tratados pela Oi no âmbito da Anatel, nunca
houve qualquer proposta da empresa de transferência para a Telebrás de áreas de
cobertura da Oi (Amazônia). Este tema nunca foi objeto de discussão interna ou
externa, nem proposta da companhia ou esteve em sua pauta regulatória, que é
tratada de forma transparente junto ao órgão regulador.
A Oi esclarece ainda que mantém relação institucional com todos os
representantes das diversas instâncias dos poderes Executivo, Legislativo e
Judiciário, fóruns setoriais, agências reguladoras, autarquias e organismos
representativos de setores da sociedade. A Oi não tem relação com nenhum
deputado fora deste contexto. O referido deputado não tem mandato para falar em
nome da Oi. A companhia pauta suas relações pela transparência e somente
executivos da companhia têm autorização para falar em nome da Oi.
A Oi ressalta que é uma empresa de grande porte com atuação nacional e,
portanto, mantem relações com centenas de escritórios de advocacia em todo o
país. A Oi tanto toma a iniciativa de contato com escritórios para tratar sobre
questões jurídicas como recebe contatos de outros escritórios.
A companhia afirma peremptoriamente que não tem nenhuma relação contratual com o
escritório de advocacia mencionado. Tal escritório, ou qualquer um de seus
representantes, não tem autorização para negociar ou se pronunciar em nome da
Oi."
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/08/13]
Oi e Anatel se defendem de denúncia de favorecimento contra multas - por
Luís Osvaldo Grossmann
A operadora Oi e a Anatel defenderam-se por meio de notas oficiais das acusações
de que haveria um tratamento ‘negociado’ para facilitar a vida da operadora,
especialmente no que se refere ao grande passivo de multas aplicadas pelo
regulador.
Segundo reportagem da revista Veja, o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP)
teria procurado o conselheiro da Anatel Marcelo Bechara para discutir
preocupações com as dívidas da operadora junto à agência e ofereceu “honorários”
em troca de facilidades, especialmente em relação a um novo regulamento em
discussão, que trata de Termos de Ajustamento de Conduta.
O principal impacto da reportagem está no fato de o conselheiro Bechara relatar
a conversa ocorrida em 6 de agosto último e a própria oferta dos “honorários” –
eufemismo para propina, bem entendido. Confrontado, o parlamentar também
reconhece o encontro. “Eu queria saber se ele tinha honorários”, defendeu-se
Vicente Cândido. Bechara não aceitou e ainda reclamou do episódio a conhecidos.
Em nota, “a Oi refuta qualquer ilação de que haja atuação de terceiros em seu
nome no âmbito da Anatel. A empresa desautoriza qualquer pessoa que tente atuar
indevidamente em seu nome em atos que estejam em desacordo com a Lei Brasileira
e princípios éticos.”
“A Oi não tem relação com nenhum deputado fora deste contexto. O referido
deputado não tem mandato para falar em nome da Oi. A companhia pauta suas
relações pela transparência e somente executivos da companhia têm autorização
para falar em nome da Oi”, diz ainda o comunicado.
Redundância?
A ideia de que o parlamentar teria intercedido para reduzir o tamanho da dívida
da tele com a Anatel poderia fazer sentido. Mas revelaria uma gigantesca
ignorância sobre o que vem sendo discutido no regulador. É que muito antes da
tal conversa a agência já estava decidida a tocar em frente o regulamento dos
TACs, cujo principal objetivo é trocar multas por promessas de investimentos.
A Anatel, também em nota, defende a ideia do novo regulamento. “A Anatel vem
modernizando sua forma de atuação [e] dentre essas diversas iniciativas está um
regulamento específico para disciplinar critérios e procedimentos para a
celebração e acompanhamento de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).”
Os TACs são utilizados por diversas instâncias do poder público e, como sustenta
a agência, funcionam como “importante instrumento de efetivação de direitos e
correção de irregularidades”. Ademais, sustenta a agência que o processo de
elaboração do regulamento “está sendo conduzido com ampla divulgação e
participação da sociedade”.
Publicamente a Anatel defende o uso dos TACs como forma de vencer o passivo
imenso de multas e, ao mesmo tempo, incentivar os necessários investimentos em
infraestrutura. Em termos nominais, a Anatel aplicou cerca de R$ 2,1 bilhões em
multas na última década. Segundo a Advocacia Geral da União, a conta chegaria a
R$ 25 bilhões em valores corrigidos.
Nesse total, a parcela da Oi, a maior operadora do país, seria considerável. Em
parte da dívida analisada pela Anatel, “o numerário a ser pago em decorrência
das multas aplicadas é superior a R$ 2 bilhões”, conforme alegou a então
Superintendência de Serviços Públicos em nota do ano de 2009. O tema da nota: a
proposta de acordo da Oi para a troca de multas por investimentos.
Ressalte-se que foi a partir da proposta da Oi de negociar os ‘papagaios’ em
atraso que a Anatel passou a se debruçar sobre um regulamento para firmar Termos
de Ajustamento de Conduta. É no aguardo desse regulamento ficar pronto que
processos com multas grandes vêm tendo deliberação adiada no Conselho Diretor.
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/08/13]
Em nota, a Anatel defende a construção “transparente” do regulamento do TAC.
Agência sustenta que a norma prevê a correção de conduta irregular das empresas
e a reparação dos consumidores afetados.
Em resposta às denúncias publicadas pelas revistas Veja e Época neste final de
semana, de que o deputado Vicente Cândido (PT/SP), teria procurado o conselheiro
Marcelo Bechara, da Anatel, para fazer lobby para a operadora Oi, perguntando
inclusive “seus honorários”, o que foi rechaçado por Bechara segundo a própria
revista, a companhia divulgou nota oficial onde nega qualquer relação com o
deputado que não seja republicana. E de que a Anatel que prepara um regulamento
para beneficiar todas as telefônicas multadas pelo governo, a agência divulgou,
nesta segunda-feira (26), nota à imprensa, esclarecendo os critérios e
procedimentos para a celebração e acompanhamento de Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC).
Segundo a agência, a norma, ainda em tramitação, tem como finalidade a correção
da conduta irregular, a reparação dos consumidores afetados, a adoção de medidas
que previnam futuras infrações, a realização de investimentos adicionais para a
melhoria do serviço, em especial de sua qualidade, e a concessão de benefícios
diretos aos consumidores. E reafirma a forma transparente de como o processo
para a provação do regulamento vem sendo conduzida.
Leia a íntegra da nota:
"Nota à imprensa: Termo de Ajustamento de Conduta
26 de Agosto de 2013
A Anatel, no âmbito de suas competências legais e regulamentares, vem
modernizando sua forma de atuação em busca de mais qualidade para o setor de
telecomunicações e maior respeito aos direitos dos consumidores, sempre
observando a plena transparência de seus procedimentos internos. Diversas ações
estão sendo implementadas pela Agência nesse sentido, buscando a prevenção de
irregularidades e a efetiva correção de condutas em desacordo com a
regulamentação.
Dentre essas diversas iniciativas, está um regulamento específico para
disciplinar, de forma transparente e isonômica, no âmbito da Anatel, os
critérios e procedimentos para a celebração e acompanhamento de Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC), que tem como finalidade a correção da conduta
irregular, a reparação dos consumidores afetados, a adoção de medidas que
previnam futuras infrações, a realização de investimentos adicionais para a
melhoria do serviço, em especial de sua qualidade, e a concessão de benefícios
diretos aos consumidores.
O TAC está previsto na Lei nº 7.347, de 1985, e é amplamente utilizado pelo
Ministério Público Federal, pelos Ministérios Públicos Estaduais e por diversos
órgãos e entidades dos poderes executivos federal, estaduais e municipais,
inclusive agências reguladoras federais como Aneel, Cade, Anac, ANTT, dentre
outras, sempre entendido como um importante instrumento de efetivação de
direitos e correção de irregularidades.
O processo de elaboração de um regulamento específico sobre a celebração de
Termos de Ajustamento de Conduta está sendo conduzido com ampla divulgação e
participação da sociedade. Ele teve início em maio de 2011, foi objeto de dois
grupos de trabalho com integrantes de várias superintendências da Anatel, foi
submetido a dois meses de consulta pública a partir de 13/03/2013, foi objeto de
audiência pública realizada em 08/05/2013 e atualmente está em análise na
Procuradoria da Anatel. O texto que foi submetido à consulta pública (Consulta
Pública 13, de 2013) e seus documentos auxiliares encontram-se no site da
Agência e podem ser acessados a partir da página
http://sistemas.anatel.gov.br/SACP.
A consulta pública contou com 258 contribuições de diversas entidades, como
órgãos da administração pública, entidades de defesa do consumidor, prestadoras
de serviços de telecomunicações, associações e cidadãos em geral. Houve também
reuniões com representantes do Tribunal de Contas da União e do Ministério
Público Federal para discutir a proposta de regulamento.
É importante destacar ainda que todas as deliberações da Anatel são regidas por
estritas normas procedimentais e tomadas de forma isonômica e transparente, o
que inclui a transmissão ao vivo de todas as reuniões deliberativas do Conselho
Diretor pela internet e a publicidade de todos os processos e decisões da
Agência, que estão acessíveis a qualquer cidadão."(Da redação)