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21/12/13
• A Anatel, o CGI.br, o Marco Civil e a "Conferência Internacional sobre Governança Global da Internet"
Olá, "WirelessBR" e
"telecomHall Brasil"!
Segue-se um pequena "salada" que tenta conectar alguns assuntos dispersos no
noticiário recente, a título de ambientação para formação de opinião. Sejam
indulgentes, please! :-)
01.
A Anatel e o Comitê Gestor da
Internet no Brasil (CGI.br) não se entendiam e parece que a "guerra" vai continuar.
A Anatel... nós conhecemos bem. Ou não?
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) foi criado pela Portaria
Interministerial nº 147, de 31 de maio de 1995 e alterada pelo Decreto
Presidencial nº 4.829, de 3 de setembro de 2003, para coordenar e integrar todas
as iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade técnica, a
inovação e a disseminação dos serviços ofertados.
Mais abaixo vai transcrito o "Sobre" e a Relação dos Membros.
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR é uma entidade civil,
sem fins lucrativos, que desde dezembro de 2005 implementa as decisões e
projetos do Comitê Gestor da Internet no Brasil, conforme explicitado no
comunicado ao
público e no estatuto
do NIC.br.
Mais abaixo vai transcrito o "Sobre" e o Comunicado ao Público.
02.
"Nos dois últimos anos, o CGI.br vinha
sendo escanteado pelo Ministério das Comunicações, especialmente depois que a
pasta abraçou a visão de governança da Internet defendida pela Anatel – algum
tipo de controle nacional sobre a rede e sob um fórum como a União Internacional
das Telecomunicações."
Em 16 de setembro de 2013 a presidente Dilma reuniu-se com o CGI.br - Comitê Gestor da Internet no Brasil para discutir
o Marco Civil e a governança da rede.
"O principal impacto parece ser mesmo uma certa redenção do Comitê Gestor."
“Apresentamos o modelo de governança multissetorial da Internet no Brasil,
que é um modelo elogiado internacionalmente e é um exemplo que outros países
poderiam buscar. E essa respeitabilidade é importante na construção de um novo
modelo”, disse ao fim do encontro o coordenador do CGI.br e secretario de
Políticas de Informática do MCTI, Virgilio Almeida.
03.
Quando ainda era candidato ao cargo, o novo conselheiro da Anatel, o consultor
legislativo Igor Vilas Boas de Freitas, ganhou as manchetes, pois "pegou
pesado" no CGI.br.
(...) Em recente análise sobre a governança da rede, feita em parceria com o
também técnico do Senado, Andrey Vilas Boas de Freitas, questiona a
competência e a legitimidade do CGI.br e sugere que a Anatel ocupe ao menos
parte das tarefas. (...)
(...) Ao questionar a legitimidade do Comitê Gestor, Freitas aponta para o que
considera vícios da seleção de membros da instituição. Para ele, um colegiado
“integrado majoritariamente por pessoas sem mandato popular e selecionadas em
círculos restritos”.
Ele descreve o CGI.br como um “grupo de pioneiros que, para preservar e
legitimar sua atuação no comando da internet brasileira, se utilizou da
influência que a Academia sempre exerceu sobre o Ministério de Ciência e
Tecnologia para centralizar em uma entidade paraestatal a gestão de recursos
cuja utilidade e valor cresceriam previsível e continuamente nos anos
subsequentes”.
Denuncia um conchavo político, que privilegia um pequeno grupo que passou a
controlar a entidade desde a sua criação. “Há alguns com assento cativo ou com
mandatos que se estendem por quase todo o tempo de existência do colegiado. E
essa permanência não mudou muito com a introdução, em 2003, de processos
eleitorais nos segmentos representativos da sociedade”, avalia. (...)
O trabalho de Igor e Andrey Vilas Boas de Freitas (mesmo sobrenome) pode ser
visto aqui:
“Os Novos Mercados de Nomes e Números da Internet – Reestruturação do Sistema de
Governança Brasileiro”.
O novo conselheiro da Anatel, Igor Vilas Boas de Freitas, foi indicado
pelo PMDB do Senado.
04.
O jornalista Luiz Queiroz, um dos diretores do Portal Convergência
Digital, também não gosta do CGI.br.
Queiroz é conhecido por opinar com independência, coragem e, não raro, com
contundência, em seu conhecido Blog
Capital Digital.
Sobre o CGI.br, Luiz Queiroz citou em texto recente (ver íntegra do "post" mais abaixo):
(...) Não preciso lembrar o que penso –
enquanto jornalista ‘especializado’ que cobre o setor – sobre o papel do CGI.
Mas reforço: Um organismo viciado, no qual determinados integrantes descobriram
uma forma de favorecer seus empreendimentos empresariais, suas ONGs e de se
perpetuarem como se fossem os donos da Internet brasileira.(...)
05.
Está prevista para os dias 23 e 24 de abril em São Paulo, uma Conferência
Internacional sobre Governança Global da Internet para abordar questões como
a privacidade na rede e o direito à liberdade de expressão, e para a qual
convidou os EUA, foco de críticas por sua política de espionagem.
"Segundo orientação da Presidente Dilma Rousseff, o professor
Virgílio Fernandes
Almeida, coordenador do CGI.br -Comitê Gestor da Internet no Brasil e Secretário de
Política de Informática, foi designado para coordenar a organização dessa
reunião. Vírgílio já integra um comitê multisetorial internacional recém criado
pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) para estudar
modelos de governança da Internet e discutir o futuro da cooperação global na
grande rede."
06.
Em 18 de dezembro de 2013 a Assembleia Geral da Organização das Nações
Unidas (ONU) aprovou o projeto de resolução "O Direito à Privacidade na Era
Digital". O texto, apresentado em conjunto pelos governos brasileiro e alemão no
dia 1º de novembro, trata de ações de espionagem internacional com coleta de
dados, monitoramento e interceptação de comunicações, fazendo duras críticas ao
governo dos Estados Unidos após as denúncias envolvendo a agência de segurança
norte-americana (NSA).
07.
Na minha opinião, "Marco Civil repaginado",
"Conferência Internacional sobre Governança Global da Internet" e
"Resolução da ONU" são temas que
estão na esteira do providencial espião Mr. Snowden, "pratos cheios" para o
"Palanque do Planalto" em 2014.
No entanto, considerando o "protagonismo" do CGI.br, as críticas contundentes
registradas acima ganham nova importância e merecemos saber mais sobre o
assunto.
O "palanquismo" pode levar a decisões precipitadas e/ou esdrúxulas. A sociedade
informada e pensante e em condições de atuar e resistir, precisa ficar atenta!
A conferir.
08.
Transcrevo mais abaixo estas matérias relacionadas ao tema:
Leia na Fonte: Min
Ciência e Tecnologia
[14/11/13]
Conferência internacional sobre governança global da internet
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[18/11/13]
Brasil lidera a criação de nova entidade para tratar de privacidade e liberdade
de expressão na internet - por Lúcia Berbert
Leia na Fonte: IDGNow! -
Blog Circuito de Luca
[26/11/13]
CGI.br terá 4 comitês para organizar a conferência internacional sobre
governança na internet - por Cristina de Luca
Leia na Fonte: IDGNow! -
Blog Circuito de Luca
[18/11/13]
Virgilio Almeida integra comitê que discutirá futuro da governança da internet
- por Cristina de Luca
Leia na Fonte: Teletime
[19/12/13]
ONU aprova projeto do Brasil e da Alemanha para direito à privacidade digital
Leia na Fonte: IDGNow! -
Blog Circuito de Luca
[04/11/13]
ICANN já sabe quem será seu próximo representante no Brasil
Leia na Fonte:
Convergência Digital
[08/11/13]
Candidato à Anatel questiona legitimidade do CGI.br - por Luiz Queiroz e
Luís Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte:
Convergência Digital
[16/09/13]
Dilma reafirma neutralidade de rede e redime Comitê Gestor como modelo de
governança - por Luís Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Blog
Capital Digital
[13/11/13]
Marco Civil
da Internet: De que lado está o CGI? - por Luiz Queiroz
Leia na Fonte: CGI.br
Comitê
Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)
Leia na Fonte: CGI.br
CGI.br -
Membros
Leia na Fonte: NIC.br
Núcleo de
Informação e Coordenação do Ponto BR
Boas Festas! Ótimo 2014!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
Leia na Fonte: Min
Ciência e Tecnologia
[14/11/13]
Conferência internacional sobre governança global da internet
Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, das
Comunicações, Paulo Bernardo, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto
Figueiredo, anunciam na próxima segunda-feira (18), às 10 horas, a Conferência
Internacional sobre Governança Global da Internet, que será realizada no Brasil
em 2014.
O lançamento ocorre na Sala dos Conselhos do MCTI e será transmitido por meio de
uma videoconferência para o 48º encontro da Corporação da Internet para
Atribuição de Nomes e Números (Internet Corporation for Assigned Names and
Numbers - Icann), realizado em Buenos Aires (Argentina).
Após o evento, os ministros estarão disponíveis para uma conversa com a imprensa
sobre questões relativas à governança da Internet e ciberespaço.
Serviço
O quê: Anúncio da Conferência Internacional de sobre Governança Global da
Internet
Data: 18/11/2013
Hora: 10 horas
Local: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
Esplanada dos Ministérios, bloco E, 2º andar
Contato para a imprensa: Caroline Coelho (Ascom MCTI) – (61) 9644-3096/(61)
2033-7515
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[18/11/13]
Brasil lidera a criação de nova entidade para tratar de privacidade e liberdade
de expressão na internet - por Lúcia Berbert
Nova estrutura será debatida em evento global, a ser realizado no mês de abril
de 2014 no país.
Os debates sobre o futuro da governança da internet acontecerão no mês de abril
de 2014 no Brasil, com a participação de todos os países interessados e com as
atuais entidades que cuidam da administração da rede mundial, com a ICANN, o IGF
e IETF, além da sociedade civil e academia. O anúncio foi feito nesta
segunda-feira (18) pelos ministros das Comunicações, Paulo Bernardo; da Ciência
Tecnologia e Inovação; Marco Antonio Raupp; e das Relações Exteriores, Luiz
Alberto Figueiredo. A ideia é discutir uma representação global da web onde
possam ser endereçados temas como direitos humanos, privacidade e liberdade de
expressão, que não são tratados pelos órgãos existentes.
O ministro Paulo Bernardo disse que princípios do Marco Civil da Internet, que
tramita na Câmara, podem servir de exemplo, mas acredita que será possível
avançar mais. Ele ressaltou, entretanto, que alguns pontos da administração da
rede mundial terão que continuar com o terceiro setor, como o é feito hoje, como
protocolo de navegação, as questões de domínios, várias definições técnicas.
De acordo com o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio de
Almeida, o objetivo é construir uma lista de princípios globais que sejam
aceitos pelos vários setores representativos, a exemplo de decálogo do Comitê
Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O segundo resultado importante seria a
construção de uma arquitetura que reunindo os organismos atuais, encontre uma
forma de tratar de assuntos que cada vez mais se tornam mais importantes, como a
questão da privacidade e dos direitos humanos, que ganharam novo destaque após
as denúncias de espionagem da agência nacional de segurança dos Estados Unidos (NSA,
na sigla em inglês).
“O Brasil trabalhará com outros países e entidades para elaborar textos de
referências a serem debatidos durante o evento, que poderão trazer modelos dessa
nova arquitetura”, disse. Para Almeida, a experiência do país com a governança
multissetorial que existe desde 1995, com a criação do CGI.br, terá um papel
muito importante. “É um processo de construção”, afirmou. Ele assegurou que o
novo organismo não trará regras indesejadas para internet. “O foco é a proteção
dos direitos do cidadão”, salientou.
Para o ministro Luiz Alberto Figueiredo, atualmente não existe norma alguma,
questões como essas caem no vazio, então é preciso criar regras mais
democráticas possíveis no sentido mais amplo, que possam estabelecer
comportamentos dos atores governamentais e de outros atores, para proteção do
cidadão e das empresas. Sobre os crimes cibernéticos, Figueiredo adiantou que
está em negociação uma convenção internacional para o combate a esses ilícitos,
que determinará quem julga, que tipo de sanção será aplicado, enfim, toda a
normativa que dependa de governo. Mas governança da internet não depende apenas
do governo.
O evento deve acontecer provavelmente nos dias 23 e 24 de abril do próximo ano,
quando acontece no Brasil a reunião dos Brics. O evento deveria ser detalhado
hoje em videoconferência com o presidente da ICANN, mas houve problemas no link.
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Leia na Fonte: IDGNow! - Blog Circuito de Luca
[26/11/13]
CGI.br terá 4 comitês para organizar a conferência internacional sobre
governança na internet - por Cristina de Luca
O Comitê Gestor da Internet anunciou nesta terça-feira, 26/11, a criação de
quatro comitês encarregados de organizar a conferência internacional para
debater o novo modelo de governança global da internet, agendada para os dias 23
e 24 de abril de 2014, na cidade de São Paulo.
Proposta pela presidente Dilma Rousseff, a Reunião Multisetorial Global Sobre
Governança da Internet será uma oportunidade para que líderes de governos e
representantes dos diferentes setores (sociedade civil, academia, organismos e
entidades internacionais, bem como de comunidades técnicas e empresariais)
discutam propostas de desenvolvimento da Internet. O objetivo principal é buscar
consenso sobre princípios de governança universalmente aceitos e sobre o
aperfeiçoamento de seu arcabouço institucional.
De acordo com o Blog do Planalto, a proposta do encontro foi acertada em uma
audiência da presidenta Dilma Rousseff com o diretor executivo da Corporação da
Internet para Atribuição de Nomes e Números (Internet Corporation for Assigned
Names and Numbers), Fadi Chehadé, no dia 9 de outubro.
Segundo orientação da Presidente Dilma Rousseff, o professor Virgílio Fernandes
Almeida, coordenador do Comitê Gestor da Internet no Brasil e Secretário de
Política de Informática, foi designado para coordenar a organização dessa
reunião. Vírgílio já integra um comitê multisetorial internacional recém criado
pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) para estudar
modelos de governança da Internet e discutir o futuro da cooperação global na
grande rede.
Os comitês a serem criados pelo CGI.br para organizarem a conferência no Brasil
são:
1 – Comitê Multisetorial de Alto Nível: responsável pela condução da articulação
política e pelo fomento à participação da comunidade internacional;
2 – Comitê Executivo Multissetorial: responsável pela organização do evento,
incluindo a discussão e execução da agenda e o tratamento das propostas dos
participantes e das diferentes partes interessadas;
3- Comitê de Logística e Organização: encarregado de supervisionar todos os
aspectos logísticos da reunião;
4 – Comitê de Assessores Governamentais: aberto a todos os governos que desejem
fazer contribuições para a reunião.
Eles terão o apoio de uma secretaria comum, que ajudará a conduzir o seu
trabalho e a coordenar as comunicações.
A reunião permitirá a participação global da comunidade em forma presencial ou
remota.
Serão estabelecidos mecanismos e cronograma para recepção de contribuições da
comunidade global.
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Leia na Fonte: IDGNow! - Blog Circuito de Luca
[18/11/13]
Virgilio Almeida integra comitê que discutirá futuro da governança da internet
- por Cristina de Luca
Um comitê criado pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN),
composto por pessoas do governo, da sociedade civil, do setor privado, da
comunidade técnica e de organizações internacionais, para responder às
preocupações sobre a governança da Internet, terá sua primeira reunião em
dezembro, em Londres. O objetivo do grupo, do qual faz parte o brasileiro
Virgilio Fernandes Almeida, secretário nacional de Políticas de Tecnologia da
Informação (órgão do MCTI) e coordenador do Comitê Gestor da Internet, é estudar
modelos de governança da Internet e discutir o futuro da cooperação global na
grande rede.
Com foco na questão urgente da governança da internet e comprometido com uma
abordagem de vários intervenientes, o comitê planeja divulgar um relatório, no
início de 2014, para comentários públicos. Esse relatório incluirá os princípios
para a cooperação global na rede, estruturas propostas para essa cooperação e um
roteiro para os desafios futuros de governança da internet.
O comitê será presidido por pelo presidente da Estônia, Toomas Ilves, e terá
como vice-presidente Vint Cerf, um dos pais da internet. Ao todo, terá 19
membros, com carta branca para agir independentemente de suas organizações. Sua
criação foi encarada pela comunidade internacional como um sinal de
reconhecimento público por parte da ICANN da necessidade de existência de um
grupo global e diversificado que possa tratar de questões amplas e complexas de
maneira independente, diante das demandas crescentes para restauração da
confiança na Internet, depois dos relatos de vigilância e espionagem por parte
do governo dos EUA.
A ICANN consultou várias organizações para desenvolver o comitê. Os membros
foram escolhidos para garantir que uma mistura de intervenientes com diversidade
regional seja representada.
Entre os nomes já confirmados, além de Virgilio
Fernandes Almeida e de Vint Cerf, estão:
> Mohamed al Ghanem, fundador e diretor geral da Autoridade Reguladora das
Telecomunicações dos EAU; ex-vice-presidente do Fundo Tecnológico de
Comunicações e Informações dos EAU.
> Dorothy Attwood, vice-presidente sênior de políticas públicas globais da Walt
Disney Company.
> Mitchell Baker, presidente da Mozilla Foundation; presidente e ex-diretor
geral da Mozilla Corporation.
> Francesco Caio, diretor geral da Avio; ex-diretor geral da Cable and Wireless
and Vodafone Italia; fundador da Netscalibur; consultor de banda larga no RU e
Itália.
> Fadi Chehade, diretor geral e presidente da ICANN; fundador da Rosetta Net;
executivo de tecnologia.
> Nitin Desai, economista e diplomata indiano; ex-subsecretário geral da ONU;
organizador do Grupo de Trabalho sobre Governança da Internet (GTGI).
> Toomas Ilves, presidente da Estônia; ex-diplomata e jornalista; ex-ministro
das Relações Exteriores; ex-membro do Parlamento Europeu.
> Ivo Ivanovski, ministro da Sociedade de Informação e Administração da
Macedônia; comissário da Comissão de Banda Larga para o Desenvolvimento Digital
da ONU.
> Thorbjorn Jagland, secretário geral do Conselho da Europa; ex-primeiro
ministro das Relações Exteriores da Noruega; presidente do Comitê Norueguês do
Prêmio Nobel.
> Olaf Kolkman, diretor do NLnet Labs; “engenheiro divulgador” da internet
aberta; ex-presidente do Internet Architecture Board.
> Frank La Rue, advogado trabalhista e de direitos humanos; relator especial da
ONU para a Promoção e a Proteção do Direito à Liberdade de Opinião e Expressão;
fundador do Centro de Ação Legal para os Direitos Humanos (CALDH).
> Robert M. McDowell, ex-Comissário Federal de Comunicações dos EUA; pesquisador
visitante do Centro de Economia da Internet do Hudson Institute.
> Andile Ngcaba, presidente da Convergence Partners; presidente executivo da
Dimension Data Middle East and Africa; ex-diretor geral de comunicações do
governo da África do Sul.
> Liu Qingfeng, diretor geral e presidente da iFLYTEK; diretor do Laboratório
Nacional de Engenharia de Dialetos & Linguagem da China; membro do grupo de
trabalho de Padrões de Tecnologia Interativa.
> Lynn St. Amour, presidente e diretora geral da Internet Society; executiva de
telecomunicações e TI.
> Jimmy Wales, fundador e promotor da Wikipedia; membro do Conselho Diretor da
Wikimedia Foundation.
> e Won-Pyo Hong, presidente do Media Solution Center da Samsung Electronics.
Em 2014 vários eventos importantes abordarão o tema da governança da internet,
entre eles a Reunião Anual do Fórum Econômico Mundial em Davos e uma conferência
recém-anunciada que ocorrerá no Brasil, possivelmente em São Paulo, no fim de
abril.
A ideia do encontro no Brasil surgiu a partir do discurso da presidenta Dilma
Rousseff na abertura da Assembleia-Geral da ONU, motivado pelas revelações de
que o governo norte-americano espionou autoridades e empresas brasileiras.
Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o evento deverá ter um
“caráter não-governamental” e vai demandar uma convocação muito ampla. “Governos
serão convidados a participar, mas será sobretudo uma reunião multisetorial
envolvendo também representantes da sociedade civil e do setor privado”,
afirmou.
De acordo com o ministro de Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, o
objetivo do encontro é realizar um debate amplo com todos os setores
interessados. “A ideia é a construção internacional de governança que possa
acima de tudo garantir a liberdade individual e proteger os direitos humanos
para podermos usar na plenitude os novos meios de comunicação tendo a internet
como peça central”, destacou.
O Brasil tem um modelo participativo e democrático de governança da internet
conduzido pelo Comitê Gestor (CGI-br), criado em 1995 e que reúne 20
integrantes. “Essa proposta do encontro em São Paulo surgiu de uma belíssima
experiência que o Brasil tem em matéria de governança da internet. Ali estão
representados todos grandes os setores da sociedade. O decálogo que orienta as
suas ações já é reconhecido no mundo todo. Então o Brasil tem uma posição de
liderança nesse setor”, ressaltou hoje o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco
Antonio Raupp.
O Annenberg Foundation Trust em Sunnylands também será um parceiro importante
para o trabalho do comitê criado pela ICANN e receberá uma reunião no histórico
estado de Sunnylands, em Rancho Mirage, Califórnia, no início de 2014.
Na próxima quarta-feira, 20/11, o CEO da ICANN , Fadi Chehade , o presidente do
Conselho de Administração da entidade, Stephen Crocker, o presidente da divisão
de nomes, Akram Atallah , e o vice-presidente para a América Latina e o Caribe,
Rodrigo de la Parra, conversam com a imprensa sobre as principais questões que
irão moldar o futuro da Internet, durante a assembleia geral anual da ICANN,
realizada em Buenos Aires.
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Leia na Fonte: Teletime
[19/12/13]
ONU aprova projeto do Brasil e da Alemanha para direito à privacidade digital
Após ter sido aprovada em comissão no final de novembro, a Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou na quarta-feira, 18, o projeto de
resolução "O Direito à Privacidade na Era Digital". O texto, apresentado em
conjunto pelos governos brasileiro e alemão no dia 1º de novembro, trata de
ações de espionagem internacional com coleta de dados, monitoramento e
interceptação de comunicações, fazendo duras críticas ao governo dos Estados
Unidos após as denúncias envolvendo a agência de segurança norte-americana (NSA).
Ainda na noite de quarta-feira, o Itamaraty manifestou "grande satisfação" pela
aprovação do documento, contando ainda com a previsão de continuidade dos
diálogos e aprofundamento das discussões sobre o assunto na ONU "nos próximos
meses". O Ministério das Relações Exteriores afirmou que a decisão "demonstra o
reconhecimento, pela comunidade internacional, de princípios universais
defendidos pelo Brasil, como a proteção do direito à privacidade e à liberdade
de expressão".
A resolução prevê para o ambiente online as mesmas garantias de direitos humanos
que as pessoas têm fora dele. As normas internacionais que fundamentaram a
proposta conjunta são o Artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e
o Artigo 17 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que
mencionam o direito à privacidade, a inviolabilidade de correspondência e a
proteção contra ofensas.
Pelo documento, os Estados deverão discutir a proteção ao direito à privacidade
na vigilância e coleta de dados das comunicações digitais. O projeto pede que os
países revisem procedimentos, práticas e leis de vigilância e intercepção de
comunicações, além da coleta de dados pessoais, para respeitar o direito à
privacidade. O texto também pede que o Alto Comissariado das Nações Unidas para
os Direitos Humanos (ACNUDH) apresente, nos próximos dois anos, relatórios sobre
a proteção do direito à privacidade considerando o uso de ferramentas nacionais
e extraterritoriais de monitoramento das comunicações.
Com informações da Agência Brasil.
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Leia na Fonte: IDGNow! - Blog Circuito de Luca
[04/11/13]
ICANN já sabe quem será seu próximo representante no Brasil
No início deste ano, antes das revelações de espionagem de Edward Snowden, o
Brasil se tornou o primeiro país no mundo a ter um representante da ICANN –
Internet Corporation for Assigned Names and Numbers. Mas desde meados de agosto,
quando o represente escolhido, Everton Lucero, foi convocado pelo Itamary para
reassumir novas funções no Ministério das Relações Exteriores e decidiu retornar
para não interromper a carreira diplomática, o cargo está vago e a ICANN busca
por um novo nome. No fim de outubro, o vice-presidente da ICANN para a América
Latina e o Caribe, Rodrigo de la Parra, me disse, em entrevista por telefone,
que depois de analisar três candidatos chegou a um veredito e o nome do novo
ICANN Stakeholder Management Manager Brazil será anunciado agora, no início de
novembro.
O anúncio do novo representante da entidade no Brasil acontecerá a tempo deste
novo representante participar da próxima reunião da ICANN em Buenos Aires, entre
17 e 21 de novembro, quando a organização comemora seus 15 anos, e debate seu
futuro e sua nova estrutura.
Na Argentina a ICANN discutirá seu plano estratégico para os próximos cinco
anos. O rascunho deste plano estratégico propõe uma nova visão, reitera a missão
e propõe cinco áreas chave para a entidade. Entre elas: definir com clareza o
papel da ICANN no ecossistema governança da Internet e evoluir a implementação
da abordagem multisetorial para coordenação da entidade.
“Para a ICANN abordagem multisetorial significa participação sistêmica em pé de
igualdade de todos os atores envolvidos no processo decisório”, explica. A ICANN
está muito interessada em conhecer melhor o modelo de governança da Internet
multisetorial do Brasil e o trabalho do Comitê Gestor. “O Brasil tem um modelo
muito interessante”, diz.
Parra é tido hoje como a principal voz em defesa do modelo de governança
multistakeholder da Internet aqui na América Latina e no Caribe. Sediado na
Cidade do México, mas frequentemente viajando pela região, é responsável pela
divulgação, apoio e envolvimento com grupos de usuários, governos, setor privado
e da sociedade civil em toda a região.
Pano de fundo
Nesses 15 anos de existência, a Internet mudou e a ICANN mudou, mas não na mesma
velocidade. “A tendência agora é internacionalizar a gestão da ICANN”, me disse
Parra, ressaltando que é dar maior participação a outros países, não só os
Estados Unidos, na condução da entidade. Nesse sentido, nos últimos anos a
entidade passou a ter dois centros operacionais além do de Los Angeles, em
Istambul e Singapura. Tem também duas representações regionais, uma na China e
outra em Montevidéu. E, mais recentemente, abriu um Centro de Excelência para a
segurança do DNS na Índia. “A ICANN começa a se mover fora da Califórnia”, diz
Parra.
De fato. O chefe de política global da ICANN está sediado em Istambul. O futuro
chefe de tecnologia será baseado em Cingapura.
A aceleração da globalização das funções da ICANN e da IANA foram compromissos
pedidos pelos líderes das organizações responsáveis pela coordenação da
infraestrutura técnica da Internet a nível mundial, reunidos em Montevidéu,
Uruguai, no início de outubro.
Essa internacionalização passa também, segundo Parra, por ter mais servidores
raiz da Internet espelhados no mundo. O Brasil tem vários espelhos dos
servidores atuais. Hoje são 13 servidores raiz no mundo, dez deles localizados
nos EUA, um na Ásia e dois na Europa.
Tão importante quanto a internacionalização das operações é a
internacionalização legal da entidade. A intenção é transformar a ICANN em uma
organização internacional privada, a exemplo do Fórum Econômico Mundial.
Novos Domínios
No último dia 23 de outubro, a ICANN delegou os primeiros novos domínios
genéricos de primeiro nível (gTLDs), introduzidos à zona raiz da Internet: todos
formados apenas por cadeias de caracteres não latinos – ou como a ICANN
oficialmente, gTLDs IDN (Nomes de Domínio Internacionalizados). São eles:
1 – شبكة (xn--ngbc5azd) – “web/network” em árabe;
2 – онлайн (xn--80asehdb) – “online” em cirílico
3 – сайт (xn--80aswg) – “site” em cirílico;
4 – 游戏(xn--unup4y) – “game(s)” em chinês.
O que isso significa?
Que a entidade já começou a expandir Sistema de Nomes de
Domínio (DNS).
Além de facilitar a concorrência e a inovação por meio do
programa de novos gTLDs, uma das principais metas da ICANN é ajudar a criar uma
Internet globalmente inclusiva, independente do idioma ou da região.
Outros novos gTLDs serão delegados nos próximos meses e durante 2014.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[08/11/13]
Candidato à Anatel questiona legitimidade do CGI.br - por Luiz Queiroz e
Luís Osvaldo Grossmann
Candidato a uma das vagas no Conselho Diretor da Anatel, o consultor legislativo
Igor Vilas Boas de Freitas promete reforçar o antagonismo que vem se
desenvolvendo entre a agência e o Comitê Gestor da Internet no Brasil. Em
recente análise sobre a governança da rede, feita em parceria com o também
técnico do Senado, Andrey Vilas Boas de Freitas, questiona a competência e a
legitimidade do CGI.br e sugere que a Anatel ocupe ao menos parte das tarefas.
Freitas ataca em duas frentes. De um lado, acredita que o CGI.br não tem
legitimidade para atuar. De outro, questiona a própria competência dessa
instituição, como ilustram trechos de “Os Novos Mercados de Nomes e Números da
Internet – Reestruturação do Sistema de Governança Brasileiro”. Esse trabalho
acabou recebendo "Menção Honrosa" da Secretaria de Acompanhamento Econômico, do
Ministério da Fazenda, no "VII Prêmio Seae", concluído no último dia 31 de
setembro.
“Há uma lacuna de legalidade, decorrente de um processo equivocado de atribuição
de competências ao CGI.br por meio de instrumentos normativos inapropriados
(primeiro uma portaria, depois um decreto), o que afronta o ordenamento jurídico
nacional e tem claro formato inconstitucional. De forma sucinta, pode-se dizer
que a atribuição de competência normativa/regulatória ao CGI.br não tem
validade.”
Ou, ainda, “a forma de atuação do CGI.br e do NIC.br não contribui para o bom
funcionamento dos mercados de nomes e números no Brasil. A razão para isso é,
sem dúvida alguma, a ausência de legitimidade dessas entidades para falarem em
nome dos interesses brasileiros, que decorre tanto de aspectos formais como da
motivação que orienta sua atuação”.
Nesse sentido, o consultor legislativo defende que algumas atribuições do Comitê
Gestor da Internet, notadamente o processo de condução da migração para o IPv6,
sejam assumidas pela Anatel. “Afinal, já é atribuição legal do órgão regulador
administrar os recursos escassos imprescindíveis ao funcionamento das redes e
serviços, como o espectro de frequências e os planos de numeração”, sustenta.
O candidato à Anatel – Freitas teve o nome foi enviado ao Senado, de onde é
consultor, em mensagem do dia 4/11 – baseia-se em grande medida no raciocínio de
que existe um valioso mercado de nomes e números e que ele deve ser administrado
como um recurso comercial portanto também valioso.
Ao questionar a legitimidade do Comitê Gestor, Freitas aponta para o que
considera vícios da seleção de membros da instituição. Para ele, um colegiado
“integrado majoritariamente por pessoas sem mandato popular e selecionadas em
círculos restritos”.
Ele descreve o CGI.br como um “grupo de pioneiros que, para preservar e
legitimar sua atuação no comando da internet brasileira, se utilizou da
influência que a Academia sempre exerceu sobre o Ministério de Ciência e
Tecnologia para centralizar em uma entidade paraestatal a gestão de recursos
cuja utilidade e valor cresceriam previsível e continuamente nos anos
subsequentes”.
Denuncia um conchavo político, que privilegia um pequeno grupo que passou a
controlar a entidade desde a sua criação. “Há alguns com assento cativo ou com
mandatos que se estendem por quase todo o tempo de existência do colegiado. E
essa permanência não mudou muito com a introdução, em 2003, de processos
eleitorais nos segmentos representativos da sociedade”, avalia.
Também criticou a pouca disposição do governo para avaliar a gestão do CGI, se
limitando a apenas chancelar os processos seletivos conduzidos dentro de cada
segmento. "O poder dessas pessoas que conseguiram se perpetuar no comando da
internet no Brasil se origina de três fontes: do próprio tempo que estão à
frente da atividade; da estreita relação entre o meio acadêmico e o MCTI, órgão
federal que sempre foi o responsável por coordenar questões envolvendo a
internet; e, sobretudo, da longa relação pessoal que construíram com a
comunidade da internet americana e regional."
Em paralelo à isso, Igor prega abertamente a "supervisão estatal" do CGI, embora
deixe claro que não é à favor do controle da entidade pelo governo, por entender
que a defesa da Internet acabaria por sofrer restrições orçamentárias, fato
comum entre os entes federativos. "A supervisão estatal, não confundida com a
transferência ao setor público da responsabilidade pela gestão e pela prestação
de contas sobre a atividade de governança, é fundamental para dar equilíbrio e
legitimidade aos seus mandatos", destacou.
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Leia na Fonte:
Convergência Digital
[16/09/13]
Dilma reafirma neutralidade de rede e redime Comitê Gestor como modelo de
governança - por Luís Osvaldo Grossmann
A política brasileira para a Internet parece ter se beneficiado da sacudida
promovida pelas denúncias de espionagem dos Estados Unidos. O tema parece ter
entrado de fato no radar da presidenta Dilma Rousseff, que nesta segunda-feira,
16/9, se reuniu com o Comitê Gestor da Internet no Brasil para discutir o Marco
Civil e a governança da rede.
“Apresentamos o modelo de governança multissetorial da Internet no Brasil, que é
um modelo elogiado internacionalmente e é um exemplo que outros países poderiam
buscar. E essa respeitabilidade é importante na construção de um novo modelo”,
disse ao fim do encontro o coordenador do CGI.br e secretario de Políticas de
Informática do MCTI, Virgilio Almeida.
O que ficou da reunião, para quem dela participou, foi uma recuperação de
terreno. Para vários dos integrantes do Comitê Gestor, aquela instância estava
afastada das tratativas do governo sobre a Internet. “A impressão é a de que
conseguimos vencer um bloqueio que impedia esse diálogo”, resumiu um dos
conselheiros presentes.
No campo específico do Marco Civil da Internet, o Comitê – que compareceu em
peso à reunião – reforçou a defesa da neutralidade de rede “como proposto pelo
relator na Câmara”, a garantia da privacidade dos usuários e a inimputabilidade
da rede. Na prática, tanto no campo da governança como do projeto de lei, o
modelo é usar o decálogo de princípio do CGI.br.
Há uma semana, em reunião com o relator do PL 2126/11, Alessandro Molon (PT-RJ),
a presidenta da República - aborrecida com a espionagem dos Estados Unidos - já
acenara em direção à neutralidade de rede, o ponto que até aqui impediu uma
votação do Marco Civil na Câmara dos Deputados.
O principal impacto parece ser mesmo uma certa redenção do Comitê Gestor. Nos
dois últimos anos, o CGI.br vinha sendo escanteado pelo Ministério das
Comunicações, especialmente depois que a pasta abraçou a visão de governança da
Internet defendida pela Anatel – algum tipo de controle nacional sobre a rede e
sob um fórum como a União Internacional das Telecomunicações.
Redenção tanto pela instância em si como pelo objetivo: instrumentalizar o que
Dilma Rousseff proporá na ONU no campo da necessidade de uma governança
internacional da Internet. Até aqui, Minicom e Anatel dominaram essa discussão,
inclusive levando uma proposta “de governo” à UIT. Nesta segunda, Dilma Rousseff,
intencionalmente ou não, usou um ‘freio de arrumação.
Quando Almeida menciona o modelo brasileiro respeitado internacionalmente, como
é o funcionamento do CGI, há um recado dado e compreendido: a governança da
Internet não cabe na visão da Anatel e muito menos sob a 'guarda' da UIT. “É
importante que o Brasil melhore o diálogo interno, porque dependendo de quem
fala sobre o tema de governança, é uma versão ou outra que aparece”, resume o
diretor-presidente do NIC.br, Demi Getschko.
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Leia na Fonte: Blog
Capital Digital
[13/11/13]
Marco Civil
da Internet: De que lado está o CGI? - por Luiz Queiroz
Salvo a manifestação pública, porém unitária de alguns conselheiros, como @samadeu
(professor Sérgio Amadeu), em defesa da neutralidade de rede ou contra o artigo
que mantém o direito da Globo retirar seu conteúdo do Youtube sob alegação de
Direito Autoral, de que lado está o Comitê Gestor da Internet no Brasil, como a
entidade máxima que cuida da governança da Internet brasileira?
Até agora oficialmente o CGI não se manifestou claramente sobre a manutenção ou
não do texto do deputado Alessandro Molon (PT-RJ). Isso está claro na Ata da
reunião do dia 20 de setembro deste ano, auge das discussões de espionagem,
governança da rede e da aprovação do Marco Civil.
Naquela data, o Comitê Gestor da Internet no Brasil decidiu não decidir. Apenas
tomou a seguinte medida paliativa, em sua Ata, que ainda não foi publicada na
Internet:
“10. Marco Civil da Internet”
“Glaser (secretário-executivo Hartmut Glaser) informou que esse assunto ficará
suspenso para futura discussão, pois estão aguardando a versão consolidada por
parte do governo.”
Afinal de contas o que é o Comitê Gestor da Internet? Um apêndice do governo,
que já está sinalizando que pretende mudar o texto e possivelmente favorecer as
empresas de telefonia na questão da neutralidade da rede?
Ou seria um colegiado que representa o conjunto dos interesses da sociedade?
Não preciso lembrar o que penso – enquanto jornalista ‘especializado’ que cobre
o setor – sobre o papel do CGI. Mas reforço: Um organismo viciado, no qual
determinados integrantes descobriram uma forma de favorecer seus empreendimentos
empresariais, suas ONGs e de se perpetuarem como se fossem os donos da Internet
brasileira.
Na hora em que Molon mais precisa do apoio do CGI para manter o seu texto
intacto diante do poder econômico que pressiona congressistas a modificá-lo, o
organismo se omite. Deixa para o governo a responsabilidade de apresentar um
texto, para só então criticar ou apoiá-lo.
Ocorre que um texto que substiuirá o de Molon só deverá ficar pronto na hora da
votação, com riscos seríssimos para as garantias ali validadas pelo deputado em
favor do usuário. Em outras palavras, o CGI não quer assumir o ônus político de
ser contra mudanças no texto de Molon, deixando o campo livre para ser
modificado pelos lobistas das empresas, com o apoio do governo, que já mudou de
posição mais uma vez.
Por que o Comitê Gestor da Internet teme tanto o governo, ao ponto dele fazer o
triste papel de omisso, na hora em que mais se é exigido da parte dele: o
“notório saber”?
A resposta pode estar no item 11 da mesma Ata da reunião do CGI do dia 20 de
setembro. Há um temor interno dentro do organismo, principalmente de quem vem se
beneficiando das fartas verbas que correm soltas lá dentro – sem o controle de
ninguém – de que o governo resolva mexer na atual estrutura de governança da
entidade e, por consequência, da internet brasileira.
Isso ficou claro depois que a presidenta Dilma foi à ONU e defendeu maior
participação dos governos na discussão da Internet mundial. Mesmo citando alguns
tópicos do decálogo do CGI, ela não foi clara quanto ao modelo de governança
atual ser aquilo que ela deseja. Se mexer, quem hoje lucra lá dentro poderá
perder os seus poderes. Principalmente se o MCTI deixar de ser leniente e, de
fato, assumir a gestão deste colegiado.
* Não foi à toa, que o representante do Terceiro Setor, Carlos Alberto Afonso,
defendeu “a criação de uma nova estrutura pluralista, com a participação do
governo e de outros setores da sociedade, diferente do que existe hoje”. (???)
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Leia na Fonte: CGI.br
Comitê
Gestor da Internet no Brasil (CGI.br)
Sobre o CGI.br
Quem Somos
CGI.BR
O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) foi criado pela Portaria
Interministerial nº 147, de 31 de maio de 1995 e alterada pelo Decreto
Presidencial nº 4.829, de 3 de setembro de 2003, para coordenar e integrar todas
as iniciativas de serviços Internet no país, promovendo a qualidade técnica, a
inovação e a disseminação dos serviços ofertados.
Histórico
Para tornar efetiva a participação da Sociedade nas decisões envolvendo a
implantação, administração e uso da Internet, o Ministério das Comunicações e o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação constituíram, de forma conjunta, o
Comitê Gestor da Internet, em maio de 1995.
Membros do CGI.br
Composto por membros do governo, do setor empresarial, do terceiro setor e da
comunidade acadêmica, o CGI.br representa um modelo de governança na Internet
pioneiro, com base nos princípios de multilateralidade, transparência e
democracia.
Destaque
Entre as diversas atribuições do CGI.br destacam-se:
- a coordenação da atribuição de endereços internet (IPs) e do registro de nomes
de domínios usando <.br>;
- o estabelecimento de diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e
desenvolvimento da internet no Brasil;
- a coleta, organização e disseminação de informações sobre os serviços
internet, incluindo indicadores e estatísticas.
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Leia na Fonte: CGI.br
Membros
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação:
VIRGÍLIO AUGUSTO FERNANDES ALMEIDA (coordenador), titular;
RAFAEL HENRIQUE RODRIGUES MOREIRA, suplente;
Casa Civil da Presidência da República:
RENATO DA SILVEIRA MARTINI, titular,
ANTÔNIO SÉRGIO BORBA CANGIANO, suplente;
Ministério das Comunicações:
MAXIMILIANO SALVADORI MARTINHÃO, titular;
MIRIAM WIMMER, suplente;
Ministério da Defesa:
LUIZ ANTONIO DE SOUZA CORDEIRO, titular;
ADRIANO SILVA MOTA, suplente;
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior:
NELSON AKIO FUJIMOTO, titular;
ALEXANDRE MOURA CABRAL, suplente;
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão:
NAZARÉ LOPES BRETAS, titular;
JOÃO BATISTA FERRI DE OLIVEIRA, suplente;
Agência Nacional de Telecomunicações:
MARCELO BECHARA DE SOUZA HOBAIKA, titular;
RODRIGO ZERBONE LOUREIRO, suplente;
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico:
ERNESTO COSTA DE PAULA, titular;
GERALDO SORTE, suplente;
Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação
JADIR JOSÉ PELA, titular
ODENILDO TEIXEIRA SENA, suplente
Representante de notório saber em assunto da Internet:
DEMI GETSCHKO
Representantes do setor empresarial:
a) provedores de acesso e conteúdo da Internet:
EDUARDO FUMES PARAJO, titular e
RICARDO LOPES SANCHEZ, suplente.
b) provedores de infra-estrutura de telecomunicações:
EDUARDO LEVY CARDOSO MOREIRA, titular; e
ALEXANDRE ANNENBERG NETTO, suplente.
c) indústria de bens de informática, de bens de telecomunicações e de software:
HENRIQUE FAULHABER, titular e
NORBERTO DIAS, suplente.
d) setor empresarial usuário:
CÁSSIO JORDÃO MOTTA VECCHIATTI, titular e
NIVALDO CLETO, suplente.
Representantes do terceiro setor:
SERGIO AMADEU DA SILVEIRA, titular;
VERIDIANA ALIMONTI, titular;
CARLOS ALBERTO AFONSO, titular; e
PERCIVAL HENRIQUES DE SOUZA NETO, titular.
JOSÉ RICARDO NEGRÃO, suplente;
VITOR HUGO DAS DORES FREITAS, suplente;
MARCUS AURÉLIO RIBEIRO MANHÃES, suplente; e
FLÁVIA LEFÈVRE GUIMARÃES, suplente.
Representantes da comunidade científica e tecnológica:
JOSÉ LUIZ RIBEIRO FILHO, titular;
FLÁVIO RECH WAGNER, titular;
LISANDRO ZAMBENEDETTI GRANVILLE, titular; e
OMAR KAMINSKI, suplente.
Secretário executivo: HARTMUT RICHARD GLASER
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Leia na Fonte: NIC.br
Núcleo de
Informação e Coordenação do Ponto BR
Sobre
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR é uma entidade civil, sem fins
lucrativos, que desde dezembro de 2005 implementa as decisões e projetos do
Comitê Gestor da Internet no Brasil, conforme explicitado no
comunicado ao
público e no estatuto
do NIC.br.
Comunicado ao Público
O COMITÊ GESTOR DA INTERNET NO BRASIL - CGI .br comunica ao público em geral
que, em reunião realizada no dia 21 de outubro de 2005 e atendendo às
atribuições que lhe confere o Decreto Nº 4.829 de 3 de setembro de 2003, aprovou
proposta no sentido de que as funções administrativas relativas ao Domínio <.br>,
como a execução do registro de Nomes de Domínio e a alocação de Endereços IP
(Internet Protocol), sejam atribuídas ao Núcleo de Informação e Coordenação do
Ponto BR - NIC .br.
Assim, o CGI.br torna público que, a partir de 5 de dezembro de 2005, o NIC.br
assumirá a gestão do Registro.br de acordo com as normas vigentes, ficando
mantidos, sem interrupção, sem alteração de valor e sem mudança na forma, o
nível e a qualidade do serviço atualmente prestado.
O CGI.br aproveita a oportunidade para manifestar seu profundo agradecimento
pelos inestimáveis serviços que a FAPESP sempre prestou à internet no Brasil.
O Comitê Gestor da Internet no Brasil - CGI.br, criado pelo Decreto Nº 4.829 de
3 de setembro de 2003, tem como atribuição coordenar e integrar todas as
iniciativas de serviços Internet no Brasil e tem composição que pode ser vista
em: http://www.cgi.br/sobre-cg/membros.htm
O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR - NIC.br é uma associação civil
sem fins lucrativos, cuja assembléia geral é sempre idêntica à composição do
CGI.br, é o braço operacional do CGI.br e seu Estatuto está em: http://www.nic.br/estatuto/
A Resolução CGI.br Nº 001/2005 e a Resolução CGI.br Nº 002/2005 e seu Anexo I,
cada qual em seu inteiro teor, estão publicadas no endereço eletrônico do
servidor web do CGI.br http://www.cgi.br e entram em vigência a partir desta
data.
Os procedimentos atuais para o registro de nomes de domínio e a distribuição de
endereços IPs estão disponíveis em: http://registro.br/
O novo contrato que rege a relação entre o requerente de um nome de domínio e o
NIC.br encontra-se em: http://registro.br/contrato/contrato.html
Veja a publicação no Diário Oficial da União, no dia 14 de fevereiro de 2006.