WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Índice de 2013 --> "Post"
Obs: Os links indicados nas transcrições podem ter sido alterados ao longo do tempo. Se for o caso, consulte um site de buscas.
24/12/13
• Cinco palpites para a vida digital em 2014 - por Cristina de Luca + Sugestão de leitura: livro “1984”, de George Orwell
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
01.
Estou atualizando o website do WirelessBRASIL que contém o índice dos
Textos da jornalista Cristina de Luca, editora do IDGNow!.
Mais abaixo está transcrito este "post" da Cristina:
Leia na Fonte: IDG Now! - Circuito de Luca
[20/12/13]
Cinco palpites para a vida digital em 2014 - por Cristina de Luca
02.
O último "post" registrado é:
Leia na Fonte: IDG Now! -
Circuito de Luca
[22/12/13]
Snowden sumiu. É irrelevante
Não está transcrito mas faço dois recortes, para incentivar a leitura na fonte e
encaminhar o tema do próximo item: :-)
"Bing, Google, Facebook, Twittter… Pode procurar em qualquer lista dos 10
mais comentados ou buscados na Internet em 2013. Edward Snowden não aparece em
nenhuma delas. (...)
(...) Estariam os gigantes da rede agindo como o Ministério da Verdade,
criado por George Orwell no livro “1984”? Lembram? Era o o setor responsável
por alterar informações já publicadas em jornais antigos e divulgá-las novamente
de acordo com a conveniência do sistema. Ou talvez como o Arquiteto, criador da
Matrix, do filme de Andy Wachowski e Lana Wachowski? (...)
03.
Sobre o livro “1984”, de George Orwell, recorto da
web:
"A obra "1984" de George Orwell é sem dúvida o mais extraordinário e terrível
romance político de todo o século XX. O livro escrito em 1948 e publicado em
1949 tornou-se uma das reflexões mais profundas do moderno fenômeno do
totalitarismo na literatura. No mundo futuro, antecipado pelo livro, após uma
guerra nuclear, três grandes superpotências travam uma guerra sem fim pela
supremacia. São sociedades totalitárias dominadas por um partido único que
controlam suas sociedades em todos os níveis.
Os termos do livro como duplipensar, expressões como o Grande Irmão (Big
Brother), o idioma Novilíngua, o adjetivo Orwelliano, e até os lemas do Partido
- "Guerra é paz"; "Liberdade é escravidão"; "Ignorância é força" - tornaram-se
patrimônios do nosso imaginário cultural graças a este livro. Embora o tema da
perda da privacidade, bastante atual nos dias de hoje, seja um dos mais
explorados pelo livro, gostaria de explorar, para não me estender muito, um dos
sentidos do adjetivo Orwelliano. Dentre outros sentidos, este adjetivo pode
significar uma manipulação ou controle de informação por parte do governo para
controlar, pacificar e até subjugar toda uma população."
04.
O livro “1984”, de George Orwell está disponível para download grátis
(inclusive traduzido para o português) em muitos locais na web.
Taí uma leitura interessante para as "festas e férias"!
Para atualização, estou relendo - no papel - uma preciosa edição muito antiga e
amarelada...
Fica a sugestão para ler no seu smartphone, Kindle, tablet, etc, etc...
:-)
Feliz Natal! Ótimo 2014!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
Leia na Fonte: IDG Now! -
Circuito de Luca
[20/12/13]
Cinco palpites para a vida digital em 2014 - por Cristina de Luca
Já dizia o Millôr que “as pessoas que falam muito acabam sempre contando coisas
que ainda não aconteceram”. Ando falando demais desde que topei o desafio da
Mariza Tavares e da Silvia Bassi de assumir o quadro “Dois na Web”, no Jornal da
CBN segunda edição. Roberto Nonato bem o sabe! Não reclamo, adoro. É um
exercício diário encontrar um assunto interessante, exercer a capacidade de
síntese e arriscar palpites, alguns na mosca, outros tiros n’água.
Talvez por conta dessa prática diária, topei o
desafio proposto pela Risoleta Miranda, da FSB: “Estou fazendo uma palestra
de fim de ano e inclui um item que é ouvir de pessoas antenadas – como você! –
quais são suas 3 principais tendências para o mundo digital/comunicação para
2014! Você se importa de me responder?”
Olhar para o futuro é um exercício interessante. Em se tratando de tecnologia,
existem apenas tendências, hipóteses. Mas o fascínio que exercem sobre nós,
costuma estimular a nossa imaginação. Gostei tanto da brincadeira que fui além
do pedido. As duas últimas “tendências” acabei de incluir. Você pode concordar
ou discordar das minhas hipóteses. Caso discorde, “fique tranquilo: sempre se
pode provar o contrário”, dizia também o sábio Millôr…
Em 2014 veremos:
1 – O surgimento de mais serviços baseados em contexto - recursos de
localização, impulsionados pela mobilidade, vão ser cada vez mais usados para
gerar serviços úteis para os usuários. A maioria nem precisará dos check-ins que
tornaram o Foursquare famosos. O uso será transparente, bastará estar com o
recurso de localização ativado no smartphone. Algoritmos avançados de Estimação,
Inferência e Previsão também ajudarão na contextualização de informações a
partir da enorme quantidade de dados fornecida de inúmeras fontes de contexto,
incluindo os próprios dispositivos móveis, os dispositivos vestíveis, os pontos
de acesso, as redes sociais, os objetos inteligentes, etc. Todas essas
tecnologias combinadas permitirão definir um perfil de cliente e surpreendê-lo
com serviços criativos totalmente adaptados à situação em que se encontra. As
apps de contexto servirão à vários segmentos da economia: mídia, saúde, turismo,
segurança, educação, cultura, etc.
2 – Engajamento liderando as ações no marketing e publicidade digital e no
e-commerce - Otimizar a interação com o cliente tornou-se a área mais quente da
tecnologia. CRM Social, Big Data, BI, Analytics…. Tudo isso vai começar a fazer
as engrenagens se moverem no caminho do atendimento personalizado e da
publicidade segmentada, com anúncio direcionados ao cliente mais interessado em
consumir o produto ou o serviço. Mais e mais tecnologias vão surgir para
valorizar os dados dos consumidores, da mídia e, principalmente, dos
anunciantes. O maior exemplo disso é o trabalho que a ROIx já está desenvolvendo
para TIM, combinando sua tecnologia Pixel DMPx com os dados de CRM do programa
de fidelidade TIM Beta e o inventário da private network formada pelos clientes
da empresa.
3 – Vídeo, vídeo e mais vídeo - Vamos ver cada vez mais as organizações
explorando canais diferentes dos tradicionais para atingir uma audiência cada
dia maior e mais exigente. Não por acaso o Youtube foi vencedor do Prêmio Caboré
deste ano, na categoria Mídia eletrônica. A internet virou a fonte mais
dinâmica, rápida e fácil para assistir a vídeos, programas e filmes, não
interessa o dispositivo conectado usado para isso. O consumo de vídeo online
continuará a crescer, levando a mudanças ainda mais radicais na forma linear com
que consumimos o conteúdo da TV. 2014 vai ser um ano em que a briga dos titãs
das indústrias de telecomunicações e broadcast atingirá seu auge, na disputa
pelo dividendo digital (a redistribuição das frequências liberadas pela
digitalização do broadcast). Essa briga definirá as estratégias das organizações
no uso do audiovisual como negócio ou ferramenta de marketing e vendas. Não só
no Brasil, mais intensamente, como em todo o mundo. Não por acaso o Facebook
está testando anúncios em vídeo nas nossas timelines.
4 – Disputas regulatórias impactando a Economia das Apps – Apps não são apenas
uma das principais novas fontes de inovação econômica, mas também tecnológica.
Todas as mudanças esperadas na infraestrutura da internet têm no seu bojo uma
rede mais centrada em apps e mesmo centrada na Web. As apps estendem o rico
potencial de comunicação da Internet para além do desktop tradicional e permite
que os usuários se beneficiem de uma miríade de serviços de informação
(inclusive os baseados em contexto), praticamente em qualquer hora em qualquer
lugar.
Existem vários modelos de negócios para o desenvolvimento de aplicativos, sobre
quais pesquisadores da A Organização de Desenvolvimento Econômico e Cooperação
(OCDE) se debruçaram em um
estudo recém publicado e que produziu resultados interessantíssimos. Eles
descobriram nada menos que 134 permissões que qualquer aplicativo pode pedir,
das quais cada aplicativo pede, em média, apenas 12. Os aplicativos gratuitos
são os que mais usam as permissões. Em especial as que implicam em gastos
adicionais, como fazer chamadas telefônicas e enviar mensagens. O relatório
também descobriu algumas discrepâncias estranhas ao comparar aplicativos
semelhantes. O app do Facebook para Android faz 19 solicitações de permissão,
enquanto o do Google+ exige 44 permissões.
Esta não é apenas uma questão que preocupe apenas os indivíduos. A OCDE teme que
isso possa afetar negativamente a própria Economia das Apps, citando um estudo
da Pew Research que constatou que mais da metade dos usuários de aplicativos
norte-americanos, em algum momento, decidiu não instalar um aplicativo quando
descobriu a extensão das permissões necessárias. As autoridades de regulação já
sabem que uma fonte de receita importante para os desenvolvedores é cobrar dos
usuários para liberar recursos e a cobrança pode vir na forma de coleta de dados
pessoais vendidos indevidamente para terceiros. O grande desafio será fazer os
decisores políticos compreenderem os mecanismos da Economia das Apps, para que
os regulamentos possam apoiar a inovação e a competição e assegurar ao máximo os
possíveis benefícios para os usuários.
5 – A queda de algumas barreiras ao crescimento da Internet das Coisas –
Gigantes da Tecnologia estão dedicando engenharia, marketing e talento executivo
para a criação de produtos e serviços embalados pelo conceito da Internet das
Coisas. Mas, na prática, a possibilidade de comunicação entre todos os objetos
que existem – enviando e recebendo dados e informações com o intuito de
facilitar a vida das pessoas – ainda esbarra em alguns obstáculos nas áreas de
energia, infraestrutura de comunicação, gestão de rede, segurança, padronização.
Em 2014 a Internet das coisas permanecerá um enorme desafio tanto para as
engenharias (elétrica, eletrônica, de telecomunicações, de sistemas, etc) quanto
para a experiência dos usuários. Teremos avanços em algumas dessas áreas,
especialmente nos países desenvolvidos. Maior adoção do IPv6, de SDN… Teremos
também muitas experiências de cidades inteligentes, com sensores espalhados
pelos quatro cantos, nuvem, Big Data. E novidades práticas no uso de novos
materiais, como o grafeno. Mas, no geral, haverá ainda muito trabalho por fazer
para que a Internet das Coisas, de fato, torne as nossas vidas mais fáceis.