WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Índice de 2013 --> "Post"
Obs: Os links indicados nas transcrições podem ter sido alterados ao longo do tempo. Se for o caso, consulte um site de buscas.
24/02/13
• "Espectro de 700 MHz" (2) - "Aprovada a consulta pública" + Notícias
recentes + "Resumo"
Olá, "WirelessBR"
e "telecomHall Brasil"!
01.
O website "Espectro
de 700 Mhz" do WirelessBRASIL está atualizado com estas notícias recentes,
transcritas mais abaixo:
Leia na Fonte: Teletime
[21/02/13]
Teles terão 90 MHz para LTE na faixa de 700 MHz - por Helton Posseti
Recorte:
(...) O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quinta, 21, a consulta pública
de 45 dias para o Regulamento de Condições de Uso do Espectro na faixa de 698
MHz a 806 MHz. A proposta, relatada pelo conselheiro Rodrigo Zerbone, destina 90
MHz para a banda larga móvel (45 MHz + 45 MHz), 5 MHz de banda de guarda no
início da faixa, 3 MHz de banda de guarda no fim e 10 MHz entre o downlink e o
uplink.(...)
Leia na Fonte: Convergência Digital
[21/02/13]
700 MHz: 4G só entra onde sinal não interferir na TV - por Luís Osvaldo
Grossmann
Leia na Fonte: Teletime
[21/02/13]
Governo admite licitar menos espectro em 700 MHz se faixa estiver congestionada
e sem solução - por Samuel Possebon
Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/02/13]
700 MHz: Paulo Bernardo descarta 'tela preta' nas TVs por conta do 4G - por
Ana Paula Lobo
Leia na Fonte: Teletime
[20/02/13]
Radiodifusão reclama por não participar em testes de interferência na faixa de
700 MHz - por Helton Posseti
Leia na Fonte: Convergência Digital
[19/02/13]
700 Mhz: SET cobra governo e diz que 4G vai interferir na TV digital - por
Ana Paula Lobo
02.
Lá no final da página, transcrevo também o "Resumo e Acompanhamento"
atualizado.
Este é um "serviço" do WirelessBRASL e sugestões e correções são sempre muito
bem-vindas!
Obrigado!
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
---------------------------
Leia na Fonte: Teletime
[21/02/13]
Teles terão 90 MHz para LTE na faixa de 700 MHz - por Helton Posseti
O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta quinta, 21, a consulta pública de 45
dias para o Regulamento de Condições de Uso do Espectro na faixa de 698 MHz a
806 MHz. A proposta, relatada pelo conselheiro Rodrigo Zerbone, destina 90 MHz
para a banda larga móvel (45 MHz + 45 MHz), 5 MHz de banda de guarda no início
da faixa, 3 MHz de banda de guarda no fim e 10 MHz entre o downlink e o uplink.
Este é o modelo adotado na região Ásia-Pacífico (APT) e harmonizado em âmbito da
UIT; modelo este que já havia sido antecipado por este noticiário como o
escolhido pelo grupo técnico da agência. Zerbone lembrou que, ao adotar um
padrão reconhecido pela UIT, o País obtém os benefícios dos ganhos de escala em
equipamentos e terminais. Foi estabelecido um cap (limite por operadora) de 20
MHz, mas Zerbone lembra que o edital de licitação poderá trazer um cap menor
para possibilitar a participação de mais empresas.
A nova destinação entra em vigor, contudo, em uma data ainda a ser definida pela
Anatel. Isso porque o Executivo ainda não definiu completamente a data do fim da
transmissão da TV analógica. A expectativa de Zerbone é de que durante os 45
dias de consulta pública o executivo já tenha essa definição e aí a Anatel
poderia estabelecer a data de entrada em vigor da nova destinação.
A proposta procura resguardar que sejam respeitas as premissas estabelecidas
pelo Minicom, que deu o pontapé inicial para que a Anatel realizasse a nova
destinação da faixa. Assim, a norma estabelece que não haja interferência entre
os sistemas; preserva as áreas de cobertura atual da radiodifusão; e assegura
que os custos com a realocação dos canais devem ser suportados pelos novos
usuários da faixa.
Se for constatado que em determinados municípios a faixa baixa do UHF não
comporta todos os canais, a Anatel poderá rever a destinação da faixa para esses
municípios específicos. O conselheiro Rodrigo Zerbone ressaltou a
"complementaridade" das faixas de 2,5 GHz – que provém cobertura restrita, mas
de alta capacidade – e de 700 MHz que é ideal para cobrir grandes áreas. "A
complementaridade com a faixa de 2,5 GHz certamente propiciará um serviço mais
barato e de maior qualidade para a população", diz ele.
Grupo de trabalho
Tendo em vista que a reestruturação da Anatel deverá ser aprovada no mês de
março, o presidente da agência, João Rezende, determinou a criação de um grupo
de trabalho para conduzir o processo de análise das contribuições à consulta
pública até a elaboração do edital. Isso para evitar que a reestruturação atrase
o processo. O grupo de trabalho será composto pelo superintendente de
Radiofrequência e Fiscalização, Marcus Paolucci, pelo superintendente de
Serviços Privados, Bruno Ramos e pelo superintendente de Comunicação de Massa,
Marconi Maya. Esses três superintendentes convocarão os demais servidores que
comporão o grupo de trabalho.
*********************************************
Leia na Fonte: Convergência Digital
[21/02/13]
700 MHz: 4G só entra onde sinal não interferir na TV - por Luís Osvaldo
Grossmann
A Anatel vai colocar em consulta pública, por 45 dias, a alteração nas condições
de uso do espectro entre 698 MHz a 806 MHz, faixa mais conhecida como 700 MHz,
permitindo que nela também sejam prestados serviços de telecomunicações.
É o primeiro passo formal para o aproveitamento do chamado dividendo digital – o
espaço a ser liberado com a digitalização das transmissões de televisão, visto
que a nova tecnologia permite uma maior compressão dos sinais. A expectativa é
que, com a transição, sejam ‘liberados’ os canais 52 a 69.
Parte desse processo ainda depende da manifestação do Ministério das
Comunicações – por exemplo, a definição da data (ou datas) de fim da transmissão
simultânea com sinais analógicos e digitais, uma vez que a faixa só poderá ser
efetivamente utilizada pelas teles após a liberação do espaço.
“Mas essa realocação e redistribuição vai precisar respeitar alguns princípios
que já estamos colocando aqui”, afirmou o relator da proposta que vai à consulta
pública, Rodrigo Zerbone. Em essência, trata-se da preservação dos serviços
atuais de radiodifusão.
Esses princípios tratam da garantia de não interferência e da preservação das
áreas de cobertura atuais das emissoras. “Nenhum canal vai deixa de existir e
sua abrangência será preservada”, afirmou Zerbone. Nesse sentido, o relator
destaca que “a licitação dessa faixa não pode ocorrer antes que a realocação
esteja concluída”.
“Se for constatado que em algum município não é possível preservar todos os
canais na faixa onde estamos propondo que todos os canais fiquem, se houver
interferências que não forem possíveis harmonizar, a Anatel deverá rever para
esse caso a destinação dessa faixa”, explicou.
Principais interessadas na liberação e oferta da faixa de 700 MHz, as operadoras
de telecomunicações terão que arcar com partes dos custos de remanejamento. “A
cobertura de custos com a redistribuição dos canais que precisarem migrar, os
equipamentos, serão custeados pelas empresas de telecomunicações que vencerem o
edital de licitação dessa faixa”, disse Zerbone.
A Anatel defende que a oferta da faixa de 700 MHz para as teles se dá no sentido
de harmonização internacional das frequências utilizadas pela quarta geração da
telefonia – ou seja, banda larga móvel – com efeito direto esperado nos custos e
nos preços aos consumidores.
“A faixa de 700 MHz é utilizada em 4G, complementar à faixa de 2,5 GHz, com
abrangência maior e menos antenas, o que gera uma eficiência para o sistema
maior, reduz custos para as operadoras e obviamente se refletirá nos preços aos
consumidor e nos preços dos equipamentos terminais pela escala mundial dessa
padronização”, avaliou o relator.
**************************************
Leia na Fonte: Teletime
[21/02/13]
Governo admite licitar menos espectro em 700 MHz se faixa estiver congestionada
e sem solução - por Samuel Possebon
O governo e a Anatel sinalizaram que poderão, a depender das constatações que se
faça em relação à desocupação da faixa de 700 MHz, licitar apenas parte do
espectro previsto. Ou seja, em lugar de licitar todos os 108 MHz que compõem a
faixa, seriam licitadas faixas menores. "Essa é uma alternativa para o caso de
não conseguirmos fazer a transição na faixa toda, ou em algum centro urbano em
que haja mais necessidade de canais de TV do que as inicialmente previstas pela
Anatel". Com isso, a agência poderá, eventualmente, restringir o número de
grupos empresariais efetivamente interessados no mercado. O secretário de
Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, diz que a
prioridade é assegurar que ninguém que hoje recebe o sinal da TV analógica fique
sem o sinal da TV digital. "Se isso acontecer, vamos ajustar e só liberar a
faixa de 700 MHz para a banda larga onde for realmente possível".
Outra medida que pode limitar o número de players em uma futura licitação da
faixa de 700 MHz é a exigência de uma contrapartida de fibra ótica. Apenas
operadoras de telecomunicações e, eventualmente, alguns operadores de energia
elétrica, teriam infraestrutura para suportar telecomunicações no alcance
imaginado pelo governo. É improvável que um novo grupo faça esse investimento.
Segundo o secretário de Telecomunicações do Minicom, Maximiliano Martinhão, a
ideia do governo é cobrar pouco pelo espectro de forma direta e mais na forma de
contrapartidas.
Martinhão e Lins participaram nesta quarta, 20, do Seminário Políticas de
(Tele)Comunicações, organizado pela Converge e pelo CCOM/UnB.
Uso eficiente
No mesmo debate, o diretor de assuntos regulatórios da Qualcomm, Francisco
Giacomini, lembrou que é essencial que todo o espectro de 700 MHz esteja livre
para a banda larga móvel e que mesmo isso pode não ser suficiente. "Trabalhamos
com a ideia de que o tráfego de dados será multiplicado por mil. Para isso,
precisa de espectro", disse. Mas ele lembrou que existem outras tecnologias de
otimização do espectro que poderão adicionar outras possibilidades. "Hoje já se
pode otimizar o uso de algumas faixas pouco utilizadas com compartilhamento de
espectro ou com tecnologias de otimização. São coisas que precisamos começar a
debater institucionalmente".
Para o presidente da Abert, Daniel Slaviero, se os operadores de telecom querem
efetivamente ter razão nessa discussão, precisam trabalhar para otimizar o seu
espectro.
*******************************
Leia na Fonte: Convergência Digital
[20/02/13]
700 MHz: Paulo Bernardo descarta 'tela preta' nas TVs por conta do 4G - por
Ana Paula Lobo
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, garantiu que a cessão de parte da
faixa do 700 MHz - 108 MHz para a oferta da banda larga móvel em 4G - não vai
afetar o funcionamento das TVs para a população brasileira.
Segundo ele, onde for constatado o problema - Rio, São Paulo e Campinas-SP são
pontos críticos, segundo denunciado pela SET, haverá uma adequação no edital da
Anatel. "Vamos vender menos para as teles onde há problema. Não vai haver
interferências nem ruídos. A maior parte da faixa está deserta no Brasil",
sustentou.
Bernardo, que participou de evento da Oi - que fornecerá serviços gratuitos de
telecomunicações para a Marinha na estação Antártica Comandante Ferraz, no Rio
de Janeiro, insistiu que, hoje, em mais de 4800 municípios a faixa de 700 Mhz
está 'mais vazia que a Antártica', o que significa não ocupação pelos
radiodifusores. "Não temos a menor intenção de fechar qualquer canal de TV
aberta. O serviço continuará disponível para 98% da população e descarto tela
preta", reforçou.
De acordo ainda com o ministro das Comunicações, a Anatel vai formular o edital
conforme a disponibilidade de frequência. Segundo Bernardo, no Rio - por conta
da topologia da cidade - e em Campinas - foram constatados os maiores problemas.
"Se tivermos que reduzir a faixa para a oferta do 4G nessas cidades para não
prejudicar a TV vamos fazer. Não há ruído. 4G e TV vão conviver", pregou.
Radiodifusores e teles disputam a faixa de 700 Mhz. O governo decidiu que parte
dela será usada para a oferta de banda larga móvel. O edital para a venda da
frequência está prometido para o final deste ano. O leilão deverá ser realizado
em 2014.
***************************************
Leia na Fonte: Teletime
[20/02/13]
Radiodifusão reclama por não participar em testes de interferência na faixa de
700 MHz - por Helton Posseti
Tela Viva Movél 2013
O setor de radiodifusão está insatisfeito com o fato de não ter sido chamado
para participar dos estudos sobre a interferência entre a TV digital e o LTE que
serão conduzidos pela Anatel. "Não tivemos acesso a nenhum estudo de campo que
demonstre que a banda de guarda de 5 MHz garanta que não haja interferência. Nós
não fomos convidados aos estudos que a Anatel fará, embora isso possa ser
revertido", afirmou o presidente da Abert, Daniel Slaviero.
O conselheiro da Anatel Jarbas Valente procurou minimizar esse eventual atrito
com o setor privado. Segundo ele, qualquer interessado terá acesso à
documentação e à fundamentação do estudo. Além disso, a ideia é que o estudo
seja feito com algum instituto brasileiro ou de fora que utilize os critérios
para que ele possa ser aceito pela UIT.
De qualquer maneira, a Anatel está confiante que a opção pelo modelo
Ásia-Pacífico (APT) – que trabalha com 5 MHz de banda de guarda – minimize
bastante a chance de interferência. Para o conselheiro Jarbas Valente, a banda
de guarda de 5 MHz "garantiria todo o processo".
Para o diretor de relações governamentais da Qualcomm, Francisco Giacomini
Soares, o fato de o 3GPP ter padronizado o modelo garante que a interferência,
que ele não descarta que ocorra, seja possível de ser reparada. "O 3GPP
padronizou isso aí baseado na experiência do Japão inclusive. Algum tipo de
interferência pode acontecer, mas dá para gerenciar isso com engenharia, isso é
possível de se fazer", afirmou ele.
De qualquer forma a Sociedade de Engenharia de Telecomunicações (SET) já decidiu
que vai contratar por conta própria um estudo para investigar a interferência
entre os dois sistemas.
O conselheiro Jarbas Valente informou que a Anatel fará uma simulação da
interferência utilizando a infraestrutura da Motorola instalada no Centro de
Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército em Brasília. A infraestrutura foi
montada para que o Exército teste uma solução de segurança pública da companhia
que usa o LTE na faixa de 700 MHz.
Dentro do setor, o teste da Anatel é visto com desconfiança porque Brasília não
é uma cidade onde há congestionamento de espectro na faixa. Além disso, a
infraestrutura da Motorola trabalha no modelo americano e não no Ásia-Pacífico,
escolhido pelo Brasil.
*************************************
Leia na Fonte: Convergência Digital
[19/02/13]
700 Mhz: SET cobra governo e diz que 4G vai interferir na TV digital - por
Ana Paula Lobo*
*Com informações da SET
O governo decidiu liberar parte da faixa de 700 Mhz para a oferta da banda larga
móvel - o leilão está previsto para 2014, mas o impasse com os radiodifusores,
hoje, usuários da faixa, está longe de ser superado. Por meio de nota oficial,
divulgada no seu portal, a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET)
cobra resultados dos pilotos anunciados pelo governo - especialmente o que
sustenta que não haverá interferência entre o 4G e a TV Digital - ponto que a
entidade discorda.
No comunicado oficial, a SET destaca que a canalização planejada é importante
para a população e crucial para o bom funcionamento da nova televisão
brasileira. Garante ainda que estudos realizados pela entidade indicam que num
cenário pós-transição, exclusivamente digital, será enorme a complexidade para a
acomodação das estações existentes, cenário que vai piorar com as estações
públicas.
De acordo ainda com a SET, a situação é "especialmente crítica' nas áreas
metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e no centro-leste
do Estado de São Paulo. Mas também há preocupação com o interior do estado de
São Paulo em geral e a outras capitais do país. No informe, a SET diz temer que
os estudos realizados pelo governo "tenham sido realizados com reuso demasiado
de frequências, o que poderá comprometer tanto a qualidade das imagens
oferecidas ao público, como a cobertura das estações digitais, que ficará
reduzida relativamente às atuais coberturas analógicas".
A entidade faz cobranças ao governo ao dizer que é premente "a necessidade de
iniciar-se de imediato o replanejamento dos canais digitais específico para a
fase pós-transição, com a tentativa de otimização de uso do espectro e de
acomodação dos canais dentro da faixa estipulada pela Portaria nº 14, pois
somente o desenvolvimento desse trabalho poderá apontar, com clareza, a
suficiência ou não de espectro para a efetiva implantação da TV digital".
A SET - apesar de ressaltar a importância da banda larga - diz que a
interferência do 4G na recepção da TV digital é, sim, 'muito séria'. Segundo a
entidade, a interferência significará 'tela preta' e que, nesse momento, não há
solução prefeita para o problema, mas, sim, 'medidas de mitigação, que precisam
ser simultâneas e incluem a instalação de filtros em cada residência – portanto,
medidas de difícil operacionalização".
Para mitigar a questão, a SET criou um grupo de trabalho para iniciar de
imediato os testes de interferências mútuas entre as duas tecnologias de TV
Digital e LTE/4G, tendo como base os parâmetros do Brasil. No informe, deixa
claro que a iniciativa é aberta e que conta com a paticipação de fabricantes e
das operadoras de telecom - principais interessadas no uso da faixa. A SET
informa ainda que contratará um centro de pesquisa para coordenar as pesquisas.
************************************
Resumo e acompanhamento
(primeira versão)
01.
Algumas definições iniciais de expressões encontradas no noticiário:
"Conceitualmente “Dividendo Digital” é a expressão utilizada para designar as bandas de frequência que são utilizadas pela TV terrestre analógica e que foram ou serão liberadas a partir da digitalização das transmissões da TV aberta. Neste documento, sempre que for utilizado o termo “Dividendo Digital” – ou simplesmente DD – se estará referindo preferencialmente ao espectro liberado no UHF (Ultra High Frequency), em suas bandas IV e V de 470 - 862 MHz"
"Na literatura internacional o termo “White Spaces” se refere a canais vagos do serviço de radiodifusão de TV em uma dada localidade e, dependendo da fonte consultada, pode considerar apenas os canais adjacentes reservados para a proteção contra interferências, como também canais disponíveis para o serviço mas não destinados a um concessionário em particular."
"Refarming é uma expressão utilizada para designar a reorganização da
ocupação do espectro pelos serviços existentes. Permite a inclusão de novos
serviços, a expansão daqueles com alta demanda de uso, e a compactação, ou mesmo
a eliminação, daqueles que tenham passado por evolução tecnológica e não
apresentem indícios de maior demanda. Essa abordagem demanda longos processos de
consultas públicas realizadas pelos agentes reguladores nacionais e a elaboração
de acordos internacionais em organismos multilaterais como a UIT para
coordenação entre países."
02.
Permito-me utilizar este pequeno texto, de 04 de agosto de 2012, encontrado no
site Internet 4G, como um
"resumo básico" do tema:
(...) No final de junho de 2012 foi realizado o leilão da
faixa de frequência 2,5 GHz para que ela seja usada pelas empresas vencedoras
para oferta da internet 4G no Brasil, e depois disso, o governo brasileiro
anunciou que realizará outro leilão em 2013, pela faixa de frequência de 700 MHz
para o mesmo fim: Oferecer os serviços do 4G.
Mas qual a diferença entre as duas faixas?
Que diferença a frequência faz na hora de ofertar a internet 4G?
Uma das principais diferenças é o dinheiro gasto para implementação: O serviço
na faixa de 700 MHz necessita de 5 vezes menos investimentos do que os
necessários para ofertar a internet 4G na frequência 2,5 GHz, já que o número de
antenas necessárias é bem menor.
Além disso, o alcance da de 700 MHz é muito maior: A faixa 2,5 GHz é ótima para
regiões urbanas, mas o sinal da de 700 MHz chega a locais mais distantes, como a
zona rural por exemplo.
Resumindo:
- A frequência de 2,5 GHz é alta, mas sua cobertura é menor.
- A faixa de 700 MHz é um espectro baixo, mas tem a área de cobertura 5 vezes
maior.
Pelo Brasil ser um país grande, quanto maior a cobertura de sinal para ofertar o
4G, melhor.
São claros os benefícios da troca da faixa 2,5 GHz para a frequência de 700 MHz
na hora de distribuir o sinal do 4G. Mas, para que o cenário seja perfeito, é
preciso saber o que fazer com as TVs analógicas do país, que utilizam a mesma
frequência de 700 MHz que as operadoras querem utilizar para a internet 4G no
Brasil. As teles não querem esperar até 2016, data limite para que todas as TVs
analógicas sejam extintas no país e o Brasil só possua TVs digitais, então nos
resta saber como o governo vai resolver este impasse entre a telefonia e a
televisão.(...)
03.
Segue-se o sequenciamento de algumas informações publicadas na mídia:
Em 15 de março de 2012
foi divulgado que a Anatel começou a discutir o tema "700 MHz".
"Para esquentar o debate sobre os 700 MHz, a Anatel recuperou, a pedido do
Ministério das Comunicações, uma consulta pública que criava mofo no órgão
regulador desde 2007: na época uma possível revisão da destinação dos 746 MHz a
806 MHz utilizadas por retransmissoras de TV – os canais 60 a 69."
Em 15 de maio de 2012 foi divulgado que "o Exército brasileiro está animado com os testes realizados em parceria com a Motorola para comunicações em tecnologia de quarta geração (LTE) nessa frequência (700 MHz) e já pediu formalmente à Anatel à destinação de, pelo menos, uma fatia do espectro para aplicações em segurança."
Em 27 de agosto de 2012 a jornalista Cristina de Luca
comentou:
"Está claro que o governo iniciou uma corrida contra o tempo para “limpar” a
faixa dos 700Mhz, hoje ocupada pelos sinais de TV analógica especialmente nas
grandes. Segundo Flavio Lenz, assessor da Secretaria de Telecomunicações do
MiniCom, 1,062 mil cidades precisarão ter a TV aberta analógica “desligada” para
dar espaço para a banda larga LTE. Mas isso não pode ser feito em prejuízo da
boa recepção do sinal de radiodifusão.
O primeiro problema do governo? As interferências no sinal digital, que para o
telespectador significa tela preta, pura e simplesmente. Um estudo apresentado
na SET mostra claramente que, em área densamente povoadas, como o interior de
São Paulo, o plano de canalização da TV digital não é otimizado, e há um excesso
de estações em SFN (Single Frequency Network) operando na mesma frequência, o
que gera possibilidades de interferência que impactam na cobertura. Outros
estudos comprovam as interferência dos sinais WiMax e LTE no sinal da TV
Digital."
(...)
"Segundo alguns analistas do setor de telecomunicações, o problema de aumento
da demanda , não será resolvido nem com a alocação da faixa de 700 MHz. A
estimativa é de que em 2015 a demanda seja por 980 MHz, enquanto as teles teriam
838 MHz, considerando o espectro do dividendo digital. Assim, o déficit seria de
142 MHz em 2015. Para 2020, do sindicato das teles considera os mesmos 838 MHz
alocados para o setor e uma demanda de 1.060 MHz.
Estudo realizado pela Anatel em 2011 mostra que há 906 cidades no pais nas quais
será impossível pensar em alguma iniciativa de liberação das faixas de 700 MHz
antes do fim das transmissões analógicas de TV. São municípios onde há a
necessidade de usar os canais de 50 a 69 (que ficam dentro do espectro de 700
MHz) para acomodar a recepção da TV Digital. Ou seja, o simulcast
analógico/digital está ocupando justamente as faixas em que as teles gostariam
de estar, e assim permanecerá até 2016, quiçá 2020.
Tem mais: uma portaria do Ministério das Comunicações reservou os canis de 60 a
68 para as TVs públicas."(...)
Em 10 de novembro 2012 o Tele.Sintese Análise nº 360
registrou:
(...) "O problema maior a ser enfrentado, na avaliação de dirigentes da Anatel,
não será de natureza política, ou seja, arbitrar a disputa por espaço nessa
faixa entre os radiodifusores, seus atuais ocupantes, e as empresas de
telecomunicações, que querem mais espectro para a telefonia móvel de quarta
geração. “Essa disputa o governo arbitra e vai definir o que for o uso mais
eficiente do espectro, levando em conta as demandas de todos os segmentos. O
problema sério que temos pela frente é técnico”, diz a fonte.
Ao falar em problema técnico, a fonte está se referindo às retransmissoras que
usam a faixa em caráter secundário e sobre as quais não existem dados
disponíveis, uma vez que muitas operam ilegalmente. Constatar a existência
dessas retransmissoras – ninguém sabe quantas são, mas superam a casa do milhar
– foi uma surpresa para muitos integrantes do grupo de trabalho. O que fazer com
elas? A resposta vai caber ao Ministério das Comunicações, que terá, agora, de
dimensionar o problema e encontrar uma solução para a legalização das que
puderem ser legalizadas, ou para a cassação, pois os estudos realizados até
agora não tinham considerado a existências dessas retransmissoras." (...)
Em 07 de fevereiro de 2013 o Minicom publicou a
Portaria nº 14/2013 "que dá início formal ao debate sobre a destinação da
faixa de 700 megahertz depois da digitalização total do sistema brasileiro de
televisão".
Recorto os dois primeiros artigos:
Art. 1º Estabelecer diretrizes para a aceleração do acesso ao Sistema
Brasileiro de Televisão Digital Terrestre – SBTVD-T e para a ampliação da
disponibilidade de espectro de radiofrequência para atendimento dos objetivos do
Programa Nacional de Banda Larga – PNBL.
Art. 2º Determinar que a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL inicie os
procedimentos administrativos para a verificação da viabilidade da atribuição,
destinação e distribuição da Faixa de 698 MHz a 806 MHz para atendimento dos
objetivos do PNBL.
Em 21 de fevereiro de 2013 o "Conselho Diretor da Anatel aprovou a
consulta pública de 45 dias para o Regulamento de Condições de Uso do Espectro
na faixa de 698 MHz a 806 MHz. A proposta, relatada pelo conselheiro Rodrigo
Zerbone, destina 90 MHz para a banda larga móvel (45 MHz + 45 MHz), 5 MHz de
banda de guarda no início da faixa, 3 MHz de banda de guarda no fim e 10 MHz
entre o downlink e o uplink.
Este é o modelo adotado na região Ásia-Pacífico (APT) e harmonizado em âmbito da
UIT; modelo este que já havia sido antecipado por este noticiário como o
escolhido pelo grupo técnico da agência. Zerbone lembrou que, ao adotar um
padrão reconhecido pela UIT, o País obtém os benefícios dos ganhos de escala em
equipamentos e terminais. Foi estabelecido um cap (limite por operadora) de 20
MHz, mas Zerbone lembra que o edital de licitação poderá trazer um cap menor
para possibilitar a participação de mais empresas." [Teletime]
Para mais informações sobre o tema, consulte a relação de artigos e notícias recentes publicados pela mídia, com início em 2011.
Helio Rosa
24/02/13