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09/07/13
• Infraestrutura para TELECOM – Situação típica de perde perde - por José Roberto de Souza Pinto
Olá, "WirelessBR"
e "telecomHall Brasil"!
Transcrevo mais abaixo este texto de José Roberto De Souza Pinto anotado em seu
website:
06/07/13
•
Infraestrutura para TELECOM – Situação típica de perde perde - por José Roberto
de Souza Pinto
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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06/07/13
• Infraestrutura para TELECOM – Situação típica de perde perde - por José Roberto de Souza Pinto
Jose Roberto de Souza Pinto é engenheiro, mestre em economia e consultor
na área de telecomunicações
No inicio dos anos 90, tive a oportunidade de vivenciar negociações com diversos
detentores de infraestrutura para instalação de redes de telecomunicações. Estas
negociações abrangeram áreas urbanas, estaduais e interestaduais.
O objetivo como Chefe do Departamento de Planejamento da Rede de
Telecomunicações da Embratel, ainda como Empresa Estatal, era formar uma rede de
cabos de fibra óptica para cobertura de todo o país, com rotas alternativas de
modo a garantir a segurança e qualidade dos serviços prestados.
Diversos contratos foram firmados, com ferrovias, rodovias, empresas de energia
elétricas, metro e algumas Prefeituras Municipais. Naquela época as dificuldades
já eram grandes em função dos preços, contrapartidas e de exigências colocadas
pelos detentores das infraestruturas. Na verdade contratos complexos, mas penso
que, razoáveis para as partes envolvidas e em particular viáveis técnica e
economicamente para implantação dos projetos de lançamento de cabos de fibras
ópticas nos diferentes meios de suporte.
A partir de 2005, em período já fora da Embratel participei de novos estudos de
infraestruturas para redes de telecomunicações dando suporte a clientes, onde já
verificava um crescimento acentuado das dificuldades de negociação com os
detentores de infraestruturas. Particularmente percebi que no ambiente urbano as
Prefeituras, além das dificuldades de aprovação de projetos, com longos prazos
passaram a tratar esses recursos urbanos como um novo negócio. Recentes
manifestações em 2012 de Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e
suas entidades representativas divulgadas no noticiário especializado do setor,
indicavam a criticidade destas negociações com os detentores de infraestruturas
e os prazos de atendimento.
Recente artigo de junho deste ano, publicado pela TELCOMP, intitulado - Esta
conta é impagável (*) -, que recomendo a atenta
leitura, apresenta dados expressivos, indicando mais uma vez que os preços
subiram em várias situações descritas, cobranças de taxas extras e novas
exigências de contrapartidas que certamente prejudicam a expansão e a qualidade
das redes de telecomunicações que suportam os serviços de acesso a Internet, que
sem sombra de dúvida é uma das prioridades da sociedade moderna.
Em outros momentos já me manifestei sobre a importância de se resolver este
impasse entre os Operadores de Telecom e os detentores de infraestrutura, mas
neste momento diante destes novos dados apresentados, independente de ações em
curso no sentido de buscar uma regulamentação a nível nacional, o que concordo e
considero ser de difícil implementação, entendo que a divulgação dos inúmeros
casos de exageros por parte dos detentores das infraestruturas, me parece ser
saudável e fundamental.
Visamos com essa divulgação mais ostensiva que as comunidades prejudicadas em
termos de serviços, qualidade ou mesmo a falta de competição (em função da
dificuldade de novos prestadores de serviço implantarem suas redes de
telecomunicações), sejam informadas, fiquem sensibilizadas e possam agir com as
suas entidades representativas no convencimento de Prefeituras e outras
entidades detentoras de infraestruturas públicas, sobre a importância dos
serviços de telecomunicações para o desenvolvimento econômico e social.
José Roberto de Souza Pinto
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(*)
Fonte: Informativo TelComp – Edição 94
[01/03/13]
Esta conta é impagável