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16/06/13
• Dois textos de Mariana Mazza: "O 4G e a Copa das Confederações" + Convergência: "Exército testa 4G" e "Estádios não terão 3G/4G com capacidade total"
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
Por oportuno, transcrevo abaixo estas matérias:
Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[12/04/13] O
4G e a Copa das Confederações
Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[16/04/13] 4G:
preços altos e a promessa de melhoria da qualidade
Leia na Fonte: Convergência Digital
[14/06/13]
Exército testa uso do 4G na Copa das Confederações - por Ana Paula Lobo
Leia na Fonte: Convergência Digital
[11/06/13]
Copa das Confederações: estádios não terão 3G/4G com capacidade total - por
Luís Osvaldo Grossmann
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[12/04/13] O
4G e a Copa das Confederações
O clima entre o governo e a Fifa quando o assunto é a instalação da prometida
rede 4G nos estádios que serão usados nos torneiros esportivos não está nada
bom. Depois de saber que o diretor de comunicação da federação, Walter De
Gregório, criticou a demora das teles em implementar a infraestrutura, o
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, resolveu se pronunciar oficialmente
sobre o assunto. Em nota, Bernardo assegurou que a tecnologia 4G do Brasil vai
estar sim operacional na Copa das Confederações. Mas a comunicações também vem
com um alerta que não deve ter agradado muito a Fifa: não há nenhuma garantia de
que os turistas estrangeiros vão conseguir usar seus telefones 4G aqui no
Brasil. A recomendação para estrangeiros em visita ao Brasil é a mesma para os
brasileiros em visita a outros países: comprar um chip nacional, informa o
governo.
Coincidência ou não, as empresas de telefonia também se apressaram em fazer uma
comunicação própria e tentar se esquivar da polêmica. Em nota, o SindiTelebrasil
que representa as telefônicas informou que fechou o último contrato necessário
com os administradores dos estádios para garantir a instalação das antenas. Com
isso, espera-se que já na Copa das Confederações, daqui a dois meses, as cinco
operadoras móveis do país possam oferecer serviços 4G dentro dos estádios, como
estava combinado com a Fifa. O que preocupa agora é se o tempo será suficiente.
A favor das empresas pesa o fato de que as cinco operadoras irão compartilhar as
redes que serão instaladas nas arenas, o que pode reduzir o tempo normal de
instalação.
Mesmo com as duas notas divulgadas nesta sexta-feira, a reclamação de Gregório
continua bastante pertinente. A única coisa que podemos fazer é acreditar no que
o governo diz, que haverá tecnologia 4G. Temos que ter paciência, afirmou o
diretor da Fifa no início da semana em entrevista a correspondentes estrangeiros
no Rio de Janeiro. E haja paciência.
Quem pensa que este é mais um episódio onde a crítica é exagerada e a Fifa está
indo longe demais nas cobranças do governo brasileiro como o polêmico chute no
traseiro declarado pelo secretário Jérôme Valcke no ano passado , engana-se.
Nosso Tribunal de Contas da União (TCU) já reclamou da morosidade no cumprimento
das metas para a Copa por parte do Ministério das Comunicações. O alerta do TCU
foi feito no ano passado e não mereceu a mesma disposição que as autoridades e
empresas tiveram agora para responder às preocupações.
Mas qual é o motivo para tanto atraso? No caso do 4G há uma série de falhas,
tanto do governo quanto das empresas. Um dos grandes problemas foi o excesso de
promessas e a falta de planejamento concreto para que as companhias tivessem
acesso às obras. Logo no início do acordo com a Fifa havia um entendimento de
que a Copa teria uma operadora oficial. De fato, uma grande empresa de telefonia
brasileira faz parte do rol de parceiros da Fifa nos jogos. Mas o que foi
revelado depois é que esta empresa é uma patrocinadora dos eventos e o acordo
firmado com a federação nada tem a ver com a prestação do serviço nos estádios.
Quando o mal entendido veio à tona no ano passado foi um Deus nos acuda. Teve
início então o clássico jogo de empurra: as teles diziam que a Telebrás deveria
ser a responsável pela rede de atendimento aos jogos da Copa e o governo cobrava
investimentos das empresas privadas na empreitada.
Ao que tudo indica as coisas ainda estão se acalmando depois da confusão. A
Telebrás, logo após a polêmica, anunciou o fechamento de acordos com a Fifa e as
operadoras móveis privadas correram atrás do prejuízo e começaram a negociar com
os administradores dos estádios. Mas ai um novo obstáculo apareceu: o preço
cobrado para a instalação dos equipamentos. Desde que as negociações começaram
as teles reclamam das exigências feitas pelos gestores dos estádios.
Matéria publicada hoje pelo noticiário Teletime mostra a dimensão dos pedidos
feitos às empresas. Segundo os repórteres Letícia Cordeiro e Bruno do Amaral,
alguns administradores teriam chegada ao ponto de exigir um patrocínio das teles
aos clubes de futebol para deixar as companhias instalarem seus equipamentos nos
estádios. Os valores cobrados para alugar o espaço de instalação das antenas
também não eram nada razoáveis. O incrível desta história é que estas obras
possuem financiamento público e não são meras estruturas privadas em que seus
proprietários podem decidir livremente se as empresas podem ou não instalar seus
equipamentos no local. Também não podemos esquecer que a implantação do 4G nas
áreas dos estádios não é um mero capricho das empresas; é uma exigência feita
pelo governo quando as faixas para o novo serviço foram leiloadas no ano
passado.
Sendo assim, é inevitável também colocar esta falha nas negociações na fatura do
governo. Por se tratar de um projeto nacional, que envolve vários setores
empresariais e políticos, era de se esperar que as autoridades públicas
intermediassem essas negociações e estabelecesse como cada serviço seria
incluído nos projetos dos estádios.
Agora só resta remediar o enorme atraso e as falhas de comunicações que se
acumularam ao longo deste processo. É bem provável que, apesar do cronograma
apertado, as empresas consigam cumprir o acordo e instalem os equipamentos a
tempo de o 4G brasileiro passar por um primeiro grande teste durante a Copa das
Confederações. Mas o que era para ser uma inauguração em grande estilo está
rapidamente se transformando em um enorme pesadelo.
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Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[16/04/13] 4G:
preços altos e a promessa de melhoria da qualidade
Nesta terça-feira, a operadora Claro lançou oficialmente sua nova rede 4G em 11
capitais, incluindo as seis que sediarão jogos da Copa das Confederações. A
mesma operadora já havia iniciado a oferta dos novos serviços no Sul do país no
ano passado, mas o evento de hoje selou a chegada definitiva da tecnologia de
quarta geração. As demais empresas têm até o fim deste mês para iniciar suas
operações com a nova rede.
O evento realizado em Brasília reuniu as principais autoridades do setor, como o
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente da Anatel, João
Rezende. Bernardo celebrou a estreia do 4G e fez uma previsão um tanto
intrigante. Na análise do ministro, a nova tecnologia fará com que a qualidade
do 3G aumente porque a migração para a nova rede vai descongestionar a
infraestrutura atual. Seria uma avaliação bastante racional não fosse dois
grandes gargalos criados pela velocidade com que o Brasil incentivou o
lançamento do 4G.
O primeiro é o preço. Em colunas anteriores comentei que o custo para que um
consumidor possa realmente aproveitar os benefícios da tecnologia 4G é bastante
alto. No lançamento de hoje, o pacote mais simples, com banda larga de 2Mbps,
sairá por R$ 199. Este pacote inclui apenas o modem para conexão. Caso o cliente
queira investir em um aparelho telefônico 4G, o custo sobre consideravelmente.
O próprio presidente da Claro, Carlos Zenteno, admitiu no evento que uma
experiência plena da tecnologia LTE (Long Term Evolution), porta de entrada
escolhida pelo Brasil para o 4G, só será atingida em pacotes mais caros. O
executivo tem sido coerente desde que a corrida pela nova rede começou. Ao sair
do leilão das faixas para o 4G, Zenteno já havia dito que a nova tecnologia
seria para os ricos. A entrada se dará nos segmentos mais altos, até porque os
terminais são mais caros, disse o presidente em agosto do ano passado.
A oposição entre a visão de Zenteno e a de Bernardo mostra que, na melhor das
hipóteses, o futuro do 4G no Brasil é incerto. Como alto consumidor de serviços
de dados, o brasileiro tem muita disposição em investir nos pacotes de banda
larga. A barreira que ainda não foi superada é o custo desses serviços. Imaginar
que o 4G será o salvador da lavoura, a nova fronteira que assegurará aos
brasileiros uma Internet de qualidade a baixo custo, é fugir da realidade.
A escolha brasileira de aderir ao 4G junto com o primeiro pelotão de países de
ponta na evolução tecnológica tem um preço alto para o bolso do consumidor e
para as próprias empresas. Como esta tecnologia ainda está sendo instalada no
resto do mundo, ainda não podemos nos beneficiar dos ganhos de escala típicos de
quando uma tecnologia já encontrou seu público consumidor. Não estou dizendo
aqui que o preço do 4G será proibitivo para sempre. É óbvio que os custos serão
reduzidos com o passar do tempo. Mas o timing da montagem desta rede no Brasil
nos colocou em uma posição nada confortável.
O segundo aspecto que me faz desconfiar do poder do 4G de desafogar o 3G e,
consequentemente, melhorar a qualidade dos serviços para todos os clientes
também tem relação direta com o custo desta nova rede e a agenda estabelecida
para o lançamento da nova rede. Durante o intervalo entre o leilão das faixas e
o prazo para o início das operações (31 de abril deste ano) vimos um aumento
dramático do volume de reclamações dos consumidores da telefonia móvel. O
crescimento dos problemas fez com que o governo exigisse das operadoras a
execução de planos de investimento emergenciais no 3G. Ou seja, justamente
quando o governo esperava que as empresas desembolsassem milhões na construção
da rede 4G, novos aportes foram exigidos para a rede em operação.
Para se ter uma ideia de quanto custa uma rede LTE, a Claro gastou R$ 510
milhões com a estrutura lançada hoje, sem contar o R$ 1 bilhão investido na
licença arrematada no leilão de 2012. E os executivos da empresa já informaram
que a rede ainda não está plenamente montada e que, por ora, a operação 4G
deverá ser complementada pela rede fixa de banda larga.
A questão que se levanta agora é como essas duas ações podem ter colaborado para
minar tanto o 3G quanto o 4G. Com um prazo apertado para o lançamento da nova
rede é aceitável presumir que as operadoras focaram seus investimentos no ano
passado na infraestrutura de quarta geração, reduzindo os aportes na rede que já
está montada. Esse movimento provavelmente colaborou com a deterioração da
qualidade do 3G, o que fez com que o governo exigisse que mais recursos fossem
aplicados na infraestrutura atual. Se isso realmente foi feito, o 4G das
companhias pode ter sofrido as consequências desse vai-e-vem nas prioridades,
culminando no lançamento de redes bem menores e menos robustas do que o previsto
inicialmente.
É por essas e outras que fica difícil acreditar que a nova rede vai desafogar,
como disse o ministro, a infraestrutura atual, melhorando a qualidade dos
serviços. Se as empresas conseguirem criar planos atrativos para o 4G e, ainda
assim, equilibrar o retorno dos investimentos feitos na nova rede, pode ser que
haja uma migração forte o suficiente para que o 3G apresente uma suave melhora,
Mas vale lembrar que ainda há muitos investimentos a serem amortizados na
própria rede 3G, o que torna bastante provável que a oferta dos serviços na rede
antiga continue sendo uma prioridade para as empresas por algum tempo. Até
agora, o 4G tem mais cara de vilão na novela da baixa qualidade dos serviços
móveis do que de mocinho que irá salvar os consumidores.
Para quem gosta de estar na crista dos lançamentos tecnológicos e pretende
investir no 4G o mais rápido possível vale prestar atenção a alguns aspectos
dessa nova operação. Ainda são poucos os telefones comercializados no Brasil que
funcionam com a nova tecnologia (a Claro, por exemplo, só possui dois no seu
portfólio de aparelhos). Alguns equipamentos lançados nos Estados Unidos, como o
iPad Mini, apesar de funcionarem na rede 4G não são compatíveis com a rede
inaugurada no Brasil por usarem uma radiofrequência diferente da selecionada por
aqui. Como sempre, os futuros compradores de aparelhos 4G devem sempre conferir
no visor do celular qual rede está sendo de fato usada. Isso porque os telefones
4G também funcionam nas redes 3G e muitas vezes, por problemas de cobertura, o
serviço migra automaticamente para a rede disponível. Ou seja, dependendo da
área, é possível que o cliente compre o 4G e acabe usando apenas o velho 3G.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[14/06/13]
Exército testa uso do 4G na Copa das Confederações - por Ana Paula Lobo
Com informações da Motorola Solutions
Neste sábado, 15/06, durante a abertura da Copa das Confederações, no estádio
Mané Garrincha, em Brasília - na partida Brasil x Japão - o Exército fará, em
parceria com a Motorola Solutions, o primeiro teste de uma rede privativa de LTE
(Long Term Evolution) 4G dedicado a serviços públicos na frequência de 700 MHz.
Para a iniciativa serão utilizadas soluções para o envio de imagens de câmeras
fixas, do efetivo das ruas e aéreas por meio de rede LTE dedicada aos órgãos
públicos, em tempo real, para a Central de Comando e Controle e para os agentes
públicos em campo envolvidos nas operações.
Por meio da rede LTE serão transmitidas imagens de câmeras fixas de segurança
instaladas ao redor do estádio e câmeras móveis instaladas em veículos, em
motocicletas (batedores) e em helicópteros do Exército. As imagens serão
acessadas em tempo real no Centro de Comando e Controle e pelos usuários em
operação em campo com os terminais e modems LTE. Além da transmissão de imagens
em tempo real, a rede LTE também será utilizada para acesso a informações na
internet e PTT (push-to-talk) para comunicações de voz, entre outras aplicações.
Serão disponibilizados ainda rádios modem veiculares, rádios modems USB e
dispositivos de mão LEX 700, que serão utilizados pelo Exército de Brasília e
outras agências públicas envolvidas na operação do evento. Para garantir ampla
cobertura da rede de 4G, foi instalado um site no Colégio Militar de Brasília (CMB),
próximo ao local do evento, para dar suporte ao efetivo que trabalhará na
segurança da cidade durante o jogo.
O Exército e as polícias civil e militar revindicam do governo que pelo menos 20
MHz dos 108 MHz da faixa de 700 Mhz sejam destinados, ainda que por
compartilhamento, para os diferentes órgãos de segurança. A polícia militar de
São Paulo sugere dois blocos de 5+5 MHz. O Exército quer um de 10+10 MHz.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[11/06/13]
Copa das Confederações: estádios não terão 3G/4G com capacidade total - por
Luís Osvaldo Grossmann
Com menos tempo que o previsto para implantar os equipamentos de
telecomunicações nos estádios da Copa das Confederações, as operadoras móveis
alertaram que não haverá capacidade total de voz ou dados durante o evento.
“Não vamos ter 100% em alguns estádios em função das obras que ainda acontecem.
Pedimos 160 dias, depois tentamos 120 dias, mas não conseguimos atender tudo.
Pelo tempo dado e o projeto existente, fizemos mais do que esperávamos”, defende
o diretor executivo do Sinditelebrasil, Eduardo Levy.
O panorama apresentado pelas empresas indica que houve entre 47 dias (Maracanã)
e, no máximo, 69 dias (Mané Garrincha, Brasília) de tempo para implantar os
equipamentos necessários. Até aqui foram colocadas 767 antenas das mil
necessárias – e é basicamente isso que afeta a capacidade total disponível.
No balanço com base em 10/6, o estado das instalações ainda varia muito. O mais
avançado é o Mané Garrincha, em Brasília, com 85% do projeto de telecom
concluído. Castelão (Fortaleza) está em 77%, Fonte Nova (Salvador) 71%, Mineirão
(Belo Horizonte) 70%. No Maracanã, no Rio, 68% das instalações foram concluídas.
O mais atrasado é a Arena Pernambuco, com apenas 57%.
Para as teles, onde o ritmo é inferior a 75% a situação é de alerta – ou seja,
haveria algum conforto apenas em Brasília e Fortaleza. O diretor do sindicato
nacional das empresas sustenta, porém, que como os projetos são razoavelmente
superdimensionados, a capacidade de tráfego efetiva deverá ser superior ao
percentual de conclusão das instalações.
As cinco operadoras móveis, Claro, Oi, Nextel, TIM e Vivo, investiram R$ 110
milhões – valor que chegará a R$ 200 milhões quando concluídas as obras nos
demais seis estádios para a Copa do Mundo. Apesar dos investimentos, Levy
sustenta que o prazo de instalação seria ainda menor diante dos impasses sobre o
valor a ser pago aos estádios. “Só conseguimos entrar nos estádios graças à
intermediação do governo”, lamenta ele.