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02/05/13
• Blog da Flávia Lefèvre: "O ministro das Comunicações, o 4G e os
consumidores" + Mariana Mazza: "ProTeste e AET suspeitam de propaganda enganosa
no 4G"
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
01.
Mais abaixo está transcrito um "post" de hoje no
Blog da
Flávia Lefèvre:
02/05/13
•
O ministro das Comunicações e os consumidores
Recortes:
(...) Fiquei surpresa com a reação do Ministro Paulo Bernardo e do Diretor
Presidente da ANATEL João Rezende por conta dos alertas que a PROTESTE E A AET
fizeram por meio do ofício enviado a agência, conforme noticiado no
post do
dia 29 de abril último.(...)
(...)Rezende rebateu argumentos da Proteste feitos na segunda-feira,
aconselhando usuários a não optarem pelos planos LTE por ainda não ser
compatível com a banda de 700 MHz no Brasil. "Não queremos tutelar o consumidor,
eles têm a opção: se não estiverem satisfeitos, irão entupir o call center da
Anatel e da Vivo", afirmou.
Parece que o Ministro e o Presidente da ANATEL desconhecem a Constituição
Federal que diz no art. 5º, que "cabe ao Estado a defesa do Consumidor" e o
próprio Código de Defesa do Consumidor, que, no art. 4º, que trata dos
fundamentos e princípios que devem orientar a Política Nacional das Relações de
Consumo, impõe em primeiro lugar "O RECONHECIMENTO DA VULNERABILIDADE DO
CONSUMIDOR". (...)
02.
O "post" transcreve estas notícias:
Leia na Fonte: Convergência Digital
[30/04/13]
4G Brasil: Ao criticar PROTESTE, Paulo Bernardo diz que consumidor não quer ser
'tutelado' - por Ana Paula Lobo
Leia na Fonte: Teletime
[30/04/13]
Bernardo: tendência é migrar frequências para o LTE - por Bruno do Amaral
Leia na fonte: Teletime
[30/04/13]
Rezende: obrigação é lançar LTE comercialmente - por Bruno do Amaral
Leia na Fonte: Estadão / Link
[01/05/13]
4G entra em operação com serviço parcial - por Nayara Fraga
03.
Este outro "post" no blog da Flávia ainda não tinha sido comentado em nossos
Grupos:
30/03/13
• 4G:
Desinformação e Descompasso - Artigo de Flávia Lefèvre no Carta Capital (não
transcrito aqui)
04.
Esta coluna da jornalista Mariana Mazza tinha sido citada anteriormente e agora
vai transcrita lá no final, com a recomendação de "vale conferir":
Leia na Fonte: Band / Colunas
[29/04/13]
ProTeste e AET suspeitam de propaganda enganosa no 4G - por Mariana Mazza
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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02/05/13
•
O ministro das Comunicações e os consumidores - por Flávia Lefèvre (foto)
Fiquei
surpresa com a reação do Ministro Paulo Bernardo e do Diretor Presidente da
ANATEL João Rezende por conta dos alertas que a PROTESTE E A AET fizeram por
meio do ofício enviado a agência, conforme noticiado no
post do
dia 29 de abril último.
Nossa surpresa é principalmente por conta da seguinte pérola publicada por mais
de um veículo:
Convergência Digital
[30/04/13]
4G Brasil: Ao criticar PROTESTE, Paulo Bernardo diz que consumidor não quer ser
'tutelado'
Teletime
[30/04/13]
Bernardo: tendência é migrar frequências para o LTE
Rezende rebateu argumentos da Proteste feitos na segunda-feira, aconselhando
usuários a não optarem pelos planos LTE por ainda não ser compatível com a banda
de 700 MHz no Brasil. "Não queremos tutelar o consumidor, eles têm a opção: se
não estiverem satisfeitos, irão entupir o call center da Anatel e da Vivo",
afirmou.
Parece que o Ministro e o Presidente da ANATEL desconhecem a Constituição
Federal que diz no art. 5º, que "cabe ao Estado a defesa do Consumidor" e o
próprio Código de Defesa do Consumidor, que, no art. 4º, que trata dos
fundamentos e princípios que devem orientar a Política Nacional das Relações de
Consumo, impõe em primeiro lugar "O RECONHECIMENTO DA VULNERABILIDADE DO
CONSUMIDOR".
No nosso caso, a vulnerabilidade é exacerbada, pois o setor de telecomunicações
implica em alta complexidade técnica, que escapa aos consumidores em geral.
Por exemplo: como o consumidor pode entender que, mesmo o Governo tendo
escolhido a frequência dos 700MHz para fazer par com a frequência de 2,5 GHz,
como apoio para o Plano Nacional de Banda Larga, os principais modelos de
telefone certificados pela ANATEL para 4G não são compatíveis com o 700 MHz?
Como podem ter certeza de que, depois de pagarem entre R$ 1.000,00 e R$
2.600,00, em menos de um ano podem ter de adquirir um novo celular a fim de
poderem se beneficiar do serviço prestado na frequência dos 700 MHz?
Como o consumidor pode supor que a Motorola está anunciando um telefone 4G fora
das especificações certificadas pela ANATEL e que esse telefone pode ou não
funcionar nas frequências escolhidas pelo Governo para rodar o 4G se nem mesmo a
ANATEL se tocou e este fato só veio à tona com o ofício das entidades?
Como não suspeitar que o lançamento do 4G nesse momento é precipitado, se as
próprias empresas estão solicitando ampliação do cronograma de comercialização?
Teletime
[30/04/13]
Rezende: obrigação é lançar LTE comercialmente
Vejam a Portaria 14, de 6 de fevereiro de 2013:
Art. 1º Estabelecer diretrizes para a aceleração do acesso ao Sistema
Brasileiro de Televisão Digital Terrestre – SBTVD-T e para a ampliação da
disponibilidade de espectro de radiofrequência para atendimento dos objetivos do
Programa Nacional de Banda Larga – PNBL.
Art. 2º Determinar que a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL inicie os
procedimentos administrativos para a verificação da viabilidade da atribuição,
destinação e distribuição da Faixa de 698 MHz a 806 MHz para atendimento dos
objetivos do PNBL.
Entretanto, o mesmo Ministro que assina esta Portaria, cujo principal efeito e
desalojar os radiodifusores das faixas que ocupam da frequência dos 700 MHz,
disse o seguinte dia 30 de abril:
"A tendência é que mesmo as frequências que estão em uso para 2G e 3G, no
futuro, sejam usadas para o 4G. Se puder fazer a migração e se a Anatel puder
ajudar isso, por que não? Acho importante que se faça", afirmou. Ainda assim,
ele reiterou a possibilidade de licitação da faixa de 700 MHz em 2014,
comentando inclusive a opinião pública da Telefônica contrária a um novo edital.
"Algumas empresas falam, mas quando era (para escolher) o 2,5 GHz, falavam a
mesma coisa", brincou".
Ora, as teles ganharam o direito de explorar os 2,5GHz e no pacote veio a
frequência de 450 MHz, apesar de a Telebrás ter manifestado oficialmente o
interesse de explorar esta frequência para democratizar os serviços de
telecomunicações; agora vão levar a frequência dos 700 MHz e ainda assim será
necessária a utilização das frequências do 2G e 3G para rodar o 4G?
Por que? As teles não querem fazer os investimentos necessários para a
implantação da rede na frequência dos 700 MHz?
Isso significa que pagaremos caríssimo pelo 4G e vamos de fato receber o 3G?
O Ministro e o Presidente da ANATEL precisam entender que seus postos impõem
publicidade e transparência e que um dos direitos básicos do consumidor (art.
6º, inc. III, do CDC) É A INFORMAÇÃO AMPLA.
Vejam que nossa preocupação a respeito do uso eficiente do espectro é bem
anterior ao lançamento do 4G.
A AET, principalmente, publicou dois videos que postei com comentários em
setembro do ano passado, sob o título "Obscuridade x Planejamento", nos quais as
dúvidas quanto o respeito ao princípio da eficiência no caso das licitações de
frequências foram levantadas:
10/09/12
•
Obscuridades X Planejamento (1) - Vídeo da AET (Associação dos Engenheiros de
Telecomunicações)
20/09/12
•
Obscuridades X Planejamento (2) - Novo Vídeo da AET sobre a licitação de
frequências realizada pela Anatel em junho
Portanto, qual o motivo da irritação?
Afinal de contas nosso ofício é um pedido de esclarecimentos que a agência e o
MINICOM, se não conseguem aplaudir, pelo menos deviam responder.
Grande abraço.
Flávia Lefèvre Guimarães
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[30/04/13]
4G Brasil: Ao criticar PROTESTE, Paulo Bernardo diz que consumidor não quer ser
'tutelado' - por Ana Paula Lobo
"O consumidor brasileiro é inteligente. Ele não quer ser tutelado. O 4G será,
sim, muito procurado. Os preços já estão bem semelhantes aos do 3G e até mais
baratos do que os do 3G, quando estes foram lançados", disse o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, para rebater a nota oficial da PROTESTE, que
questionou a oferta planejada pelas teles e recomendou aos brasileiros não
comprar os planos por escassez de cobertura e aparelhos compatíveis com a faixa
de 2,5GHz, além de preços considerados elevados.
Paulo Bernardo participou nesta terça-feira, 30/04, do lançamento comercial do
4G da Vivo, realizado na sede da tele, na capital paulista. Posição endossada
pelo presidente da Anatel, João Rezende, também presente ao evento da Vivo. "O
consumidor, se não ficar satisfeito, vai entupir as centrais de atendimento ao
cliente da Anatel e dos call centers das operadoras. Mas não há porquê não
apostar na nova tecnologia. O Brasil está na vanguarda. Poucos países no mundo
têm operação no 4G". Ao mesmo tempo, Rezende sustentou que todas as teles estão
sendo monitoradas e fiscalizadas. "Vamos fazer de tudo para que a cobertura de
50%, prevista para essa fase, seja atendida de fato", frisou.
Durante a sua apresentação, Paulo Bernardo - além de rebater as críticas da
PROTESTE - também aproveitou para criticar as próprias teles. "Eu li muito que
não ia dar certo. Que o prazo estava muito apertado. Mas é fato que, hoje, todas
as teles estão com suas ofertas 4G, mesmo com a questão séria das antenas. Demos
conta do recado", frisou o ministro das Comunicações. Também definiu serviços de
telecom como essenciais. "Telefonia, seja móvel ou fixa, já é serviço essencial.
A internet também. Para a população se desenvolver, esses serviços são
essenciais", acrescentou.
Paulo Bernardo lembrou que a Copa do Mundo de 2014 será o primeiro grande teste
mundial do 4G. "Os olhos do mundo vão estar aqui. Na Inglaterra, a Olimpíada não
teve o 4G. Na Copa das Confederações, teremos ainda para poucos. Mas teremos
grande procura", completou.
A expectativa do ministro com o 4G é tanta que ele considerou 'conservadora' a
projeção feita pelo presidente da Anatel, João Rezende, que previu cerca de
quatro milhões de assinantes 4G até dezembro. "Acho muito conservador. Vamos ter
mais. Tanto que estou apostando um jantar com o Rezende", frisou, sem, no
entanto, querer dar um montante para ser comparado ao final da 'aposta'.
Sem compartilhamento com a Claro
O serviço 4G da Vivo - que comprou 20 MHz + 20 MHz - está disponível nas seis
cidades que sediarão a Copa das Confederações - Brasília, Fortaleza, Recife, Rio
de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador. Mas também já está presente em São Paulo
- cuja meta seria dezembro. Para atender a essa cobertura, a tele afirma ter
instalado 1.234 antenas 4G, que vão operar na faixa de frequência de 2,5 GHz.
Até o final de maio, o serviço chegará também a Santo André, São Bernardo do
Campo e São Caetano do Sul.
Indagado sobre o compartilhamento com a Claro, o presidente da Vivo, Antonio
Carlos Valente, disse que como o contrato ainda não foi assinado, ainda não
houve nenhum plano operacional feito de forma conjunta. "Vamos esperar assinar
para definirmos como será o compartilhamento. Mas nessa etapa, temos operações
distintas", declarou o executivo.
Batizado de Vivo 4G Plus, o serviço 4G chega com planos para smartphones, modems
e tablets e também para o Vivo Box, um produto específico da Telefônica Vivo
para conectar a casa do cliente à internet. Para smartphones, os planos oferecem
franquia de dados de 2GB a 6GB, além de voz ilimitada para Vivo e SMS ilimitado
para qualquer operadora, por preços a partir de R$ 149,00 (valor válido para o
estado de São Paulo). Para modems e tablets, os planos vão de 5GB a 20GB, com
preço inicial de R$ 99,90, mesmo valor para Vivo Box 4G Plus, que oferece o
dobro de franquia de dados para usar em casa: até 40GB.
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Leia na Fonte: Teletime
[30/04/13]
Bernardo: tendência é migrar frequências para o LTE - por Bruno do Amaral
Durante o lançamento do 4G da Telefônica/Vivo em São Paulo nesta terça-feira,
30, o ministro Paulo Bernardo ponderou sobre a possibilidade de utilizar mais
espectro para o LTE, além da faixa de 2,5 GHz atual. "A tendência é que mesmo as
frequências que estão em uso para 2G e 3G, no futuro, sejam usadas para o 4G. Se
puder fazer a migração e se a Anatel puder ajudar isso, por que não? Acho
importante que se faça", afirmou. Ainda assim, ele reiterou a possibilidade de
licitação da faixa de 700 MHz em 2014, comentando inclusive a opinião pública da
Telefônica contrária a um novo edital. "Algumas empresas falam, mas quando era
(para escolher) o 2,5 GHz, falavam a mesma coisa", brincou.
O ministro afirmou que não tem "nenhum preconceito ou dificuldade em discutir
medidas que sejam capazes de melhorar o ambiente de negócio, a expansão do setor
e a melhoria do serviço e da qualidade". Ele diz que o governo tem se empenhado
para possibilitar o desenvolvimento do setor por achar que o acesso às
tecnologias é essencial.
Com um eventual refarming, a ideia é poder oferecer mais capacidade para dados
de acordo com a oferta de espectro. "Existia de certa forma uma vinculação entre
frequência e determinada tecnologia, mas isso está sendo superado", afirmou o
presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente. "Sob a ótica de um
operador, acho que temos de utilizar toda a disponibilidade que existir. Isso
sempre foi associado à utilização de bandas. Sabemos que o tráfego de voz
consome parcela importante e elas (as frequências) terão de migrar, a exemplo do
que aconteceu no passado com as tecnologias CDMA e TDMA, que gradativamente
foram para o GSM. Isso é algo que tem sido feito naturalmente e, possivelmente,
será feito no Brasil."
O presidente da Anatel, João Rezende, confirmou que há a possibilidade de se
usar tecnologia de quarta geração em faixas eventualmente desocupadas por outro
serviço. Mas, excetuando a atual pesquisa sobre condição da desocupação da faixa
de 700 MHz pela TV analógica, ele diz que não existe nenhum trabalho sendo feito
assim no momento. "Nós não temos nenhuma consulta das empresas em relação a
isso. Não há problema para que haja a regulamentação e permissão, mas as
companhias teriam de fazer o pedido diretamente à agência; não pode ser tão
livre, temos necessidade de fiscalização do espectro."
Rezende rebateu argumentos da Proteste feitos na segunda-feira, aconselhando
usuários a não optarem pelos planos LTE por ainda não ser compatível com a banda
de 700 MHz no Brasil. "Não queremos tutelar o consumidor, eles têm a opção: se
não estiverem satisfeitos, irão entupir o call center da Anatel e da Vivo",
afirmou.
Expectativa
De qualquer forma, restrito ao 2,5 GHz, o LTE brasileiro ainda está
engatinhando. "A Copa do Mundo vai ser o primeiro evento esportivo mundial com
telefonia 4G, e isso com certeza ajuda a estimular. Mas o serviço é para a
população brasileira, que demanda, que tem curiosidade e que quer", afirmou
Paulo Bernardo, lembrando que o momento agora é de fase inicial de implementação
da infraestrutura, pensando na prestação do serviço "para os próximos 15 anos".
Mesmo considerando apenas o espectro atual, Bernardo tem uma visão otimista em
relação à adoção da nova tecnologia. "Eu não tenho receio de dizer que o serviço
será muito procurado, todas as projeções que vi são muito conservadoras. A
Anatel diz que terá quatro milhões de usuários 4G até o final do ano, mas eu
aposto que vai ter mais porque as pessoas irão migrar rapidamente", diz.
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Leia na fonte: Teletime
[30/04/13]
Rezende: obrigação é lançar LTE comercialmente - por Bruno do Amaral
Durante o anúncio do lançamento comercial da rede LTE da Oi no Rio de Janeiro na
semana passada, a operadora afirmou que, por conta dos ajustes finais, poderia
apenas disponibilizar, em vez de oferecer ao consumidor, a rede 4G nas outras
cinco cidades-sede da Copa das Confederações (Belo Horizonte, Fortaleza, Recife,
Brasília e Salvador) a partir desta terça-feira, 30. Diante dessa possibilidade,
o presidente da Anatel, João Rezende, foi categórico: a obrigação é com o
lançamento comercial. "A Anatel não tem dúvida que (precisa ser) oferta
comercial a partir do dia 30. Iniciamos a fiscalização em várias cidades e
iremos adotar todas as medidas cabíveis", disse ele.
Entretanto, não parece que será necessária alguma atitude do tipo. Procurada por
este noticiário, a Oi informou, por meio da assessoria de imprensa, que, a
partir desta terça, já está com o serviço 4G lançado de forma comercial em todas
as seis cidades obrigatórias.
Segundo Rezende, fosse o caso da Oi não ter cumprido a meta de oferecer ao
consumidor final a rede LTE nas cidades-sede, seria instituído um processo para
calcular o valor da multa. "Não tem como precisar o quantitativo neste momento",
garantiu, durante coletiva de imprensa no lançamento do 4G da Telefônica/Vivo em
São Paulo nesta terça.
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Leia na Fonte: Estadão / Link
[01/05/13]
4G entra em operação com serviço parcial - por Nayara Fraga
Prazo para lançar serviço nas seis primeiras cidades terminou ontem; falta
transparência sobre área de cobertura
SÃO PAULO – A telefonia celular de quarta geração (4G) já está em operação no
Brasil. Em várias cidades é possível contratar o plano de dados que promete
velocidade até dez vezes maior que a 3G – sem pagar nada mais por isso. O preço
é o mesmo da geração anterior em alguns casos. O difícil é saber em que lugares
o usuário vai conseguir navegar na internet com a supervelocidade prometida pela
4G.
Ontem, terminou o prazo para as operadoras cumprirem o acordo de ofertar a
cobertura 4G em até 50% de cada cidade-sede da Copa das Confederações
(Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Belo Horizonte e Rio). O cronograma,
segundo a Anatel, foi cumprido, e teve quem antecipou a cobertura para outras
regiões, como Porto Alegre, Curitiba e São Paulo.
Mas, como o avanço da cobertura será gradual, há pontos em que o celular (mesmo
suportando conexão 4G) continuará na internet 3G. O presidente da Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, diz que o órgão ficará
vigilante quanto ao avanço da cobertura.
A Vivo, que anunciou oficialmente ontem a oferta comercial do 4G, diz que
informa em seu site os locais onde a rede está disponível. Claro e Oi afirmam o
mesmo. O caminho para encontrar a informação, porém, é longo. O site
vivo.com.br/4gplus explica o que é o
4G em vídeo. Para ir até o
mapa de cobertura (que não oferece visualização em zoom), é preciso navegar
por três páginas e dar sete cliques. Também na
Oi
e na
Claro é necessário exame minucioso para chegar ao mapa. A
TIM ainda não informa os pontos com
4G.
As campanhas de divulgação do serviço já estão no ar, sem o alerta da
disponibilidade parcial do serviço. “O consumidor não tem capacidade técnica
para avaliar isso e pode ser induzido ao erro”, diz Maria Inês Dolci,
coordenadora da associação de consumidores Proteste. “Ele deve prestar atenção
na oferta limitada do 4G antes de contratar o serviço.”
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Leia na Fonte: Band / Colunas
[29/04/13]
ProTeste e AET suspeitam de propaganda enganosa no 4G - por Mariana Mazza
(foto)
O
início da oferta da tecnologia 4G no Brasil tem concentrado as atenções do setor
nas últimas semanas. Como qualquer novidade, muita gente está interessada neste
novo serviço que promete velocidade de conexão de dados melhor nos aparelhos
celulares e, segundo o ministro das Comunicações, a possibilidade de desafogar
toda a rede de telefonia móvel, melhorando a qualidade das ligações para os
consumidores, inclusive os que permanecerão no 3G. Já ponderei em colunas
anteriores que há um certo exagero nestas promessas pelo fato de as novas redes
4G serem ainda muito restritas, fruto de um prazo apertado definido pelo governo
para o lançamento oficial. Mas o assunto de hoje tem potencial para perturbar
ainda mais os consumidores ávidos por novidades.
Nesta segunda-feira, duas entidades civis bastante respeitadas no setor de
telecomunicações enviaram uma carta à Anatel com conteúdo preocupante. No
documento, o órgão de defesa do consumidor ProTeste e a Associação dos
Engenheiros de Telecomunicações (AET) levantam dúvidas sobre a real
funcionalidade dos aparelhos que estão sendo vendidos no Brasil com a tecnologia
4G quando a rede estiver completa. As dúvidas expostas pelas entidades têm
estreita relação com as frequências em que funcionam a nova tecnologia, aspecto
fundamental para o funcionamento pleno da tecnologia LTE (usada no chamado 4G) e
que quase sempre passam despercebidas pelo consumidor.
Para que todos possam compreender as questões levantadas pela ProTeste e pela
AET é importante esclarecer alguns aspectos técnicos do funcionamento do LTE.
Esta tecnologia é a evolução das redes UMTS, popularmente chamadas de GSM ou 3G.
Essas tecnologias usam faixas de radiofrequência, divididas em bandas, para
funcionar. Cada tecnologia usa um grupo de bandas para completar as chamadas ou
trafegar dados. No caso da transição do 3G para o 4G há várias bandas comuns,
para garantir a compatibilidade dos aparelhos com a rede. Em outras palavras, a
indústria cria aparelhos que usam múltiplas bandas, evitando assim que o
consumidor fique com o telefone mudo quando estiver em uma área em que a
tecnologia mais avançada não esteja disponível.
Isso ocorre também porque nem sempre os países usam a mesma banda de
radiofrequência para um serviço. Vamos para o caso concreto. No 4G, a migração
está sendo feita dentro das faixas definidas anteriormente para o 3G. Essas
bandas variam de 700 MHz até 2.600 MHz. Aqui no Brasil escolhemos a faixa de
2.500 MHz para rodar o LTE. E, segundo o governo, esta faixa deve fazer par com
a frequência de 700 MHz, que ainda será licitada. É normal (e necessário) que
frequências mais altas façam par com bandas mais baixas para garantir a
estabilidade das ligações. No 3G também temos isso com os pares 900 MHz/1.800
MHz e 850 MHz/1.900 MHz. E é no potencial par do LTE que as entidades civis
encontraram algo bastante estranho.
Dos seis aparelhos anunciados pelas operadoras para o 4G, apenas um deles
funcionaria na faixa de 700 MHz, que será emparelhada com a frequência de 2.500
MHz. Este único aparelho, fabricado pela Motorola, merece uma análise à parte
que farei mais adiante. O fato de os aparelhos não funcionarem na faixa de 700
MHz levanta várias dúvidas. A mais importante delas é se o consumidor terá que
trocar de aparelho no futuro próximo para ter uma experiência plena no LTE já
que o telefone não prevê o tal par escolhido pelo governo brasileiro.
É importante dizer que esse descompasso entre os equipamentos fornecidos pela
indústria e a política de uso de radiofrequências definida no Brasil não
significa necessariamente que o 4G não vai funcionar no Brasil. Mas esse atrito
entre as especificações técnicas e o plano governamental joga por terra algumas
promessas feitas nas últimas semanas. A mais óbvia é que o 4G não irá desafogar
a rede 3G. Para garantir a estabilidade das chamadas, as companhias terão que
fazer um emparelhamento com as faixas já usadas pela terceira geração, pois é
impossível manter o fluxo de uma chamada em movimento apenas na faixa de 2.500
MHz. A promessa de que o futuro uso do 700 MHz irá resolver todos os gargalos
que estamos vivendo na telefonia também não se sustenta ao olhar as
configurações dos aparelhos. Se não temos telefones sendo vendidos no Brasil que
funcionem na faixa de 700 MHz, como essa faixa pode ajudar no tráfego de
informações?
Existem aparelhos que funcionam em 700 MHz. Alguns são grandes objetos de
desejo, como o iPhone 5 da Apple, que no momento não funciona no 4G brasileiro.
Chegamos então ao peculiar caso do aparelho da Motorola que citei anteriormente.
Da lista produzida pela ProTeste e pela AET, apenas o aparelho Motorola Razr HD
funcionaria na tal faixa de radiofrequência. O detalhe intrigante é que, pelas
configurações técnicas fornecidas pelo fabricante, este aparelho não trabalha na
nossa faixa de 2.500 MHz. Procurei a Motorola para entender o que estava
acontecendo e recebi como resposta o seguinte comunicado:
COMUNICADO
A Motorola informa que a página do Motorola RAZR HD está com uma informação
incorreta e que será retificada. O smartphone, na verdade, tem suporte para as
seguintes bandas da tecnologia 4G: LTE 1800MHz, 2500MHz e 800MHz. Além disso, a
empresa reforça que o Motorola RAZR HD foi homologado pela Anatel em setembro do
ano passado, sendo o primeiro smartphone lançado e comercializado no Brasil
pronto para funcionar na tecnologia 4G/LTE.
O esclarecimento da Motorola é um alívio. Era só o que faltava termos um
aparelho vendido no Brasil como 4G que não funciona na rede de 2.500 MHz. Mas,
pelo que se observa no comunicado, pode ser que o modelo do aparelho
comercializado no mercado brasileiro, assim como o das rivais, não dê suporte
para o 700 MHz. E ai fica a dúvida: o tal emparelhamento com o 700 MHz é
necessário já que todos os telefones negociados no Brasil não funcionarão nessa
faixa? As incógnitas não param ai. As operadoras pretendem rodar o 4G sobre a
rede 3G? Quais faixas afinal as empresas estão usando para prestar o serviço? É
possível que o consumidor compre um aparelho 4G e, mesmo assim, só tenha acesso
à rede antiga do 3G?
Estas dúvidas precisam ser esclarecidas e espero que a Anatel responda aos
questionamentos das entidades civis. Não é de hoje que critico a velocidade da
implantação do 4G no Brasil. Provavelmente foi a correria que deixou margem para
este tipo de incongruência entre o que é anunciado e o que realmente pode ser
entregue pelas operadoras. Por tudo isso, é importante aconselhar prudência aos
consumidores interessados no 4G. Leia o contrato do serviço oferecido pelas
operadoras. Busque informações à procura de eventuais limitações no
funcionamento dos telefones e da abrangência da rede. E se mesmo assim o
consumidor quiser experimentar desde já a nova tecnologia 4G, fique de olho se a
rede utilizada é mesmo a do LTE. A maior arma do consumidor continua sendo a
informação. E isso anda em falta no momento.