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09/05/13

• Estudo japonês sobre interferência provocada pela telefonia celular 4G (700 MHZ) na TV aberta

Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!

01.
"As três entidades que representam as emissoras de televisão abertas do país levaram à Anatel, nesta quarta-feira, 8/5, uma conta que pode ficar bem salgada para as operadoras de telecomunicações que querem comprar a faixa de 700 MHz. Testes realizados no Japão demonstraram que há bastante interferência do 4G na TV Digital e que os japoneses terão que gastar US$ 3 bilhões (R$ 6 bilhões) para mitigar o problema. (...)
"De qualquer maneira, o estudo japonês é uma bomba, não apenas pelas condições semelhantes de uso do espectro – e pelo padrão de TV digital – mas especialmente porque a densidade de aparelhos de televisão é semelhante à brasileira. A partir daí, porém, há uma ressalva importante: internamente as emissoras já falam que os custos de mitigar a interferência seja ainda maior no Brasil, visto a qualidade superior dos equipamentos em uso no Japão.(...) [Fonte: Convergência Digital]

02.
Atualizei o website Espectro de 700 Mhz com as repercussões dos portais de notícias de TI/Telecom sobre o tema (transcrições nesta página):

Leia na Fonte: Convergência Digital
[08/05/13]  Custo para "limpar" faixa de 700 MHz pode passar de R$ 6 bilhões - por Luís Osvaldo Grossmann

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[08/05/13]  700 MHz: interferência na TV pode custar US$ 3 bi. Anatel faz testes para confirmar os custos e mantém data do leilão - por Miriam Aquino

Leia na Fonte: Teletime
[07/05/13]  Estudo japonês mostra problema maior do que o esperado de interferência do LTE na radiodifusão

03.
O Teletime disponibilizou o link para download (".doc zipado") do "estudo japonês" e logo abaixo transcrevo três trechos iniciais do documento.

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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A íntegra do estudo pode ser obtida na homepage do site TELETIME.
Estudo do governo japonês sobre interferência do LTE no ISDB-T: Estudo de Interferência do LTE no ISDB-T

(...)
Japan
PROPOSED MODIFICATIONS TO REPORT ITU-R BT.2247-1
Study on interference between ISDB-T and IMT in the 700 MHz band
This contribution provides studies on interference between digital terrestrial television broadcasting (DTTB) for ISDB-T system and IMT in the 700MHz band. The studies are proposed for inclusion in Report ITU-R BT.2247.
The study on interference from DTTB to IMT concluded necessary width of guardband and separation distance in case of inserting a filter to the transmitter of DTTB. The study on interference from IMT to DTTB, including experiments with various reception types of DTTB, also concluded necessary width of guardband and technical measures in the case when harmful interference occurs. As a result of the studies on interference between DTTB and IMT mobile stations, Japan decided to adopt a width of 8 MHz for guardband between DTTB and IMT uplink under the condition of taking appropriate mitigation techniques such as inserting proper filters. Administrations will decide on required technical measures.
Proposed modifications to Report ITU-R BT.2247 are shown in the attachment.


Attachment:
Proposed modifications to Report ITU-R BT.2247-1  (...)

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(...)
TABLE OF CONTENTS
Page
1 Introduction
2 Technical parameters of mobile communication system in the 700MHz band
2.1 Technical parameters of base station
2.2 Technical parameters of mobile station
2.3 Technical parameters of land mobile relay station
2.4 Technical parameters of small-powered repeater
3 Technical analysis of interference between ISDB-T and IMT in the 700 MHz band
3.1 Combined study on interference
3.2 Interference from DTTB into IMT
3.2.1 Study on guardband of 0 MHz
3.2.2 Consideration of minimum guardband
3.3 Interference from IMT downlink into DTTB
3.3.1 Study on guardband of 0 MHz
3.3.2 Study on guardband of 60MHz
3.4 Interference from IMT uplink into ISDB-T
3.4.1 Study on guardband of 0 MHz
3.4.2 Study on minimum guardband
4 Summary of consideration results for interference
between ISDB-T and IMT in the 700 MHz   (...)

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(...)
1 Introduction
Japan will reorganize the 700MHz band for the purpose of operating IMT in the 700 MHz after 2015. One of the fundamental views of the frequency reorganization is that the frequency for IMT base stations (down-link) shall be above 770 MHz to avoid harmful interference into the low noise amplifier for TV (LNA), which work under 770 MHz, previously allocated to the analogue television broadcasts. This report provides the study on interference, necessary width of guardband and separation distance between digital ISDB-T terrestrial television broadcasting (DTTB) system and IMT (uplink and downlink) in the 700MHz band. It also provides technical measures when interference occurs. The width of guardband between DTTB and IMT mobile station (uplink) in
the 700MHz band has been reflected in the frequency reorganization plan of Japan. It is noted that the channel number used in this report is based on the frequency assignment in Japan. For example, channel 13 is from 470 to 476 MHz and channel 52 is from 704 to 710 MHz.(...)

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Leia na Fonte: Convergência Digital
[08/05/13]  Custo para "limpar" faixa de 700 MHz pode passar de R$ 6 bilhões - por Luís Osvaldo Grossmann

As três entidades que representam as emissoras de televisão abertas do país levaram à Anatel, nesta quarta-feira, 8/5, uma conta que pode ficar bem salgada para as operadoras de telecomunicações que querem comprar a faixa de 700 MHz. Testes realizados no Japão demonstraram que há bastante interferência do 4G na TV Digital e que os japoneses terão que gastar US$ 3 bilhões (R$ 6 bilhões) para mitigar o problema.

Com base nisso, Abert, Abra e Abratel pediram ao presidente da Anatel, João Rezende, que fique claro no edital dos 700 MHz que esse cheque terá que ser assinado pelas teles. “O edital precisa trazer que os custos para evitar a interferência, seja nas ERBs ou nos aparelhos [de TV], sejam de responsabilidade de quem comprar a banda”, afirmou o presidente da Abert, Daniel Slaviero.

Para consumo externo, os radiodifusores garantem que não foram à agência levar um cenário catastrófico, mas apenas querem que os testes sobre interferências – há três deles sendo realizados no Brasil – sejam levados em consideração pela Anatel, inclusive no desenho específico da canalização da faixa de 700 MHz. É que parte da redução dos problemas exige uma banda de guarda – o espaço entre a frequência a ser utilizada pelas TVs e pelas teles – seja de pelo menos 8 MHz.

Da mesma forma, o presidente da Anatel procurou minimizar o tamanho da encrenca ao sustentar que “em nenhum momento a radiodifusão falou em não destinar os 700 MHz”. Além disso, acredita que as dificuldades por ventura encontradas não exigirão nenhuma mudança nos planos de licitar a faixa ainda no início do próximo ano. “Quero publicar o edital antes do fim do meu mandato, em novembro”, disse Rezende.

Dentro da reunião com as emissoras, no entanto, o presidente da Anatel se mostrou bem mais cauteloso – ao ponto de “convocar” por telefone a análise do secretário de Telecomunicações, Maximiliano Martinhão (que já foi da Anatel) e do superintendente da agência Marconi Maya. A expectativa é do que dirão os testes conduzidos pela universidade Mackenzie, à pedido das emissoras; do CPqD, por encomenda das teles; e um teste próprio da Anatel. Uma das questões a serem respondidas é qual o tamanho efetivo da interferência nas condições brasileiras.

De qualquer maneira, o estudo japonês é uma bomba, não apenas pelas condições semelhantes de uso do espectro – e pelo padrão de TV digital – mas especialmente porque a densidade de aparelhos de televisão é semelhante à brasileira. A partir daí, porém, há uma ressalva importante: internamente as emissoras já falam que os custos de mitigar a interferência seja ainda maior no Brasil, visto a qualidade superior dos equipamentos em uso no Japão.

O documento que baseou a entrevista com a Anatel é um relatório adicional a um primeiro elaborado entre 2011 e 2012 e apresentado em outubro do ano passado à União Internacional das Telecomunicações – no caso, o ITU-R BT.2247-1, sobre “Medições de campo e análises de compatibilidade entre DTTB e IMT”, siglas utilizadas para descrever radiodifusão digital terrestre e o 4G, respectivamente. Tanto este primeiro como o novo relatório de testes podem ser acessados pela página da UIT na Internet.

“O estudo foi feito em conjunto pelo governo japonês, os radiodifusores e as operadoras de telecomunicações do Japão e já partiu da premissa de que primeiras ações para reduzir interferências já foram tomadas, como o uso de filtros nas estações radiobase”, diz o diretor da Abert, Paulo Balduíno. A partir daí, o segundo estudo avaliou em laboratório 25 cenários e constatou que medidas adicionais de mitigação são necessárias.

Nos testes, verificou-se que há algum nível de interferência desde o canal 51 [698 MHz, no limite entre o plano para TV e 4G] até o canal 46 [662 MHz]. Até por isso, os japoneses recomendam uma banda de guarda de 8 MHz a 10 MHz – como propõem os radiodifusores brasileiros na consulta pública da Anatel sobre a canalização dos 700 MHz. E além de filtros nas ERBs, devem ser utilizados filtros também nos aparelhos de TV. O relatório japonês ainda indica que não pode ser descartada a necessidade de redução da potência das ERBs.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[08/05/13]  700 MHz: interferência na TV pode custar US$ 3 bi. Anatel faz testes para confirmar os custos e mantém data do leilão - por Miriam Aquino

As três entidades que congregam as emissoras de radiodifusão - Abert, Abra e Abratel - entregaram hoje ao presidente da Anatel, João Rezende, estudo promovido pelo governo japonês sobre os níveis de interferência provocados pela telefonia celular na TV aberta na ocupação da faixa de 700 MHz. Esta migração poderá gerar custos adicionais de US$ 3 bilhões, revela o documento. "Os testes realizados durante dois anos pelo governo japnês, e cujos resultados foram entregues à União Internacional de Telecomunicações (UIT) são importantes porque são os primeiros a analisar as condições de ocupação da faixa com a mesma tecnologia usada no Brasil - a ISDB-T e demonstram que há um grande custo de mitigação", afirmou o presidente da Abert, Daniel Slavieiro.

Segundo o presidente da Anatel, João Rezende, o estudo entregue será analisado pelos técnicos da agência, mas ele entende que, a princípio, o quadro brasileiro é bem diferente, tendo em vista que o Japão tem uma densidade populacional muito superior à brasileira, o que pode interferir bastante no resultado final.

No Japão, o governo constatou que, para não haver interferência na TV e, mesmo nas estações rádio-bases do celular, será necessário colocar filtros em todos os aparelhos de TV que recebem os sinais digitais e também nas antenas e erbs dos celulares, conta que deve chegar a US$ 3 bilhões. "O importante é que, se estes custos forem os mesmos no Brasil, eles estejam previstos no edital", afirmou Slavieiro. O estudo japonês mostrou ainda que seria necessário uma banda de guarda maior - de 9 MHz- à proposta atualmente da Anatel, que é de 5 MHz.

Testes

Rezende assinalou que, por determinação do governo, a licitação de venda da faixa de 700 Mhz não pode prejudicar a radiodifusão, e prefere aguardar pelos resultados dos três testes que estão sendo feitos no Brasil. Um teste está sendo conduzido pela Anatel, outro pela SET, em parceria com a Universidade Mackensey e o terceiro, pelo SindiTelebrasil e o CPqD. Os testes deverão se encerrar ainda neste sementre.

Rezende pretende manter proposta de lançar o edital de venda da frequência de 700 MHz para as operadoras de celular no segundo semestre deste ano. "Pretendo lançar a consulta pública antes do término de meu mandato", concluiu Rezende, cujo mandato se encerra no dia 5 de novembro. ( Da redação).

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Leia na Fonte: Teletime
[07/05/13]  Estudo japonês mostra problema maior do que o esperado de interferência do LTE na radiodifusão

Um estudo realizado pelo governo do Japão e pela operadora de telecomunicações japonesa KDD e que será apresentado pelos representantes do setor de radiodifusão à Anatel nesta quarta, dia 8, traz um cenário preocupante em relação à interferência das redes de dados LTE na recepção dos sinais de TV digital.

O estudo, considerado o mais aprofundado e detalhado já realizado sobre o tema até aqui, mostra que os parâmetros definidos pelo 3GPP (organismo responsável pela padronização do LTE e outras tecnologias móveis) não asseguram a proteção contra interferências nos sinais de TV quando existe uma operação na faixa de 700 MHz, onde hoje operam canais de TV.

O estudo foi realizado ao longo de dois anos e inclui apenas testes de laboratório. A novidade é que ele partiu de premissas diferentes daquelas usadas pelo 3GPP, em que a prioridade era garantir a não interferência nos serviços móveis.
O levantamento japonês teve como prioridade assegurar os parâmetros da radiodifusão.
A conclusão é de que existe sim um grau preocupante de interferências e que, no caso japonês, as medidas de mitigação (que incluem o uso de filtros nos aparelhos existentes, ajustes nos equipamentos etc.) custariam cerca de US$ 3 bilhões.

Para o Brasil não existem estimativas desse custo, mas o número assustou até mesmo os radiodifusores, que não dimensionavam um problema dessa magnitude. A realidade do mercado permite projetar valores similares para o Brasil, dizem os radiodifusores. O estudo do governo japonês deve ser completado com testes de campo no segundo semestre.

Enquanto isso, a Anatel está convidando os radiodifusores para acompanharem análises de certificação de equipamentos de LTE, mas ainda não existe uma definição sobre um cronograma de testes no Brasil.

A íntegra do estudo pode ser obtida na homepage do site TELETIME.

Estudo do governo japonês sobre interferência do LTE no ISDB-T: Estudo de Interferência do LTE no ISDB-T