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13/05/13

• SDN (Software Defined Network) ou Rede Definida por Software - Ambientação

Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!

01.
Na  semana passada aconteceu em Las Vegas o Congresso Interop/2013.
"INTEROP IT é um dos maiores eventos independentes do mundo para profissionais de Tecnologia da Informação e aborda tecnologias como Cloud, Virtualização, Data Centers, Wireless, Mobilidade e Segurança da Informação."

Um dos temas repercutidos pela mídia é a SDN (Software Defined Network) ou Rede Definida por Software.

Reuni algumas matérias com informações básicas, como ambientação.

02.
A introdução deste trabalho dá uma visão preliminar do tema:
Leia na Fonte: SBRC* / Minicursos
[2012]   Redes Definidas por Software: uma abordagem sistêmica para o desenvolvimento de pesquisas em Redes de Computadores (não transcrito aqui)
Autores: Dorgival Guedes, Luiz Filipe Menezes Vieira, Marcos Menezes Vieira, Henrique Rodrigues e Rogério Vinhal Nunes

*O Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC) é um evento anual promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) e pelo Laboratório Nacional de Redes de Computadores (LARC).

Resumo:
Redes Definidas por Software (Software Defined Networks, ou SDN) constituem um novo paradigma para o desenvolvimento de pesquisas em redes de computadores que vem ganhando a atenção de grande parte da comunidade acadêmica e da indústria da área. Muita da atenção até o momento tem sido voltada para o padrão OpenFlow, um dos elementos que tornaram possível esse enfoque. Entretanto, Redes Definidas por Software vão além de OpenFlow, abrindo novas perspectivas em termos de abstrações, ambientes de controle e aplicações de rede que podem ser desenvolvidas de forma simples e livre das limitações das tecnologias de rede atuais.
Este minicurso pretende adotar uma abordagem sistêmica da área, com aspectos de teoria e prática. Na parte teórica, pretendemos discutir os diversos componentes de um sistema de rede definido por software, incluindo soluções para virtualização dos elementos de rede, sistemas operacionais de rede e novas aplicações, bem como os desafios de pesquisa que esse paradigma ainda precisa enfrentar e os diversos esforços de pesquisa em andamento no Brasil e no mundo.
Para ilustrar as novas possibilidades de desenvolvimento que o paradigma oferece, a parte prática foca no sistema operacional de redes POX, desenvolvido especificamente para fins de pesquisa e ensino. Apresentaremos a estrutura do POX e seus princípios de programação, bem como exemplos de aplicações que podem ser desenvolvidas de forma simples nesse ambiente.

03.
Aqui estão as demais matérias (transcrições mais abaixo):

Leia na Fonte: ITWeb
[09/05/13]  Especialistas em nuvem debatem futuro da rede definida por software

Leia na Fonte: Teletime
[08/05/13]  SDN é o próximo desafio para as redes em data centers - por Bruno do Amaral

Leia na Fonte: CIO / Computerworld/EUA
[18/04/13]  Big Data exige redes definidas por software

Leia na Fonte: Computerworld
[18 04/13]   Ciência baseada em Big Data exige SDN

Leia na Fonte: IBM
[01/11/12]  SDN (Software Defined Networking) e o futuro das redes

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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Leia na Fonte: ITWeb
[09/05/13]  Especialistas em nuvem debatem futuro da rede definida por software

Modelo pretende facilitar configurações de rede em software. Objetivo é oferecer aos data centers mais flexibilidade em associação à nuvem

Rede definida por software (SDN, da sigla em inglês) tem figurado na categoria “vem aí” por vários anos, mas durante um painel de discussão no Interop, evento que acontece nos Estados Unidos, o debate se deu em torno do que irá realmente acontecer quando, finalmente, essa tendência se instalar nas empresas.

Frequentemente, SDN é classificada como um acontecimento único que apagará todas as tecnologias de rede já existentes, quando, de fato, “as bases já estão aí”, afirma Eric Hanselman, analista chefe da 451 Research.

O objetivo da SDN é tornar mais fácil a configuração e reconfiguração da rede em software, mais até do que em hardware, com muito mais funcionalidades de rede migradas de um mundo de capacidades embarcadas em um appliance para a realidade da definição por software. Os sistemas de redes estão migrando nesta direção na medida em que as redes seguem a mesma trilha da virtualização como servidores e storage, explicou o analista. E, no final do dia, a ideia é oferecer ao data center mais flexibilidade em associação com computação em nuvem.

Grandes data centers operados por companhias como Google e Facebook “já trazem esses atributos de SDN”, acrescentou Martin Casado, chefe de arquitetura de rede na VMware. “Eles fizeram isso primeiro porque são grandes”, afirmou, e não apenas por serem os únicos a valorizarem a flexibilidade prometida pela SDN.

A Microsoft tem aprendido muitas lições com isso por meio dos serviços em nuvem como o Azure, informou Rajeev Nagar, gerente do programa de rede para Windows. “A escala muda tudo”, alertou. “Quando você aciona e ativa e desativa milhares de redes por dia, é impossível fazer manualmente, tornando a automação essencial.”

O terceiro integrante do painel, Rajiv Ramaswami, vice-presidente executivo e gerente-geral de infraesturtura e rede na Broadcom, vê a necessidade de “redes mais rápidas e estáveis” para suportar a demanda crescente por comunicações máquina-máquina (M2M, da sigla em inglês). Os fabricantes de chip de rede estão na parte inferior da cadeia quando se pensa em um ecossistema que será completamente estratificado, com mais capacidades de hardware disponíveis para manipulação por meio de software.

A discussão em torno de quanto acesso uma aplicação deveria ter às funções básicas de uma rede foi um dos principais pontos do debate. Casado argumentou que “quanto menos a aplicação tiver que saber da rede, melhor para todos”. Ainda assim, um sistema para rede pode tornar essa infraestrutura mais flexível.

Nagar, da Microsoft, afirmou que poderia ser verdade, de forma geral, mas aplicações como o Lync podem realmente extrair benefícios de desempenho a partir da habilidade de reconfigurar as redes. Aplicativos de análise de dados também poderiam ter benefícios, já que eles precisam de uma grande movimentação de dados.

Dos três, Casado era o mais cético em relação ao como irá desenvolver-se a SDN e como ela afetará a organização de TI.

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Leia na Fonte: Teletime
[08/05/13]  SDN é o próximo desafio para as redes em data centers - por Bruno do Amaral

A realidade para as redes definidas por software (SDN, na sigla em inglês) pode estar ainda longe de se concretizar para operadoras, mas para a comunicação crítica em data centers já começa a ser adotada. A ideia é que com inteligência nessas redes, a alocação de recursos, o provisionamento, passe a ser feita de forma automática. Aos poucos, a virtualização das redes ganha corpo e se torna algo mais popular, conforme foi constatado por vendors e clientes no congresso Interop, realizado durante esta semana em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Igor Gashinsky, arquiteto de redes no Yahoo!, afirma que ainda levará um tempo para que a tecnologia vire mainstream. "Não acredito que a SDN tenha uma adoção massiva agora, não sei se necessariamente há requerimentos de capacidade, diz ele, que considera a rede física tradicional apenas como um "grande e gordo tubo oco". Vice-presidente de produto e estratégia da NTT na Europa, Len Padilla acredita que a fase atual ainda é de educação acerca da tecnologia. Quando perguntado se a tecnologia havia se popularizado, ele respondeu que ainda não, mas que já vira isso antes. "O mais importante é que as pessoas perguntavam o mesmo sobre virtualização há cinco anos, então acho que será um 'sim' em breve", compara. Padilla explica que é importante que essas novas redes sejam integradas com o legado. "O que estamos vendo é que precisa de grandes arquitetos de rede, precisa de algum conhecimento em automação e muito em scripts de programas".

O diretor de desenvolvimento de produto da Viawest Internet Services, Matthew Wallace, concorda. "Estamos pegando mais staff operacional para fazer paralelos entre devices físicos. Agora, temos pessoas trabalhando em todas as camadas de virtualização, explica. "Se quiser ter uma SDN, é preciso entender o que está acontecendo", alerta.

Para o gerente geral de programas da Microsoft, Ravi Rao, a flexibilidade é um ponto-chave e também um desafio para a implementação das redes autodefinidas. "É preciso mover os workflows por data centers, clientes e máquinas", diz, afirmando que essa transição pode ser feita de maneira mais rápida com a automação de processos. O VP e gerente geral de switch de redes da fornecedora de chipsets Broadcom garante que as SDNs promovem a flexibilidade para ultrapassar essas barreiras. "Você vai querer mover isso de forma mais fácil possível. E para automação existe um grande desejo em ter um módulo central para ter visibilidade global da rede", declara. Rao explica ainda que o controle é fundamental para atender às diferentes necessidades de carga de trabalho.

"Algumas virtualizações são problemáticas, mas têm mudado a forma como as pessoas provisionam e gerenciam", define o engenheiro de rede e segurança da companhia de serviços de virtualização de rede na VMWare, Bruce Davie. "Consumidores querem ter agilidade e é geralmente uma questão de disponibilizar", define. Davie acredita que as virtualizações são problemáticas, mas têm mudado a forma como as empresas lidam com as redes.
Bruno do Amaral, de Las Vegas, a convite da HP

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Leia na Fonte: CIO / Computerworld/EUA
[18/04/13]  Big Data exige redes definidas por software

As SDN vão permitir que os programadores inventem novos métodos de implantação de redes adequadas às necessidades de diferentes aplicações, diz Dave Lambert, presidente da

As redes definida por software ou Software Defined Networks (SDN), estão hoje nas universidades como as tecnologias IP para os físicos nas décadas iniciais da Internet, de acordo com o presidente da Internet2, Dave Lambert. Os investigadores que lidam com grandes volumes de dados, em processos de Big Data, como nos estudos de genômica, já têm necessidade dessas tecnologias para o próximo conjunto de pesquisas, segundo o líder da organização.

A Internet2 gere uma rede de âmbito nacional nos EUA para ligar as várias instituições de pesquisa, e já está a usando elementos de SDN, na sua infraestrutura de produção. As tecnologias de SDN prometem além da redução de custos, a implantação mais rápida de serviços e mais inovação nas redes.

A própria Internet começou como uma ferramenta para ajudarpesquisadores (especialmente os físicos) a compartilharem dados e conhecimentos. Mas as enormes quantidades de dados com os quais muitos cientistas trabalham hoje em dia exigem novas formas de comunicar, disse David Lambert, presidente e CEO da Internet2, durante a conferência Open Networking Summit, na última quarta-feira.

A tecnologia utilizada na Internet hoje não é flexível o suficiente para suportar as novas exigências: transferências de grandes arquivos, enormes conjuntos de dados, ou a distribuição e manutenção de conteúdo em “cache”, considera Lambert.

“A comunidade da genômica encontra muito pouca oferta na Internet atual capaz de suportar as suas necessidades “. As SDN vão permitir que os programadores inventem novos métodos de implantação de redes adequadas às necessidades de diferentes aplicações, prevê o CEO.

A Internet2 está já gerindo um projeto piloto em produção com tecnologias SDN. Tem também um “backbone” de alta velocidade para dar aos usuários acadêmicos mais largura de banda para novas aplicações. A organização implantou routers com suporte para o protocolo OpenFlow, incluindo equipamento da Juniper Networks e da Brocade, em uma rede Ethernet de 100 Gigabits. Há 29 grandes universidades comprometidas com o objetivo de levarem ligações de 100 Gigabit aos seus campus, usando os serviços baseados em OpenFlow, da Internet2.

Paralelismos com as mudanças face à SNA
A SDN representa uma mudança tão grande no segmento das redes como a Ethernet e o IP foram quando dominava a SNA (System Network Architecture), da IBM, de acordo com Lambert. “Eu vejo muitos paralelismos com o que estamos lidando hoje em dia, face às SDN “, considerou.

Mas a indústria está adaptando-se muito mais rapidamente desta vez, salienta. Tal como a NSFnet foi a primeira geração de Internet, quando começou a funcionar em 1986, a Internet2 é a primeira geração de um novo tipo de rede capaz de estimular ainda mais a inovação, na visão do responsável.

“Os serviços que vamos oferecer nesta rede vão ser tão diferentes dos da Internet atual como estes são, face à oferta de há 25 anos”. Manter a abertura de espírito, de acordo com o CEO, é importante para manter vivo o tipo de inovação que está a acontecer hoje na SDN

Fabricantes fecharam sistemas
Durante décadas, os fornecedores de equipamento de redes centraram-se no transporte de oferta em vez de perseguirem mudanças fundamentais na componente de software da Internet. “A necessidade de os fornecedores comerciais criarem vantagens econômicas criou um sistema muito fechado”.

Como resultado existe um sistema igual para todas as situações que não é adequado para novos tipos de fluxos de dados, como aqueles necessários para a investigação de Big Data, diz Lambert. Segundo ele, as SDNs podem dar aos programadores a liberdade de fazerem as redes funcionarem de formas completamente novas. É importante não deixar os fabricantes bloquearem as regras básicas da SDN muito cedo demais, alerta.

“O que me entusiasma mais sobre o desenvolvimento do OpenFlow e das SDN é a oportunidade de ter uma componente de rede novamente aberta, na qual as pessoas possam mexer, e usar para e fazer as coisas disruptivas “.

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Leia na Fonte: Computerworld
[18 04/13]   Ciência baseada em Big Data exige SDN

A Internet actual não conseguirá acomodar novas aplicações de pesquisa e fluxos de dados enormes, diz Dave Lambert, presidente da Internet2

As redes definida por software ou Software Defined Networks (SDN), está hoje nas universidades hoje como nas décadas iniciais da Internet, de acordo com o presidente da Internet2, Dave Lambert. Os investigadores que lidam com grandes volumes de dados, em processos de Big Data, como nos estudos de genómica, já têm necessidade dessas tecnologias para o próximo conjunto de descobertas, segundo o líder da organização.

A Internet2 gere uma rede de âmbito nacional nos EUA para ligar as várias instituições de investigação, e já está a usar elementos de SDN, na sua infra-estrutura de produção. As tecnologias de SDN prometem além da redução de custos, a implantação mais rápida de serviços e mais inovação nas redes.

A própria Internet começou como uma ferramenta para ajudar investigadores partilharem dados e conhecimentos. Mas as enormes quantidades de dados com os quais muitos cientistas trabalham hoje em dia exigem novas formas de comunicar, disse David Lambert, presidente e CEO da Internet2, durante a conferência Open Networking Summit, na última quarta-feira.

A tecnologia utilizada na Internet hoje não é flexível o suficiente para suportar as novas exigências: transferências de grandes ficheiros, enormes conjuntos de dados, ou a distribuição e manutenção de conteúdo em “cache”, considera Lambert.

“A comunidade da genómica encontra muito pouca oferta na Internet actual capaz de suportar as suas necessidades “. As SDN vão permitir que os programadores inventem novos métodos de implantação de redes adequadas às necessidades de diferentes aplicações, prevê o CEO.

A Internet2 está já a gerir, um projecto-piloto em produção com tecnologias SDN. Tem também um “backbone” de alta velocidade para dar aos utilizadores académicos mais largura de banda para novas aplicações. A organização implantou routers com suporte para o protocolo OpenFlow, incluindo equipamento da Juniper Networks e da Brocade, numa rede Ethernet de 100 Gigabits. Há 29 grandes universidades comprometidas com o objectivo de levarem ligações de 100 Gigabit aos seus campus, usando os serviços baseados em OpenFlow, da Internet2.

Paralelismos com as mudanças face à SNA

A SDN representa uma mudança tão grande no segmento das redes como a Ethernet e o IP foram quando dominava a SNA (System Network Architecture), da IBM, de acordo com Lambert. “Eu vejo muitos paralelismos com o que estamos a lidar hoje em dia, face às SDN “, considerou.

Mas a indústria está a adaptar-se muito mais rapidamente desta vez, salienta. Tal como a NSFnet foi a primeira geração de Internet, quando começou a funcionar em 1986, a Internet2 é a primeira geração de um novo tipo de rede capaz de estimular ainda mais a inovação, na visão do responsável.

“Os serviços que vamos oferecer nesta rede vão ser tão diferentes dos da Internet actual como estes são, face à oferta de há 25 anos”. Manter a abertura de espírito, de acordo com o CEO, é importante para manter vivo o tipo de inovação que está a acontecer hoje na SDN

Fabricantes fecharam sistema

Para o mesmo, durante décadas, os fornecedores de equipamento de redes centraram-se no transporte de oferta em vez de perseguir em mudanças fundamentais na componente de software da Internet. “A necessidade de os fornecedores comerciais para criar vantagens económicas … criou um sistema muito fechado”.

Como resultado existe um sistema igual para todas as situações que não é adequado para novos tipos de fluxos de dados, como aqueles necessários para a investigação de Big Data, diz Lambert. As SDN podem dar aos programadores, sugere o responsável, a liberdade de fazerem as redes funcionarem de formas completamente novas. É importante não deixar os fabricantes bloquearem as regras básicas da SDN muito cedo demais, alerta.

“O que me entusiasma mais sobre o desenvolvimento do OpenFlow e das SDN … É a oportunidade de ter uma componente de rede novamente aberta, na qual as pessoas possam mexer, e usar para e fazer as coisas disruptivas “.

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Leia na Fonte: IBM
[01/11/12]  SDN (Software Defined Networking) e o futuro das redes

Olá a todos!

No meu último artigo, escrevi sobre virtualização de servidores, e neste artigo vou apresentar uma solução que vem se consolidando no mercado, apesar de ser estudada já há algum tempo. É uma solução relativamente nova: o SDN (Software Defined Networking).

As atuais tecnologias de rede não dão conta de todas as exigências dos usuários e das empresas devido à sua complexidade e à quantidade de protocolos utilizados; geralmente são desenvolvidas e definidas de forma isolada e, para dificultar ainda mais, alguns fabricantes desenvolvem “protocolos proprietários”.

Dessa forma, quando é preciso escalar a rede e adicionar mais dispositivos, essa tarefa se torna cada vez mais complexa, pois praticamente não existe interoperabilidade entre alguns fabricantes e, quando isso se faz necessário, novos aplicativos e protocolos são desenvolvidos, o que às vezes pode ser um processo lento, o que inviabiliza a implantação de novas tecnologias em uma planta de redes já existente.

Além desse detalhe, os pesquisadores na área de redes de computadores têm problemas em testar novas ideias, uma vez que os switches/routers encontrados hoje no mercado são criados com protocolos fechados e com software pertencente às empresas. Em consequência disso, novas ideias surgem para melhorar o desempenho das redes existentes, porém essas pesquisas permanecem em ambientes de laboratório, não sendo possível testar essas ideias em diferentes escalas para avaliar se a solução tem ou não o funcionamento esperado. E, como sabemos, hoje é praticamente impossível testar soluções em redes de produção, ainda mais em grandes empresas.

Com esse problema em mente, a arquitetura Software Defined Networking (SDN) surgiu para superar os problemas de switches e routers fechados e de softwares proprietários, a fim de não comprometer os serviços de redes em produção, e para facilitar a inovação. O SDN permite uma separação útil entre os planos de controle e de dados: essa separação torna possível haver switches e routers encaminhando dados de acordo com novas regras que se encontram num servidor. O resultado é que o plano de controle da rede fica à disposição dos pesquisadores, que agora podem aplicar as suas novas ideias sem violar as regras existentes de roteamento e sem causar problemas de funcionamento das redes em produção.

A grande sacada da arquitetura SND é possibilitar a rápida configuração da rede conforme a demanda de serviços e os negócios das empresas, além de permitir a criação de features e protocolos, independentemente dos fabricantes.

Os principais fabricantes de equipamento de redes estão correndo para a oferta de produtos compatíveis com o modelo, como a compra da Nicira pela VMware, o lançamento de switches com software aberto, como os da Arista Networks, entre outros.

Outra dificuldade encontrada hoje é que um grande parque de equipamentos de diferentes fabricantes sempre exige mão de obra altamente especializada, o que nem sempre é possível. No caso de uma rede definida por software, um administrador de rede pode moldar o tráfego a partir de um controle centralizado sem precisar mexer em equipamentos de diversos fabricantes. O administrador pode alterar as regras de qualquer switch de rede, quando necessário, priorizando ou mesmo bloqueando determinados tipos de pacotes com um nível muito alto de controle. Isso é especialmente útil em redes grandes e cloud computing, pois permite que o administrador gerencie as cargas de tráfego de uma forma flexível e mais eficiente.

SDN é por vezes referido como o “assassino Cisco”, porque permite que os engenheiros de rede suportem redes de múltiplos fabricantes. Atualmente, a especificação mais popular para a criação de uma rede definida por padrão é chamada de OpenFlow .

Hoje, os clientes já estão “vendidos” para Infraestruturas de Serviços (IaaS),(PaaS) e (SaaS), que possuem diversos sistemas e softwares proprietários vindos de vários fabricantes, mas o que dizer de se utilizar a rede como um serviço? Apesar do fato de a nuvem estar ligada através da rede, ouve-se pouco ou nada sobre um novo paradigma para a nuvem. Rede como um serviço não só é real, mas é provável que se torne universal. No entanto, pode ser necessário utilizar um software de rede definida (SDN) sob a forma de OpenFlow para que isso aconteça.

Cloud computing implanta uma infinidade de recursos que podem ser provisionados sob demanda. A nuvem também envolve conexões aos seus usuários, acesso a armazenamento, comunicações unificadas e alocação de recursos ou de gestão. As tecnologias de rede Ethernet têm deficiências quando se trata de serviços em nuvem por causa de segurança, QoS, escalabilidade e custos operacionais.

Como praticamente todos os devices de rede e servidores funcionam sob IP, a presunção de conectividade universal torna mais difícil de gerenciar e ter segurança no tráfego. Uma solução proposta é centralizar uma política de conexão usando SDN. Em SDNs, os terminais não têm como se conectar, então nada na rede está ligado em primeiro lugar. Em vez disso, um controle de software decide que conexões serão permitidas, quais as premissas de segurança, engenharia de tráfego e somente então será acessada por quem tem permissão de se conectar.

Essa gestão de recursos de rede centralizada é virtualmente idêntica ao recurso de gestão por trás das IaaS, PaaS e SaaS em nuvem. Portanto, não será uma surpresa a arquitetura SDN servir de base para a rede como um serviço. Muitos dos principais fabricantes de switches e roteadores manifestaram apoio ao OpenFlow, que é a arquitetura por trás da implementação da SDN.

OpenFlow é uma combinação de software de especificação e de código aberto que funciona nos devices de rede, com controle unificado. Em uma rede OpenFlow, quando um switch ou roteador recebe um pacote, em vez de tomar a decisão sozinho, o device envia o pacote para o controlador, que, em seguida, utiliza critérios para tomar a decisão. Essas políticas, então, criam uma regra de encaminhamento, que o controlador passa de volta para o dispositivo solicitante.

Um dos maiores desafios é que uma rede OpenFlow não pode funcionar se cada pacote precisar ser enviado para um controlador central a fim de ser analisado. Para fazer um trabalho de rede com escalabilidade, o OpenFlow deve ser melhorado ou o seu uso deve ser contido dentro de rede em nuvem. Ambas as opções já estão sendo propostas. OpenFlow vai funcionar melhor quando o tráfego for composto de um número modesto de fluxos previsíveis. Dessa forma, uma vez que os switches e roteadores tiverem aprendido as regras de trânsito a partir do controlador, a interação adicional com o controlador será reduzida.

Quando usado em um datacenter para o controle de servidor para servidor ou servidor para storage, o OpenFlow serve de contribuição muito importante. Mesmo dentro de datacenters em uma nuvem (pública, privada ou híbrida) distribuída, o OpenFlow poderia ser utilizado para gerenciar o tráfego.

Felizmente, várias pesquisas estão sendo feitas para interagir OpenFlow com MPLS e gerar um novo tipo de rede IP que oferecerá uma combinação de conectividade aberta e políticas de gestão de conectividade. Existem também as formas potenciais de fazer o controle OpenFlow de forma mais hierárquica e escalável. Além disso, há iniciativas em cloud computing, em que o conceito de rede como um serviço surgiu, para gerir a forma de lidar com aplicações em nuvem. Essas iniciativas convertem aplicativos em “serviços virtuais” na nuvem. É muito cedo para dizer se eles irão criar um OpenFlow escalável, mas, se o fizerem, haverá um avanço em modelos de rede como um serviço, melhorando a forma de como os recursos são acessados.

Essas novidades podem não ser disponíveis para todos agora, porém todos os indícios apontam que essa inovação ocorrerá em um futuro breve.