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02/03/13

• Espectro de 2,5 GHz (1) - Novo website + "Resumo parcial" + Coleção de notícias (em construção)

Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!

01.
Todos já sabem que a 4G no Brasil utilizará inicialmente duas faixas de frequências: 2,5 GHz e 700 MHz.

Estes dois espectros destinados à 4G possuem problemas de "liberação" pois estão parcialmente ocupados.
Em resumo:
- a faixa de 700 MHz está ocupada por canais da TV aberta e
- o espectro de 2,5 GHz está ocupado pelo serviço MMDS ("TV por micro-ondas").

02.
Sobre MMDS.
Nesta página a Anatel define: O Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanais - MMDS é uma das modalidades de serviços especiais, regulamentados pelo decreto nº 2196, de 08 de abril de 1997, que se utiliza de faixa de microondas para transmitir sinais a serem recebidos em pontos determinados dentro da área de prestação do serviço.

Da web recorto este trecho de matéria a título de definição alternativa de MMDS:
(...) O MMDS (Multipoint Multichannel Distribution System) é também chamado nos EUA de wireless cable.
No MMDS, os sinais são distribuídos aos assinantes por meio de microondas terrestres, de forma semelhante aos canais da TV aberta.
O sistema foi regulamentado no Brasil como uma das modalidades do Serviço Especial de Telecomunicações, pelo Decreto n.º 2.196, de 1997. Os sinais do MMDS cobrem uma área com raio de até 50 quilômetros, levando a programação tanto às áreas urbanas quanto às periféricas. Permite também a transmissão de programação local, pois o headend está situado o local da prestação do serviço. Sua capacidade é de até 31 canais analógicos ou de cerca de 180 canais digitais, mas novas tecnologias demonstram a viabilidade de ampliar-se ainda mais o número de canais digitais transmitidos. Uma de suas principais vantagens é a portabilidade proporcionada pelo sinal de microondas, que permite a recepção do sinal em qualquer ponto da área de cobertura, em geral toda a cidade.(...)

03.
Recentemente divulguei um novo website interno do WirelessBRASIL: Espectro de 700 Mhz .
Está atualizado com as últimas notícias, inclusive com as:
- Consulta Pública (nº 11) para Metodologias para Cálculo da Sanção de Multa e
- Consulta Pública nº 12 ("700 MHz") - Proposta de Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofrequências, na Faixa de 698 MHz a 806 MHz.

03.
Hoje estou publicando, precariamente, outro website: Espectro de 2,5 GHz.
Este ainda está "em construção" mas já possui um bom acervo de matérias, que está sendo ampliado gradativamente, com o resultado de pesquisas nos sites especializados em telecom.

Para acompanhamento e compreensão do noticiário atual, mais abaixo está um resumo dos principais fatos de 2012 e 2013 sobre o espectro de 2,5 GHz.
E também a transcrição destas matérias recentes (2013):

Leia na Fonte: Convergência Digital
[01/03/13]  Sem acordo com teles, Anatel manda MMDS desocupar faixa de 2,5GHz - por Luís Osvaldo Grossmann

Leia na Fonte: Teletime
[22/02/13]  Anatel deve soltar cautelar para liberar faixa de 2,5 GHz - por Samuel Possebon

Leia na Fonte: Teletime
[22/02/13]  Negociações entre empresas de MMDS e teles caminham devagar; Neotec quer estimular redes TD-LTE - por Samuel Possebon

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[20/02/13]  Telefónica e mais 4 operadoras vencem leilão de espectro 4G no Reino Unido

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[08/02/13]  Sem acordo até 18 de fevereiro, Anatel vai arbitrar preço da faixa de MMDS

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[04/02/13]  Mesmo sem liberação de frequência, Claro lança 4G em Curitiba

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[21/01/13]  Compartilhamento de rede 4G entre Oi e TIM abre espaço para acordos futuros

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[18/01/13]  Oi e TIM vão compartilhar rede LTE já na Copa das Confederações - por Lia Ribeiro Dias

Leia na Fonte: Tele.Síntese
[14/01/13]  Anatel, operadoras de MMDS e de celular debatem o preço da limpeza da faixa de 2,5 GHz. A diferença é de milhões de reais - por Miriam Aquino

04.
Colaborações, sugestões, correções e comentários são sempre bem-vindos e preciosos! Obrigado!

A ferramenta promete ajudar o usuário a descobrir coisas que lhe interessam na web. Mas não é preciso procurar muito para encontrar usuários acusando o Flipora de ser um site de phishing, fraude eletrônica que visa roubar dados. - See more at: http://blogs.estadao.com.br/link/tag/flipora/#sthash.fPxu0bek.dpuf

Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL

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Espectro de 2,5 GHz

Resumo parcial

Em 25 de janeiro de 2012 a Anatel publicou a consulta pública, até o dia 26 de fevereiro de 2012, da proposta de edital para a licitação das faixas de 450 MHz e 2,5 GHz, esta última voltada à quarta geração dos serviços móveis.
Os principais pontos do edital, como as obrigações de cobertura, a venda conjunta com a faixa de 450 MHz e as obrigações de compra de equipamentos nacionais, já haviam sido antecipados pelo conselheiro relator Rodrigo Zerbone em entrevista coletiva após a aprovação da consulta na semana passada.
Na leitura do edital em consulta, contudo, um novo detalhe chama a atenção: a Anatel considera a hipótese de que um mesmo grupo venha a controlar até 80 MHz de espectro na faixa de 2,5 GHz, caso haja sobras após as primeiras etapas da licitação, quando o teto é de 40 MHz. A restrição a que um mesmo grupo não pode levar uma faixa TDD e uma FDD continuaria valendo mesmo no caso de o teto ir a 80 MHz.

Em 05 de junho de 2012 foi feita a entrega de propostas dando início à licitação das frequências de 450 MHz e de 2,5 GHz.

Em 12 de junho de 2012 começou o leilão da venda de frequências de 450 MHz e 2,5 GHz lançado pela Anatel. "Seis grupos apresentaram propostas na semana passada - Claro, Oi, Sky, Sunrise, TIM e Vivo - e seus envelopes com os preços mínimos serão conhecidos hoje."

Em 13 de junho de 2012 o Portal Tele.Sintese publicou uma matéria resumindo o resultado do leilão. Aqui está a íntegra da notícia:

"O ágio médio final foi de 31,27% e o mais alto chegou a 66%.
A Anatel arrecadou exatos R$ 2.930.495,450 com a venda das frequências de 2,5 GHz em 54 lotes arrematados por seis grupos que participaram da disputa. A arrecadação foi menor do que o preço mínimo do total de lotes colocados à venda, principalmente porque as bandas U+T, com a tecnologia TDD (Time Division Duplex) foram pouco atrativas. Mas a agência conseguiu seu tento, de vender as quatro bandas nacionais, que passaram a ter a obrigação de atender também as áreas rurais brasileiras. Embora o total de 269 lotes eram válidos, com preço mínimo de R$ 3,8 bilhões, o ágio pelas faixas vendidas chegou a 31,27%.

O Grupo Telefónica/Vivo é o que fará o maior desembolso por uma frequência de banda larga móvel LTE (Long Term Evolution), embora tenha adquirido uma única faixa nacional, de 40 MHz, a X. Pagou R$ 1,050 bilhão e decidiu não comprar qualquer outro lote regional. A empresa disputou com a Oi, que desistiu após oferecer R$ 1 bilhão.

A Vivo terá ainda que vender, em 18 meses, suas faixas de TV paga por micro-ondas, o MMDS, das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, condição para comprar esta licença nacional. Ao adquirir a banda X, a operadora ficou com a obrigação de ofecer o serviço de banda larga e voz rural para os estados do Nordeste, Minas Gerais, e o interior de São Paulo. Ontem, o presidente do grupo, Antonio Carlos Valente, comemorou a aquisição desta faixa. "Nos preparamos desde o ano passado para esta aquisição", comemorava.

A segunda empresa a desembolsar mais recursos foi a Claro, do grupo América Móvil, do bilionário Carlos Slim. Comprou a licença nacional de 40 MHz, por R$ 844, 519 milhões ( ágio de 34%) e adquiriu na segunda rodada da disputa, que ocorreu no segundo dia do leilão outros 19 lotes, por mais R$ 144, 284 milhões, em um total de R$ 988,803 milhões.

A cobertura rural vinculada a faixa W, adquirida pela Claro, é a mais difícil e a menos atrativa, tanto que a Vivo sequer apresentou proposta para esta faixa e a Oi desistiu de brigar por ela no segundo lance. A Claro terá que levar a telefonia e banda larga rural para os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e a região metropolitana de São Paulo.

TIM e Oi
A Oi foi a terceira empresa a desembolsar a maior quantidade de recursos, embora tenha comprado quase todos os lotes pelo preço mínimo ou com ágio de no máximo 5%. Adquiriu no total 12 lotes, ao preço de R$ 399,783 milhões. Comprou a banda V2, de apenas 20 MHz, e se comprometeu a oferecer a banda larga e telefonia rurais no Distrito Federal e estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

No segundo dia, a operadora arrematou mais 10 MHz na banda P de São Paulo, e algumas outras licenças regionais. O presidente da operadora, Francisco Valim, salientou que esta faixa é importante para atender cidades populosas, visto que, por ser mais alta, o seu alcance é menor.

A TIM foi a quarta empresa a desembolsar o maior volume de recursos. Também comprou uma faixa nacional de 20 MHz, além de adquirir outros 06 lotes regionais. Pagou um total de R$ 382,238 milhões. o presidente da operadora, Mario Girasoli, ressaltou que não vê qualquer justificativa na oferta de um ágio muito grande em troca de mais 10 MHz de banda, em uma estocada contra os grupos espanhol e mexicanos, que pagaram alto pelas frequências de 40 MHz.

O executivo observou que agora se inicia uma nova etapa, visto que a TIM comprou também algumas faixas complementares cujo complemento terá que ser negociado com as operadoras de MMDS. "Compramos faixas complementares de seis cidades entre 10 de maior tráfego", comemorou.

Sky e Sunrise
A Sky e Sunrise, como previsto, não participaram do segundo dia do leilão, pois só tiveram interesse em comprar bandas U ( em TDD, que oferece o serviço de banda larga fixa, e não móvel). Mesmo assim, a Sky, operadora de TV por satélite, do grupo norte-americano Liberty, mostrou que quer mesmo ser um player importante no território brasileiro, desembolsando R$ 90,576 milhões por 12 lotes de banda U.

A SunRise, do mega investidor George Soros, acabou arrematando apenas duas licenças, pagando R4 19,094 milhões."

Em 23 de agosto de 2012 foi divulgado que o "Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou com ressalvas a fixação do preço mínimo do leilão das faixas de 450 MHz (banda larga rural) e 2,5 GHz (4G), realizado em junho deste ano, em função da atualização parcial do custo médio ponderado de capital (WACC), calculada em 2007. A Anatel argumentou que “não foi possível concluir nova contratação para atualização dos valores de WACC nos termos da resolução nº 535/2009 da agência”. Com isso, avalia o TCU, a taxa real caiu de 8,69% para 7,59% ao ano.
No acórdão, aprovado na reunião desta quarta-feira (22), o TCU determina à Anatel que, nas próximas licitações, utilize o custo médio ponderado do capital atualizado conforme da metodologia de estimativa aprovada pela Resolução nº 535/2009. E recomenda que a agência aprimore a metodologia de estimativa da WACC, de forma a torná-la mais estável ao longo do tempo e menos limitada a horizonte temporal restrito de aplicação."(...) Fonte

Em 28 de novembro de 2012 o Portal Teletime divulga que "está formalmente iniciada a temporada de negociação entre operadoras de celular e empresas de MMDS para a limpeza da faixa de 2,5 GHz para a prestação dos serviços de 4G.(...)
(...) Mas as negociações para a limpeza do espectro, conforme previsto no edital, não devem ser nada simples. A começar por uma questão de prazos. O edital de 4G prevê que caberá às proponentes vencedoras arcar com os custos de remanejamento do MMDS. O prazo dado pelo edital é de quatro meses da assinatura do termo de autorização para que se faça esse acerto, o que significa 16 de fevereiro de 2013.(...)
(...) O segundo problema será precificar essa migração. Ao todo, havia ainda em outubro 156 mil clientes de MMDS. Em tese, essas operadoras podem, por exemplo, exigir que as móveis banquem o custo de migração dessa base para outras tecnologias, como DTH, cabo ou fibra, o que implica bancar uma nova infraestrutura.(...)
(...) Um terceiro problema é como será feita a partilha dos custos de limpeza da faixa, já que Oi, Claro, TIM e Vivo venceram o leilão e assumiram o mesmo compromisso de negociar com as empresas de MMDS.(...)

Em 08 de fevereiro de 2013 o Portal Tele.Síntese comenta que "corre o tempo para que a rede de 4G na frequência de 2,5 GHz fique pronta (o prazo limite é abril, nas cidades da Copa das Confederações), mas as operadoras de celular e de MMDS ainda não se entenderam sobre a desocupação dessa faixa. Em discussão, quanto as operadoras de celular devem pagar às de TV por assinatura MMDs (por micro ondas) para que elas desocupem este pedaço de espectro. E Anatel avisa: se elas não chegarem ao acordo até o próximo dia 18 de fevereiro, prazo máximo do edital, vai arbitrar o preço. E segundo fontes da agência, " o valor a ser decidido não vai agradar nenhum dos grupos".
A diferença no valor entre o que querem receber as prestadoras de MMDS e o que querem pagar as operadoras de celular é de vários milhares de reais. (...)

Em 22 de fevereiro de 2013 o Portal Teletime informa que "a Anatel deverá soltar, até o final do mês, uma cautelar para garantir a desocupação da faixa de MMDS (2,5 GHz) para as operadoras de telefonia móvel iniciarem as operações de 4G nas cidades da Copa das Confederações.(...)
(...) A agência tem uma série de preocupações nesse caso. Primeiro, não quer que a dificuldade de liberação da faixa seja usada como argumento para justificar um eventual descumprimento da obrigação de cobertura de 4G. Quer assegurar que as empresas de MMDS recebam um valor justo. E, sobretudo, quer que o processo de negociação mostre boa fé de ambas as partes. Um dos temores da agência é que uma dificuldade de interlocução com o setor de telecomunicações gere, futuramente, desconfiança entre as empresas de radiodifusão de que os eventuais acordos para a limpeza da faixa de 700 MHz serão cumpridos. Ou seja, a Anatel não quer que o impasse de agora entre teles e empresas de MMDS se torne um precedente ruim para as futuras negociações entre as teles e as emissoras de TV aberta.(...)

Em 01 de março de 2013 o Portal Convergência Digital divulga que "sem acerto entre teles e operadoras de MMDS, a Anatel determinou, através de uma cautelar publicada nesta sexta-feira, 1º/3, a liberação da faixa de 2,5 GHz nas cidades-sede da Copa das Confederações até 12 de abril. O objetivo é garantir que as vencedoras do leilão do 4G tenham tempo para iniciar ofertas do serviço até 30/4, como previa o edital.(...)
(...) Assim, as empresas de MMDS devem comunicar a seus assinantes a situação até 15/3 e comprovar à Anatel, até 19/4, que as faixas – efetivamente 2.510 MHz a 2.570 MHz e de 2.630 MHz a 2.690 MHz – estão desocupadas. Eventuais descumprimentos têm multa prevista de R$ 200 mil por dia.(...)


Leia na Fonte: Convergência Digital
[01/03/13]  Sem acordo com teles, Anatel manda MMDS desocupar faixa de 2,5GHz - por Luís Osvaldo Grossmann

Sem acerto entre teles e operadoras de MMDS, a Anatel determinou, através de uma cautelar publicada nesta sexta-feira, 1º/3, a liberação da faixa de 2,5 GHz nas cidades-sede da Copa das Confederações até 12 de abril. O objetivo é garantir que as vencedoras do leilão do 4G tenham tempo para iniciar ofertas do serviço até 30/4, como previa o edital.

“O prazo para que as empresas chegassem a um acordo venceu na semana passada, sem entendimento. Algumas empresas pediram mediação e a gente resolveu fazer uma cautelar para que as empresas saiam da faixa. Se [as teles] têm que oferecer serviço até 30 de abril, precisam de pelo menos duas semanas para se preparar”, explica o superintendente de serviços privados da Anatel, Bruno Ramos.

Segundo Ramos, ainda que algumas empresas pareçam mais próximas de um acordo, na prática nenhuma delas efetivamente fechou negócio. Como o uso da faixa de 2,5 GHz para oferta de 4G pressupõe que a maior parte do espectro até aqui ocupado pelas operadoras de MMDS (micro-ondas) será liberado, esses dois grupos de empresas tiveram tempo para acordos entre si.

Como os acordos não aconteceram – essencialmente, as empresas de MMDS querem receber muito, enquanto as teles querem pagar muito pouco - a Anatel assumiu a mediação. A própria cautelar publicada nesta sexta reafirma a “intenção da Anatel em decidir tais pedidos antes de 30 de junho de 2013, prazo limite para utilização das faixas, em caráter primário, pelas prestadoras de MMDS”.

“Precisamos avisar os usuários [do MMDS] com pelo menos 30 dias de antecedência. Estamos dando mais de 40 dias para esvaziarem. Fizemos muitas reuniões tentando com que chegassem em acordo. O problema é o prazo. Está ficando muito perto”, insiste o superintendente de serviços privados. “Antes mesmo do fim de junho vamos tomar uma decisão”, completa. Tudo indica que a agência terá que arbitrar o valor de “indenização” às empresas de MMDS.

Assim, as empresas de MMDS devem comunicar a seus assinantes a situação até 15/3 e comprovar à Anatel, até 19/4, que as faixas – efetivamente 2.510 MHz a 2.570 MHz e de 2.630 MHz a 2.690 MHz – estão desocupadas. Eventuais descumprimentos têm multa prevista de R$ 200 mil por dia.

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Leia na Fonte: Teletime
[22/02/13]  Anatel deve soltar cautelar para liberar faixa de 2,5 GHz - por Samuel Possebon

A Anatel deverá soltar, até o final do mês, uma cautelar para garantir a desocupação da faixa de MMDS (2,5 GHz) para as operadoras de telefonia móvel iniciarem as operações de 4G nas cidades da Copa das Confederações. A cautelar deve abordar dois pontos: exigir que a faixa nestas cidades seja imediatamente liberada pelas operadoras de MMDS e garantir aos operadores de MMDS que até 30 de junho, caso não haja acordo de preço entre elas e as teles pela desocupação do espectro, seja estabelecido um preço por meio de processo de arbitragem. Esse preço valerá para todas as cidades com MMDS, e não apenas para as cidades da Copa das Confederações. Esse processo de arbitragem já está formalmente em funcionamento, por conta de um pedido das operadoras móveis.

A agência tem uma série de preocupações nesse caso. Primeiro, não quer que a dificuldade de liberação da faixa seja usada como argumento para justificar um eventual descumprimento da obrigação de cobertura de 4G. Quer assegurar que as empresas de MMDS recebam um valor justo. E, sobretudo, quer que o processo de negociação mostre boa fé de ambas as partes. Um dos temores da agência é que uma dificuldade de interlocução com o setor de telecomunicações gere, futuramente, desconfiança entre as empresas de radiodifusão de que os eventuais acordos para a limpeza da faixa de 700 MHz serão cumpridos. Ou seja, a Anatel não quer que o impasse de agora entre teles e empresas de MMDS se torne um precedente ruim para as futuras negociações entre as teles e as emissoras de TV aberta.

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Leia na Fonte: Teletime
[22/02/13]  Negociações entre empresas de MMDS e teles caminham devagar; Neotec quer estimular redes TD-LTE - por Samuel Possebon

Enquanto a Anatel está preocupada em acelerar a liberação de espectro de 2,5 GHz nas cidades da Copa das Confederações, de outro lado, entre as empresas de MMDS e as operadoras móveis, as negociações estão em ritmo lento. A Telefônica, que tem o espectro ocupado com as suas operações de MMDS nas cidades mais importantes, ainda não marcou o leilão das frequências (processo que está sendo conduzido pelo banco Santander). Esta semana, durante o seminário Políticas de (Tele)Comunicações, organizado pela Converge, o presidente da Anatel, João Rezende, em tom de brincadeira, disse esperar uma definição da Telefônica, que poderia servir de parâmetro para as demais negociações.

A Sky, que também tem outorgas de MMDS em cidades importantes, colocou às teles um estudo da FGV com um parâmetro de preço bastante elevado, e provavelmente só negociará com uma arbitragem. Da parte das operadoras móveis, as ofertas foram com base no total de assinantes, a Claro propondo R$ 101 por cliente do MMDS e a TIM, R$ 350 por cliente.

Proposta da Neotec

As demais operadoras de MMDS negociam pela Neotec, associação que representa operadores de MMDS e que fez uma proposta inovadora para a Anatel: quer que, em vez de uma compensação baseada no número de assinantes, seja feita uma compensação que permita às empresas de MMDS construírem uma rede básica de banda larga com a tecnologia TD-LTE, a exemplo do que fazem Sky e Sunrise. A justificativa é que, para que essas empresas continuem existindo, elas precisarão desenvolver um novo negócio, e não apenas receber um cheque. A medida teria ainda o apelo de fomentar o desenvolvimento de redes banda larga nas pequenas cidades hoje cobertas pelos operadores de MMDS.

Custo do SCM

Outra questão que deverá ser abordada pela Anatel é o custo do espectro para a operação de SCM por parte das pequenas operadoras de MMDS. Até aqui, a agência adotou um critério de cálculo baseado no valor presente líquido e que foi aplicado para os pedidos da Sky e da Sunrise. Nas duas situações, as empresas, com acionistas de peso, aceitaram pagar as somas milionárias. Mas para pequenos operadores, esses valores podem inviabilizar a entrada. A Anatel estuda a possibilidade de flexibilizar o investimento necessário para uso da frequência de 2,5 GHz para banda larga, eventualmente trocando por contrapartidas. É um movimento em linha com um pedido feito pela Neotec e que deve ser avaliado em breve pelo Conselho Diretor da agência.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[20/02/13]  Telefónica e mais 4 operadoras vencem leilão de espectro 4G no Reino Unido

O órgão regulador das telecomunicações no Reino Unido, a Ofcom, divulgou nesta quarta-feira (20) o resultado do leilão de espectro de 4G. Após mais de 50 rodadas do leilão, Everything Everywhere, Hutchison 3G UK, Niche Spectrum Ventures (subsidiaria do Grupo BT), Telefónica UK e Vodafone ganharam espectro pelo valor total de 2,341 bilhões de libras. A Telefónica UK, que atua com a marca O2, ganhou 10 MHz mais 10 MHz no espestro de 800 MHz, pelo qual pagou 500 milhões de libras. O leilão no Reino Unido envolveu 350 MHz nas frequência de 800 MHz, antes usada para transmissão de TV analógica, e de 2,6 GHz.

Pelas regras do leilão, o espectro de 800 MHz (com duas faixas de 10 MHz) foi leiloado com obrigações de cobertura. A Telefónica, que venceu o leilão desta faixa, terá de oferecer cobertura dentro dos ambientes para pelo menos 80% da população do Reino Unido (o que deve cobrir 99% da população em áreas abertas, segundo estimativa do órgão regulador), sendo que ao menos 95% da população de cada uma das nações que compõe o Reino Unido - Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales - até o final de 2017, pelo menos.

A Everything Everywhere venceu a faixa de 5 MHz mais 5 MHz na frequência de 800 MHz e a faixa de 35 MHz mais 35 MHz na frequência de 2,6 GHz, pelas quais pagará 588,876 milhões de libras. A Hutchison 3G UK ficou com 5 Mhz mais 5 MHz na faixa de 800 MHz e pagará 225 milhões de libras, a Niche Spectrum Ventures ficou com 15 MHz mais 15 Mhz na frequência de 2,6 GHz e 20 MHz em 2,6 GHz que pagará 186,476 milhões de libras. A Vodafone pagará 790,761 milhões de libras por 10 MHz mais 10 MHz em 800 MHz, 20 MHz mais 20 MHz em 2,5 GHz e 25 MHz de 2,6 GHz. (Da redação)

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[08/02/13]  Sem acordo até 18 de fevereiro, Anatel vai arbitrar preço da faixa de MMDS

Os preços pedidos pelos vendedores (MMDS) e oferecidos pelos compradores (celular) têm diferença de milhares de reais

Corre o tempo para que a rede de 4G na frequência de 2,5 GHz fique pronta (o prazo limite é abril, nas cidades da Copa das Confederações), mas as operadoras de celular e de MMDS ainda não se entenderam sobre a desocupação dessa faixa. Em discussão, quanto as operadoras de celular devem pagar às de TV por assinatura MMDs (por micro ondas) para que elas desocupem este pedaço de espectro. E Anatel avisa: se elas não chegarem ao acordo até o próximo dia 18 de fevereiro, prazo máximo do edital, vai arbitrar o preço. E segundo fontes da agência, " o valor a ser decidido não vai agradar nenhum dos grupos".

A diferença no valor entre o que querem receber as prestadoras de MMDS e o que querem pagar as operadoras de celular é de vários milhares de reais. A Sky encomendou estudo da FGV e chegou ao preço de R$ 15 mil por pop/MHz (população e megahertz). A Claro, a única entre as celulares que apresentou oferta firme, quer, por sua vez, pagar R$ 101,00 por pop/MHz. A Telefônica/Vivo - que também precisa vender suas frequências de MMDS, adquiridas quando comprou a TVA - resolveu passar para o banco Santander a negociação. A Oi por sua vez, acha que a proposta da Claro é o máximo aceitável.

Com esta enorme diferença de valores, a Anatel está constatando que vai ter que intervir e estabelecendo algum critério de racionalidade no cálculo deste valor. E segundo técnicos da agência, se as empresas não conseguirem fechar acordo, os critérios da Anatel que começam a ser estudados não irá agradar ninguém "Os nosso números poderão não agradar a ninguém", avisa interlocutor.

Um dos pleitos apresentados por alguns operadores de MMDs, que seria o de levar em conta a mesma base de cálculo adotada pela agência, quando ela cobrou dos operadores de MMDs pela licença de SCM - valores que chegaram a mais de R$ 100 milhões, em algumas cidades, e que foram muito contestados pelos prestadores de TV paga - não teve eco na agência. Isto porque, explicam seus técnicos, no caso anterior, a licença concedida era a de comunicação de dados. Agora, as celulares estão pagando pelo serviço de TV por assinatura, que está deixando a frequência. "São coisas diferentes", afirmou o técnico.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[04/02/13]  Mesmo sem liberação de frequência, Claro lança 4G em Curitiba

Operadora já tem rede LTE em Recife, Campos do Jordão, Parati e Buzios

A Claro, primeira a lançar operação comercial de banda larga móvel 4G, anunciou o início das vendas do serviço em Curitiba. Com a cobertura na capital do Paraná, agora são cinco os municípios com rede LTE da operadora do grupo América Móvil, reforçando sua posição como pioneira neste tipo de oferta no Brasil. Telefônica/Vivo, TIM e Oi adquiriram frequência para prestação do serviço 4G em território nacional em leilão da Anatel e, de acordo com edital, precisam instalar redes nas cidades-sede da Copa das Confederações até o início de maio. No entanto, as três operadoras ainda não lançaram comercialmente suas redes.

“Acreditamos que a tecnologia 4G será uma revolução no Brasil e nós queremos ser mais do que pioneiros. Queremos ser a operadora que oferece a melhor experiência de qualidade do serviço para os atuais e futuros clientes”, afirma Carlos Zenteno, presidente da Claro.

A tecnologia apelidada de 4GMax pela Claro, porque a operadora detém faixa de 40 Mhz, enquanto Oi e TIM detém faixas de 20 MHz (10 MHz + 10 MHz), chegará a Curitiba, primeiramente, com a capacidade de 5Mhz+5Mhz porque ainda nao ocorreu a limpeza do espectro por empresas operadoras do serviço de TV paga por MMDS. A limpeza do espectro tem sido motivo de disputa, por conta do preço a ser pago como indenização, e o próprio Zenteno já demonstrou preocupações sobre a possibilidade de oferta do serviço até a Copa das Confederações por esta razão.

A Claro também anunciou que, a partir de março, todas as lojas da operadora no Brasil terão os tablets da Samsung compatíveis com a tecnologia 4G no Brasil. (Da redação)

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[21/01/13]  Compartilhamento de rede 4G entre Oi e TIM abre espaço para acordos futuros

A Oi e a TIM estão caminhando para um acordo de compartilhamento na rede 4G, conforme noticiou o TeleSíntese Análise. Segundo fontes da Anatel, cada uma das empresas ficaria responsável pela estruturação da rede em seis das doze cidades-sede da Copa das Confederações e haveria compartilhamento de infraestrutura e espectro. Assim, ambas poupariam recursos para atender às regras estabelecidas no leilão de 4G LTE, realizado em 2012. A notícia foi bem recebida pelo mercado, uma vez que significa ganho de eficiência, mas ainda é vista como algo pequeno, mas que abre prerrogativa para novos acordos.

Como tudo indica que o acordo entre Oi e TIM se limitará ao compartilhamento de infraestrutura e espectro em 4G LTE apenas na faixa de frequência de 2,5 GHz, o impacto não será tão expressivo, uma vez que as companhias devem guardar o grosso dos investimentos para a faixa de 700 Mhz, vista como mais eficiente. No entanto, a movimentação abre precedente para acordos futuros o que, teoricamente, aumentaria a eficiência dos investimentos em constução de novas redes e elevaria a alocação de capital.

Por hora, analistas estimam que o acordo deve levar Oi e TIM a pouparem cerca de 2% de seu valor de mercado, considerando investimento na construção da rede 4G LTE entre R$ 300 e R$ 500 milhões por ano. (Da redação)

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[18/01/13]  Oi e TIM vão compartilhar rede LTE já na Copa das Confederações - por Lia Ribeiro Dias

As duas operadoras apresentaram à área técnica da Anatel um projeto de implantação de rede conjunta para cumprir as obrigações de cobertura na Copa das Confederações

Os estímulos do Ministério das Comunicações e da Anatel para que as operadoras compartilhem infraestrutura de rede encontraram uma boa acolhida na Oi e na TIM. Conforme publicado na edição de ontem do TeleSíntese Análise, as duas operadoras apresentaram à área técnica da Anatel um projeto de implantação de rede conjunta para cumprir as obrigações de cobertura na Copa das Confederações. Cada uma implantará a rede LTE em seis cidades e as duas operadoras usarão a mesma rede, compartilhando não só infraestrutura mas também frequência.

A proposta ainda está em análise, mas fontes da agência entendem que não há obstáculos maiores à sua aprovação. Os dois pontos mais sensíveis são o compartilhamento de espectro – uma vez que a Oi terá de usar o espectro da TIM nas cidades onde a operadora italiana construir a rede LTE, e vice-versa – e a responsabilidade frente ao usuário. “Esses dois pontos, no entanto, foram abordados nas regras definidas para o atendimento com telefonia celular 2G nas cidades com menos de 30 mil habitantes”, diz um dirigente. Essas cidades têm de ser atendidas por pelo menos uma operadora (o leilão das licenças 3G definiu a obrigatoriedade de cobertura), mas se uma concorrente quiser atuar lá poderá compartilhar a infraestrutura e o espectro. Também foram estabelecidas as responsabilidades frente ao usuário.

Na avaliação de técnicos da Anatel, a iniciativa da Oi e da TIM, que por enquanto estabeleceram um memorando de entendimentos, é muito positiva, pois racionaliza os investimentos e reduz o impacto da instalação de antenas nas cidades (ainda mais que a nova rede de quarta geração, por usar frequência mais alta, vai exigir um número maior de antenas). “Um dos maiores problemas enfrentados pelas celulares são as restrições municipais à instalação de antenas”, lembra um técnico.

Se a solução é boa para o orçamento de investimento das operadoras e para as administrações municipais, ela afeta diretamente os fornecedores de infraestrutura, tanto passiva como de rádios. Mas no negócio geral de comunicações móveis no país o estrago não deverá ser grande, na avaliação de fornecedores, até porque as redes LTE, nessa primeira fase, serão pequenas. São 12 cidades para a Copa das Confederações e mais uma quantidade ainda não definida de subsedes para a Copa do Mundo.

À espera de novas frequências

Na avaliação dos fornecedores de sistemas móveis, as celulares que compraram licenças de quarta geração, na faixa de 2,5 GHz, vão apenas cumprir com as obrigações de cobertura estabelecidas pela Anatel no leilão. “Não acredito que irão além. Vão esperar as decisões do governo em relação à faixa de 700 MHz e vão também usar a faixa de 1,8 GHz. Na faixa de 2,5 GHz vão ter uma atuação limitada, pois ela demanda muito mais investimento para uma cobertura pior”, comenta um executivo.

Embalada por bons resultados no ano de 2012, quando o setor cresceu em média 15%, a indústria está moderadamente otimista em relação a 2013. A expectativa é de um crescimento entre 5% e 8%, a depender do desempenho geral da economia. “Se a economia registrar um 'pibão', como prometeu a presidenta, o crescimento poderá chegar a 10%”, avalia outro dirigente de empresa fornecedora.

Muito mais do que a rede LTE, o que vai continuar movimentando as receitas dos fornecedores são as encomendas para a expansão das redes de 2,5 G. Em 2012, de acordo com várias empresas, o forte foi a expansão das redes de 2,5G em função das exigências por melhoria de qualidade e da forte demanda por terminais celulares para essas redes. “Certamente as redes de 2,5G responderam por 70% das encomendas de expansão em 2012”, diz a fonte.

Sobre o desenvolvimento futuro dessas redes, há divergências. Para um fornecedor, a demanda de expansão das redes 2,5G deve começar a desacelerar a partir do final deste ano. Outros acreditam que a forte base instalada de telefones 2/2,5G e o volume de vendas ainda crescente desse tipo de aparelho vão continuar embalando os investimentos nas redes de segunda geração, quando a expectativa é de que já estivessem sendo substituídas pelas redes 3G.

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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[14/01/13]  Anatel, operadoras de MMDS e de celular debatem o preço da limpeza da faixa de 2,5 GHz. A diferença é de milhões de reais - por Miriam Aquino

Donas do espectro querem negociar preço antes da desocupação para forçarem preço para cima

Na última quinta-feira foi realizada pela Anatel a primeira reunião com as empresas de MMDS e as quatro maiores operadoras de celular para discutir a limpeza da faixa de 2,5 GHz. As operadoras de MMDS têm que desocupar os 120 MHz que eram delas, mas que foram vendidos para a 4G, e as empresas de celular têm que pagar por esta desocupação. A diferença entre o que os vendedores querem por esta faixa e o que se pretende pagar por ela, é de milhões reais. E as celulares têm pressa, pois precisam cumprir o cronograma do edital de venda, e estar com a rede LTE instalada nas seis cidades da Copa das Confederações no próximo mês de abril.

Os executivos que participara da reunão da semana passada saíram otimistas com a sinalização de que a agência está preocupada com a questão, mas sabem que ainda há muito caminho a percorrer antes de se encontrar uma solução. O que está em jogo é o preço desta migração. Para as empresas de TV paga, o custo da da migração deve levar em conta os investimentos por elas realizados e não amortizados, e a substituição de todo o sistema. Na prática só há três alternativas para essas mais de 100 empresas: ou passam a oferecer o serviço de TV por assinatura pelas redes de cabo ou DTH (via satélite) ou desistem deste mercado e ingressam na banda larga com a LTE TDD. Para as operadoras de celular, por outro lado, o que tem que ser computado é apenas o custo do MHz por assinante, conta feita sempre que se adquire uma frequência ou uma nova empresa.

Executivos das operadoras de MMDS entendem até a urgência das empresas de celular, mas alegam que não podem vender este ativo a preços aviltados. Reconhecem que demandaria um enorme tempo para serem apurados os investimentos não amortizados das empresas, pois teriam que se analisados os balanços de cada uma delas dos últimos 10 anos. Uma proposta apresentada na reunião seria o de se usar como referência o preço mínimo estipulado pela própria Anatel, quando ela calculou o valor da banda larga que seria cobrada às operadoras de MMDS na faixa de 50 MHz em 2,5 GHz. "A Anatel já precificou o valor desta faixa, quando definiu quanto custava o valor do SCM para as operadoras de MMDS.Poderia ser usado o mesmo critério", defendeu o dirigente de uma operadora.

O problema, contudo, é que as operadoras de celular querem pagar preços muito menores, pois argumentam que todo aumento de custo acaba encarecendo o preço final da 4G, que já sairá bem mais cara que a 3G. Conforme fontes do mercado, a Claro foi a única operadora que chegou a apresentar uma proposta para as operadoras de MMDS e o preço oferecido é infinitamente menor do que o reivindicado. A proposta da operadora móvel seria de R$ 101,00 por assinante, valor que seria dividido entre as quatro celulares. Isso daria um valor total de pouco mais de R$ 11 milhões a ser rateado entre todos os operadores de MMDS. Se for considerada a metodologia da Anatel, o preço sobe para mais de R$ 500 milhões, distância enorme entre o que pensa o vendedor e o que quer pagar o comprador.

Há ainda valores maiores na mesa. Comenta-se no mercado que a Sky (que está comprando quase todas as empresas de MMDS) teria encomendado um estudo à FGV para calcular o valor destas frequências que precisa liberar. E os números, dizem alguns que tiveram acesso ao documento, ultrapassariam a casa de bilhão de reais.

Como dever de casa, as operadoras de celular foram instadas pela Anatel a apresentarem as suas propostas de preço e, na próxima semana, as reuniões devem ser retomadas. De qualquer forma, a Anatel quer que o problema esteja resolvido, pelo menos para as seis cidades que vão receber os jogos da Copa das Confederações até 28 de fevereiro, pois entende que é preciso um tempo para que os testes com a nova tecnologia LTE sejam feitos.

Nestas seis cidades, as operações que estão envolvidas são:
- em Fortaleza, a TV Show, com 4,345 mil assinantes de MMDS;
- em Recife, a NET, com 12,395 mil assinantes de TV paga MMDS;
- em Salvador, a Bahiasat, com nenhum assinante de MMDS;
- em Belo Horizonte, a Sky, com 1,364 usuários de MMDS;
- no Rio de Janeiro, a Telefônica, com 37,94 mil usuários de MMDS;
- e em Brasília, a Sky, com 503 assinantes de MMDS.
O mercado comenta que as operações da TV Show e da Bahiasat já teriam sido adquiridas pela Sky.