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05/03/13
• Espectro de 2,5 GHz (2) - "Para Neotec, cautelar da Anatel sobre faixa
de 2,5 GHz só está preocupada com as teles"
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
01.
Continuo o processo de criação do website
Espectro de 2,5 GHZ, no domínio do
WirelessBRASIL.
Estou acrescentando, gradativamente, as matérias dos anos anteriores, para poder
completar o "resumo e acompanhamento".
Qualquer ajuda é preciosa! Obrigado!
Colecionar notícias é uma "trabalheira" mas a
leitura nos dá uma visão de conjunto que não é possível no acompanhamento
homeopático da dia a dia do noticiário.
Nas linhas e entrelinhas dos artigos e notícias, ao longo do tempo, percebemos
as influências espúrias, as incompetências disfarçadas, os erros e acertos, as
idas e vindas ao sabor da política e do aparelhamento. Ficam também explicitadas
as famigeradas "pautas" e a precariedade do jornalismo investigativo na área de
TI e Telecom.
É um exercício estimulante e sofrido. Mas estar informado é preciso, para
"resistir"!
02.
O "post" anterior sobre o tema está aqui:
02/03/13
•
Espectro
de 2,5 GHz (1) - Novo website + "Resumo parcial" + Coleção de notícias (em
construção)
03.
Atualizei a coleção registrada em
Índice de artigos e notícias com esta matéria de ontem, transcrita mais
abaixo:
Leia na Fonte: Teletime
[04/03/13]
Para Neotec, cautelar sobre faixa de 2,5 GHz só está preocupada com as teles
- por Samuel Possebon
Neotec é a associação que representa os pequenos operadores de MMDS.
Recorte como aperitivo:
(...) "A decisão gera uma certa inquietação porque não nos permite nenhum
planejamento antecipado, já que a agência coloca apenas como intenção ter uma
definição sobre os pedidos de arbitragem até 30 de junho, data que o espectro
precisa ser definitivamente desocupado", diz Carlos André Lins de Albuquerque,
diretor executivo da Neotec. O problema dos operadores de MMDS é que, sem saber
quanto poderão receber pela limpeza da faixa, não podem planejar se vão migrar
os assinantes para outros sistemas ou se terão que suspender o serviço
definitivamente. "A cautelar tem grande preocupação com as teles, mas não mostra
a mesma preocupação conosco", diz.(...)
04.
O participante Bruno, do "telecoHall", repercutiu o "post" anterior:
(...) Isso que a pior agência fez com as empresas de MMDS enquanto
literalmente sentou em cima dos mais de 1000 pedidos de licenças de tv a cabo
que recebeu desde os leilões de 1999 e 2000 foi um crime sem tamanho contra a
competição que poderia haver no mercado de TV paga e de dados, sem contar o que
o governo poderia ter arrecadado com esses leilões.
Enquanto isso a SKY, aproveitando o vácuo deixado pela inação da agência, está
comprando/comprou todas as operadoras de MMDS que pode, convertendo os
assinantes para DTH e ativando (já fez em Brasilia) o 4G para dados em 2.5GHz,
enquanto o resto do espectro foi entregue de bandeja para as concessionárias
usarem com celular.
Como diria o Boris Casoy, é uma vergonha.(...)
05.
No final desta mensagem está o "resumo e acompanhamento" referente a 2012
e 2013.
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
---------------------------
Leia na Fonte: Teletime
[04/03/13]
Para Neotec, cautelar sobre faixa de 2,5 GHz só está preocupada com as teles
- por Samuel Possebon
A Neotec, associação que representa os pequenos operadores de MMDS, não ficou
satisfeita com a decisão cautelar que obriga as operadoras que hoje ocupam a
faixa de 2,5 GHz a liberarem o espectro que será utilizado pelas operadoras de
4G nas cidades-sede da Copa das Confederações até o dia 12 de abril. Esse ponto
da cautelar não afeta diretamente os pequenos operadores de MMDS, mas apenas as
operadoras hoje presentes nessas cidades.
São elas
- Fortaleza (onde está a Sky),
- Recife (Net),
- Brasília (Sky),
- Salvador (Sky),
- Belo Horizonte (Sky) e
- Rio de Janeiro (Telefônica).
"A decisão gera uma certa inquietação porque não nos permite nenhum planejamento
antecipado, já que a agência coloca apenas como intenção ter uma definição sobre
os pedidos de arbitragem até 30 de junho, data que o espectro precisa ser
definitivamente desocupado", diz Carlos André Lins de Albuquerque, diretor
executivo da Neotec. O problema dos operadores de MMDS é que, sem saber quanto
poderão receber pela limpeza da faixa, não podem planejar se vão migrar os
assinantes para outros sistemas ou se terão que suspender o serviço
definitivamente. "A cautelar tem grande preocupação com as teles, mas não mostra
a mesma preocupação conosco", diz.
Contas
Do lado das empresas de telecomunicações, a preocupação é com o prazo de
operação determinado pelo edital de 4G, o que prevê instalação das antenas e
início dos testes, que não podem interferir com serviços prestados, nem ser
interferidos por eles. Mas também há uma preocupação de custos. As operadoras
não querem salgar ainda mais a conta do que já foi pago pelas licenças de 4G.
Consideram ainda que o MMDS é um serviço que hoje tem pouco impacto econômico e
poucos assinantes. Em um estudo contratado pela Claro, TIM e Oi junto à LCA
Consultores, segundo apurou este noticiário, em diferentes cenários projetados,
o valor máximo de indenização aos operadores de MMDS seria de R$ 22 milhões, o
que dá cerca de R$ 160 por assinante, mais ou menos um meio termo entre o preço
proposto pela Claro (R$ 100) e pela TIM (cerca de R$ 300). Mas o valor varia
dependendo da situação da operadora de MMDS, já que algumas até hoje estão em
fase pré-operacional e teriam, portanto, poucas complicações para liberar a
faixa.
***********************************
Resumo e acompanhamento (2012 e 2013)
Em 25 de janeiro de 2012 a Anatel
publicou a consulta pública, até o dia 26 de fevereiro de 2012, da proposta
de edital para a licitação das faixas de 450 MHz e 2,5 GHz, esta última
voltada à quarta geração dos serviços móveis.
Os principais pontos do edital, como as obrigações de cobertura, a venda
conjunta com a faixa de 450 MHz e as obrigações de compra de equipamentos
nacionais, já haviam sido antecipados pelo conselheiro relator Rodrigo Zerbone
em entrevista coletiva após a aprovação da consulta na semana passada.
Na leitura do edital em consulta, contudo, um novo detalhe chama a atenção: a
Anatel considera a hipótese de que um mesmo grupo venha a controlar até 80 MHz
de espectro na faixa de 2,5 GHz, caso haja sobras após as primeiras etapas da
licitação, quando o teto é de 40 MHz. A restrição a que um mesmo grupo não pode
levar uma faixa TDD e uma FDD continuaria valendo mesmo no caso de o teto ir a
80 MHz.
Em 05 de junho de 2012 foi feita a entrega de propostas dando início à licitação das frequências de 450 MHz e de 2,5 GHz.
Em 12 de junho de 2012 começou o leilão da venda de frequências de 450 MHz e 2,5 GHz lançado pela Anatel. "Seis grupos apresentaram propostas na semana passada - Claro, Oi, Sky, Sunrise, TIM e Vivo - e seus envelopes com os preços mínimos serão conhecidos hoje."
Em 13 de junho de 2012 o Portal
Tele.Sintese
publicou uma matéria resumindo o resultado do leilão. Aqui está a íntegra da
notícia:
"O ágio médio final foi de 31,27% e o mais alto chegou
a 66%.
A Anatel arrecadou exatos R$ 2.930.495,450 com a venda das frequências de 2,5
GHz em 54 lotes arrematados por seis grupos que participaram da disputa. A
arrecadação foi menor do que o preço mínimo do total de lotes colocados à venda,
principalmente porque as bandas U+T, com a tecnologia TDD (Time Division Duplex)
foram pouco atrativas. Mas a agência conseguiu seu tento, de vender as quatro
bandas nacionais, que passaram a ter a obrigação de atender também as áreas
rurais brasileiras. Embora o total de 269 lotes eram válidos, com preço mínimo
de R$ 3,8 bilhões, o ágio pelas faixas vendidas chegou a 31,27%.
O Grupo Telefónica/Vivo é o que fará o maior desembolso por uma frequência de
banda larga móvel LTE (Long Term Evolution), embora tenha adquirido uma única
faixa nacional, de 40 MHz, a X. Pagou R$ 1,050 bilhão e decidiu não comprar
qualquer outro lote regional. A empresa disputou com a Oi, que desistiu após
oferecer R$ 1 bilhão.
A Vivo terá ainda que vender, em 18 meses, suas faixas de TV paga por
micro-ondas, o MMDS, das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, condição para
comprar esta licença nacional. Ao adquirir a banda X, a operadora ficou com a
obrigação de ofecer o serviço de banda larga e voz rural para os estados do
Nordeste, Minas Gerais, e o interior de São Paulo. Ontem, o presidente do grupo,
Antonio Carlos Valente, comemorou a aquisição desta faixa. "Nos preparamos desde
o ano passado para esta aquisição", comemorava.
A segunda empresa a desembolsar mais recursos foi a Claro, do grupo América
Móvil, do bilionário Carlos Slim. Comprou a licença nacional de 40 MHz, por R$
844, 519 milhões ( ágio de 34%) e adquiriu na segunda rodada da disputa, que
ocorreu no segundo dia do leilão outros 19 lotes, por mais R$ 144, 284 milhões,
em um total de R$ 988,803 milhões.
A cobertura rural vinculada a faixa W, adquirida pela Claro, é a mais difícil e
a menos atrativa, tanto que a Vivo sequer apresentou proposta para esta faixa e
a Oi desistiu de brigar por ela no segundo lance. A Claro terá que levar a
telefonia e banda larga rural para os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Bahia,
Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e a região metropolitana de São
Paulo.
TIM e Oi
A Oi foi a terceira empresa a desembolsar a maior quantidade de recursos, embora
tenha comprado quase todos os lotes pelo preço mínimo ou com ágio de no máximo
5%. Adquiriu no total 12 lotes, ao preço de R$ 399,783 milhões. Comprou a banda
V2, de apenas 20 MHz, e se comprometeu a oferecer a banda larga e telefonia
rurais no Distrito Federal e estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e
Rio Grande do Sul.
No segundo dia, a operadora arrematou mais 10 MHz na banda P de São Paulo, e
algumas outras licenças regionais. O presidente da operadora, Francisco Valim,
salientou que esta faixa é importante para atender cidades populosas, visto que,
por ser mais alta, o seu alcance é menor.
A TIM foi a quarta empresa a desembolsar o maior volume de recursos. Também
comprou uma faixa nacional de 20 MHz, além de adquirir outros 06 lotes
regionais. Pagou um total de R$ 382,238 milhões. o presidente da operadora,
Mario Girasoli, ressaltou que não vê qualquer justificativa na oferta de um ágio
muito grande em troca de mais 10 MHz de banda, em uma estocada contra os grupos
espanhol e mexicanos, que pagaram alto pelas frequências de 40 MHz.
O executivo observou que agora se inicia uma nova etapa, visto que a TIM comprou
também algumas faixas complementares cujo complemento terá que ser negociado com
as operadoras de MMDS. "Compramos faixas complementares de seis cidades entre 10
de maior tráfego", comemorou.
Sky e Sunrise
A Sky e Sunrise, como previsto, não participaram do segundo dia do leilão, pois
só tiveram interesse em comprar bandas U ( em TDD, que oferece o serviço de
banda larga fixa, e não móvel). Mesmo assim, a Sky, operadora de TV por
satélite, do grupo norte-americano Liberty, mostrou que quer mesmo ser um player
importante no território brasileiro, desembolsando R$ 90,576 milhões por 12
lotes de banda U.
A SunRise, do mega investidor George Soros, acabou arrematando apenas duas
licenças, pagando R4 19,094 milhões."
Em 23 de agosto de 2012 foi divulgado
que o "Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou com ressalvas a fixação do
preço mínimo do leilão das faixas de 450 MHz (banda larga rural) e 2,5 GHz (4G),
realizado em junho deste ano, em função da atualização parcial do custo médio
ponderado de capital (WACC), calculada em 2007. A Anatel argumentou que “não foi
possível concluir nova contratação para atualização dos valores de WACC nos
termos da resolução nº 535/2009 da agência”. Com isso, avalia o TCU, a taxa real
caiu de 8,69% para 7,59% ao ano.
No acórdão, aprovado na reunião desta quarta-feira (22), o TCU determina à
Anatel que, nas próximas licitações, utilize o custo médio ponderado do capital
atualizado conforme da metodologia de estimativa aprovada pela Resolução nº
535/2009. E recomenda que a agência aprimore a metodologia de estimativa da WACC,
de forma a torná-la mais estável ao longo do tempo e menos limitada a horizonte
temporal restrito de aplicação."(...)
Fonte
Em 28 de novembro de 2012 o Portal
Teletime
divulga que "está formalmente iniciada a temporada de negociação entre
operadoras de celular e empresas de MMDS para a limpeza da faixa de 2,5 GHz
para a prestação dos serviços de 4G.(...)
(...) Mas as negociações para a limpeza do espectro, conforme previsto no
edital, não devem ser nada simples. A começar por uma questão de prazos. O
edital de 4G prevê que caberá às proponentes vencedoras arcar com os custos de
remanejamento do MMDS. O prazo dado pelo edital é de quatro meses da assinatura
do termo de autorização para que se faça esse acerto, o que significa 16 de
fevereiro de 2013.(...)
(...) O segundo problema será precificar essa migração. Ao todo, havia ainda em
outubro 156 mil clientes de MMDS. Em tese, essas operadoras podem, por exemplo,
exigir que as móveis banquem o custo de migração dessa base para outras
tecnologias, como DTH, cabo ou fibra, o que implica bancar uma nova
infraestrutura.(...)
(...) Um terceiro problema é como será feita a partilha dos custos de limpeza da
faixa, já que Oi, Claro, TIM e Vivo venceram o leilão e assumiram o mesmo
compromisso de negociar com as empresas de MMDS.(...)
Em 08 de fevereiro de 2013 o Portal Tele.Síntese
comenta que "corre o tempo para que a rede de 4G na frequência de 2,5 GHz
fique pronta (o prazo limite é abril, nas cidades da Copa das Confederações),
mas as operadoras de celular e de MMDS ainda não se entenderam sobre a
desocupação dessa faixa. Em discussão, quanto as operadoras de celular devem
pagar às de TV por assinatura MMDs (por micro ondas) para que elas desocupem
este pedaço de espectro. E Anatel avisa: se elas não chegarem ao acordo até o
próximo dia 18 de fevereiro, prazo máximo do edital, vai arbitrar o preço. E
segundo fontes da agência, " o valor a ser decidido não vai agradar nenhum dos
grupos".
A diferença no valor entre o que querem receber as prestadoras de MMDS e o que
querem pagar as operadoras de celular é de vários milhares de reais. (...)
Em 22 de fevereiro de 2013 o Portal
Teletime informa que "a Anatel deverá soltar, até o final do mês, uma cautelar
para garantir a desocupação da faixa de MMDS (2,5 GHz) para as operadoras de
telefonia móvel iniciarem as operações de 4G nas cidades da Copa das
Confederações.(...)
(...) A agência tem uma série de preocupações nesse caso. Primeiro, não quer que
a dificuldade de liberação da faixa seja usada como argumento para justificar um
eventual descumprimento da obrigação de cobertura de 4G. Quer assegurar que as
empresas de MMDS recebam um valor justo. E, sobretudo, quer que o processo de
negociação mostre boa fé de ambas as partes. Um dos temores da agência é que uma
dificuldade de interlocução com o setor de telecomunicações gere, futuramente,
desconfiança entre as empresas de radiodifusão de que os eventuais acordos para
a limpeza da faixa de 700 MHz serão cumpridos. Ou seja, a Anatel não quer que o
impasse de agora entre teles e empresas de MMDS se torne um precedente ruim para
as futuras negociações entre as teles e as emissoras de TV aberta.(...)
Em 01 de março de 2013 o Portal
Convergência Digital
divulga que "sem acerto entre teles e operadoras de MMDS, a Anatel
determinou, através de uma cautelar publicada nesta sexta-feira, 1º/3, a
liberação da faixa de 2,5 GHz nas cidades-sede da Copa das Confederações até 12
de abril. O objetivo é garantir que as vencedoras do leilão do 4G tenham
tempo para iniciar ofertas do serviço até 30/4, como previa o edital.(...)
(...) Assim, as empresas de MMDS devem comunicar a seus assinantes a situação
até 15/3 e comprovar à Anatel, até 19/4, que as faixas – efetivamente 2.510 MHz
a 2.570 MHz e de 2.630 MHz a 2.690 MHz – estão desocupadas. Eventuais
descumprimentos têm multa prevista de R$ 200 mil por dia.(...)
Consulte a coleção de matérias sobre o tema
aqui:
Índice de artigos e notícias
Helio Rosa
05/03/13