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27/03/13
• Valor de Uso Móvel (VU-M) - "Compartilhamento de redes: quem era pró agora
é contra" - por Mariana Mazza
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
01.
Estou atualizando o website
VU-M - Tarifa de interconexão da rede de telefonia móvel com este ótimo
texto da jornalista Mariana Mazza, que aborda com clareza, os pontos sensíveis
de dois temas polêmicos: a tarifa de interconexão e o compartilhamento
de frequências:
Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[26/03/13]
Compartilhamento de redes: quem era pró agora é contra - por Mariana Mazza
Recortes para degustação:
"O presidente da Anatel, João Rezende, fez algumas declarações intrigantes nesta
terça-feira, 25, ao analisar os problemas e eventuais soluções para esta crise
do setor de telefonia móvel. Em um evento realizado em Brasília, Rezende fez um
mea culpa para o alto custo dos serviços telefônicos no país ao frisar que o
Brasil possui a tarifa de interconexão mais cara do mundo. Esta tarifa é
paga entre as empresas para completar as chamadas entre redes de diferentes
companhias. Normalmente o valor é acordado entre as próprias operadoras, mas
existem parâmetros para este cálculo estipulados pela Anatel, que homologa os
preços estabelecidos pelo mercado." (...)
(...) Mas, para surpresa do setor, a Anatel não parece estar muito empolgada com
os acordos das empresas. É uma coisa nova e não apenas para nós, afirmou João
Rezende segundo o portal Convergência Digital. Acho que a Anatel tem que se
debruçar sobre isso e estudar profundamente o compartilhamento de frequências.
A declaração do presidente da Anatel sugere que, no mínimo, as operadoras não
ganharão o aval da agência reguladora na velocidade que previam. O mais estranho
na fala de Rezende é a afirmação de que esse tipo de acordo é uma coisa nova.
Quem acompanha o setor já ouviu falar desse tipo de contrato há muito tempo. E
quem começou com essa história no Brasil foi a própria Anatel.(...)
(...) Os acordos que estão sendo firmados deixam mais uma dúvida: estamos
vendendo mais frequências do que as empresas conseguem utilizar? Essas
frequências são um bem escasso e ano após ano a Anatel vem desocupando faixas e
até eliminando serviços para colocar em leilão novas radiofrequências a serem
utilizadas pelas empresas móveis. Não podemos ignorar que a indústria
tecnológica tem um papel decisivo na escolha de quais frequências serão
utilizadas em cada geração da telefonia celular. Mas um detalhe nunca debatido é
o fato de que, a cada nova frequência negociada com as operadoras móveis, as que
deixaram de ser utilizadas não são devolvidas para a agência reguladora.(...) [Íntegra
mais abaixo]
02.
Transcrevo também, estas matérias relacionadas ao tema:
Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/03/13]
Anatel: Brasil tem tarifa mais cara do mundo e baixa penetração - por Luís
Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/03/13]
Rezende cobra prazo certo para desagregação de fibras ópticas - por Luís
Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Teletime
[26/03/13]
Anatel exige contrato entre Oi e TIM para garantir responsabilidades com usuário
- por Helton Posseti
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/03/13]
Anatel deve estabelecer prazo em que FTTH ficará sem compatilhamento, defende
Rezende - por Miriam Aquino
Leia na Fonte: Estadão
[26/03/13]
Anatel analisará compartilhamento de antenas de TIM e Oi - Anne Warth
Leia na Fonte: IPNews
[07/03/13]
Vivo e Claro anunciam acordo para compartilhar infraestrutura do 4G
Leia na Fonte: Tele.Síntese
[18/01/13]
Oi e TIM vão compartilhar rede LTE já na Copa das Confederações - por Lia
Ribeiro Dias
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Leia na Fonte: Portal da Band / Colunas
[26/03/13]
Compartilhamento de redes: quem era pró agora é contra - por Mariana Mazza
(foto)
O
presidente da Anatel, João Rezende, fez algumas declarações intrigantes nesta
terça-feira, 25, ao analisar os problemas e eventuais soluções para esta crise
do setor de telefonia móvel. Em um evento realizado em Brasília, Rezende fez um
mea culpa para o alto custo dos serviços telefônicos no país ao frisar que o
Brasil possui a tarifa de interconexão mais cara do mundo. Esta tarifa é paga
entre as empresas para completar as chamadas entre redes de diferentes
companhias. Normalmente o valor é acordado entre as próprias operadoras, mas
existem parâmetros para este cálculo estipulados pela Anatel, que homologa os
preços estabelecidos pelo mercado.
O alto custo da interconexão faz parte de uma política fixada logo após a
privatização para estimular o crescimento dos serviços móveis, ainda insipientes
na década de 90, ao gerar mais receita para as operadoras que entraram no
mercado. Segundo Rezende, está na hora de inverter esta lógica. A Anatel já vem
aplicando um plano de redução do custo da interconexão móvel, chamado de Valor
de Uso Móvel (VU-M), mas os efeitos da medida ainda não foram percebidos pelos
consumidores.
A redução da VU-M é uma faca de dois gumes. De fato a tarifa é altíssima, se
comparada com a interconexão da rede fixa. Enquanto a média do custo de rede
móvel é de R$ 0,48, a da rede fixa é R$ 0,08. Acontece que as promoções e
pacotes ilimitados que circulam na telefonia móvel atualmente são financiados em
boa parte pela receita gerada pela interconexão que sobra no caixa das empresas.
Sendo assim, uma forte queda no valor da VU-M ou sua eventual eliminação do
mercado exigirá uma mudança nos modelos de negócio utilizados hoje pelas
operadoras. Assim, não há como ter certeza se o corte dessa tarifa culminará
realmente em uma queda dos preços ao consumidor final já que o mercado aprendeu
a utilizar a interconexão como forma de compensar as receitas perdidas com a
oferta de planos mais baratos. Será um desafio para a Anatel equilibrar todos
estes fatores e ainda assim assegurar que o consumidor será beneficiado no
final.
Todo cliente de telefonia no Brasil sabe que o custo deste serviço é alto. Ainda
assim é sempre bom ver as autoridades admitindo a existência do problema. Outra
coisa que todo consumidor sabe é que as redes das operadoras não estão dando
conta do recado. A própria Anatel conhece bem o problema e adotou várias medidas
no ano passado inclusive a suspensão da venda de novas linhas para forçar as
empresas a investirem mais na infraestrutura. Além de apresentarem planos de
investimento, as operadoras começaram a trabalhar em outras alternativas para
distribuir melhor o tráfego de voz nas redes. Uma delas é o compartilhamento das
redes.
Neste modelo de operação, as companhias selam um acordo para usar em conjunto as
redes que estão implantadas, reduzindo os custos de ampliação ao alocar com mais
eficiência não só as chamadas realizadas mas também os investimentos futuros
para expansão da infraestrutura. Como a operação móvel depende visceralmente do
uso de radiofrequências, esses compartilhamentos também costumam prever o uso
conjunto do espetro. No início do mês, Claro e Vivo anunciaram uma parceria
nesses moldes. A proposta de uso conjunto das redes ainda precisa do aval da
Anatel para ser efetivada. Hoje, a diretoria da TIM informou que entregará nessa
quarta-feira, 26, um acordo semelhante firmado com a Oi.
Mas, para surpresa do setor, a Anatel não parece estar muito empolgada com os
acordos das empresas. É uma coisa nova e não apenas para nós, afirmou João
Rezende segundo o portal Convergência Digital. Acho que a Anatel tem que se
debruçar sobre isso e estudar profundamente o compartilhamento de frequências. A
declaração do presidente da Anatel sugere que, no mínimo, as operadoras não
ganharão o aval da agência reguladora na velocidade que previam. O mais estranho
na fala de Rezende é a afirmação de que esse tipo de acordo é uma coisa nova.
Quem acompanha o setor já ouviu falar desse tipo de contrato há muito tempo. E
quem começou com essa história no Brasil foi a própria Anatel.
Tudo teve início em 2007, quando a agência realizou o leilão do 3G. Uma condição
imposta aos vencedores naquela disputa foi exatamente o compartilhamento de
radiofrequências. A proposta da Anatel era que municípios de pequeno porte
fossem divididos entre as operadoras que compraram faixas no leilão. E que o
atendimento dessas populações seria feito por meio do compartilhamento das
frequências.
A atual preocupação da Anatel é legítima, embora pareça meio tardia haja vista o
que foi proposto às empresas seis anos atrás. A agência teme que o uso conjunto
das faixas crie conflitos entre as operadoras que acabem deixando na mão o
consumidor. É preciso deixar bem claro quais as responsabilidade de cada empresa
em um acordo dessa natureza para evitar que ambas se omitam da responsabilidade
quando um problema for identificado. Afinal, é de se esperar que as companhias
continuem atuando como adversárias no mercado apesar dos acordos de
compartilhamento. E essas alianças criam um cenário onde sabotagens e outras
práticas anticoncorrenciais podem acontecer.
O que é importante neste caso é que a agência se prepare para conseguir
fiscalizar esses acordos de forma eficiente. E, ao que parece, a Anatel ainda
não se sente segura para acompanhar esse tipo de aliança. O uso da
infraestrutura terrestre como as torres de celular por mais de uma companhia já
é conhecido no setor e é possível que a agência libere apenas esta parte dos
acordos. Mas o uso compartilhado das frequências continua sendo uma incógnita. E
o consumidor é quem sai perdendo enquanto este impasse não é resolvido, já que o
compartilhamento poderia melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Os acordos que estão sendo firmados deixam mais uma dúvida: estamos vendendo
mais frequências do que as empresas conseguem utilizar? Essas frequências são um
bem escasso e ano após ano a Anatel vem desocupando faixas e até eliminando
serviços para colocar em leilão novas radiofrequências a serem utilizadas pelas
empresas móveis. Não podemos ignorar que a indústria tecnológica tem um papel
decisivo na escolha de quais frequências serão utilizadas em cada geração da
telefonia celular. Mas um detalhe nunca debatido é o fato de que, a cada nova
frequência negociada com as operadoras móveis, as que deixaram de ser utilizadas
não são devolvidas para a agência reguladora.
Há alguns anos, quando a Anatel começou a discussão do chamado passivo digital
frequências que deixarão de seu utilizadas quando as televisões migrarem
completamente para a transmissão digital ouvi de um técnico de alto escalão da
Anatel que era uma obrigação das empresas colocar à disposição as frequências
sem uso. Foi então que perguntei: mas as operadoras móveis já devolveram alguma
vez um pedacinho sequer do espectro? A resposta, apesar de envergonhada, foi um
categórico não. Agora está ficando muito claro que a falta de frequências não é
um problema tão grande quanto o setor nos fez acreditar. Ou alguém acredita que
uma empresa fecharia um acordo para compartilhar um bem que lhe custou tão caro
se esse patrimônio não estivesse totalmente subutilizado?
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/03/13]
Anatel: Brasil tem tarifa mais cara do mundo e baixa penetração - por Luís
Osvaldo Grossmann
Enquanto as empresas insistem em conceitos difíceis de quantificar na prática, é
em boa medida tranquilizador verificar que a Anatel ainda mantém contato com a
realidade prática. Não menos importante é ouvir de um representante da agência
que o mantra repetido pelo setor – da suposta “hipercompetitividade” do mercado
brasileiro de telecomunicações – precisa ser relativizado.
Vai daí a surpresa quando o presidente da Anatel, João Rezende, dispara à queima
roupa de que o enorme mercado de telefonia móvel no país é bem menor do que
parece. “Temos 260 milhões de acessos porque muitas pessoas tem mais de um chip.
A penetração real é baixa, em torno de 55%.”
Rezende, que participou nesta terça-feira, 26/3, de debate sobre competição
promovido pela Momento Editorial, deixou ainda mais claras as distorções do
mercado brasileiro ao afirmar – sem ser contraditado – que o Brasil está fora do
patamar civilizado na relação comercial entre diferentes redes.
“A tarifa de interconexão chegou a R$ 0,48, algo como US$ 0,20, sem dúvida a
maior do mundo. Só Índia, Chile e México tem tarifas de dois dígitos na
interconexão. Isso foi para viabilizar o crescimento do mercado móvel, mas
Anatel entendeu que já estava no momento de fazer o movimento inverso”, disse.
No caso, a reversão da VU-M deve recalibrar aqueles valores nos próximos anos.
“A previsão é que em 2015 essa tarifa de interconexão vá a R$ 0,15, ou US$
0,08”, explicou Rezende. E como que para amortecer queixas do efeito nas
finanças das empresas, sustentou que “o impacto não será tão grande porque com a
quarta geração vai aumentar o ganho com serviços de dados”.
Para o presidente da agência, o principal problema é que os valores cobrados na
interconexão geram impactos prejudiciais. “Não tenho dúvidas de que o efeito de
concentrar as chamadas na própria rede de cada empresa tem efeito na crise de
qualidade.”
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[26/03/13]
Rezende cobra prazo certo para desagregação de fibras ópticas - por Luís
Osvaldo Grossmann
O presidente da Anatel, João Rezende, deu nesta terça-feira, 26/3, a sinalização
clara para o mercado de telecomunicações de quando deverão ser ‘abertas’ as
redes de fibras ópticas – a desagregação que permita a novos competidores
prestarem serviço sem a duplicação de infraestrutura.
“Na discussão do feriado regulatório, as fibras não serão compartilhadas. Mas
acho que precisamos avançar mais nisso e deixar mais explícito um prazo concreto
de desagregação. Nos estudos fala-se em nove anos, mas não ficou um prazo
definido”, defendeu.
Rezende deixou claro que essa posição “não é consenso nem na Anatel, nem no
mercado” e não quis cravar uma sugestão específica. Mas insistiu na ideia de que
a agência deve fixar o período e indicar que vai revê-lo daqui cinco anos.
“Temos que melhorar essa definição. É importantíssimo para a agência se
concentrar no atacado”, insistiu.
Segundo ele, essa é uma questão ainda mais premente diante dos programas de
incentivo à construção de novas redes – como é o caso do regime especial de
tributação desenhado pelo Ministério das Comunicações. “Nas redes construídas
com incentivo fiscal, o feriado regulatório deve ser ainda menor”, afirmou.
O diretor executivo da Telefônica/Vivo, Daniel Cardoso, reagiu. Segundo ele o
prazo sugerido pela Anatel partiu de estudos em outros países. “O investimento
de fibra é caro, tem payback longo, pode demorar nove anos para ser pago. Se a
gente quer estimular o investimento em redes de maior capacidade, temos que
achar soluções que permitam o investimento ser feitos.”
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Leia na Fonte: Teletime
[26/03/13]
Anatel exige contrato entre Oi e TIM para garantir responsabilidades com usuário
- por Helton Posseti
A Anatel exigiu que a Oi e TIM apresentem o contrato de compartilhamento de
infraestrutura para analisar como as empresas vão tratar as suas
responsabilidades com o consumidor. Segundo o presidente da agência, João
Rezende, o compartilhamento de infraestrutura como proposto pelas companhias é
permitido pela agência, mas há “detalhes” importantes que precisam ser
observados.
“De repente dá um congestionamento na rede e um não pode ficar jogando nas
costas do outro”, afirma ele. Outro “detalhe” que Rezende quer que esteja
esclarecido no contrato entre as empresas diz respeito a como será tratado o
aumento da capacidade quando, por exemplo, uma das partes ganhar contrato
corporativo na disputa com a outra.
O compartilhamento de frequência, como tem sido defendido por Rezende, é um caso
mais complexo. No acordo da Oi com a TIM o compartilhamento envolve a antena, a
infraestrutura passiva do site e o backhaul, mas não a frequência. A Vivo fez um
questionamento teórico sobre essa possibilidade e a resposta que obteve da
Superintência de Serviços Privados foi de que, teoricamente, é possível, mas a
agência deve analisar o caso concreto.
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[26/03/13]
Anatel deve estabelecer prazo em que FTTH ficará sem compatilhamento, defende
Rezende - por Miriam Aquino
banda larga06O Plano Geral de Metas de Competição (PGMC) aprovado no ano passado
pela Anatel estabeleceu um feriado regulatório para as novas redes de banda
larga, as redes de fibra óptica que chegam à casa do usuário de telecomunicações
(FTTH). Mas o presidente da agência, João Rezende, defendeu, durante o 32
EncontroTele.Síntese, que a Anatel defina com clareza qual será o prazo que as
operadoras terão como garantias em não abrir essas redes para os competidores.
"O PGMC criou o feriado regulatório para as rede de FTTH (fiber to the home) mas
é preciso definir com clareza qual será este prazo" , afirmou Rezende.
Segundo ele, a princípio as redes de fibra na casa do usuário terão garantias de
nove anos para os investimentos sem que os competidores compartilhem dessa rede,
mas ele acha que o prazo precisa ser explicitado, e o PGMC não tratou do
assunto. "O par metálico deve ser compartilhado. E a Europa está indo no mesmo
caminho", completou ele.
Ele entende que as redes que serão construídas com incentivos do governo, como
os recentemente anunciados pelo MiniCom, que irá destinar R$ 6 bilhões para
todos os tipos de redes de telecom, inclusive a de FTTH, não devem ter mais do
que cinco anos de proibição ao compartilhamento. As que não tem incentivos,ele
defende que o feriado regulatório se prolongue por pelo menos nove anos.
VU-M
Para Rezende, uma das medidas mais importantes do PGMC foi a intervenção no
mercado de terminação de rede móvel, onde a tarifa de interconexão, que custava
em 2011 R$ 0,48 (ou 20 centavos de dólares) - "a maior taxa do mundo",
ressaltou, cairá para R$ 0,17 centavos ( US$ 0,08 centavos) em 2015.
Esta medida, ressaltou, irá estimular a redução "efeito clube", no qual para
cada 10 minutos de tráfego de voz, 8 minutos são usados dentro da própria rede
de cada operadora. Para ele, esse efeito iria criar, no futuro, quatro
"oligopólios perfeitos".
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Leia na Fonte: Estadão
[26/03/13]
Anatel analisará compartilhamento de antenas de TIM e Oi - Anne Warth
BRASÍLIA - A TIM informou que vai entregar nesta terça-feira à Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel) o contrato que firmou com a Oi para o
compartilhamento de antenas para celular. Por meio do contrato, TIM e Oi vão
compartilhar antenas de celular para a rede 4G. O serviço será oferecido a
partir de abril, primeiramente nas cidades que receberão jogos da Copa das
Confederações.
O contrato terá de passar pela avaliação do conselho diretor da Anatel, mas a
expectativa do vice-presidente de Assuntos Regulatórios da TIM Brasil, Mario
Girasole, é que seja aprovado em poucas semanas. Com o compartilhamento, uma
mesma antena vai transmitir a frequência das duas operadoras. "Para o cliente
final, isso é imperceptível", afirmou Girasole. "Isso dá mais eficiência aos
investimentos por um lado e resolve alguns problemas de urbanismo e espaço
físico por outro."
Segundo o presidente da Anatel, João Rezende, o contrato era a principal
pendência para o início das operações compartilhadas. De acordo com Rezende, era
preciso que o documento deixasse claro termos como responsabilidade operacional
e o cumprimento de metas de qualidade do serviço. "Resolvidas essas questões, a
Anatel tem todo interesse que esse processo avance", afirmou Rezende.
Girasole explicou que cada empresa será responsável por seus serviços e
respectivos clientes. "Do ponto de vista de responsabilidade por entrega de
qualidade, cada empresa é responsável por si só. Plano de melhorias, indicadores
de qualidade, não muda absolutamente nada. Ninguém transfere para a outra a
responsabilidade. Ficam as duas responsáveis totalmente pela entrega de serviços
de qualidade a seus clientes", afirmou.
O vice-presidente da TIM disse ainda que o contrato permite flexibilidades e não
impede que as empresas optem por ampliar a cobertura de forma independente. "Se
uma operadora quer ampliar a própria cobertura em um lugar, independente da
outra, poderá fazê-lo. Isso obviamente significa um grande trabalho de
engenharia", afirmou.
Segundo Girasole, a TIM manterá seus investimentos, que devem chegar a R$ 10,7
bilhões nos próximos três anos. "Não tem economia de investimento. O que
acontecerá é que talvez a gente, com esse montante, consiga fazer mais, dando
viés de eficiência ao nosso compromisso."
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Leia na Fonte: IPNews
[07/03/13]
Vivo e Claro anunciam acordo para compartilhar infraestrutura do 4G
Objetivo é reduzir os altos custos de implantação.
Os altos custos e o prazo apertado para implantação das redes LTE, que servirão
aos serviços de telefonia móvel de quarta geração (4G), estão fazendo as
operadoras que atuam no Brasil se movimentarem. Após um acordo firmado entre Oi
e TIM para compartilhamento de infraestruturas, foi a vez da Vivo e da Claro
anunciarem nesta quarta-feira (6) um acordo, com duração de três anos, relativo
não só ao 4G, mas também aos equipamentos 3G já existentes.
Não ficou claro se haverá também compartilhamento de frequência, uma vez que a
Anatel ainda não manifestou posição clara a respeito da questão. Vivo e Claro
anunciaram, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que estão
dispostas a compartilharem infraestrutura, incluindo estações rádio-base (ERBs)
e redes de transmissão (backhaul).
O acordo, admitem as signatárias, tem o claro objetivo de otimizar custos de
investimento, operação e manutenção das redes e antenas, uma vez que as
frequências na faixa de 2,5 GHz, leiloadas para uso no 4G urbano, exigem um
número maior de antenas. O SindiTelebrasil, sindicato que reúne as principais
operadoras brasileiras, estima em 9.566 o número de licenças necessárias para a
instalação de antenas apenas nas doze cidades que sediarão jogos da Copa de
2014.
Nova tecnologia
Ainda dentro das medidas necessárias para o 4G, a Telefônica Vivo anunciou a
ativação, em Brasília, da primeira antena da operadora integrada a site com
baixo impacto visual. Anunciada durante o Futurecom de 2012, a antena é afixada
nas laterais de postes de iluminação, enquanto os demais equipamentos ficam em
caixas subterrâneas.
Poste com tecnologia desenvolvida pela Vivo
Segundo a operadora, a solução pode servir à expansão e à melhoria de qualidade
necessária às redes 3G, bem como para a implantação do 4G. Desenvolvida pela
operadora com “tecnologia 100% nacional”, a solução “evita a construção de novas
torres e oferece um visual mais limpo, além de consumir menos energia”. Além
disso, segundo a própria operadora, contribui para “superar o impasse existente
devido a legislações municipais restritivas, que vêm dificultando a instalação
de novas antenas”.
“Acreditamos que este projeto, além de todas as discussões em andamento para uma
lei geral de antenas que sirva de parâmetro aos municípios, contribui para
eliminar barreiras normativas de âmbito municipal e assim permitir a instalação
dos sites indispensáveis à melhoria e expansão de serviços exigidos pelos
consumidores”, disse Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica Vivo.
Ao longo de 2013, a Telefônica Vivo pretende instalar cerca de 500 antenas do
tipo nas capitais brasileiras. Segundo a empresa, a nova tecnologia pode ser
instalada em qualquer lugar do País.
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Leia na Fonte: Tele.Síntese
[18/01/13]
Oi e TIM vão compartilhar rede LTE já na Copa das Confederações - por Lia
Ribeiro Dias
As duas operadoras apresentaram à área técnica da Anatel um projeto de
implantação de rede conjunta para cumprir as obrigações de cobertura na Copa das
Confederações
Os estímulos do Ministério das Comunicações e da Anatel para que as operadoras
compartilhem infraestrutura de rede encontraram uma boa acolhida na Oi e na TIM.
Conforme publicado na edição de ontem do TeleSíntese Análise, as duas operadoras
apresentaram à área técnica da Anatel um projeto de implantação de rede conjunta
para cumprir as obrigações de cobertura na Copa das Confederações. Cada uma
implantará a rede LTE em seis cidades e as duas operadoras usarão a mesma rede,
compartilhando não só infraestrutura mas também frequência.
A proposta ainda está em análise, mas fontes da agência entendem que não há
obstáculos maiores à sua aprovação. Os dois pontos mais sensíveis são o
compartilhamento de espectro – uma vez que a Oi terá de usar o espectro da TIM
nas cidades onde a operadora italiana construir a rede LTE, e vice-versa – e a
responsabilidade frente ao usuário. “Esses dois pontos, no entanto, foram
abordados nas regras definidas para o atendimento com telefonia celular 2G nas
cidades com menos de 30 mil habitantes”, diz um dirigente. Essas cidades têm de
ser atendidas por pelo menos uma operadora (o leilão das licenças 3G definiu a
obrigatoriedade de cobertura), mas se uma concorrente quiser atuar lá poderá
compartilhar a infraestrutura e o espectro. Também foram estabelecidas as
responsabilidades frente ao usuário.
Na avaliação de técnicos da Anatel, a iniciativa da Oi e da TIM, que por
enquanto estabeleceram um memorando de entendimentos, é muito positiva, pois
racionaliza os investimentos e reduz o impacto da instalação de antenas nas
cidades (ainda mais que a nova rede de quarta geração, por usar frequência mais
alta, vai exigir um número maior de antenas). “Um dos maiores problemas
enfrentados pelas celulares são as restrições municipais à instalação de
antenas”, lembra um técnico.
Se a solução é boa para o orçamento de investimento das operadoras e para as
administrações municipais, ela afeta diretamente os fornecedores de
infraestrutura, tanto passiva como de rádios. Mas no negócio geral de
comunicações móveis no país o estrago não deverá ser grande, na avaliação de
fornecedores, até porque as redes LTE, nessa primeira fase, serão pequenas. São
12 cidades para a Copa das Confederações e mais uma quantidade ainda não
definida de subsedes para a Copa do Mundo.
À espera de novas frequências
Na avaliação dos fornecedores de sistemas móveis, as celulares que compraram
licenças de quarta geração, na faixa de 2,5 GHz, vão apenas cumprir com as
obrigações de cobertura estabelecidas pela Anatel no leilão. “Não acredito que
irão além. Vão esperar as decisões do governo em relação à faixa de 700 MHz e
vão também usar a faixa de 1,8 GHz. Na faixa de 2,5 GHz vão ter uma atuação
limitada, pois ela demanda muito mais investimento para uma cobertura pior”,
comenta um executivo.
Embalada por bons resultados no ano de 2012, quando o setor cresceu em média
15%, a indústria está moderadamente otimista em relação a 2013. A expectativa é
de um crescimento entre 5% e 8%, a depender do desempenho geral da economia. “Se
a economia registrar um 'pibão', como prometeu a presidenta, o crescimento
poderá chegar a 10%”, avalia outro dirigente de empresa fornecedora.
Muito mais do que a rede LTE, o que vai continuar movimentando as receitas dos
fornecedores são as encomendas para a expansão das redes de 2,5 G. Em 2012, de
acordo com várias empresas, o forte foi a expansão das redes de 2,5G em função
das exigências por melhoria de qualidade e da forte demanda por terminais
celulares para essas redes. “Certamente as redes de 2,5G responderam por 70% das
encomendas de expansão em 2012”, diz a fonte.
Sobre o desenvolvimento futuro dessas redes, há divergências. Para um
fornecedor, a demanda de expansão das redes 2,5G deve começar a desacelerar a
partir do final deste ano. Outros acreditam que a forte base instalada de
telefones 2/2,5G e o volume de vendas ainda crescente desse tipo de aparelho vão
continuar embalando os investimentos nas redes de segunda geração, quando a
expectativa é de que já estivessem sendo substituídas pelas redes 3G.