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29/03/13
• Espectro de 700 Mhz - "Resumo" e coleção de notícias recentes
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
01.
Atualizei o web site
Espectro de 700 Mhz com as notícias listadas a seguir e transcritas mais
abaixo.
Antes das transcrições, permito-me registrar o "resumo e acompanhamento" do
website (as matérias de hoje não ainda não constam deste resumo).
Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/03/13]
4G Brasil: Oferta de 700 MHz será reduzida para acomodar TVs - por Luís
Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/03/13]
700 MHz: Banda larga é importante, mas TV é mais, dizem radiodifusores - por
Luís Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
TVs públicas perdem espaço na briga do 700MHz - por Luís Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
4G Brasil: Exército e polícia pressionam por fatia dos 700 MHz - Luís
Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
700MHz: Teles reagem à ideia de custear limpeza para TV digital - Luís
Osvaldo Grossmann
Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
4G: Qualcomm se preocupa com divisão do espectro - por Ana Paula Lobo e Luiz
Queiroz
Leia na Fonte: Teletime
[27/03/13]
Teles temem que problemas com ressarcimento voltem a acontecer no 700 MHz -
Helton Posseti
Leia na Fonte: Teletime
[27/03/13]
Abert volta a cobrar estudos sobre demanda de espectro para a banda larga móvel
Leia na Fonte: Teletime
[27/03/13]
Presidente da Câmara questiona Paulo Bernardo sobre espectro de 700 MHz
Leia na Fonte: Teletime
[26/03/13]
Emissoras públicas pressionam governo na distribuição da faixa de 700 MHz -
por Samuel Possebon
Leia na Fonte: Telaviva
[25/03/13]
Anatel convida associações de radiodifusores para acompanhar testes de LTE
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
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Transcrições:
Fonte: WirelessBRASIL
Espectro de 700 Mhz
Resumo e acompanhamento
(primeira versão)
01.
Algumas definições iniciais de expressões encontradas no noticiário:
"Conceitualmente “Dividendo Digital” é a expressão utilizada para designar as bandas de frequência que são utilizadas pela TV terrestre analógica e que foram ou serão liberadas a partir da digitalização das transmissões da TV aberta. Neste documento, sempre que for utilizado o termo “Dividendo Digital” – ou simplesmente DD – se estará referindo preferencialmente ao espectro liberado no UHF (Ultra High Frequency), em suas bandas IV e V de 470 - 862 MHz"
"Na literatura internacional o termo “White Spaces” se refere a canais vagos do serviço de radiodifusão de TV em uma dada localidade e, dependendo da fonte consultada, pode considerar apenas os canais adjacentes reservados para a proteção contra interferências, como também canais disponíveis para o serviço mas não destinados a um concessionário em particular."
"Refarming é uma expressão utilizada para designar a reorganização da
ocupação do espectro pelos serviços existentes. Permite a inclusão de novos
serviços, a expansão daqueles com alta demanda de uso, e a compactação, ou mesmo
a eliminação, daqueles que tenham passado por evolução tecnológica e não
apresentem indícios de maior demanda. Essa abordagem demanda longos processos de
consultas públicas realizadas pelos agentes reguladores nacionais e a elaboração
de acordos internacionais em organismos multilaterais como a UIT para
coordenação entre países."
02.
Permito-me utilizar este pequeno texto, de 04 de agosto de 2012, encontrado no
site Internet 4G, como um
"resumo básico" do tema:
(...) No final de junho de 2012 foi realizado o leilão da
faixa de frequência 2,5 GHz para que ela seja usada pelas empresas vencedoras
para oferta da internet 4G no Brasil, e depois disso, o governo brasileiro
anunciou que realizará outro leilão em 2013, pela faixa de frequência de 700 MHz
para o mesmo fim: Oferecer os serviços do 4G.
Mas qual a diferença entre as duas faixas?
Que diferença a frequência faz na hora de ofertar a internet 4G?
Uma das principais diferenças é o dinheiro gasto para implementação: O serviço
na faixa de 700 MHz necessita de 5 vezes menos investimentos do que os
necessários para ofertar a internet 4G na frequência 2,5 GHz, já que o número de
antenas necessárias é bem menor.
Além disso, o alcance da de 700 MHz é muito maior: A faixa 2,5 GHz é ótima para
regiões urbanas, mas o sinal da de 700 MHz chega a locais mais distantes, como a
zona rural por exemplo.
Resumindo:
- A frequência de 2,5 GHz é alta, mas sua cobertura é menor.
- A faixa de 700 MHz é um espectro baixo, mas tem a área de cobertura 5 vezes
maior.
Pelo Brasil ser um país grande, quanto maior a cobertura de sinal para ofertar o
4G, melhor.
São claros os benefícios da troca da faixa 2,5 GHz para a frequência de 700 MHz
na hora de distribuir o sinal do 4G. Mas, para que o cenário seja perfeito, é
preciso saber o que fazer com as TVs analógicas do país, que utilizam a mesma
frequência de 700 MHz que as operadoras querem utilizar para a internet 4G no
Brasil. As teles não querem esperar até 2016, data limite para que todas as TVs
analógicas sejam extintas no país e o Brasil só possua TVs digitais, então nos
resta saber como o governo vai resolver este impasse entre a telefonia e a
televisão.(...)
03.
Segue-se o sequenciamento de algumas informações publicadas na mídia:
Em 15 de março de 2012
foi divulgado que a Anatel começou a discutir o tema "700 MHz".
"Para esquentar o debate sobre os 700 MHz, a Anatel recuperou, a pedido do
Ministério das Comunicações, uma consulta pública que criava mofo no órgão
regulador desde 2007: na época uma possível revisão da destinação dos 746 MHz a
806 MHz utilizadas por retransmissoras de TV – os canais 60 a 69."
Em 15 de maio de 2012 foi divulgado que "o Exército brasileiro está animado com os testes realizados em parceria com a Motorola para comunicações em tecnologia de quarta geração (LTE) nessa frequência (700 MHz) e já pediu formalmente à Anatel à destinação de, pelo menos, uma fatia do espectro para aplicações em segurança."
Em 27 de agosto de 2012 a jornalista Cristina de Luca
comentou:
"Está claro que o governo iniciou uma corrida contra o tempo para “limpar” a
faixa dos 700Mhz, hoje ocupada pelos sinais de TV analógica especialmente nas
grandes. Segundo Flavio Lenz, assessor da Secretaria de Telecomunicações do
MiniCom, 1,062 mil cidades precisarão ter a TV aberta analógica “desligada” para
dar espaço para a banda larga LTE. Mas isso não pode ser feito em prejuízo da
boa recepção do sinal de radiodifusão.
O primeiro problema do governo? As interferências no sinal digital, que para o
telespectador significa tela preta, pura e simplesmente. Um estudo apresentado
na SET mostra claramente que, em área densamente povoadas, como o interior de
São Paulo, o plano de canalização da TV digital não é otimizado, e há um excesso
de estações em SFN (Single Frequency Network) operando na mesma frequência, o
que gera possibilidades de interferência que impactam na cobertura. Outros
estudos comprovam as interferência dos sinais WiMax e LTE no sinal da TV
Digital."
(...)
"Segundo alguns analistas do setor de telecomunicações, o problema de aumento
da demanda , não será resolvido nem com a alocação da faixa de 700 MHz. A
estimativa é de que em 2015 a demanda seja por 980 MHz, enquanto as teles teriam
838 MHz, considerando o espectro do dividendo digital. Assim, o déficit seria de
142 MHz em 2015. Para 2020, do sindicato das teles considera os mesmos 838 MHz
alocados para o setor e uma demanda de 1.060 MHz.
Estudo realizado pela Anatel em 2011 mostra que há 906 cidades no pais nas quais
será impossível pensar em alguma iniciativa de liberação das faixas de 700 MHz
antes do fim das transmissões analógicas de TV. São municípios onde há a
necessidade de usar os canais de 50 a 69 (que ficam dentro do espectro de 700
MHz) para acomodar a recepção da TV Digital. Ou seja, o simulcast
analógico/digital está ocupando justamente as faixas em que as teles gostariam
de estar, e assim permanecerá até 2016, quiçá 2020.
Tem mais: uma portaria do Ministério das Comunicações reservou os canis de 60 a
68 para as TVs públicas."(...)
Em 10 de novembro 2012 o Tele.Sintese Análise nº 360
registrou:
(...) "O problema maior a ser enfrentado, na avaliação de dirigentes da Anatel,
não será de natureza política, ou seja, arbitrar a disputa por espaço nessa
faixa entre os radiodifusores, seus atuais ocupantes, e as empresas de
telecomunicações, que querem mais espectro para a telefonia móvel de quarta
geração. “Essa disputa o governo arbitra e vai definir o que for o uso mais
eficiente do espectro, levando em conta as demandas de todos os segmentos. O
problema sério que temos pela frente é técnico”, diz a fonte.
Ao falar em problema técnico, a fonte está se referindo às retransmissoras que
usam a faixa em caráter secundário e sobre as quais não existem dados
disponíveis, uma vez que muitas operam ilegalmente. Constatar a existência
dessas retransmissoras – ninguém sabe quantas são, mas superam a casa do milhar
– foi uma surpresa para muitos integrantes do grupo de trabalho. O que fazer com
elas? A resposta vai caber ao Ministério das Comunicações, que terá, agora, de
dimensionar o problema e encontrar uma solução para a legalização das que
puderem ser legalizadas, ou para a cassação, pois os estudos realizados até
agora não tinham considerado a existências dessas retransmissoras." (...)
Em 07 de fevereiro de 2013 o Minicom publicou a
Portaria nº 14/2013 "que dá início formal ao debate sobre a destinação da
faixa de 700 megahertz depois da digitalização total do sistema brasileiro de
televisão".
Recorto os dois primeiros artigos:
Art. 1º Estabelecer diretrizes para a aceleração do acesso ao Sistema
Brasileiro de Televisão Digital Terrestre – SBTVD-T e para a ampliação da
disponibilidade de espectro de radiofrequência para atendimento dos objetivos do
Programa Nacional de Banda Larga – PNBL.
Art. 2º Determinar que a Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL inicie os
procedimentos administrativos para a verificação da viabilidade da atribuição,
destinação e distribuição da Faixa de 698 MHz a 806 MHz para atendimento dos
objetivos do PNBL.
Em 21 de fevereiro de 2013 o "Conselho Diretor da Anatel aprovou a
consulta pública de 45 dias para o Regulamento de Condições de Uso do Espectro
na faixa de 698 MHz a 806 MHz. A proposta, relatada pelo conselheiro Rodrigo
Zerbone, destina 90 MHz para a banda larga móvel (45 MHz + 45 MHz), 5 MHz de
banda de guarda no início da faixa, 3 MHz de banda de guarda no fim e 10 MHz
entre o downlink e o uplink.
Este é o modelo adotado na região Ásia-Pacífico (APT) e harmonizado em âmbito da
UIT; modelo este que já havia sido antecipado por este noticiário como o
escolhido pelo grupo técnico da agência. Zerbone lembrou que, ao adotar um
padrão reconhecido pela UIT, o País obtém os benefícios dos ganhos de escala em
equipamentos e terminais. Foi estabelecido um cap (limite por operadora) de 20
MHz, mas Zerbone lembra que o edital de licitação poderá trazer um cap menor
para possibilitar a participação de mais empresas." [Teletime]
Em 28 de fevereiro de 2012 a Anatel publicou duas Consultas Públicas:
-
Consulta Pública nº 11 - Consulta Pública para
Metodologias para Cálculo da Sanção de Multa e
- Consulta Pública nº 12 ("700 MHz") - Proposta de Regulamento sobre
Condições de Uso de Radiofrequências, na Faixa de 698 MHz a 806 MHz
"No caso da frequência de 700 Mhz a principal decisão da agência reguladora
foi impedir que o uso dessa faixa no 4G cause alguma interferência nas
transmissões de TV. E as empresas de telefonia só poderão usar essa faixa depois
de se comprometerem em arcar com parte do custo de remanejamento para o uso da
faixa.
Já com relação ao cálculo das multas, a agência reguladora prevê três fórmulas a
serem aplicadas, de acordo com as seguintes infrações apontadas pela
fiscalização: qualidade; direitos dos usuários; licenciamento de estações; uso
de equipamentos ou produtos sem homologação ou certificação; execução de serviço
de telecomunicações sem outorga; uso irregular do espectro de radiofrequências
por empresas de telecomunicações; e uso irregular do espectro de
radiofrequências.
Pessoas ou empresas que desejarem contribuir para a consulta pública do 700 MHz
poderão fazê-lo até o dia 14 de abril pela Internet, ou por correspondência
dirigida à Anatel até o dia 15, às 18hs. Já com relação à proposta de
metodologia de cálculo das multas, a consulta pública termina no dia 30 de março
pela Internet, e no dia 1º de abril, até às 18hs, por meio de correspondência."
[Fonte]
Em 08 de março de 2013 foi divulgado que a Anatel, na figura do presidente do Comitê do Espectro e da Órbita, Jarbas Valente, formalizou o convite para que a ABERT - Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão participe do teste, que tem o objetivo de garantir que não haja interferência da TV digital no LTE e vice-versa. O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal - SINDITELEBRASIL - também participa do processo.
Para mais informações sobre o tema, consulte a relação de artigos e notícias recentes publicados pela mídia, com início em 2011.
Helio Rosa
09/03/13
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/03/13]
4G Brasil: Oferta de 700 MHz será reduzida para acomodar TVs - por Luís
Osvaldo Grossmann
O Ministério das Comunicações garante que nenhuma emissora de televisão ficará
de fora da redistribuição de canais com a digitalização e licitação da faixa de
700 MHz, hoje ocupada pela TV aberta. Segundo o ministro Paulo Bernardo, se for
preciso, haverá locais onde será ofertado um pedaço menor do espectro.
“Há técnicos dizendo que cabe todo mundo, há quem diga que não cabe. Uma coisa é
certa, todos os canais existentes serão alojados em UHF. Se tiver lugares mais
difíceis, onde se verificar que não será possível colocar todos, corta-se a
faixa e vende-se menos frequência”, afirmou o ministro.
Ele sustentou que na grande maioria dos municípios do país não existe problema –
a encrenca se daria em cerca de 600 das maiores cidades do país, onde o uso do
espectro já estaria saturado, dificultando a realocação dos canais
digitalizados. É nesses casos que ele indica que no lugar dos 108 MHz – entre as
subfaixas de 698 MHz e 806 MHz – o leilão trará menos espectro.
Na prática, a Anatel vem trabalhando com a licitação de bandas duplex de 45 MHz
– portanto, 90 MHz do espaço supostamente disponível com a digitalização dos
canais. Nesses 45+45 MHz a agência espera abrir espaço para pelo menos quatro
competidores no leilão. Essa perspectiva pode mudar caso seja preciso adotar a
premissa de vender menos espectro.
Paulo Bernardo reagiu ao queixume que dominou a audiência pública sobre a
destinação da faixa realizada na quarta-feira, 27/3, pela Anatel. Como se viu,
grande parte da grita partiu das emissoras públicas, que se consideram
escanteadas nessa discussão.
As reclamações tinham suas razões, visto que técnicos da Anatel indicaram que
não haveria como acomodar todos os pretendentes. A Superintendência de
Comunicação de Massa da agência explicou na audiência que ainda não fora
encontrada viabilidade técnica para superar impasses em alguns locais. Não por
menos o regulador jogou a responsabilidade para uma decisão política do Minicom.
Vale lembrar que não foi a primeira vez que o ministro das Comunicações, Paulo
Bernardo, falou em reduzir a venda da faixa de frequência. Em fevereiro, em
evento na Oi no Rio de Janeiro, o ministro já tinha rebatido a possibilidade de
'tela preta' na TV em função do 4G. "Vamos vender menos para as teles onde há
problema. Não vai haver interferências nem ruídos. A maior parte da faixa está
deserta no Brasil",sustentou à época.
VHF
As queixas da audiência pública também ecoaram mal na possibilidade de se usar
parte do espectro de VHF – no caso, dos canais 7 a 13 – para acomodar emissoras,
notadamente canais de televisões públicas como EBC, TV Senado e TV Câmara.
No Minicom a posição é de que essa solução não existe na prática – apenas estão
sendo realizados testes para verificar a viabilidade de transmissões de TV para
celulares/smartphones. Se for viável a mobilidade da TV digital nessa faixa,
será dada a opção para as emissoras que quiserem.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[28/03/13]
700 MHz: Banda larga é importante, mas TV é mais, dizem radiodifusores - por
Luís Osvaldo Grossmann
A disputa pelo dividendo digital ainda vai mobilizar bastante os dois principais
'rivais' no embate: as teles e a radiodifusão. As operadoras móveis contam a seu
favor, o fato de a banda larga móvel galopar no país, enquanto a TV aberta
definha - em 10 anos perdeu um quarto da audiência.
Nessa disputa, ambos os lados apresentam seus argumentos. Em defesa da
radiodifusão aparece um fato concreto: a TV é um serviço grátis, ao alcance de
qualquer um que possa pagar pelo aparelho receptor. Além disso, é de longe o
mais bem sucedido no quesito cobertura, encontrado em praticamente todos os
lares brasileiros. O telefone celular, o campeão das telecomunicações, alcança
pouco mais da metade da população.
O diretor de planejamento e uso do espectro da Associação Brasileira das
Emissoras de Rádio e TV, Paulo Balduíno, alinhou boa parte dessas justificativas
na audiência pública realizada pela Anatel nesta quarta-feira, 27/3. “Estamos
falando de plataforma moderna, relevante, com capacidade de prover
eficientemente conteúdo nacional, regional e local, com terminais de recepção
baratos, serviço gratuito, igualmente acessível à toda população brasileira”,
enumerou.
E ainda assim há dúvidas se os radiodifusores empacaram na primeira das fases da
perda ou tudo não passa de estratégia da terceira fase. Porque parece bastante
que estacionaram na fase da negação. “Estamos em processo de estudar a
viabilidade de liberação da faixa, que é pré-condição. Somente após constatada
essa viabilidade é que os procedimentos de edital devem avançar”, argumentou o
representante da Abert.
Como o ministro das Comunicações vem, há pelo menos um ano, dando reiteradas
declarações sobre a oferta da radiofrequência às teles, não deixa de ser uma
afirmação surpreendente. A última menção de Paulo Bernardo sobre o tema foi há
cinco dias. “Nós esperamos que possamos fazer um leilão no primeiro trimestre de
2014, provavelmente em março.”
Entenda-se, portanto, as manifestações das emissoras de TV como parte da
terceira fase da perda – a da negociação. Nessa linha, uma tentativa seria a de
repartir a faixa, cedendo às teles um naco menor que o pretendido. “Estamos
demonstrando a necessidade de cada herz, mas o mesmo deveria estar acontecendo
para a banda larga. Não conhecemos nenhum estudo feito pelo governo ou entidade
idônea sobre a real necessidade de 108 MHz. Por que não 90 MHz? Porque não 72?”,
provocou Balduíno.
Porque é só mais uma etapa de uma necessidade ainda maior, sustenta a Anatel.
“Um ponto é que os 108 MHz estão fortemente vinculados à competição, quantos
competidores nesta faixa. E pelo crescimento vertiginoso da demanda por dados.
Não estamos inventando a roda. Calculamos que em 2020 os serviço móveis vão
precisar de 1000 MHz a 1100 MHz e estamos em 70% disso”, sustentou o gerente de
engenharia de espectro da agência, Marcos Oliveira.
Certamente é válida a ponderação das emissoras de TV sobre o grau de eficiência
das operadoras de telecom no uso do espectro que já possuem. Como não há estudo
sobre isso no Brasil, utilizam o dado relativo aos Estados Unidos – que também
vivencia uma disputa pelo dividendo digital – pelo qual as teles de lá usam
efetivamente apenas 40% das radiofrequências que possuem.
No mais, também há sinais de que a televisão, ainda que se tornando menos
relevante com o avanço do acesso à Internet – mesmo que lento – busca garantir
seu lugar ao sol, assim como a própria TV não eliminou o rádio ou o cinema. Em
nota divulgada nesta quarta, Abert, Abra e Abratel (portanto, o conjunto das TVs
abertas) defendem “condições de convivência” ao mesmo tempo em que engrandeçam a
própria relevância.
“Com notória contribuição para o desenvolvimento econômico e social, a TV aberta
é - e continuará sendo - a mais importante plataforma eletrônica de comunicação
de massa no Brasil. Estamos certos da relevância da massificação do acesso à
internet por banda larga. Entretanto, esta não pode comprometer a cobertura da
televisão aberta, que com ela não é incompatível (...). Reiteramos nossas
principais preocupações, quais sejam, o replanejamento dos canais digitais e as
condições de convivência entre a TV Digital e os serviços móveis de quarta
geração.”
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
TVs públicas perdem espaço na briga do 700MHz - por Luís Osvaldo Grossmann
Se as emissoras privadas de televisão não têm sucesso no espólio do dividendo
digital, para as televisões públicas parece que vai faltar até a xepa. Tal temor
ficou muito claro durante a audiência pública, realizada pela Anatel, sobre a
nova destinação da faixa de 698 MHz a 806 MHz, mais conhecida como a faixa de
700 MHz.
Vai ficando evidente que não há assentos para todos os interessados no ônibus da
TV digital. É que além dos atuais ocupantes, ainda falta encontrar vaga para os
prometidos canais da Cidadania ou da Educação, por exemplo. Algo que a própria
Anatel, guardiã do espectro nacional, começa a reconhecer.
“Certamente vamos encontrar alguns impasses e vamos ter que encontrar solução.
Ainda temos que achar viabilidade técnica, a tarefa não é fácil. O Ministério
vai ter que se posicionar. Tudo que não tiver solução técnica vai ter que ter
uma definição do Ministério”, admitiu a superintendente de Comunicação de Massa
em exercício, Maria Lúcia Bardi.
A dúvida permanece. “Quantos canais vão estar destinados para o campo público no
processo de canalização?”, pressionou o presidente da EBC, Nelson Breve, durante
a audiência na agência. Na prática, ainda não há resposta. Uma das tentativas da
Anatel é o compartilhamento. Nos canais do Senado e da Câmara estão sendo feitos
alguns arranjos. O compartilhamento dos canais pode solucionar muita coisa”,
emendou Bardi.
Parte da frustração se deve a promessas que, tudo indica, não serão cumpridas.
Breve lembrou que uma das justificativas do então ministro das Comunicações
Hélio Costa para a escolha do padrão japonês de TV digital era o espaço para
ampliar a radiodifusão pública. Ao menos foi o que disse ao apresentar, em 2006,
o cronograma de implantação do novo padrão.
“Uma das razões principais para a adoção do sistema japonês é porque ele é o
único que, sendo adotado no país, libera os canais de 60 a 69 que hoje são
utilizados para fazer a comunicação entre a base e o transmissor. Como no
sistema japonês você faz a transmissão dentro dos 6 Mhz, vão sobrar esses canais
de 60 a 69 que deixarão de ser utilizados. E nós vamos utilizar esses canais
para iniciar um procedimento de redes públicas de televisão.”
“Eu me sinto como o ribeirinho na audiência sobre a grande hidrelétrica. Temos
que desocupar a terra para que o progresso avance”, lamentou o presidente da EBC.
Não foi o único. Representantes de associações de canais comunitários,
universitários e ainda do Intervozes fizeram coro ao tratamento às emissoras
públicas.
Uma das ideias do Minicom é acomodar os canais públicos (ou parte deles) na
faixa chamada de VHF alto – os canais 7 a 13. A encrenca: de onde virão os
equipamentos digitais para essas frequências. “Temos preocupação com a
inexistência de equipamentos para VHF”, destacou Gésio Passos, do Intervozes.
Para além do lado técnico, também foi ressaltado o lado social. Por mais
desejada que seja, a banda larga móvel é um serviço pago, enquanto a televisão
aberta é gratuita. Quantos se beneficiam da decisão por um ou outro lado? “A
gente ouve falar em consumidor, usuário, mas não se fala em cidadão. Há
segmentos no Brasil que levarão 20 anos, 50 anos para ter acesso a essa
tecnologia [4G]”, completou Nelson Breve.
Não é por menos que a agência já avisa que haverá decisão – e seu respectivo
ônus – política. “O Minicom está entendendo que o melhor uso da faixa que vai
sobrar após o desligamento do sinal analógico é para a banda larga móvel e a
Anatel está implantando essa política”, concluiu a superintendente da SCM.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
4G Brasil: Exército e polícia pressionam por fatia dos 700 MHz - Luís
Osvaldo Grossmann
Enquanto radiodifusores e teles ainda brigam pela faixa de 700 MHz, diversos
representantes da segurança pública deixaram claro nesta quarta-feira, 27/3, em
audiência na Anatel, que fazem questão de levar uma fatia do espectro. Exército,
polícias civil e militar, além de fabricantes interessados no segmento,
insistiram em peso nessa questão.
O pleito implica em que pelo menos 20 MHz dos 108 MHz a serem “vendidos” sejam
destinados ao uso, ainda que compartilhado, dos diferentes órgãos de segurança,
ainda que o desenho possa variar. A polícia militar de São Paulo sugere dois
blocos de 5+5 MHz. O Exército quer um de 10+10 MHz.
“Reconhecemos a importância dos serviços privados, mas a segurança do cidadão
também tem relevância. O pleito do Exército é de que 20 MHz sejam destinados à
segurança, ainda que não para uso exclusivo. Podemos inaugurar uma administração
compartilhada em alguns estados”, defendeu o general Antonino dos Santos Guerra,
comandante do Centro de Comunicações e de Guerra Eletrônica do Exército.
Santos Guerra coordena testes de 4G/LTE na faixa de 700 MHz, nos quais são
utilizados equipamentos da Motorola. Não por menos, a fabricante também foi a
público defender o uso de um pedaço do espectro pelos órgãos de segurança. “É
extremamente importante a alocação exclusivamente para segurança e defesa. O LTE,
ao contrário de tecnologias de banda estreita, não se presta bem ao uso
secundário”, ressaltou o gerente de negócios da Motorola Solutions, Bruno Novak.
Além deles, representantes das polícias civil e militar de São Paulo se juntaram
ao coro. O tenente coronel Ronaldo de Oliveira Filho, da PMSP, apresentou o
pleito dos dois blocos de 5+5 MHz. “Precisamos que esteja no regulamento uma
reserva de espectro em caráter primário. Por enquanto ele fala apenas em uma
possibilidade”, insistiu. “É necessário que tenhamos também esta faixa de
espectro para que possamos ter provida comunicação de ponta”, completou o
delegado da polícia civil, Renato Rodrigues.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
700MHz: Teles reagem à ideia de custear limpeza para TV digital - Luís
Osvaldo Grossmann
As operadoras de telecomunicações mostraram resistência à ideia de compensar os
radiodifusores pela “limpeza” da faixa de 700 MHz. A questão foi a principal
ponderação dos representantes das empresas e do sindicato nacional do setor
durante audiência pública realizada nesta quarta-feira, 27/3, sobre o tema.
“Não é adequado que os custos da transição da TV analógica para digital sejam
assumidos pelos usuários do SMP”, sustentou o diretor do Sinditelebrasil, Sérgio
Kern. Ele resume a preocupação repetida por representantes das operadoras – Oi e
Telefônica/Vivo frisaram o mesmo ponto – de que ao propor a nova destinação da
faixa de 700 MHz, a Anatel não limitou até onde vai esse custo.
“É importante a discriminação de custos a serem assumidos e os prazos para que
eles aconteçam. Não é adequado considerar que os custos de transição sejam
financiados direta ou indiretamente pelas operadoras”, repetiu o gerente de
processos normativos da Oi, Luiz Catarcione. “Os termos de ressarcimento usam
linguagem muito ampla”, emendou o representante da GSMA, Amadeu Castro.
No geral, as operadoras se queixam diretamente de que a agência tratou a questão
de tal forma no regulamento de destinação da faixa “que cabe até o receptor do
sujeito na cidade tal do interior”, como exemplificou um dos representantes
presentes à audiência. Kern, do Sinditelebrasil, vai além: “ainda não estamos
convencidos de que devemos ressarcir alguma coisa”.
A defesa é para que, pelo menos, a Anatel defina melhor até aonde vão os tais
custos. E ainda, visto que diretamente associado a esse ponto, que sejam
claramente previstos os prazos envolvidos, especialmente a data em que o uso
primário passará à telefonia móvel. “Isso tem implicações nos modelos de
negócios e nas avaliações sobre a participação no leilão”, completa o diretor do
sindicato das teles.
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Leia na Fonte: Convergência Digital
[27/03/13]
4G: Qualcomm se preocupa com divisão do espectro - por Ana Paula Lobo e Luiz
Queiroz
Ao participar da consulta pública sobre o uso da faixa de 700 MHz, o diretor de
Relações Governamentais da Qualcomm do Brasil, Francisco Soares, expressou
preocupação com a possível decisão da Anatel de criar blocos de 5 MHz + 5Mhz no
4G. Segundo o executivo, o LTE, tecnologia da quarta geração, não é eficiente
nesse espectro. Para a Qualcomm, o ideal é que fossem licitados um bloco de 15
Mhz + 15 Mhz e três blocos de 10 Mhz + 10 MHz.
"Queremos fazer o tráfego global de dados crescer mil vezes até 2020. Para isso,
precisamos usar o espectro de forma eficiente", declarou Francisco Soares. A
empresa também solicitou a definição de datas na redação final do regulamento do
700MHz. Assista a participação do diretor de Relações Governamentais da Qualcomm
do Brasil na audiência pública da Anatel, realizada nesta quarta-feira, 27/03. (Ver
vídeo)
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Leia na Fonte: Teletime
[27/03/13]
Teles temem que problemas com ressarcimento voltem a acontecer no 700 MHz -
Helton Posseti
Representantes da indústria de telecomunicações como SindiTelebrasil, a GSM
Association e a Qualcomm tocaram em um ponto importante em relação à proposta de
nova destinação da faixa de 700 MHz, debatida publicamente nesta quarta, 26,
pela Anatel: a falta de prazos para que as emissoras desocupem a faixa.
A falta dos prazos pode trazer consequências indesejadas já conhecidas pela
agência e pelas empresas, como as vivenciadas na liberação da faixa de 2,5 GHz
pelas empresas de MMDS para o LTE. De acordo com Sergio Kern, do SindiTelebrasil,
o cronograma de limpeza de cada um dos municípios deve ser identificado desde
já, para que não haja atrasos no futuro.
Outro ponto que o SindiTelebrasil acha que não está devidamente claro na
proposta são as condições de ressarcimento para o remanejamento das emissoras de
TV. “Tal fato pode atrasar o cronograma e dessa forma prejudicar tanto o
remanejamento das operações em vigor quanto a liberação da faixa”, diz ele. O
SindiTelebrasil lembrou que no caso da faixa de 2,5 GHz , a Anatel teve que
intervir através de despacho cautelar para garantir que as teles pudessem
implantar a rede a tempo de cumprirem as obrigações de atendimento nas cidades
sedes da Copa das Confederações.
Para Luiz Catarcione, o representante da Oi, não deveria ser imputado às teles
esse custo de migração da radiodifusão. Para as empresas, a Anatel deveria
definir melhor até onde vai os custos que serão imputados às teles.
Amadeu Castro, diretor no Brasil da GSMA, concorda com o SindiTelebrasil. Para
ele, a “linguagem utilizada” dá margens aos problemas que estão sendo
enfrentados na desocupação da faixa de 2,5 GHz. A questão da falta de prazos e
suas possíveis consequências também estiveram presentes no discurso de Francisco
Giacomini da Qualcomm. Giacomini também acha que desde já a Anatel deveria
defnir os blocos que serão licitados porque "já está ficando muita coisa
importante para depois". Para ele, a configuração ideal é de um bloco de 15 MHz
+ 15 MHz e três de 10 MHz + 10 MHz, assim evita-se blocos de 5 MHz que não
entregam a máxima eficiência do LTE, segundo ele.
A Anatel ainda não definiu esses prazos (até quando as emissoras podem usar a
faixa em caráter primário e a partir de quando o uso fica sendo para a banda
larga móvel) porque o Minicom e a Anatel ainda não concluíram os estudos sobre o
replanejamento de canais. O governo, portanto, ainda não sabe quais municípios
terão o switch off antecipado e em quais ele haverá prorrogação.
Em relação às regras de ressarcimento, Bruno Ramos, superintendente de Serviços
Privados da Anatel diz que elas vão estar claras no edital, até pela experiência
adquirida com a faixa de 2,5 GHz. Mas, se a desocupação da faixa não aconteceu
dentro do prazo, a culpa, para ele, é das teles. “Existe a situação de que as
empresas não cumpriram a obrigação de entrar em acordo com quem estava na faixa.
Nós aprendemos que os quatro meses que nós demos para que elas fizessem a
migração não aconteceu dentro do prazo”, diz ele indicando que no caso da faixa
de 700 MHz pode haver um prazo maior.
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Leia na Fonte: Teletime
[27/03/13]
Abert volta a cobrar estudos sobre demanda de espectro para a banda larga móvel
Embora a briga possa ser considerada perdida, uma vez que a proposta de nova
destinação para uso da faixa de 700 MHz considera que todos os 108 MHz da faixa
serão usados para a banda larga móvel, a Abert não desiste de cobrar da agência
estudos que comprovem essa necessidade.
Mais uma vez, durante a audiência pública convocada pela Anatel para discutir a
proposta nesta quarta, 27, o consultor da associação Paulo Ricardo Balduíno
colocou essa questão. “Chama a atenção o aspecto não isonômico em relação ao
tratamento da radiodifusão e da banda larga. Não conhecemos um estudo sequer
feito para o mercado brasileiro que justifique essa necessidade de espectro. Por
que 108 MHz para o dividendo digital, por que não 72 MHz como foi usado na
Europa”?
As declarações de Balduíno provocaram reações mais ríspidas do gerente geral de
certificação e engenharia de espectro, Marcos Oliveira. “Não adianta ser mais
realista que o rei. Pela primeira vez podemos adotar um padrão que pode se
tornar global. É uma oportunidade que afeta diretamente interesse do consumidor
e do usuário. Há um série de fatores, não só esse do cálculo que você insiste,
como o interesse do usuário”, respondeu.
Balduíno retrucou argumentando que esse número de 108 MHz surgiu dos EUA, onde a
TV aberta “não tem importância nenhuma”. Segundo ele, na Europa, onde um estudo
desse tipo foi feito, chegou-se ao número de 72 MHz para a banda larga móvel, de
forma a equilibrar com a demanda dos radiodifusores.
Marcos Oliveira disse que a Anatel tem sim esses estudos e eles mostram que até
2020 as teles vão precisar de algo em torno de 1000 MHz a 1020 MHz e que 70%
desse espectro já está destinado a elas.
Paulo Ricardo também questiona a velocidade com que o processo todo tem sido
conduzido. Para ele, a portaria do Ministério das Comunicações é clara ao
determinar que a faixa só pode ser liberada se for identificada viabilidade
técnica de realocação da radiodifusão. “Estamos tratando da liberação de uma
faixa cuja viabilidade tem que ser comprovada. Isso nos preocupa bastante”,
afirma.
Nota pública
A Abert, a ABRA e a Abratel, as três associações que representam o setor de
radiodifusão, distribuíram ainda nota pública sobre o tema, em que dizem:
"A televisão aberta brasileira é uma plataforma moderna, capaz de prover
conteúdo de qualidade para receptores fixos e móveis, de forma aberta, livre e
gratuita. E com cobertura em todo o país.
Com notória contribuição para o desenvolvimento econômico e social, a TV aberta
é - e continuará sendo - a mais importante plataforma eletrônica de comunicação
de massa no Brasil.
Estamos certos da relevância da massificação do acesso à internet por banda
larga.
Entretanto, esta não pode comprometer a cobertura da televisão aberta, que com
ela não é incompatível.
Na audiência pública desta quarta-feira, 27/3, o setor da radiodifusão privada
apresentou preocupações e comentários a fim de contribuir com o processo de
discussão proposto pelo Ministério das Comunicações e realizado pela Agência
Nacional de Telecomunicações - ANATEL.
Reiteramos nossas principais preocupações, quais sejam, o replanejamento dos
canais digitais e as condições de convivência entre a TV Digital e os serviços
móveis de quarta geração.
Por fim, ratificamos nossa confiança no cumprimento das decisões do governo no
sentido de garantir a proteção aos serviços de transmissão e retransmissão de
televisão contra eventuais interferências, geradas pela banda larga móvel na
faixa de 698 a 806MHz, e de permitir a manutenção da cobertura atual dos
serviços de televisão no país.
Brasília, 27 de março de 2013.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO – ABERT
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RADIODIFUSORES – ABRA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RÁDIO E TELEVISÃO – ABRATEL"
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Leia na Fonte: Teletime
[27/03/13]
Presidente da Câmara questiona Paulo Bernardo sobre espectro de 700 MHz
O ministro das Comunicações Paulo Bernardo esteve reunido nesta quarta, 27, com
o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN). Um dos
temas foi a questão da alocação da TV Câmara no espectro com a destinação da
faixa de 700 MHz para a banda larga móvel. Eduardo Alves manifestou a
preocupação da TV Câmara de que ela fique sem espaço no espectro remanescente
para a radiodifusão, segundo o ministro. Mas, ainda segundo Paulo Bernardo, o
presidente da Câmara entendeu que nas cidades em que a TV Câmara já está ela
terá lugar garantido na faixa de UHF. "Disse a ele o que tenho dito: ninguém que
está na faixa de UHF perderá espaço". Eduardo Alves também teria mostrado
preocupação com relação à cobertura da TV Câmara. Paulo Bernardo mostrou que em
todos os mercados em que há congestionamento de espectro a TV Câmara já tem
canais consignados e, portanto, está garantida na migração. O ministro disse a
este noticiário que apenas novas emissoras poderão ter dificuldade, em algumas
cidades, para ficar no UHF. "Asseguro que quem já está, ficará no UHF. Se houver
problema, será para novas emissoras, e mesmo assim apenas nas cidades mais
congestionadas", disse Bernardo.
Críticas
Sobre os comentários feitos por Nelson Breve, presidente da EBC, durante a
audiência pública realizada pela Anatel nesta quarta para discutir a proposta de
destinação da faixa de 700 MHz, Bernardo disse que não iria comentar por não ter
detalhes sobre o que foi dito, mas disse que as reclamações que a EBC
eventualmente tenha devem ser levadas à Secretaria de Comunicação Social da
Presidência, comandada pela ministra Helena Chagas. Paulo Bernardo disse apenas
que "mente quem diz que os canais públicos serão remanejados para o VHF",
referindo-se ao receio manifestado pela EBC e pelas outras emissoras do campo
público. Mais uma vez, o ministro reconheceu que a garantia de permanência no
UHF é apenas para quem já tem canais consignados, mas não para futuras
ampliações, como os canais previstos no Decreto 5820/2006.
Samuel Possebon
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Leia na Fonte: Teletime
[26/03/13]
Emissoras públicas pressionam governo na distribuição da faixa de 700 MHz -
por Samuel Possebon
Um dos principais desafios do governo na liberação da faixa de 700 MHz para a
banda larga móvel virá das emissoras de TV do campo público. Há algumas semanas,
este noticiário já manifestou o descontentamento da TV Câmara com as
perspectivas de realojamento no espectro do VHF. Nesta terça, 26, a TV Senado
também teria uma conversa com o Ministério das Comunicações sobre o assunto.
Agora, este noticiário recebe a informação de que também a EBC, estatal
responsável pela TV Brasil, manifestou ao governo (o que inclui não apenas o
Ministério das Comunicações mas também a Secretaria de Comunicação da
Presidência, a quem a EBC está vinculada, e à própria Presidência da República)
suas preocupações com o desenrolar do processo. O documento traz ao governo uma
série de considerações para a tomada de decisão, sobretudo as dificuldades
técnicas de uma migração de serviços para a faixa de VHF. A EBC também alerta
para a responsabilidade Constitucional que o governo tem de manter a
complementariedade entre a radiodifusão pública, estatal e a radiodifusão
comercial.
Por trás da manifestação da EBC está a preocupação de que, na falta de espaço
para abrigar toda a radiodifusão comercial no espectro de UHF restante depois
que a faixa de 700 MHz for destinada à banda larga, alguns canais públicos
previstos no Decreto 5820/2006 e outros canais públicos, como TV Câmara e TV
Justiça, acabem desalojados para uma faixa nunca antes testada para a TV digital
e onde existem ainda desafios técnicos a serem vencidos, que é a faixa do VHF
alto, onde supostamente sobraria espaço depois do switch off analógico, ou seja,
o fim das transmissões analógicas.
Existe a preocupação no campo público de que hoje em pelo menos 96 cidades não
haveria espaço para esses canais, que estão previstos em decreto e que refletem
um equilíbrio determinado constitucionalmente. Também há a preocupação de que a
radiodifusão pública se torne uma prerrogativa de assinantes de TV por
assinatura, já que ali sim existe a exigência legal de que todos os canais sejam
carregados.
A EBC, por exemplo, já teria feito um pedido formal ao Ministério das
Comunicações para ter canais consignados em todas as cidades com mais de 100 mil
habitantes, mas a liberação desses canais, evidentemente, depende da análise que
está sendo feita pela Anatel.
Outro argumento recorrente é que a escolha do padrão japonês para a TV digital
tinha como premissa, justamente, a possibilidade de contemplar no espectro de
UHF tanto a radiodifusão comercial quanto a radiodifusão pública, sem a
necessidade de recorrer a recursos de espectro das empresas de telecomunicações.
Além disso, o padrão japonês era importante para garantir mobilidade e um padrão
de interatividade (o Ginga) nacional.
Também se questiona se existe racionalidade na decisão de alocar toda a faixa de
700 MHz para a banda larga móvel. Há quem avalie que o governo não precisa
assegurar espectro para todas as quatro operadoras móveis dominantes, mas apenas
para um número razoável de competidores. Recorde-se que o próprio ministro Paulo
Bernardo já manifestou que se não houver espaço para contemplar a radiodifusão
comercial, será leiloado um pedaço menor do espectro de 700 MHz para a banda
larga. As emissoras do campo público gostariam de ver as mesmas garantias de
tratamento isonômico em relação a elas.
Contrapartidas
Não existe ainda um movimento articulado entre as emissoras do campo público em
relação ao processo de liberação da faixa de 700 MHz para a banda larga móvel,
mas existem alguns movimentos que sinalizam o que virá pela frente. E
provavelmente haverá algumas reivindicações às teles, na forma de contrapartida.
A primeira, e mais evidente, é a questão do Fistel para a EBC. Hoje, a Lei
11.652/08, que criou a estatal de comunicação, exige que parte dos recursos que
seriam recolhidos pelas teles a título de taxa de fiscalização das
telecomunicações (Fistel) seja revertida na Contribuição para Fomento da
Radiodifusão Pública. As teles questionaram a cobrança na Justiça e passaram a
recolher os valores em juízo, o que já totaliza mais de R$ 1,25 bilhão
acumulados desde então. Na semana passada, a EBC conseguiu suspender a liminar
que impedia o pagamento, mas a disputa deve continuar em instâncias superiores.
Outro ponto que deve entrar na mesa de negociações é a possibilidade de que as
empresas de telecomunicações banquem o projeto do operador nacional de rede para
as emissoras públicas. Há vários anos as emissoras do campo público têm um
projeto de construir uma rede única de radiodifusão, num projeto que consumiria,
em mais de uma década, alguns bilhões em investimentos. Esse projeto está parado
mas há propostas para que ele seja colocado como contrapartida para as
operadoras de telecomunicações que levem a faixa de 700 MHz.
As emissoras do campo público entendem que muitas delas podem operar na forma de
multiprogramação, incluindo mais de um canal HD por faixa de 6 MHz, mas ainda
assim o governo precisa garantir alguns canais na faixa de UHF, inclusive nas
cidades mais congestionadas.
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Leia na Fonte: Telaviva
[25/03/13]
Anatel convida associações de radiodifusores para acompanhar testes de LTE
A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), que reúne principalmente
filiadas e afiliadas da Record, foi convidada a acompanhar na próxima terça, 26,
os processos de teste de convivência dos sistemas LTE e TV digital em 700 MHz
que estão sendo feitos pela Anatel em Brasília, no Centro de Comunicações e
Guerra Eletrônica do Exercito Brasileiro. De acordo com comunicado da Abratel, a
Anatel conta com a parceria da Motorola Solutions na realização dos testes.
Serão, ainda, realizados testes de laboratório e de campo no arranjo da APT,
modelo da Ásia Pacífico. O Brasil sinalizou a escolha do APT na
operacionalização da frequência que vai disponibilizar serviços em 4G para
comunicações móveis.
Segundo apurou este noticiário, a Abert acompanhará a Abratel na visita da
próxima terça, 26. Nesta segunda, técnicos da Abra, associação que representa a
RedeTV e a Bandeirantes, acompanharam os testes.