WirelessBRASIL |
|
WirelessBrasil --> Bloco Tecnologia --> Índice de 2014 --> "Post"
Obs: Os links indicados nas transcrições podem ter sido alterados ao longo do tempo. Se for o caso, consulte um site de buscas.
14/06/14
• Website do José Smolka + "Wi-Fi para desafogar o tráfego de dados" + Mazza: "Wi-Fi na Copa" + "Dados" no jogo Brasil x Croácia
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
01.
Prossigo no novo "procedimento" de trazer aos fóruns alguns assuntos da
atualidade, colecionados em "websites internos" do WirelessBRASIL, para
estimular o debate.
Um subproduto que estou salivando alcançar, é incentivar - e convencer -
os leitores e participantes para que publiquem de seus próprios Blogs, pois há
muito atingi o "limite da incompetência" para manter tantas páginas. Como
esqueceram de me avisar, vou seguindo em frente... :-)
02.
Na berlinda hoje, o
website do José Smolka.
O website do Smolka está no ar desde 2003 e seus conteúdo é de extrema
preciosidade! Vale muito uma visita e um voo panorâmico nos títulos
relacionados.
03.
Vou buscar, lá em 2012, um ótimo texto do Smolka sobre um tema atual: "Wi-Fi
para desafogar o tráfego de dados".
04.
Então, mais abaixo, está o trecho da referência ao website do Smolka no
WirelessBRASIL e, logo após, a explicação sobre o Wi-Fi e o tráfego de dados.
05.
Calma, tem mais... :-)
Para complementar o assunto fascinante, transcrevo duas matérias recentes:
Leia na Fonte: Band /
Colunas
[03/06/14]
Copa: somente metade dos estádios terá Wi-Fi - por Mariana Mazza
Leia na Fonte: Convergência
Digital
[13/06/14]
Copa 2014: mais de 1 milhão de comunicação de dados no jogo do Brasil x Croácia
[Fonte: Sinditelebrasil]
Boa Leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal
WirelessBRASIL
WirelessBrasil
• Website de José Smolka
Ler "posts" anteriores em Website de José Smolka
21/06/12
•
Wi-Fi para desafogar o tráfego de dados - Comentário de José Smolka
de: J. R. Smolka smolka@terra.com.br por yahoogrupos.com.br
data: 20 de junho de 2012 20:36
assunto: Re: [wireless.br]
Wi-Fi para
desafogar o tráfego de dados (1) - Uma notícia e um artigo
Oi Pessoal,
Eu sei que, lá no fundo, o Hélio sabe que eu dificilmente resisto a este tipo de
provocação. Que seja. Vamos à explicação - que espero seja sucinta como o Hélio
espera (mas não dou garantias).
O sistema de telefonia celular foi concebido para suportar um único serviço: o
tráfego de voz com mobilidade. Com o advento da 2ª geração (2G) apareceram o SMS
(Short Message Service) e o serviço de dados como complementos ao serviço
de telefonia móvel. Em um primeiro momento a banda disponível para o serviço de
dados era tão baixa que somente aplicações de baixo throughput podiam
utilizá-lo a contento. Foi a época de ouro do WAP (Wireless Application
Protocol), e quando a RIM começou a ganhar dinheiro com um aparelho mais
"inteligente" que a média chamado Blackberry e o serviço de sincronismo de
caixas postais de correio eletrônico operado por ela... Mas isto tudo é
história.
O advento da 3ª geração (3G) da telefonia celular trouxe também o início (pelo
menos para a comunidade oriunda dos sistemas GSM - o pessoal que usava redes
1xRTT e EV-DO já tinha acesso a isso cerca de dois anos antes) da oferta de
bandas razoáveis para o serviço de dados. Razoáveis o suficiente para que um
modem 3G permitisse ao usuário de um notebook um acesso móvel à Internet com
capacidade semelhante à de um acesso fixo DSL. Isto, mais o aparecimento de
aparelhos celulares com capacidade de processamento e interfaces de usuário mais
amigáveis - os smartphones (capitaneados pelo iPhone da Apple) -
juntamente com lojas virtuais dedicadas a distribuir aplicações para uso neste
novo tipo de terminal (as app stores) produziu um frenesi de consumo do
serviço de dados, que não para de crescer.
E este excesso de sucesso é a raiz de todo o problema. As redes de telefonia
celular possuem dois "calcanhares de aquiles" sensíveis a esta explosão de
consumo do serviço de dados. Para entender direito é melhor ver um desenho. A
figura abaixo representa um grupo de células (Node-Bs) conectadas a uma
RNC (Radio Network Controller). A infra-estrutura de conexão das células
com a RNC é denominada backhaul (nada a ver com aquele das discussões -
tempos atrás - sobre o PGMU do STFC)
O primeiro ponto de fragilidade é a própria interface aérea 3G (WCDMA com HSPA
ou HSPA+). A capacidade total de transmisssão da célula precisa, primeiro, ser
particionada entre os serviços de voz e de dados. Depois disso a capacidade
efetiva que será alocada a cada usuário do serviço de dados depende da
quantidade de usuários ativos simultaneamente dentro da área de cobertura da
célula. A regra é simples: quanto mais gente na célula, menos banda fica
disponível para cada um. Em um quadro de grande demanda a solução clássica seria
simples: aumentar a densidade das células que cobrem a região problemática, para
diminuir a quantidade média de usuários por célula. Só que a confusa
superposição de legislação municipal, estadual e federal sobre a instalação de
antenas muitas vezes dificulta, ou mesmo impede, esta opção.
O segundo ponto fraco é o próprio backhaul. As operadoras celulares
(viajando tranquilamente na maionese colocada diante delas pelos seus
fornecedores tradicionais) demoraram demais em substituir a tecnologia TDM
típica dos enlaces de backhaul. O resultado disso é que, quando foram
confrontadas pela dura realidade da explosão do tráfego de dados, elas
descobriram que era inviável continuar a expandir os enlaces de backhaul
usando a tecnologia TDM (plesiócrona ou síncrona), seja pelo fator custo ou pela
própria inadequação inerente da tecnologia TDM (boa para tráfego de comutação de
circuitos) às características do tráfego do serviço de dados (que é baseada em
comutação de pacotes).
Entre estes dois gargalos a possibilidade de divergir pelo menos parte do
tráfego de dados para uma rede paralela soa como música aos ouvidos das
operadoras, porque: (a) como usam bandas não licenciadas, os hotspots
Wi-Fi não dependem de autorização prévia da Anatel para sua instalação, e não
são atingidos pelas leis que restringem a instalação de antenas celulares, a
cobertura Wi-Fi pode ser feita com rapidez e com muito maior densidade que as
células convencionais; e (b) o backhaul dos hotspots Wi-Fi pode
utilizar enlaces DSL sobre a rede de acesso da telefonia fixa, diminuindo a
pressão pela substituição rápida da tecnologia do backhaul das células.
E, ainda por cima, ela é barata.
Por isso o Wi-Fi tornou-se a solução mais desejável do momento para desafogar o
congestionamento dos serviços de dados das operadoras celulares. O que não quer
dizer que isto seja a solução ideal e definitiva. Para o 4G seria desejável que
o impasse sobre a instalação de novas antenas celulares seja resolvida (dizem
que vão fazer uma Lei federal para disciplinar isso, mas ela ainda está no
início do longo e tortuoso processo legislativo), e que a substituição de
tecnologia do backhaul celular já tenha atingido massa crítica que
permita prescindir de redes de transporte alternativas.
[ ]'s
José Smolka
22/06/12
• Wi-Fi para desafogar o tráfego de dados (3) - Comentário de Ricardo
Miguel
Olá, WirelessBR e Celld-group!
Transcrevo abaixo o comentário de Ricardo Miguel, em prosseguimento ao
debate iniciado a partir destes "posts":
21/06/12
•
Wi-Fi para desafogar o tráfego de dados (2) - Comentário de José Smolka
18/06/12
•
Wi-Fi para desafogar o tráfego de dados (1) - Uma notícia e um artigo
Boa leitura!
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal WirelessBRASIL
-----------------------------------
--------------------------------------------------------------------------
Leia na Fonte: Band / Colunas
[03/06/14]
Copa: somente metade dos estádios terá WiFi - por Mariana Mazza
Faltando nove dias para a Copa do Mundo, as operadoras de telefonia móvel
divulgaram os resultados do mutirão de instalação de novas antenas para atender
os estádios em que serão realizados os jogos. E o destaque acabou sendo o que
não foi possível fazer. As próprias companhias ressaltaram que metade das arenas
não contarão com rede WiFi, o que pode prejudicar o tráfego de dados durante os
jogos. Para se ter uma ideia da importância do sistema WiFi para estancar a sede
dos torcedores em divulgar na Internet sua presença nos estádios, nas arenas em
que o serviço estará disponível o diretor do SindiTelebrasil, Eduardo Levy,
prevê que 50% do tráfego de dados será suportado por esta infraestrutura.
Nos estádios de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Curitiba e Natal
os torcedores terão que se contentar apenas com as redes tradicionais de 3G ou
4G. E como é possível prever que milhares de pessoas tentarão postar aquele
selfie nas redes sociais durante os jogos, as teles já admitem alguma lentidão
nas conexões, especialmente nos estádios sem WiFi. Segundo as empresas, os
testes feitos até agora descartam qualquer risco de caladão. Juntas, as empresas
investiram R$ 226 milhões apenas com a infraestrutura que atenderá aos estádios
da Copa.
A falta de cobertura plena de WiFi não fere o acordo feito entre o governo
brasileiro e a Fifa. Na prática, quem sai mais prejudicado (além do torcedor, é
claro) são as próprias teles, que terão uma margem menor para gerenciar o
tráfego de dados nos momentos de pico. Mas esse era um drama anunciado há alguns
meses. A terrível falta de comunicação entre empresas, governo, estádios e
representantes da Fifa tornaram praticamente impossível cumprir com primazia os
planos de telecomunicações para as arenas do mundial.
Os seis estádios que ficaram sem rede WiFi pediam a mesma coisa: um pagamento
adicional para a liberação de áreas para a instalação das antenas. No
entendimento dos gerentes dessas arenas, o acordo inicial previa apenas a
colocação das estações de telefonia móvel 3G ou 4G. As teles se recusaram a
pagar mais para completar o projeto. E o governo, que poderia colocar um fim no
bate-boca, parece não ter se empenhado em solucionar a questão.
Há exato um ano, o então secretario-executivo do Ministério das Comunicações
Cezar Alvarez deu sinais do vexame por vir. Ao visitar o estádio do Maracanã,
Alvarez constatou que seu celular 4G não funcionava no local. Culpou as
empreiteiras, que estariam colocando dificuldades para que as teles instalassem
as antenas. Mas o episódio deixou claro que as coisas não andavam bem.
Aliás, a promessa original era de que todas as cidades-sede da Copa seriam
atendidas pela nova rede 4G. Mais tarde, o governo reduziu a aposta para apenas
os estádios da competição. E agora, com o anúncio, fica difícil saber se todas
as arenas têm, de fato, o tão esperado 4G. Na divulgação, as companhias falaram
o tempo todo em redes "3G e 4G", não deixando claro se ambas estão disponíveis
em todos os estádios ou se alguns ficaram de fora também na instalação na nova
rede de telefonia móvel.
O reforço na rede de telefonia móvel é positivo, mas o resultado atingido revela
que, na melhor das hipóteses, houve um excesso de confiança e falta de
planejamento para cumprir promessas ambiciosas demais. Agora, além de torcer
pela vitória do Brasil nos jogos, é bom o torcedor cruzar os dedos para
conseguir se comunicar nos estádios.
--------------------------------------------------------
Leia na Fonte: Convergência Digital
[13/06/14]
Copa 2014: mais de 1 milhão de comunicação de dados no jogo do Brasil x Croácia
[Fonte: Sinditelebrasil]
Durante a abertura da Copa do Mundo, nesta quinta-feira, 12/06, na Arena de São
Paulo, foram feitas 135 mil ligações de telefonia celular e mais de 1 milhão de
comunicações de dados, incluindo envio de e-mails, fotos e mensagens multimídia,
com tamanho médio de 0,55 MB, revela o SindiTelebrasil. Mesmo com o curto prazo
para a instalação de equipamentos - menos de dois meses -, a infraestrutura de
cobertura indoor montada pelas prestadoras na Arena de São Paulo, sustenta o
sindicato das teles, permitiu um uso intenso dos serviços de telefonia e de
conexão à internet móvel.
Na partida entre Brasil e Croácia, o maior volume de dados trafegados na Arena
de São Paulo ficou concentrado na tecnologia 3G, que teve picos de tráfego e
congestionamentos momentâneos. Entre 13h e 20h, 857 mil comunicações de dados
foram realizadas na tecnologia 3G e o pico de conexões à internet ocorreu entre
14h30 e 15h30, um pouco antes e durante a cerimônia de abertura.
O uso da rede de dados se manteve em níveis elevados até o início da partida, às
17h.A tecnologia 4G também apresentou uma utilização significativa, mesmo tendo
sido implantada no Brasil em 2013. Nesse período de 13h às 20h, 285 mil
comunicações de dados foram feitas pelas redes de 4G, o que representou 26% do
tráfego total de dados.
A rede para chamadas telefônicas apresentou desempenho satisfatório, mesmo nos
momentos de pico. O maior volume de ligações se deu entre 13h e 15h,
demonstrando
um comportamento típico dos usuários em grandes eventos, em que o uso do celular
para ligações de voz se dá de forma mais intensa na chegada ao local, enquanto o
uso de dados é mais elevado no início do espetáculo.
Cobertura
Na arena de São Paulo, a cobertura indoor conta com 337 antenas, interligadas
por 12 quilômetros de fibras ópticas. A área externa do estádio foi reforçada
com 22 antenas móveis. Assim como em São Paulo, as prestadoras de serviços de
telefonia móvel instalaram a cobertura indoor nos outros 11 estádios que sediam
os jogos da Copa do Mundo. Ao todo, 4.738 antenas fazem parte da infraestrutura
interna instalada pelas prestadoras nas arenas, permitindo aos torcedores fazer
ligações, navegar na internet e mandar mensagens multimídia, com texto e fotos,
por exemplo.
A cobertura indoor usa uma tecnologia de última geração, a mesma utilizada nos
Jogos Olímpicos de Londres e atende aos serviços de voz e dados nas tecnologias
2G, 3G e 4G. Para a instalação da infraestrutura de telefonia móvel e banda
larga, as prestadoras Claro, Oi, Nextel, Tim e Vivo fizeram uma parceria para a
implantação de um projeto único, com investimentos de R$ 226 milhões e
infraestrutura compartilhada.
Pelo projeto, os equipamentos das empresas ficam instalados em uma sala e dali
parte uma rede de fibras ópticas que levam o sinal até uma série de pequenas
antenas distribuídas ao longo de cada estádio para garantir cobertura nas
arquibancadas, camarotes, vestiários, corredores, praças de acesso e
estacionamentos internos.