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15/06/14
• Textos da jornalista Cristina de Luca + "700MHz: alguns brasileiros terão que escolher entre usar a TV ou o celular" + "Interatividade"
Olá, "WirelessBR" e "telecomHall Brasil"!
Abaixo está um trecho da coluna da esquerda do Portal
WirelessBRASIL, "iluminando" o
Blog da jornalista
Cristina de Luca.
Em seguida, a transcrição destas matérias ainda não veiculadas nos Grupos:
Leia na Fonte: Blog Circuito de Luca / IDG Now!
[20/05/14]
700MHz: alguns brasileiros terão que escolher entre usar a TV ou o celular -
por Cristina de Luca
Leia na Fonte: Blog Circuito de Luca / IDG Now!
[20/05/14]
TV Digital: interatividade pode deixar de ser obrigatória nos celulares -
por Cristina de Luca
Um abraço cordial
Helio Rosa
Portal
WirelessBRASIL
•
Textos da jornalista Cristina de Luca, editora do IDGNow!
Cristina de Luca é jornalista e Editor at large do Grupo Now!Digital; é formada em Comunicação com Master em Marketing pela PUC do Rio de Janeiro e ganhadora do Prêmio Comunique-se na categoria Tecnologia em 2005 e 2010. |
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•
TV Digital: interatividade pode deixar de ser obrigatória nos celulares
Ao mesmo tempo, o governo federal pretende dar mais espaço para a interatividade
nos conversores destinados aos milhões de brasileiros atendidos por seus
programas sociais
20/05/2014
•
700MHz: alguns brasileiros terão que escolher entre usar a TV ou o celular
Interferência será maior para quem tem TV digital e usa antena interna,
reconhece a Anatel. Nesse caso, o uso simultâneo pode provocar tela preta na TV
Veja os títulos anteriores
aqui ou no Blog
Circuito de Luca
no Portal
IDGNow!
Leia na Fonte: Blog
Circuito de Luca / IDG Now!
[20/05/14]
700MHz: alguns brasileiros terão que escolher entre usar a TV ou o celular -
por Cristina de Luca
A Anatel custou mas reconheceu, nesta segunda-feira, durante a consulta pública
que debateu o leilão da frequência de 700MHz, o que as operadoras de telefonia e
os radiodifusores veem dizendo faz tempo: há casos onde a convivência da TV
Digital com os celulares 4G será de difícil solução. E, dependendo da tecnologia
usada, resolver o problema pode sair caro. Muito caro.
De acordo com os testes de campo realizados até agora, televisores digitais que
usam antena interna para captar o sinal da emissora são os mais afetados pela
interferência da proximidade do aparelho celular. Nesses casos, o telespectador
terá que escolher entre usar o celular ou ver TV. Os dois juntos, nem pensar.
O problema é grande porque o uso de antena interna para recepção do sinal de TV
Digital é muito comum em vários locais do país. Uma solução seria fazer todos os
telespectadores trocarem as antenas internas por externas, além de instalarem
filtros nos televisores. A Anatel argumenta que, no Japão, ter antena externa é
condição sine qua non para receber apoio à solução de mitigação de
interferências.
Acontece que, no Japão, a migração para valer ainda não começou. Só em setembro.
Até aqui, migraram duas localidades para a realização de testes em condições
reais de uso. O que o Brasil, dada as nossas peculiaridades de cobertura e
condições socioeconômicas da população, deveria pensar em fazer também, antes do
leilão da faixa de 700MHz. Nessas localidades, 6% dos televisores apresentaram
tela preta, por conta do uso da antena interna, na maioria dos casos.
Por esses e outros motivos, tanto os radiodifusores quanto as operadoras de
telefonia querem o adiamento do leilão. Segundo as operadoras, falta clareza
sobre os custos de mitigação de interferências com a TV Digital. Os
radiodifusores querem que os testes de campo sejam terminados antes da
elaboração do edital do leilão da frequência de 700MHz. Há discrepâncias
naturais entre os testes de campo e os de laboratório, que tornam os testes de
campo primordiais para as condicionantes do edital.
São os testes de campo que poderão apontar, com clareza, a necessidade ou não de
redução da potência do sinal das operadoras, para que não interfiram sobretudo
nos dispositivos móveis com recepção 1-seg: os GPSs, os celulares, os tablets…
Sabe aquela TV que você assiste no táxi, enquanto está preso no trânsito de
cidades como São Paulo e Rio de Janeiro? Pois é…
O Fórum de TV Digital teria que emitir uma norma definindo novas características
técnicas para esses aparelhos. O problema é que, até o momento, o Fórum está
completamente alijado das discussões sobre o leilão, que impactarão no
desligamento do sinal analógico e, principalmente, na realocação dos canais
digitais no novo espectro de frequência destinado para a TV Digital. A falta de
diálogo tem incomodado muitos integrantes do fórum, embora nenhum deles admita
isso publicamente.
Entre os radiodifusores, muitos advogam que o edital dos 700MHz não seja tão
vago, e defina claramente os tipos de filtro que deverão ser usados para mitigar
a interferência. É preciso deixar mais claro também quais obrigações ficarão a
cargo dos radiodifusores e quais serão de responsabilidade das operadoras
(inclusive as financeiras), à luz das responsabilidades que serão assumidas pela
empresa que o governo pretende criar para administrar o desligamento do sinal da
TV analógica e realocação dos canais – a tal “Entidade Administradora do
Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e RTV” ou,
simplesmente, EAD.
De acordo com o edital, caberá à EAD especificar, adquirir e instalar
equipamentos e infraestrutura de radiodifusão que garantam condições técnicas de
cobertura, capacidade e qualidade semelhantes as dos equipamentos de
radiodifusão já utilizados pelos radiodifusores objeto do ressarcimento,
transferindo, após a instalação, a propriedade desses bens aos respectivos
Radiodifusores. Também é dela a responsabilidade de adquirir e distribuir
filtros de recepção de TV e Conversores de TV Digital Terrestres com filtro de
recepção de TV embutido, bem como adotar outras técnicas de mitigação, quando
necessário, e de adquirir e instalar filtros de recepção nas estações de
radiodifusão impactadas. Além disso, terá que prover central de atendimento
telefônico para dirimir dúvidas e auxiliar a população na instalação dos filtros
de recepção de TV e Conversores de TV Digital Terrestre com filtro de recepção
de TV embutido, dentre outros.
O próprio Jarbas Valente, conselheiro da Anatel, advoga que além dessas
atribuições, a EAD estabeleça também uma forma de atendimento preferencial à
população nas hipóteses de domicílios equipados com antena externa que opere em
faixa de UHF, nos casos em que isso se faça necessário para a mitigação. A
preocupação é prever forma de atuação mais próxima junto a possíveis usuários
afetados, de modo a propiciar solução para eventual problemas de interferência
prejudicial.
Quanto mais claras estiverem essas questões, melhor para todos. Quanto mais
seguras as especificações técnicas, também.
--------------------------------
Leia na Fonte: Blog
Circuito de Luca / IDG Now!
[20/05/14]
TV Digital: interatividade pode deixar de ser obrigatória nos celulares -
por Cristina de Luca
O recurso de interatividade continua, ainda hoje, o patinho feio da TV Digital,
de futuro indefinido.
Neste exato momento, enquanto alguns técnicos do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior estudam tornar o Ginga-NCL opcional na cota
obrigatória de celulares fabricados no país com recepção de TV Digital, o
pessoal da Anatel e do Ministério das Comunicações tenta garantir um espaço no
espectro de frequências para a interatividade, principalmente no chamado Canal
da Cidadania, para atendimento aos programas sociais do governo.
Parece um contrassenso… Mas é fato.
A proposta de alteração do processo produtivo básico dos celulares,
colocada em consulta pública pelo MDIC no último dia 15 de maio com o
objetivo de aumentar a quantidade modelos de celulares com recepção de TV
digital no país, altera o parágrafo 1º do artigo 4º das portarias
interministeriais 306 e 307, do MDIC/MCTI, retirando a citação ao Ginga entre as
características técnicas obrigatórias.
O temor da indústria de software que ainda investe na interatividade da TV
Digital aberta é o de que a não obrigatoriedade do Ginga nos celulares acabe
abrindo um precedente para que grandes fabricantes de TV, como Samsung e LG,
possam pleitear também a retirada da obrigatoriedade da interatividade nos
recpetores produzidos no país.
Um dos motivos pelos quais elas mal conseguiram comemorar, nesta segunda-feira,
a possibilidade de que a massificação da interatividade acabe acontecendo em
função do investimento em conversores digitais que o governo terá que fazer no
processo de desligamento da TV analógica.
Embora o edital do leilão da frequência de 700MHz para operadoras de telefonia
móvel não cite explicitamente a inclusão do Ginga entre os planos para mitigação
da interferência do celular 4G no televisor – que incluem a distribuição de
conversores com filtro para famílias listadas no Cadastro Único para programas
sociais do governo federal, especialmente para aquelas cadastradas no Programa
Bolsa Família, e a transformação do aparelho de televisão digital em plataforma
multimídia – Jarbas Valente, conselheiro da Anatel, chegou a afirmar que esses
aparelhos deverão possibilitar o uso das aplicações interativas em testes hoje
pela EBC no projeto Brasil 4D.
Para quem nunca ouviu falar, o projeto Brasil 4D –
indicado este ano ao prêmio Frida – é uma iniciativa da Empresa Brasil de
Comunicação (EBC), em parceria com o Banco Mundial, 10 empresas e 3
universidades (UFPB, UFSC, UCB), que promove experiências de interatividade no
canal da TV pública brasileira dirigidas ao público de baixa renda.
Em outras palavras, a EBC usa a TV Digital interativa e o controle remoto para
oferecer conteúdos audiovisuais e serviços públicos sobre direitos da mulher,
saúde, emprego, cursos em tempo real e até aplicações financeiras.
Em sua primeira versão, o Brasil 4D levou os benefícios da TV digital para 100
famílias de João Pessoa. Agora atende 300 famílias atendidas pelo Programa Bolsa
Família no Distrito Federal. Elas têm acesso a 12 aplicações que permitem, entre
outras coisas, consultar vagas de emprego e oportunidades de capacitação
profissional, além de acessar o calendário de vacinação e serviços bancários e
de aposentadoria.
Acontece que as aplicações que permitiram aos telespectadores interagirem com o
Canal de Serviços da EBC foram desenvolvidas usando os perfis B+ e C do Ginga,
desenvolvidos pela Totvs, que ainda não são normas da ABNT, mas que são de
interesse de algumas das empresas participantes do projeto Brasil 4D.
A ideia é a de que o conversor a ser distribuído pela EAD (Entidade
Administradora do Processo de Redistribuição e Digitalização de Canais de TV e
RTV, que cuidará de diversos aspectos relacionados ao desligamento da TV
analógica) tenha as mesmas características dos 10 mil produzidos pela D-Link
para o Brasil 4D. A pedido do governo, devem ser incluídos no conversor o filtro
para mitigação da interferência entre os sinais da TV e do celular 4G e também
uma porta USB a mais, para conexão de uma Smart TV.
Também a pedido do governo, André Barbosa, coordenador-geral do projeto Brasil
4D e superintendente de suporte da EBC, já começou a conversar com diversos
fornecedores e fabricantes para verificar a viabilidade de produção desses
conversores interativos em larga escala, ao custo aproximado de R$ 100. Hoje,
cada conversor comprado pela EBC para o projeto custou R$ 148. Incluindo antena
e canal de retorno (modem ou chip 3G) o desembolso é de carca de R$ 180. “Valor
que cai fácil para R$ 100 se considerarmos larga escala”, afirma André Barbosa.
“Para a experiência em Brasília fizemos algumas mudanças no firmware do
conversor, que agora nos permite não só atualizar o HTML pelo ar, como também os
conteúdo em vídeo”, comenta André Barbosa. “Fizemos uma interface gráfica para
que todos os conteúdos tenham o mesmo template, que pode ser memorizado pelo
usuário. E incluímos criptografia, para garantir a segurança de aplicações do
Bolsa Família que envolvam transações bancárias, como pagamentos de conta, ou a
marcação de consultas no INSS”.
A EBC está trabalhando também na ampliação da quantidade de aplicativos
disponíveis. A intenção, segundo André Barbosa, é chegar a 30. A eles deverão se
somar as aplicações de banda larga 0800 oferecidas pelas operadoras de telefonia
móvel.
A migração da TV Digital, portanto, é uma bela oportunidade de levar a
interatividade 14 milhões de lares – um em cada cinco domicílios do país. O
custo do conversor será pago pelo leilão de 700MHz _ parte do preço mínimo será
retirado para custear iniciativas como esta.
E esse número pode crescer ainda mais se os tais televisores multimídia tiverem
obrigação de incluir também o perfil C do Ginga. Atualmente, os modelos de Smart
TV com Ginga disponíveis no mercado usam o perfil A, que não atende ao Projeto
Brasil 4D.
Portanto, tirar a obrigatoriedade da interatividade dos televisores parece um
contrassenso tão grande quanto retirar o Ginga-NCL dos celulares.
Vale lembrar que a interatividade sempre foi vendida pelo governo como um dos
grandes diferenciais competitivos do Sistema Brasileiro de TV Digital.