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Leia na Fonte:
e-Thesis
[11/08/07]
MVNO a caminho da MVNE - por Guy Zibi
Guy Zibi é Diretor de Pesquisas em Comunicações, Mídia e Tecnologia do
Pyramid Research. Autor do estudo, lançado a 7 de agosto, Rethinking MVNO and
MVNE Economics: the Future of Mobile Virtual Models .
As
notícias recentes são de que o mercado das mobile virtual network operators (MVNO)
foi dominado pelas mortes da Amp'd Mobile e da Mobile ESPN. No entanto, durante
o mesmo período, as mobile virtual network enablers (MVNE) Visage Mobile e Ztar
Mobile gerenciaram fundos de US$ 10 milhões, para a Visage, e de US$ 4 milhões,
para a Ztar. Mas, a despeito destas quedas bruscas em seus balanços, as MVNO
terão angariado 150 milhões de assinantes em 2012, com as receitas dos serviços
próximas de US$ 30 bilhões.
A razão deste aparente dicotomia está no que chamamos de teoria da precipitação
de ouro. Durante a fase de precipitação deste mineral, alguns mineiros encontram
ouro, outros falham, mas todos precisam de peneiras, picaretas e pás. No espaço
das MVNO, estas ferramentas foram vendidas de acordo com as preferências das
operadoras Visage, Ztar e Versent Mobile.
Já que o mercado procura aprender a partir do recente fluxo de más notícias,
para alguns esta perspectiva pode ser necessária. Players de grande volume como
Virgin Mobile e TracFone dominam o mercado das MVNO, e estão aí para ficar.
Ambos são primariamente pré-pagos, o que requer capacidade substancial de custos
de investimento e receita marginal. Como ilustrado na figura abaixo, estes
players controlam entre 90% e 95% de toda a base de usuários de MVNO.
Fonte: Pyramid Research - Agosto/2007
O que está em questão é o futuro os players atuais de MVNO. Do ponto de vista
operacional, o modelo focalizado no pré-pago popularizado pela Virgin Mobile
sobreviverá graças à sua eficácia nas taxas de exploração. O modelo mais
ambicioso de MVNO 2.0, lançado de forma pioneira pela Mobile ESPN e a Amp'd
Mobile, está essencialmente morto, se bem que ainda falte o julgamento de sua
filha caçula, a operadora Helio.
Mesmo ao prolongar o modelo de MVNO 2.0, o mercado aprende com seus erros e se
estrutura sobre seus atributos mais atraentes. MVNOs francesas de conteúdo usam
um meio termo, um modelo light ("M6 Mobile powered by Oragnge"): assim a
operadora controla o relacionamento com o usuário e a MVNO provê aplicações e
conteúdo através do canal da carrier. Amp'd/Telus seguiu este modelo e a Mobile
ESPN foi ressuscitada a partir de linhas similares, após costurar um acordo com
a Verizon Wireless. Em suma, o modelo de MVNO caminha para um círculo fechado,
para uma forma mais familiar, mais conservadora.
Os desafios enfrentados pelas MVNO até agora, em nosso ponto de vista, reforçam
a posição fundamental da MVNE para agregar de valor, a partir de um canal MVNO.
Enquanto não enxergamos a necessidade de se fazer um esforço em prol das MVNE
(elas o fazem por si mesmas), acreditamos que a visão antiga de uma pequena
operação virtual servindo nichos (por exemplo, os fãs de futebol) se articula
sobre a capacidade das MVNO em exercer integralmente suas funções operacionais
(ou seja, de não ser nó de rede), tanto para outras MVNO quanto para as MVNE.
Em nosso estudo, estimamos o valor de investir nos dois modelos com ou seu
participação principal de MVNE, e, para nós, a escolha se afigura numa situação
"cérebro de ninguém virtual". MVNOs devem ter requerimentos iniciais baixos de
Capex bem como a capacidade de custos recorrentes. As margens podem ser justas,
mas estas operadoras não precisam se preocupar se serão ou não capazes de gerar
isto por si mesmas. Trata-se de um campo extremamente novo: em mercados como
Bélgica e Suécia, a maioria das MVNO transformam-se em MVNE.