Fonte: Convergência Digital
Até o final deste ano, os Correios de
Portugal vão atuar como o primeiro operador móvel virtual (MVNO), através da
contratação da rede da TMN, rival da Portugal Telecom. Aqui no Brasil, o
tema estava na lista de discussão da Anatel, mas com o atraso do cronograma
e com as prioridades dadas à 3G e à portabilidade numérica, não há previsão
de quando o modelo será discutido pelo Conselho Diretor da Agência
Reguladora.
Os analistas de mercado de Portugal
revelam que, num primeiro momento, a ação dos Correios de Portugal não deve
impactar a rentabilidade dos grandes do mercado: PT, Vodafone e Sonaecom,
mas num longo prazo, alertam, pode, sim, vir a causar "estragos" no balanço
financeiro dessas titãs.
Os Correios obtiveram licença para a
oferta de serviços, via MVNO, da Anacom. Expectativa é que, em parceria com
a TMN, a entidade entre no mercado de telefonia celular até dezembro.
Segundo os analistas, a única chance de o negócio dar certo, e a empresa dos
Correios atuar de forma agressiva, ou seja, estruturando um negócio que
possa vir a "roubar" assinantes das tradicionais operadoras, uma vez que o
mercado português já possui uma taxa de penetração de 130%.
O mercado de MVNO já esteve na lista de
atenções da Anatel, mas acabou relegada para um segundo plano, diante de
questões como 3G, WiMAX e Portabilidade Numérica. Agora, não se sabe quando
o tema entrará na pauta de discussão do órgão regulador. Até porque, o
assunto provoca divergência, uma vez que ela trata de um ponto pra lá de
polêmico: a desagregação de redes.
Mundialmente, o modelo MVNO cresce,
mesmo que abaixo do ritmo esperado. E normalmente atrai empresas de fora do
mercado de telecom para o negócio. No Chile, o primeiro país sul-americano a
aprovar as MVNO, já são três empresas autorizadas a atuar no mercado. A mais
recente, um fundo de investidmentos, batizado de Tora Bayo, que irá atuar na
região norte do País.
*Com informações do Jornal de Negócios de Portugal e Agências Internacionais