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Fonte: Teletime
[20/03/09]
Accenture de olho no mercado brasileiro de MVNOs - por Fernando Paiva
Conforme cresce a expectativa em torno da aprovação por parte da Anatel de um
regulamento para a criação de operadoras móveis virtuais (MVNO, na sigla em
inglês), aumenta também a quantidade de empresas interessadas em prestar
serviços nesse segmento. Depois de noticiado por TELETIME News, em dezembro
passado, o interesse da francesa Sisteer e da brasileira Triad Systems de
atuarem como fornecedoras de plataformas para futuras operadoras virtuais, agora
é a vez da Accenture anunciar que também quer uma fatia desse bolo.
A Accenture já tem experiência como MVNE (mobile virtual network enabler): foi
ela quem integrou a solução da operadora virtual dos correios italianos. Lançada
em novembro de 2007, essa MVNO já tem 500 mil assinantes e roda sobre a rede da
Vodafone. Entre as vantagens que a diferenciam das operadoras tradicionais da
Itália estão a oferta via celular de alguns serviços postais, como o envio de
telegramas, e alguns serviços de mobile banking para correntistas do Banco
Posta, um banco que pertence aos correios.
Para Petrônio Nogueira, diretor da Accenture no Brasil, apesar do mercado
nacional de telefonia celular ser muito competitivo, há espaço para operadoras
virtuais por aqui. "Pode ser alguma empresa com uma marca forte na qual os
consumidores percebam valor", comenta. O executivo entende que não
necessariamente as tarifas de uma MVNO serão mais caras que aquelas das
operadoras tradicionais. "O serviço talvez custe até mais barato se a MVNO tiver
um custo de aquisição de cliente mais baixo", explica.
Em visita ao Brasil esta semana, o executivo da Accenture responsável pelo
projeto da operadora virtual dos correios italianos, Paolo Sidoti, não enxerga
nenhum problema no fato de sua empresa ter como clientes tanto as operadoras
"reais" quanto as virtuais. "As operadoras tradicionais acham até positivo terem
uma MVNO ligada à sua rede", comenta Sidoti.
A Accenture, contudo, reconhece que o mercadode operadoras virtuais não é, hoje,
a maior prioridade das empresas. No planejamento estratégico das empresas de
celular, a principal prioridade tem sido no tratamento dado ao mercado de dados.
Fernando Paiva