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Fonte: Coluna Circuito
[08/11/09]  Pão de Açucar confirma que quer ser operadora virtual - por Cristina de Luca

A rede de supermercados Pão de Açúcar já está com tudo pronto para se tornar uma operadora de telefonia móvel virtual, assim que a Anatel liberar a regulamentação para a operação das chamadas MVNOs (Mobile Virtual Networks Operators) no pais. O Carrefour também se diz interessado em entrar no negócio. As informações foram publicadas ontem pelo jornal Folha de são Paulo.

Segundo a Folha, a ideia do Pão de Açúcar em uma primeira fase é atrair os clientes de seu cartão Mais a utilizarem seus serviços de telefonia. Depois, haverá um esforço na adesão de outros clientes. Atualmente, o grupo possui cerca de 680 mil clientes cadastrados pelo cartão. Para atingir seu objetivo, o Pão de Açúcar terá atrativos. Um deles será transformar em créditos parte do valor das compras realizadas por esses clientes nas suas lojas ou no site. Os créditos poderão ser usados em chamadas telefônicas.

A regulamentação das MVNOs no Brasil já está na pauta da Anatel há algum tempo. Mais de um ano, pelo menos. Os estudos avançaram bem, a ponto de, em junho deste ano, durante evento em São Paulo, a superintendência de Serviços Privados da Agência chegar a afirmar que, atendendo a pedidos das teles móveis, finalizava uma proposta a ser encaminhada nas semanas seguintes ao Conselho Diretor da agência reguladora. Nela, técnicos da Anatel teriam definido dois tipos de MVNOs possíveis de serem implantados no país: (1) Revenda Credenciada, onde uma grande rede varejista, como o Pão de Açúcar, poderia ter o seu serviço, contratado de uma operadora, que atuaria tão somente como fornecedor de infraestrutura e de serviços num modelo parecido com o OEM dos computadores. É o caso da Virgin, na Inglaterra.; (2) e a da operador virtual tradicional, que contrata frequência da operadora e é responsável por todo o resto, sendo sujeita inclusive às mesmas regras para prestação de serviço impostas pelas agência reguladora às concessionárias.

A intenção de todos os países que adotaram o modelo MVNO foi aumentar a concorrência. Mas, na maioria dos casos de sucesso, as MVNOs acabaram não sendo concorrentes da operadoras, e sim aliadas na busca de nichos de mercado.

Em 2008, corria no mercado a informação de que a GVT do Brasil era uma forte candidata a lançamentos de MVNO. E que a Virgin estaria interessada em trazer o seu negócio para o Brasil, a exemplo do que fez nos Estados Unidos. No fim de 2008, Hayann Balafrej, diretor comercial da Sisteer, empresa que fornece a plataforma para a operação da Virgin na França, esteve no Brasil conversando com empresas locais. Alguns anos antes, o Grupo RBS chegou a estudar a possibilidade de também atuar como MVNO.