WirelessBRASIL

WirelessBrasil  -->  Bloco Tecnologia  -->  MVNO - Mobile Virtual Network Operator  -->  Índice de artigos e notícias --> 2010

Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo


Fonte: Convergência Digital
[21/01/10]  Proposta de regras para MVNO deve atrair novos operadores ao Brasil

A taxa de crescimento anual dos operadores virtuais móveis (MVNO) no Brasil será de 44,8% entre 2009-2014. O escopo da nova regulamentação amplia a atratividade do país como destino de investidores globais em MVNO, como a Virgin ou a Lebara. A grande penetração dos serviços móveis deve reduzir o número de candidatos interessados em construir novas redes, deixando o sistema virtual como uma alternativa viável.

O cenário faz parte das previsões da consultoria Signals Telecom, que calcula que o Brasil terá 38% do mercado de MVNOs da América Latina em 2014. “As reformas regulatórias que foram apresentadas pela Anatel posicionam o Brasil como um dos países com as maiores oportunidades para o desenvolvimento de MVNOs na região. O regulador propôs dois modelos, um para teles que pretendem oferecer serviços móveis, outro para empresas de outros setores interessados, como supermercados, bancos e gravadoras”, avalia o analista sênior da Signals, Elias Vicente.

O texto citado pelo analista faz parte da proposta da Anatel para a regulação das operadoras móveis virtuais, que se encontra em consulta pública – e que até agora já recebeu 868 visitas de interessados. Além disso, o tema ganha reforço no Conselho Diretor com a entrada de Jarbas Valente, atual Superintendente de Serviços Privados da Agência.

O relatório sustenta que o Brasil é o mercado mais atrativo para operadores que já têm presença internacional, lembrando também de empresas como Vivendi e Vodafone. “A escala desse mercado vai impulsionar o desenvolvimento inicial, com posterior expansão em outros mercados da América Latina. Além disso, a exigência para operadores venderem aparelhos desbloqueados deve reduzir o custo de aquisição de consumidores, garantindo a oportunidade para novos entrantes replicarem no país estratégias bem sucedidas, como a distribuição gratuita de SIM cards, como a Oi fez quando entrou em São Paulo”, avalia Vicente.

Segundo ele, “é muito importante notar, porém, que qualquer operadora móvel virtual que baseie seu modelo de negócios na competição por preço de serviços telefônicos não terá muito futuro no mercado. O sucesso de lançamentos de MVNOs por empresas como o Banco do Brasil, DirecTV, GVT e Pão de Açúcar vai depender não apenas da forma como elas serão capazes de repetir ofertas em telefonia e em serviços de valor agregado existentes no mercado, mas na dificuldade de replicar as diferenças que deixarão os consumidores tentados a trocar de operadora para serviços MVNO”, conclui.