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Fonte: Teletime
[04/11/10]
Decisão sobre MVNO é adiada após pedido de vistas - por Mariana Mazza
A Anatel discutiu nesta quinta-feira, 4, a proposta de regulamento que abrirá
caminho para o mercado de operadores virtuais de telecomunicações, ou MVNOs, na
sigla em inglês. Mas o Conselho Diretor não chegou a uma decisão, pois a votação
foi suspensa por um pedido de vistas do conselheiro João Rezende, que pretende
analisar melhor as novas regras antes de se pronunciar.
Por enquanto, apenas um voto é conhecido publicamente. É o da conselheira Emília
Ribeiro, que apresentou hoje seu posicionamento. A
íntegra (pdf) do voto da
conselheira está na homepage do site TELETIME.
Emília Ribeiro sugere mudanças na proposta enviada pela área técnica com o
objetivo de esclarecer a competência da agência para organizar o mercado de
MVNOs. Além dessas mudanças pontuais, ela propôs uma alteração em um dos pontos
mais controversos da proposta de regulamento: a restrição de que cada operador
virtual pode firmar contrato com apenas uma operadora de telefonia móvel por
região.
Em sua análise, Emília discorda da área técnica e segue, em parte, a linha
defendida pela procuradoria da agência. Para ela, a restrição entra em
contradição com a própria filosofia de intervenção mínima no livre mercado,
defendida pela agência reguladora. "Tal imposição me parece desconexa com o
princípio da mínima intervenção regulatória, evocado pela própria área técnica
durante a elaboração da proposta em análise", afirma a conselheira.
A proposta de Emília é que a restrição seja completamente retirada do texto,
permitindo que cada MVNO feche contratos com quantos operadores do Serviço Móvel
Pessoal (SMP) achar conveniente. Para lastrear sua proposta, a conselheira cita
diversos estudos internacionais que apontam como barreira à existência de
múltiplos contratos no mercado de operação virtual o fôlego financeiro do
próprio MVNO para administrar essas contratações. Assim, no entender da
conselheira, cabe apenas ao operador virtual analisar se ter mais de parceiro na
telefonia móvel é conveniente, não sendo necessária a intervenção da agência
nesse aspecto. Ainda não há data para uma decisão final sobre o tema.