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Fonte: e-Thesis
[16/11/10]
Até 2015, haverá mais de 1 mlhão de assinantes de MVNO na A.Latina - por
Pyramid Research
Diante da alta taxa de penetração da telefonia móvel e de os órgãos reguladores
estarem a buscar formas de aumentar a concorrência na América Latina, haverá um
movimento gradual para a introdução de MVNOs na região, o que aumenta a pressão
para que as operadoras de redes móveis (MNO) compartilhem sua infraestrutura, de
acordo com o relatório "MVNO Market Offers Solid Growth Prospects for Savvy
Operators", do Pyramid Research. Com mais de 11% dos assinantes móveis do mundo,
a América Latina representa menos de 1% da base mundial de assinantes de MVNO. A
perspectiva, no entanto, é de que as assinaturas de MVNO na região cresçam, por
ano, 27%, entre 2010 e 2015, e atinjam mais de 1 milhão de subscrições. México,
Brasil, Chile e Colômbia são os primeiros mercados a acusar este crescimento.
"As operadoras ainda estão na fase de aquisição de assinantes, o que implica
oposição destas à introdução de MVNOs em seus mercados. Na maioria dos mercados
latinoamericanos, as operadoras continuam em processo de capacitação para
atendimento da demanda. Mas, na verdade, o espectro atribuído a cada operadora,
em alguns mercados latino-americanos, é incapaz de satisfazer a demanda por
serviços de dados" diz Juliana Gomes, analista do Pyramid Research.
De acordo com a analista, a MVNO pode ser benéfica para a MNO, os reguladores e
outras empresas ligadas ao ecossistema, mas não se deve esperar que sua
introdução mude drasticamente a estrutura do mercado latinoamericano. Com o
advento do processo de regulamentação das MVNOs na região, o Pyramid vê o
nascimento das MVNO no mercado de massa da região. "Os órgãos reguladores
forçarão a regulação da MVNO no mercado. Assim, as operadoras não devem
desperdiçar energia em se opor à medida. Ao contrário, devem começar sua
avaliação das possíveis formas de tirar partido das MVNOs. E isso deve ser feito
rapidamente para conseguir a vantagem de antecipação", recomenda Gomez, para
quem as MVNOs "são uma oportunidade para que provedores de telecomunicações e de
cabo expandam sua carteira e aumentem a fidelidade do cliente."
Após anos de constante crescimento, a penetração da telefonia móvel começa a se
estabilizar em alguns mercados da América Latina. Argentina e Venezuela
ultrapassaram os 100% de penetração em 2008, o Chile o fez em 2009 e o Brasil
deve atingir este marco até o final de 2010. Com poucos segmentos em toda a
região onde não existe penetração da telefonia móvel (sobretudo junto a quem não
pode pagar pelos serviços móveis), a penetração da telefonia móvel atingiu o
ponto em que outros mercados ocidentais adotaram as MVNO a fim de levar os
serviços móveis aos segmentos carentes.
Muito poucos mercados da região têm regulamentação específica para as MVNOs, o
que desestimula sua introdução no mercado. Mas os atuais picos de penetração
levam os reguladores a buscar formas de aumentar a concorrência. Assim, para
melhor servir à população, haverá um movimento gradual em direção à chegada de
MVNOs na região. Esforços para introduzir regras mais claras relativas às MVNO
serão feitos em futuro próximo.
O Pyramid Research acredita que as assinaturas de MVNO irão aumentar no mercado
latino-americano, embora representem de início pequena porcentagem da base total
regional. Sua introdução pode não mudar drasticamente a estrutura do mercado,
mas vai aumentar a concorrência, beneficiando os usuários, bem como as
operadoras capazes de compreender os prós e os contras das MVNOs e encontrar
maneiras de incorporar as redes móveis virtuais em seus negócios.
Na Europa, América do Norte, Ásia e até na África muitos têm comprado licenças
no ‘hype' das MVNOs. Os mercados maduros já observam uma evolução gradual da
regulamentação das MVNO. A América Latina é uma retardatária na adoção de MVNO,
mas esta letargia não vai durar muito, pois alguns países começam a implementar
políticas amigáveis de MVNO.
O sucesso da MVNO na região será muito provavelmente baseado em casos de
controle de custos. Quem puder alavancar os ativos existentes para controlar os
custos, mantendo estes em níveis mais baixos do que a da operadora anfitriã,
aumentará sua probabilidade de sucesso.