WirelessBRASIL

WirelessBrasil  -->  Bloco Tecnologia  -->  MVNO - Mobile Virtual Network Operator  -->  Índice de artigos e notícias --> 2011

Obs: Os links originais das fontes, indicados nas transcrições, podem ter sido descontinuados ao longo do tempo


Leia na Fonte: Teletime
[04/02/11]  Amdocs acredita que MVNOs podem impulsionar mobile banking - por Helton Posseti

Os aplicativos de mobile banking existem há muito tempo, mas nunca houve uma aproximação maior entre os bancos e as operadoras móveis. As negociações entre esses dois setores esbarraram até aqui na vontade dos dois lados de serem "donos do cliente", e por isso ter uma participação maior na receita com os serviços bancários no celular.

Na visão da Amdocs, entretanto, esse cenário pode mudar. A partir do momento em que os bancos puderem montar sua operação móvel virtual sem rede (MVNO) esse problema está resolvido. "Se o pessoal acertar o modelo de negócio, isso vai deslanchar", acredtia Renato Osato, vice-presidente da Amdocs Brasil.

Segundo Osato, o segmento financeiro está entre os principais interessados neste negócio no Brasil. "Neste momento, todos os interessados fazem perguntas mais qualificadas. Mas o setor financeiro é o que está mais curioso", diz ele.

Osato explica que a principal vantagem para um banco, assim como para qualquer outro interessado, é estar em contato com seus clientes no momento em que precisar através de SMS, por exemplo. "Uma campanha de SMS em qualquer operadora demora no mínimo seis meses", afirma. No caso específico dos bancos, os celulares comercializados já viriam com aplicativos embarcados, com todos os requisitos técnicos de segurança, o que estimularia os clientes a realizar as transações bancárias pelo celular.

Os outros mercados potencias para as MVNOs, na visão do diretor da Amdocs, são o mercado corporativo e o varejo. Segundo ele, as operadoras tradicionais não conseguem atender todas as necessidades de uma empresa com um time de vendas nas ruas, por exemplo. Essa lacuna de uma solução completa (que incluiria os terminais, os aplicativos e a gestão do serviço) abre espaço para uma MVNO especializada no mercado corporativo. A Abacomm, que hoje administra contratos das empresas com as teles, já demostrou interesse por esse modelo, por exemplo. A Spring Wireless também pode ir por esse caminho, uma vez que hoje, em muitos casos, ela já é a dona das linhas.

No caso do varejo, o executivo mencionou o exemplo do Carrefour na Polônia. Osato explica que o objetivo não é ter lucro com a operação de telecomunicações, mas sim impulsionar as vendas do supermercado. Os clientes do Carrefour na Polônia ganham minutos no celular na medida em que realizam compras na rede, o que faz com que eles voltem às lojas. Além disso, o Carrefour consegue informar seus clientes rapidamente, através de SMS, sobre promoções dos produtos que estão perto do prazo de validade, por exemplo.