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[30/08/12]  MVNO na A. Latina: crescimento moderado, mas constante - por Pyramid Research

Uma série de acontecimentos recentes ocorridos na América Latina - entre eles, a chegada da operadora interregional Virgin Mobile no Chile (abril de 2012) e os seus ambiciosos planos de desenvolvimento na região; ou a aprovação da regulamentação das MVNO no Brasil, em novembro de 2010, longamente aguardada - leva o Pyramid Research a manter uma visão relativamente otimista deste mercado na região. Em seu recente estudo "MVNOs in Latin America find Opportunities in Mobile Data", o Pyramid contata que, com a manutenção da penetração das assinaturas móveis em patamares crescentes; e já que os reguladores permanecem com medidas de estímulo à concorrência e visam melhorar a os serviços à população dos seus países, a região está pronta para testemunhar a introdução gradual e maior adoção das MVNO.

No entanto, vários anos após o lançamento da primeira MVNO na região latino-americana, é difícil ver mudanças drásticas na composição dos seus mercados. Mesmo naqueles de maior penetração, como Chile e Argentina, as MVNOs têm se esforçado para avançar. Atualmente, com quase 11% das assinaturas de telefonia móvel do mundo, a América Latina representa menos de 0,5% da base mundial de assinantes de MVNO.

"O Pyramid Research acredita que as assinaturas de MVNO no mercado latino-americano se expandam, embora elas continuem a representar uma pequena percentagem da base mundial de assinantes", diz Eulália Marin-Sorribes, analista de pesquisa da Pyramid Research. Segundo ela, sua introdução não irá mudar drasticamente a estrutura do mercado atual, mas definitivamente vai ajudar as operadoras a agilizar as operações e ofertas de serviços do segmento de forma mais eficiente para atingir um público maior, sem perder o foco em seu core business. "A MVNO, por outro lado, pode encontrar fórmulas eficazes para atingir segmentos ainda não explorados", acrescenta a analista.

As MVNOs são muitas vezes vistas como forma de promover a concorrência no mercado de telefonia móvel, permitindo a entrada de novos players no mercado. Sob o modelo de negócios de MVNO, as operadoras podem reduzir substancialmente os custos de aquisição de assinantes (SAC) e custos operacionais (faturamento, vendas, atendimento ao cliente, marketing) com um sacrifício relativamente pequeno do ARPU, ajudando as MNOs no aumento de receita e na melhoria das margens decrescentes. A MVNO também ajuda as operadoras a penetrar em segmentos ou geografias onde não são, tradicionalmente, muito competitivas.