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Leia na Fonte: e-Thesis
[24/12/12]
Até 2016, M2M responderá por 9% das assinaturas móveis - por Pyramid
Research
O volume de assinaturas de M2M (máquina a máquina) no celular vai aumentar quase
quatro vezes entre 2010 e 2016, passando de 72 milhões para 282 milhões de novos
assinantes, no período. Isto equivale a 1,4% de todas as assinaturas móveis em
2010 ou 3,6% em 2016. Em outras palavras, quase 9% das adições líquidas entre
2010 e 2016 serão de assinaturas M2M. As previsões são do Pyramid Research que
divulgou na semana passada um novo estudo sobre o tema, intitulado "The
Machine-to-Machine Market". O processo de regulamentação do M2M nos diversos
mercados é um ponto forte de sua aceleração, em todo o mundo. A América Latina,
embora represente hoje a menor fatia de mercado do segmento, é quem tem as
melhores perspectivas de crescimento. As MVNOs são um motivo importante de
crescimento em volume de assinaturas e receita para as operadoras de redes
móveis que queiram estar rapidamente competitivas sem altos investimentos.
O mercado M2M é dinâmico e capaz de atender diversas indústrias verticais com
uma gama de diferentes dispositivos através de múltiplas redes. O crescimento
deste segmento é impulsionado por uma série de fatores, incluindo nova
regulamentação em âmbito mundial, uma variedade de modelos de negócio,
inovações, a queda dos custos de hardware e uma série de desenvolvimentos
tecnológicos. As redes celulares estão bem adaptadas para oferecer conectividade
para uma série de diferentes aplicações M2M, e as operadoras ampliam seu foco no
espaço de M2M, particularmente nos mercados maduros e nos mercados saturados.
A diversidade do mercado faz com que ele seja de difícil abordagem, em
particular para as operadoras móveis, orientadas para gerar receita a partir de
grandes volumes de assinaturas e cujos requisitos de utilização são
relativamente elevados. Além disso, trabalham com uma gama limitada de
dispositivos. Assim, há um número de prestadores de serviços focados M2M, muitos
deles com especialização em mercados verticais, que já estão dirigem o mercado.
Alguns destes fornecedores surgem até mesmo de parceiros já existentes, como as
MVNOs (operadoras de redes móveis virtuais) e revendedores airtime, entre
outros.
Uma das conclusões primárias do novo estudo do Pyramid Research é que o tamanho
potencial do mercado M2M nas redes de celular é enorme. Existem, no entanto,
diferenças significativas na adoção em ambito regional. E a liderança dos
mercados maduros é indiscutível, já que os mercados emergentes encontram-se numa
fase bastante incicipiente, já que é a adoção está intrinsecamente ligada ao
nível de renda do assinante. Afinal, a adoção de máquinas em geral, tais como
veículos, eletroeletrônicos e medidores inteligentes de serviços públicos
dependem da capacidade de consumo do cliente. Este continuará a ser um fator
importante, mas os mercados emergentes serão também influenciados por fatores
regulatórios e um foco crescente por parte das operadoras à medida que seu
negócio tradicional amadurece.
Novas regulamentações para o uso de M2M ampliam a disponibilidade de uso do M2M
em todo o mundo e impulsiona diferentes aplicações em várias partes do mundo. A
medição inteligente dos serviços de energia, por exemplo, é um elemento
importante das políticas ambientais para reduzir o consumo dos serviços
prestados pelas utilities e controlar as taxas de pico de demanda em muitas
partes do mundo.
A América Latina é a menor região em fatia de participação no mercado mundial de
M2M, mas também é onde se espera o crescimento mais rápido. O foco em M2M para a
maioria das operadoras da região latino-americana tem sido muito limitado até
agora, mas a nova regulamentação que exige que os carros novos sejam equipados
com recursos anti-roubo, embora leve algum tempo para ser finalizada se
transforma no motor principal de crescimento do M2M na região.
Por ora, a América do Norte é o maior mercado em termos de volume, respondendo
por um terço de todas as assinaturas M2M em 2010 e assim permanecerá até 2016 e
além. O surgimento de novos mercados cresce relativamente em novas aplicações,
tais como eletrônica de consumo e telemática. Mas, nos mercados mais
tradicionais, aplicações como gestão de frotas também continuar a desenvolver.
A Europa é o segundo maior mercado, representando pouco menos de um terço das
assinaturas globais M2M em 2010. A medição inteligente é um segmento importante
de aplicação, e muitos países europeus já atribuíram regulamentação a respeito.
A liderança do mercado de M2M, porém, tende a se deslocar para a região
Ásia-Pacífico, que deve se transformar no seu maior mercado, entre 2013 e 2016.
O Pyramid prevê que ao final deste período, APAC responda por 37% das
assinaturas de M2M. A China é o mercado-chave na região, pois o governo chinês
conduz a adoção em massa de medidores inteligentes, a fim de gerenciar melhor o
crescimento da demanda por energia. No entanto, a adoção, na maioria dos outros
grandes países emergentes na região ainda é limitada, pois as operadoras ainda
estão focadas em redução de custos, gestão de capacidade e aquisição de
assinatura.
A adoção do M2M na África e Oriente Médio (AME) permanece em geral baixa no
período. Em 2010, apenas 0,5% das assinaturas móveis foram M2M.O gerenciamento
de frota ainda é a aplicação fundamental do M2M na AME, mas há outras
oportunidades devido à cobertura limitada da rede fixa, o que cria demanda por
terminais POS, medidores inteligentes e monitoramento remoto.
Outras constatações do estudo
A demanda por aplicações de elevada largura de banda é limitada, e para a grande
maioria das assinaturas M2M, basta uma conexão 2G. E embora as aplicações de
maior largura de banda estejam em expansão e a LTE também crie novas
oportunidades, a adoção de módulos 3G e 4G módulos será lenta em relação ao uso
das assinaturas para acesso via dispositivos móveis e PC. As operadoras de redes
móveis devem planejar levando em conta o fato de que muitas assinaturas M2M
durarão por muitos anos, o que influencia suas estratégias de interrupção da
rede 2G.
A cadeia de valor do M2M é complexa, incluindo uma ampla gama de players. O M2M
pode ser divido de forma ampla em três vertentes: dispositivos, conectividade e
aplicativos. No entanto, diferentes aplicações normalmente requerem diferentes
modelos de negócios e, como resultado, diferentes interações entre os elementos
da cadeia de valor. Estes três elementos diferentes também devem ser
subdivididos de modo se compreender plenamente a natureza da oportunidade.
As operadoras de rede móvel, historicamente, adotaram uma abordagem passiva em
relação ao mercado de M2M, dada a sua complexidade e tamanho reduzido. Isso
mudou nos mercados desenvolvidos, onde a oportunidade se tornou mais atraente, e
os mercados tradicionais tornaram-se saturados. Ao tornarem-se mais ativas na
cadeia de valor, as operadoras podem ter quota de receita do M2M, bem como
facilitar o seu crescimento.
O M2M tem necessidades diferentes em comparação com aparelhos e assinaturas de
banda larga móvel e, como tal, requer sistemas de apoio adequados. As operadoras
precisam de parceiros ou de novos investimentos para serem capazes de atender a
esses requisitos, e que também oferecem a oportunidade de venda de serviços de
valor agregado.
As operadores com a melhor cobertura, excelente acordos de roaming
internacional, parcerias fortes de plataforma e uma posição estabelecida no
mercado de negócios estão em melhor posição para ganhar com a oportunidade de
M2M. Com esses atributos, é possível obter do M2M maior volume de assinaturas e
rentabilidade. Algumas grandes operadoras nos mercados desenvolvidos ainda estão
na fase de abordagem de oportunidades através de investimentos, para facilitar o
desenvolvimento de aplicativos, certificação dos módulos e testes, bem como
fornecer acesso a tecnologias de próxima geração. Operadoras menos bem
posicionadas devem se concentrar em parcerias fortes com MVNO e/ou no foco em
adquirir vantagem competitiva em certos mercados verticais e/ou locais.