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Leia na Fonte: Teletime
[15/03/12]
Vivo trabalha para ter pelo menos duas MVNOs em sua rede até o fim do ano -
por Fernando Paiva
Até o final do ano, a Vivo pretende ter pelo menos duas operadoras móveis
virtuais (MVNOs, na sigla em inglês) funcionando com a sua rede no Brasil. Para
isso, criou uma diretoria de atacado e MVNOs e analisa no momento propostas de
cerca de 30 potenciais parceiros. "Estamos abertos a esse mercado e nossa
estrutura interna reflete isso", afirma o diretor de negócios para atacado e
MVNOs da Vivo, Victor Czarnobay. Ele aponta os setores de varejo, transportes e
finanças como aqueles com maior potencial para criação de operadoras móveis
virtuais e cita o case da Tesco com a O2 na Europa como sendo o benchmark que
serve de inspiração para a Vivo. "É o projeto mais bem sucedido de MVNO do
mundo", descreve.
Um estudo adquirido pela Vivo justifica o entusiasmo da operadora: a expectativa
é de que as operadoras móveis virtuais terão entre 20 e 30 milhões de linhas em
serviço no Brasil dentro de cinco anos. "Nós queremos abocanhar uma parcela
significativa desse total", promete o executivo.
A Vivo pretende atuar com os dois modelos previstos na regulamentação: o de MVNO
credenciada e o de autorizada. O primeiro se encaixa àquelas parceiras que estão
um pouco mais distantes do setor de telecom, explica Czarnobay. Neste caso, a
Vivo entra com toda a operação e o parceiro com os canais de venda e de
distribuição. O modelo de MVNO autorizada é mais propício para as empresas que
queiram assumir um pouco mais de risco, desenvolvendo elas próprias os produtos,
assumindo mais responsabilidades pelo serviço perante o órgão regulador e
remunerando a Vivo pela compra de capacidade no atacado (minutos, mensagens de
texto e tráfego de dados, basicamente). Em ambos os modelos, a marca para o
consumidor provavelmente será aquela do parceiro. A Vivo ainda não definiu uma
tabela de preços para a venda de capacidade no atacado. Mas sua elaboração está
nos planos da empresa.
Czarnobay garante que a empresa está analisando todas as propostas que chegam.
"Em muitos casos, às vezes o melhor caminho não seria abrir uma MVNO, mas prover
um serviço de comunicação entre máquinas (M2M)", comenta. Há também casos em que
a Vivo procurou pró-ativamente possíveis parceiros que julga valiosos para esse
mercado, seja por terem grandes cadeias de distribuição ou por sua força em
marketing.
O executivo confirma as conversações com a Virgin Mobile, que em outros países
da América Latina fechou contrato com a Movistar, que pertence ao mesmo grupo da
Vivo, a espanhola Telefónica. Mas informa que não há nada assinado ainda.