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Fonte: Tele.Síntese
[07/02/17]
Anatel estuda mudar regra de MVNO e propor redução do Fistel para IoT - por
Miriam Aquino
O operadora móvel virtual (MVNO) tem atualmente regras muito rígidas, que
poderiam impedir o desenvolvimento da Internet das Coisas, diz o gerente da
agência, Nilo Pasquali. Além de flexibilizar essas regras, a Anatel estuda
alternativas para reduzir as taxas do Fistel, evitando prejudicar a arrecadação
do Tesouro Nacional, mas estimulando o crescimento dessa indústria.
A Anatel começa a estudar a Internet das Coisas (Internet of Things, IoT) com
uma nova perspectiva: quais são as atuais regras que podem atrapalhar o
desenvolvimento desse ecossistema? E é com essa visão, explicou o gerente Nilo
Pasquali, que alguns regulamentos estão sendo revistos. “Sabemos que a Internet
das Coisas representa um mundo muito maior do que apenas as redes de
telecomunicações”, afirmou ele em debate promovido hoje, 7, pela FGV-SP.
Entre as atuais normas que a agência começa a detectar que podem ser
flexibilizados estão a que liberou a atuação das operadoras móveis virtuais, ou
MVNOs. Segundo Pasquali, tanto a outorga para o credenciado MVNO (aquele que
atua como uma revenda para os grandes operadores de celular) como para o
autorizado MVNO (aquele que atua como uma operadora de celular sobre a rede das
demais empresas de celular) têm exigências demais, que podem prejudicar a
atuação de empresas que querem apenas fazer a conexão máquina a máquina.
O valor das taxas e impostos também é outro empecilho já identificado pela
Anatel. Embora tenha sido promovida uma redução da taxa do Fistel – de R$ 26,00
por terminal, para R$ 5,00 por chip/ano – esse valor é ainda considerado muito
alto, tendo em vista que as receitas dos milhões de chips conectados às coisas
serão de poucos centavos por chip, inviabilizando a cobrança dessa alta taxa por
terminal. Pasquali afirmou que a agência está também estudando alternativas para
mudar o Fistel, que irá se transformar em uma proposta a ser encaminhada ao
Poder Executivo, visto que qualquer alteração dos valores depende de ação
legislativa.
Roaming Permanente
O representante da Anatel assinalou ainda que, atualmente, o “Brasil, hoje, não
permite o roaming permanente em suas redes”, ou seja, quando o chip de um carro,
por exemplo, já chega no Brasil conectado a uma operadora de telecomunicações
estrangeira, mas reconhece que seria impossível recodificar o Sim Card, visto
que, por razões de segurança, ele é totalmente blindado. “As regras de numeração
também poderão ser revisitadas e algumas propostas, como numeração
internacional, deverão ser debatidas”, ponderou.